Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q1984530 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente

Quando o norte-americano Erin Bradley McAleer começou a tomar o remédio semaglutide,

também conhecido como Ozempic, ele esperava perder alguns dos 145 quilos que tinha no final de 2021.

De fato, após quase um ano, ele já havia perdido cerca de 36 quilos, de acordo com a revista Insider, mas os efeitos positivos desse medicamento, aprovado em junho de 2021 nos EUA, foram ainda mais surpreendentes e inesperados; além de ajudar no emagrecimento, o medicamento também teve, como efeito secundário, inibição do desejo de consumir bebidas alcoólicas.

Se, antes, ele tomava dez cervejas quando ia a bares ou outros locais para ver eventos esportivos, hoje em dia, ele diz que, após uma ou duas doses, ele não sente nenhuma vontade de continuar bebendo.

Ele não é o único: relatos de outros usuários do medicamento estão disponíveis na internet, afirmando que tiveram o mesmo efeito.

Com isso, o medicamento é visto por cientistas e médicos como um novo potencial aliado no tratamento do vício.

Embora não tenham sido feitos estudos compreensivos e revisões científicas sobre a eficácia do medicamento no tratamento do alcoolismo, alguns médicos são otimistas quanto ao potencial da substância.

À Insider, o médico Paul Kolodzik, especialista em metabolismo, diz que a semaglutide pode ser "a próxima grande aliada no combate ao alcoolismo". 

Isso porque a droga, aplicada de forma injetável, aumenta a produção de insulina, hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.

Apesar de a semaglutide ter sido aprovada para tratar diabetes, ela também foi aprovada para ajudar no emagrecimento nos Estados Unidos.

Nesse aspecto, a substância mostra ótimos resultados, com uma pesquisa que aponta uma redução de 15% a 20% no peso dos pacientes após 15 meses.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcoolquase totalmente (msn.com). Adaptado.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente (msn.com). Adaptado.
Ele não é o único: relatos de outros usuários do medicamento estão disponíveis na internet, afirmando que tiveram o mesmo efeito.
Assinale a opção que contenha as mesmas classes de palavras.
Alternativas
Q1984525 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente

Quando o norte-americano Erin Bradley McAleer começou a tomar o remédio semaglutide,

também conhecido como Ozempic, ele esperava perder alguns dos 145 quilos que tinha no final de 2021.

De fato, após quase um ano, ele já havia perdido cerca de 36 quilos, de acordo com a revista Insider, mas os efeitos positivos desse medicamento, aprovado em junho de 2021 nos EUA, foram ainda mais surpreendentes e inesperados; além de ajudar no emagrecimento, o medicamento também teve, como efeito secundário, inibição do desejo de consumir bebidas alcoólicas.

Se, antes, ele tomava dez cervejas quando ia a bares ou outros locais para ver eventos esportivos, hoje em dia, ele diz que, após uma ou duas doses, ele não sente nenhuma vontade de continuar bebendo.

Ele não é o único: relatos de outros usuários do medicamento estão disponíveis na internet, afirmando que tiveram o mesmo efeito.

Com isso, o medicamento é visto por cientistas e médicos como um novo potencial aliado no tratamento do vício.

Embora não tenham sido feitos estudos compreensivos e revisões científicas sobre a eficácia do medicamento no tratamento do alcoolismo, alguns médicos são otimistas quanto ao potencial da substância.

À Insider, o médico Paul Kolodzik, especialista em metabolismo, diz que a semaglutide pode ser "a próxima grande aliada no combate ao alcoolismo". 

Isso porque a droga, aplicada de forma injetável, aumenta a produção de insulina, hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.

Apesar de a semaglutide ter sido aprovada para tratar diabetes, ela também foi aprovada para ajudar no emagrecimento nos Estados Unidos.

Nesse aspecto, a substância mostra ótimos resultados, com uma pesquisa que aponta uma redução de 15% a 20% no peso dos pacientes após 15 meses.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcoolquase totalmente (msn.com). Adaptado.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente (msn.com). Adaptado.
Nesse aspecto, a substância mostra ótimos resultados.
O núcleo do sujeito da oração é: 
Alternativas
Q1984523 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente

Quando o norte-americano Erin Bradley McAleer começou a tomar o remédio semaglutide,

também conhecido como Ozempic, ele esperava perder alguns dos 145 quilos que tinha no final de 2021.

