Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2403390 Português

Texto 1 para responder às questões de 1 a 5.

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1-----------A violência e as violações de direitos de meninas e

meninos perpassam de muitas maneiras a escola, que pode

tanto ser produtora desse fenômeno como pode ser

4---impactada por ele.

-------Mais de 2,8 milhões de crianças e adolescentes de 4 a

17 anos de idade estavam fora da escola no País, em 2015.

7-- Essa exclusão tem rosto e endereço: trata-se de meninas e

meninos que vivem em domicílios com renda per capita de

até meio salário mínimo (53%), cuja maioria é negra e

10--possui direitos violados também em outras áreas, tais como

saúde, assistência social e proteção.

-------A exclusão escolar faz com que muitas dessas

13--crianças e adolescentes, quando conseguem retornar para a

escola, estejam em situação de atraso escolar. Quase 6,5

milhões de estudantes da educação básica pública estavam,

16--em 2018, em distorção idade-série no País, ou seja,

possuíam dois ou mais anos de atraso escolar. O perfil de

vulnerabilidade se fortalece, e milhões de crianças e

19--adolescentes ficam atados ao ciclo do fracasso escolar.

-------Estudo do Unicef a respeito dos homicídios de

adolescentes no estado do Ceará verificou que mais de 70%

22--dos adolescentes que foram assassinados em 2015, nas sete

cidades cearenses pesquisadas, estavam fora da escola há

pelo menos seis meses.

25-----------A evasão escolar e o baixo número de anos de estudo

colaboram para a vulnerabilidade de crianças e adolescentes,

o que aumenta suas chances de vitimização.

28-----------Esses dados indicam a importância do papel da

educação na proteção de crianças e de adolescentes contra

as violências. Contudo, a educação por si só não consegue

31--enfrentar a complexidade desse fenômeno, que reivindica a

participação de diversas políticas públicas, tais como as de

assistência social, saúde, segurança pública, cultura, entre

34--outras.

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Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/relatorios/educacao-que

protege-contra-violencia>. Acesso em: 30 jul. 2022 (fragmento),

com adaptações.


O sentido e a correção do texto seriam mantidos caso o vocábulo “atados” (linha 19) fosse substituído por

Alternativas
Q2403358 Português

INSTRUÇÃO: Leia esta citação de Fernando Pessoa para responder às questões de 7 a 10.

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“Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cômodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.”

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Disponível em: www.livroecafe.com.

Acesso em: 27 mar. 2021.

“Não sou, porém, nem impaciente nem comum”.

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O conectivo em destaque na oração tem o mesmo valor semântico de

Alternativas
Q2403307 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 4.


Números, números, números


Há no mundo 1,35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhão de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos eles e temos uma população de animais quase equivalente à humana dedicando sua vida a nos alimentar – involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões.

A indústria da carne é responsável por 18% das emissões de gases do efeito estufa, embora represente menos de 2% do PIB mundial. Na China o consumo anual de carne por habitante cresceu 55% em dez anos. A soja da América Latina vai na maior parte para a China. A China compra terras na África para este fim e outros alimentos.

O rendimento da produção de carne apresenta um grande desequilíbrio com relação ao dos cereais: são necessários pelo menos 7 quilos de grãos para fornecer 1 quilo de carne de vaca, 4 para 1 de carne de porco, 2 para 1 de carne de frango. As pastagens ocupam 68% das terras agrícolas (25% já degradadas) e a forragem, 35% das terras aráveis. No total, 78% das terras agrícolas são reservadas ao gado.

O Banco Mundial, aliás, informava em fevereiro de 2011 que “os preços mundiais dos alimentos estão prestes a atingir um nível perigoso e constituem uma ameaça para as dezenas de milhões de pobres em todos os continentes. Essa alta já começa a empurrar milhões de pessoas para a pobreza e a exercer pressão sobre os mais vulneráveis, que gastam pelo menos metade de seus salários com comida”.

E é na América do Sul que, ultimamente, os transtornos têm sido mais violentos. Reina no continente a pastagem em grande escala, deixando em seu rastro terras estéreis e saturadas de dejetos animais. Para adquirir mais terras, os produtores não hesitam em recorrer ao desmatamento ilegal, sobretudo no Brasil. Maior produtor e exportador de carne bovina e couro, o país domina, sozinho, 30% do mercado mundial, com 2,2 milhões de toneladas de carne exportadas por ano, principalmente para a Rússia e a União Europeia. Uma pesquisa feita pelo Greenpeace e publicada em 2009 mostra que o rebanho brasileiro – pelo menos 200 milhões de cabeças – é responsável por 80% do desmatamento da Amazônia. Isso representa10 milhões de hectares de floresta destruídos em dez anos – para enorme prejuízo dos pequenos agricultores e dos indígenas que foram e continuam sendo acossados por essas gigantescas máquinas de produção. Há quatro décadas, a ONG Survival não cessa de denunciar o massacre, pelos criadores de gado, dos índios que vivem na floresta brasileira.


Revista Manuelzão/UFMG – 2018.

Releia o seguinte trecho.


“Isso representa 10 milhões de hectares de floresta destruídos em dez anos – para enorme prejuízo dos pequenos agricultores e dos indígenas que foram e continuam sendo acossados por essas gigantescas máquinas de produção.”


A palavra em destaque significa:

Alternativas
Q2403202 Português
Quanto mais difícil, melhor 









Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ ruycastro/2023/12/quanto-mais-dificil-melhor.shtml?pwg t=kye73frks3762ppiv3c8ms8agtyutnr6i2zmqyam6pqtcz 5u&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_ campaign=compwagift. Acesso em: 20 dez. 2023.Adaptado.
Hiperônimos são palavras que pertencem ao mesmo campo semântico de outras, mas que têm um sentido mais amplo, geral e abrangente.

A palavra entre colchetes que cumpre esse papel em relação às que estão enumeradas é:
Alternativas
Q2401413 Português

Texto 1.


Notícia de jornal


Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome.

Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.

Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.

Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.

E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.

E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.

Morreu de fome.


Fernando Sabino


Avalie se os sinônimos usados para a(s) palavra(s) entre parênteses estão corretos e coloque ( V ) para verdadeiro e ( F ) para falso.


( ) Um homem de cor branca, trinta anos plausíveis. (presumíveis)

( ) Depois de setenta e duas horas de diligência em plena rua, morreu. (inanição)

( ) Um marginalizado, um preterido morreu na rua. (pária, proscrito)

( ) Para reprimenda dos outros homens. (escarmento)

( ) Com um olhar de nojo e deferência. (desdém)


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Respostas
256: E
257: C
258: B
259: E
260: E