Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre sílaba: monossílabos, dissílabos, trissílabos, polissílabos em português

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Q501727 Português
Em qual alternativa a palavra está separada em sílabas corretamente?
Alternativas
Q485383 Português
                              Eu Sei, Mas Não Devia
                                                                        Clarice Lispector

Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. 

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo, porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. 

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz [...]. 

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “Hoje não posso ir". A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que se paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar muito mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 

A gente se acostuma à poluição. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. 

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado. 

A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.


Quanto ao número de sílabas, os vocábulos classificam-se em: monossílabos, dissílabos, trissílabos e polissílabos.

Assinale a alternativa em que as palavras, quanto ao número de sílabas, apresentam-se na sequência acima.
Alternativas
Q485379 Português
                              Eu Sei, Mas Não Devia
                                                                        Clarice Lispector

Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. 

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo, porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. 

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz [...]. 

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “Hoje não posso ir". A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que se paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar muito mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 

A gente se acostuma à poluição. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. 

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado. 

A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.


Assinale a alternativa em que todas as palavras estão com as sílabas separadas CORRETAMENTE.
Alternativas
Q479974 Português
                                         Seja um Líder

    O novo líder do século XXI deve ser diferente de tudo o que possa vincular a sua posição a um status de poder autoritário. Ao contrário, precisa desenvolver uma perfeita habilidade para conduzir sua autoridade, influenciando e motivando seus liderados, estimulando-os a contribuir para a realização do objetivo ou do projeto em execução. Deve socializar as responsabilidades de maneira sutil, vinculando o sucesso de cada membro ao sucesso do grupo. Obviamente, sempre será necessário exercer alguma forma de poder para liderar uma equipe. No entanto, o autoritarismo deve ser descartado e substituído por preceitos mais eficientes, embasados em relações mais humanas.
    O líder do século XXI alcançará status pela sua capacidade em lidar com as diferenças, respeitando-as e utilizando-as como fator decisivo para o progresso do projeto e para o bem comum, ao mesmo tempo. O líder do futuro é aquele que respeita os seus liderados, permitindo e até estimulando o desenvolvimento das competências e habilidades da equipe, exercendo seu "poder" de uma forma mais humana. Só assim, poderá ser respeitado, de fato, pelo seu modo de ser embasado em preceitos de ética, justiça, equilíbrio e por um entusiasmo que contagia todo o grupo. Em outras palavras, o novo líder é aquele que suprime o exercício do poder para exercitar a autoridade motivadora. Ao invés de controlar pelo medo, contagia a equipe, encorajando as pessoas a se sentirem mais seguras, dignas e necessárias ao bom desempenho das tarefas que lhes são confiadas.


                                                                                 Disponível em: http://www.acasadoaprendiz.com.br

Em apenas uma das alternativas abaixo, a tonicidade dos dois termos grifados recai na penúltima sílaba. Assinale-a.
Alternativas
Q469076 Português
O texto abaixo serve de referência para a questão.

                       Homem passa 20 dias perdido
                                       no parque


                                                                                  Luiz Carlos da Cruz, correspondente em Cascavel


      Um homem que estava desaparecido havia 25 dias dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no  Oeste do Paraná, foi encontrado na manhã de ontem por policiais ambientais. Ele estava com uma  perna quebrada havia 20 dias e foi localizado oito  quilômetros mata adentro, em um local de difícil  acesso. O homem teria se arrastado por cerca de  quatro quilômetros, mesmo com a perna fraturada.
      Segundo o tenente Nilson Figueiredo, da Polícia Ambiental, a corporação foi avisada do sumiço  do homem, que seria um caçador, por familiares dele. O homem tinha o hábito de acampar no parque,  mas nunca havia ficado tantos dias fora. Policiais localizaram o homem, cuja identidade não foi  revelada ainda, por volta das 11 horas de ontem.  Ele estava bastante debilitado.
      Um helicóptero chegou a decolar de Foz do  Iguaçu para tentar fazer o resgate, mas não houve    condições de pouso por ser um local de mata  fechada. Mas uma maca, medicamentos, água,  comida e materiais para imobilizar a fratura foram  deixados no local. A tentativa de resgate será retomada   hoje. Durante a noite, uma equipe de resgate composta por 20 pessoas pousaria com a vítima,   moradora de Capitão Leônidas Marques. “É  uma área de difícil acesso, com morros íngremes",   explica Figueiredo. Para o policial, a localização  rápida da vítima “foi como encontrar agulha no palheiro".

                                                                                                            (Gazeta do Povo, 17/09/14, p. 11)

Faça de conta que as palavras das alternativas estejam em final de linha. Assinale a alternativa que apresenta divisão silábica INCORRETA:
Alternativas
Respostas
351: B
352: D
353: D
354: C
355: D