De fato, após quase um ano, ele já havia perdido cerca de 36 quilos, de acordo com a revista Insider, mas os efeitos positivos desse medicamento, aprovado em junho de 2021 nos EUA, foram ainda mais surpreendentes e inesperados; além de ajudar no emagrecimento, o medicamento também teve, como efeito secundário, inibição do desejo de consumir bebidas alcoólicas.

Se, antes, ele tomava dez cervejas quando ia a bares ou outros locais para ver eventos esportivos, hoje em dia, ele diz que, após uma ou duas doses, ele não sente nenhuma vontade de continuar bebendo.

Ele não é o único: relatos de outros usuários do medicamento estão disponíveis na internet, afirmando que tiveram o mesmo efeito.

Com isso, o medicamento é visto por cientistas e médicos como um novo potencial aliado no tratamento do vício.

Embora não tenham sido feitos estudos compreensivos e revisões científicas sobre a eficácia do medicamento no tratamento do alcoolismo, alguns médicos são otimistas quanto ao potencial da substância.

À Insider, o médico Paul Kolodzik, especialista em metabolismo, diz que a semaglutide pode ser "a próxima grande aliada no combate ao alcoolismo". 

Isso porque a droga, aplicada de forma injetável, aumenta a produção de insulina, hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.

Apesar de a semaglutide ter sido aprovada para tratar diabetes, ela também foi aprovada para ajudar no emagrecimento nos Estados Unidos.

Nesse aspecto, a substância mostra ótimos resultados, com uma pesquisa que aponta uma redução de 15% a 20% no peso dos pacientes após 15 meses.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcoolquase totalmente (msn.com). Adaptado.

Homem perde 36 kg com novo remédio e ainda corta consumo de álcool quase totalmente (msn.com). Adaptado.
Com isso, o medicamento é visto por cientistas e médicos como um novo potencial aliado no tratamento do vício.
Assinale a opção que contenha a nova pontuação de forma correta.
Alternativas
Q1984453 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 

No trecho Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos, o termo “desenxabidos” pode ser substituído por: 

Alternativas
Q1984452 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 
“Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas”.
A frase que apresenta a mesma justificativa para o emprego de “por que” no trecho acima é: 
Alternativas
Q1984451 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 
A redação alternativa para um segmento do texto em que a pontuação se mantém correta encontra-se em: 
Alternativas
Q1984450 Português
          Se é verdade que a capacidade de ficar perplexo é o começo da sabedoria, então esta verdade é um triste comentário à sabedoria do homem moderno. Quaisquer que sejam os méritos de nosso elevado grau de educação literária e universal, perdemos o dom de ficar perplexos. Imagina-se que tudo seja conhecido − senão por nós, por algum especialista cujo mister seja saber aquilo que não sabemos. De fato, ficar perplexo é constrangedor, um indício de inferioridade intelectual. À medida que vamos envelhecendo, aos poucos perdemos a capacidade de ficar surpresos. Até as crianças raramente se surpreendem, ou pelo menos procuram não demonstrar isso. Saber as respostas certas parece ser o principal; em comparação, considera-se insignificante o saber fazer as perguntas certas.
        Quiçá seja esta atitude uma razão por que um dos mais enigmáticos fenômenos de nossa vida, os nossos sonhos, dê margem a pouco espanto e suscite tão poucas perguntas. Todos sonhamos: não entendemos nossos sonhos, e no entanto agimos como se de nada estranho corresse em nossas mentes adormecidas, estranho ao menos em comparação com as atividades lógicas, deliberadas, de nossas mentes quando estamos acordados.
       Quando acordados, somos seres ativos, racionais, ávidos por tentar obter o que desejamos e prontos a defender-nos contra qualquer ataque. Agimos e observamos; vemos o mundo exterior, talvez não como seja, mas no mínimo de maneira tal que o possamos usar e manipular. Todavia, também somos bastante desprovidos de imaginação, e raramente − exceto quando crianças ou se somos poetas − logramos conceber mais do que meras duplicações dos acontecimentos e tramas de nossa experiência concreta. Somos eficientes, mas um tanto desenxabidos. Denominamos ao campo de nossa observação diurna “realidade” e orgulhamo-nos de nosso “realismo” e de nossa habilidade de manipulá-la.

