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Q2494980 Português
Português de Menas
O que os jornalistas brasileiros estão fazendo com a língua portuguesa é de sacudir as tumbas e incomodar o sono eterno dos grandes mestres da palavra.


Fazem muitos anos que os gramáticos mais sucetíveis, sem excessão, ficam muito espantados com os casos de agressão à língua que pululam nos jornais. Há muitos anos atrás, lembram os mais antigos leitores contumazes de jornais e revistas, publicados, principalmente, no Brasil, o português praticado pela Imprensa era mais escorreito, mais chegado ao que se convencionou chamar de “uso culto da língua”.
Luiz Egypto, Imprensa, junho 1990, p. 12. Colaboraram: Mair Pena Neto, Regina Prado e Conceição Freitas
O texto acima foi publicado propositalmente com vários desvios da norma culta.
Analise as afirmativas abaixo em relação ao texto.

1. O verbo fazer foi empregado no plural, quando deveria estar no singular (faz), porque indica tempo decorrido. Logo, não há sujeito.
2. O verbo ficar, em “ficam muito espantados”, deveria estar na terceira pessoa do singular (fica) para concordar com a palavra agressão.
3. A grafia correta é exceção, que provém do verbo excetuar.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q2494178 Português

Escrever bem


Às vezes vejo-me envolvido em discussões sobre “escrever bem”. Já pensei no assunto e tenho uma ideia formada: ninguém “escreve bem”. Alguns “reescrevem bem” e, com isso, produzem textos mais enxutos, claros e eficientes. O segredo está em ler o que se acabou de escrever, enxergar os excessos, as impropriedades, as palavras ou frases obscuras e meter-lhes a caneta — português arcaico para “deletar”. Donde o mais exato seria dizer que ninguém escreve bem de primeira. Um ou outro achado brilhante pode piscar de repente na frase, e é ótimo quando acontece. Mas, em geral, tudo o que é fácil de ler foi difícil de escrever e vice-versa.

    Reescrever consiste em expurgar o desnecessário. Se um adjetivo não servir de alimento ao substantivo a que se acopla, um dos dois está errado. E há os advérbios de modo que, automaticamente (epa, olha um!), se intrometem no texto e, geralmente (outro!), podem ser apagados sem prejuízo. Certa vez, revisei um livro de autor famoso e joguei fora tantos naturalmentes e principalmentes que dariam para encher um caminhão. O livro melhorou muito. Tenho para mim que os advérbios de modo estão para a escrita assim como os sisos para a boca: só servem para ocupar espaço e produzir cáries.

    Reescrever exige colocar-se no lugar do leitor e perguntar se a informação precisa de certos anexos. Um deles é o “vale ressaltar que...” — ao qual se segue a informação que se quer ressaltar. Experimente cortar o “vale ressaltar” e ir direto à informação. Descobrirá que não perderá nada com isso.

    E, assim como “vale ressaltar”, há o “é bom frisar”, “cabe destacar”, “convém assinalar”, “cumpre notar”, “deve-se salientar”, “importa sublinhar”, “é preciso enfatizar”, “realçar”, “atentar”, “caracterizar” etc. e, claro, “pontuar” (por que não “virgular”?). Pesos mortos, inúteis.

    O papel aceita tudo, como sabemos. Mas muitos leitores não.



(CASTRO, Ruy. Escrever bem. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 set. 2023. Opinião, p. 2. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2023/09/escrever-bem.shtml).

Um deles é o “vale ressaltar que...” — ao qual se segue a informação que se quer ressaltar.

Assinale a alternativa cuja lacuna deve ser CORRETAMENTE preenchida pela expressão grifada acima.
Alternativas
Q2494175 Português

Escrever bem


Às vezes vejo-me envolvido em discussões sobre “escrever bem”. Já pensei no assunto e tenho uma ideia formada: ninguém “escreve bem”. Alguns “reescrevem bem” e, com isso, produzem textos mais enxutos, claros e eficientes. O segredo está em ler o que se acabou de escrever, enxergar os excessos, as impropriedades, as palavras ou frases obscuras e meter-lhes a caneta — português arcaico para “deletar”. Donde o mais exato seria dizer que ninguém escreve bem de primeira. Um ou outro achado brilhante pode piscar de repente na frase, e é ótimo quando acontece. Mas, em geral, tudo o que é fácil de ler foi difícil de escrever e vice-versa.

    Reescrever consiste em expurgar o desnecessário. Se um adjetivo não servir de alimento ao substantivo a que se acopla, um dos dois está errado. E há os advérbios de modo que, automaticamente (epa, olha um!), se intrometem no texto e, geralmente (outro!), podem ser apagados sem prejuízo. Certa vez, revisei um livro de autor famoso e joguei fora tantos naturalmentes e principalmentes que dariam para encher um caminhão. O livro melhorou muito. Tenho para mim que os advérbios de modo estão para a escrita assim como os sisos para a boca: só servem para ocupar espaço e produzir cáries.

    Reescrever exige colocar-se no lugar do leitor e perguntar se a informação precisa de certos anexos. Um deles é o “vale ressaltar que...” — ao qual se segue a informação que se quer ressaltar. Experimente cortar o “vale ressaltar” e ir direto à informação. Descobrirá que não perderá nada com isso.

    E, assim como “vale ressaltar”, há o “é bom frisar”, “cabe destacar”, “convém assinalar”, “cumpre notar”, “deve-se salientar”, “importa sublinhar”, “é preciso enfatizar”, “realçar”, “atentar”, “caracterizar” etc. e, claro, “pontuar” (por que não “virgular”?). Pesos mortos, inúteis.

    O papel aceita tudo, como sabemos. Mas muitos leitores não.



(CASTRO, Ruy. Escrever bem. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 set. 2023. Opinião, p. 2. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2023/09/escrever-bem.shtml).

Descobrirá que não perderá nada com isso.
Assinale a alternativa cujo verbo exige, no contexto, o mesmo tipo de complemento que o do verbo em destaque no período acima.
Alternativas
Q2494042 Português
“As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor.”
A respeito do período acima, é incorreto afirmar que
Alternativas
Q2494040 Português
“É possível que não possamos comparecer ao evento hoje.”
Qual oração abaixo possui a mesma classificação que a oração acima:
Alternativas
Respostas
306: D
307: A
308: A
309: A
310: C