(Adaptado de: FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Trad.: VELHO, Octavio Alves. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1966) 

Sobre aspectos do texto, considere:


I. A sabedoria caracteriza-se pelo caráter questionador das pessoas.

II. Para o autor, apenas as crianças mantêm viva a salutar capacidade de abstração.

III. Os termos “realidade” e “realismo” expressam sentimentos pessimistas do autor.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Q1984449 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio  que todo um povo se juntou para enfrentá-lo
 Os termos em destaque nos versos acima exercem, respectivamente, a função sintática de
Alternativas
Q1984448 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” classifica-se como
Alternativas
Q1984444 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
A figura de linguagem predominante no verso "O rio de minha terra é um deus estranho” é a 
Alternativas
Q1984443 Português
O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.

É muito calmo o rio de minha terra.

Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.

O rio de minha terra é um deus estranho.

Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.

Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.

Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.

E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.

Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.

(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No poema, o eu lírico
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: FGV - 2022 - Senado Federal - Advogado |
Q1984303 Português
Em todas as frases a seguir, foi usada a conjunção porque.
Assinale a opção em que, retirando-se essa conjunção, a forma de reescrever a frase não mantém o sentido original.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: FGV - 2022 - Senado Federal - Advogado |
Q1984301 Português
Leia o fragmento textual a seguir.
“É com alegria que eu me rendo aos apelos de meus concidadãos e venho saudar, no meio deles, as esperanças de emancipação, de ordem e de paz que vão germinar, misturadas às raízes desta árvore da liberdade. A árvore é um belo e verdadeiro símbolo da liberdade! A liberdade tem raízes no coração do povo, como a árvore no coração da terra; como a árvore, ela desenvolve seus ramos no céu; como a árvore, ela cresce sem cessar e cobre as gerações com sua sombra.”
(Discurso de Victor Hugo em 1848, no ato de plantar uma árvore).
Sobre a estruturação desse pequeno texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: FGV - 2022 - Senado Federal - Advogado |
Q1984297 Português
O texto descritivo a seguir tem por objeto o famoso quadro de Leonardo Da Vinci, a Monalisa.
Imagem associada para resolução da questão

A mulher pintada é representada no modelo de uma pirâmide, numa geometrização triangular, em que as mãos cruzadas formam a base da pirâmide. O centro do quadro é o peito da mulher e está alinhado com o olho esquerdo e os dedos da mão direita. Seu braço esquerdo está confortavelmente apoiado no braço da cadeira e é cruzado pelo braço direito. A posição dos braços, junto com a da cadeira, transmite uma distância entre ela e o observador. A cabeça é coberta por um véu que simboliza a castidade, frequente nos retratos de uma esposa. Não apresenta joias ou sinais particulares de ostentação ou poder econômico.
A postura da Monalisa indica serenidade e, junto com o olhar de soslaio, mas direto para o espectador, mostra o domínio dos sentimentos, algo que normalmente não era atribuído a uma mulher naquela época. O rosto não tem sobrancelhas.
A expressão da mulher na pintura é enigmática ou ambígua. Isso porque o olhar, o corpo e as mãos são direcionados em ângulos sutilmente diferentes. Na borda esquerda da pintura você pode ver a base de uma coluna, sugerindo que a mulher está sentada em uma galeria. A paisagem ao fundo é pintada com uma perspectiva aérea. O azul esfumaçado e a perspectiva difusa e pouco nítida dão à composição maior profundidade. A paisagem de fundo apresenta um certo desequilíbrio, pois cria a ilusão de uma paisagem que se divide em duas. No entanto, não há continuidade entre os dois. Parece que não há correspondência em termos de alturas e linhas.
Sobre essa descrição, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: FGV - 2022 - Senado Federal - Advogado |
Q1984294 Português
Leia o fragmento a seguir.
“Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.
Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional.”
QUADROS, Jânio. Carta enviada ao Congresso Nacional. Brasília, 25 de agosto de 1961.

Assinale a opção que indica a marca formal e semântica que melhor define o texto da carta de Jânio Quadros.
Alternativas
Q1984070 Português
Num cenário de formatura colegial, o professor encarregado do discurso de patrono da turma, começou-o da seguinte forma:
“Senhores pais aqui presentes, meus caros ex-alunos: neste meu discurso vou seguir os conselhos de Millôr Fernandes, que recomendava que discursos de formatura e governos de ditadura, quanto mais curtos, melhor!”
Assinale a opção que apresenta a recomendação do especialista Jorge David Cortés Moreno sobre a maneira de introduzir-se um discurso, que foi seguida pelo patrono da turma.
Alternativas
Q1983842 Português

Como escrever bem

    É possível melhorar o texto de alguém? William Zinsser acha que sim. No meio da década de 1970, ele decidiu transformar seu curso sobre escrita, emYale, em livro. Desde 1976, “Como escrever bem” influencia muita gente (On Writing Well. São Paulo: editora Fósforo, 2021. Tradução de Bernardo Ajzenberg).

    O livro é claro e direto, sendo um exemplo em si das normas que ele debate. Um candidato a autor deve, ele diz logo à partida, evitar o excesso. Superar o defeito de muitas palavras! Cortar, eliminar a abundância desnecessária. Se o conselho já é bom para quem cultiva jornalismo nos EUA, imagine-se no Brasil, onde a tradição bacharelesca associou rebuscamento à erudição e à inteligência. O autor identifica, inclusive, expressões longas. Você imaginou a frase “perdeu totalmente a habilidade para” e seria melhor “não conseguiu”. Uma verdadeira “navalha de Ockam” da escrita: se há duas frases, a mais direta e simples é a melhor. Escrever é cortar.

    Alguns conselhos são gramaticais: advérbios e adjetivos são, com frequência, dispensáveis. Os parágrafos devem ser curtos. Há diretrizes mais metodológicas: reescrever é aperfeiçoar a escrita. Todo escrito apresenta algum problema com o começo; aceite o entrave dos princípios. Outras são digressões sobre subjetividade e pessoalidade de um texto. Há muitas indicações preciosas que me fizeram pensar e repensar o ato de escrever.

    O bom do livro é que apresenta capítulos específicos para entrevistas, depoimentos, histórias de família. Em alta nos EUA e ainda engatinhando por aqui, existem as histórias familiares. Ele oferece muitas indicações para quem se aventura nesse campo.

    Não quero acrescentar mais indicações a tantas do livro de Zinsser. Volto ao tripé que já escrevi nas crônicas: a) estude gramática formal, inclusive para abandoná-la de quando em vez; b) leia muito; c) encontre sua voz escrevendo e corrigindo bastante. Nem o livro do norte-americano nem esta sabedoria curta tripartite vão garantir que surja uma Clarice Lispector em cada lar, mas, com certeza, todos nós poderemos escrever melhor. Nada garantirá um talento literário, mas tudo o que você puder fazer, seguindo bons textos, pode melhorar seu desempenho na escrita.

    Encerro com um trecho lapidar do nosso autor: “Uma frase clara não é acidental. Poucas frases surgem prontas logo de cara, ou mesmo depois de duas ou três vezes. Lembre-se disso nos momentos de desespero. Se você acha difícil escrever, é porque é mesmo difícil”. Nunca perca a esperança de melhorar.

(Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,como-escrever-bem,70004121858. Leandro Karnal. O Estado de São Paulo. Publicado em: 27/07/2022.)

Considere as construções a seguir:


I.No meio da década de 1970, ele decidiu transformar seu curso sobre escrita [...]”.

II.O livro é claro e direto, sendo um exemplo em si das normas que ele debate.”

III. “[...] imagine-se no Brasil, onde a tradição bacharelesca associou rebuscamento à erudição e à inteligência.”


A exclusão da vírgula altera o sentido do que se enuncia apenas em

Alternativas
Q1983657 Português
Em todas as frases abaixo há o emprego de termos informais. Assinale aquela em que o termo sublinhado foi adequadamente substituído por um correspondente formal.
Alternativas
Q1983655 Português
A frase a seguir em que a preposição DE tem valor gramatical ou relacional e não simplesmente um valor nocional, é:
Alternativas
Q1983650 Português
“As mulheres dos outros candidatos ao governo do estado de São Paulo são simplesmente esposas. Eu não. Sou Marta Suplicy.”
Nessa frase, o termo “simplesmente” é o que se chama modalizador, ou seja, um elemento gramatical ou lexical por meio do qual o enunciador manifesta determinada atitude em relação ao conteúdo expresso. Nesse caso, manifesta desprezo. A frase abaixo, de Machado de Assis, em que o mesmo vocábulo não é um modalizador é: 
Alternativas
Respostas
13721: D
13722: D
13723: D
13724: B
13725: C
13726: A
13727: D
13728: B
13729: D
13730: A
13731: B
13732: E
13733: D
13734: C
13735: C
13736: D
13737: C
13738: E
13739: B
13740: B