Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q2571092 Português
2024 não é exatamente 2024 

    O ano que começa na segunda-feira (1º) é – supostamente – 2024 depois de Cristo, de acordo com o calendário que seguimos principalmente no Ocidente. Porém, na realidade não se trata do ano 2024 após o nascimento de Cristo, pois, segundo historiadores, esse número é o resultado de um cálculo que hoje sabemos estar errado. Ou seja: o Messias do cristianismo não teria nascido há exatamente 2024 anos. As gerações iniciais de cristãos não contavam os anos com base na data do nascimento de Jesus. À época vivendo no Império Romano, __________ diferentes critérios para manter as contas.
    Uma delas, por exemplo, foi tomar como referência a data da fundação de Roma (que se expressava com a expressão latina ab urbe condita, ou seja, “desde a fundação da cidade”). __________ também sistemas que não envolviam numeração, como identificar os anos de acordo com quem eram os governantes no poder ou qual edição das Olimpíadas estava sendo realizada. “Quando já eram cristãos há vários séculos, perceberam que a data do nascimento de Jesus era uma boa referência, mas não sabiam quando ele nasceu exatamente”, disse Lorena Pérez Yarza, professora de História das Religiões pela Universidade Carlos III. Dedicaram-se então a buscar referências em textos religiosos e históricos, analisando, por exemplo, censos e cronologias de governadores.
    Dionísio, o Exíguo, um monge sírio que morava em Roma e era matemático, fez cálculos e chegou à conclusão por volta do ano 532 d.C. que Jesus havia nascido no ano 754 ab urbe condita. Logo, o monge propôs que esse ano fosse denominado 1 e esta classificação difundiu-se ao longo do tempo, embora não simultaneamente em todos os territórios.
    Séculos mais tarde, estudiosos notaram “imprecisões históricas”, refizeram cálculos e determinaram que Jesus não nasceu entre os anos 1 a.C. e 1 d.C., mas possivelmente três anos antes da chamada era de Cristo. “Uma das muitas chaves para os cálculos foi o governo de Herodes. O relato bíblico no Evangelho de Mateus diz que, no momento do nascimento de Jesus, Herodes ordenou a matança de crianças de apenas dois anos em Belém para se livrar de um recém-nascido a quem ‘os sábios do oriente designaram como o rei dos judeus’. O nascimento do Messias, portanto, teve que ser colocado dentro dos anos do reinado de Herodes na Judéia”, explica Yarza.
    No momento em que foi detectado o erro de cálculo, a contagem já estava consolidada e amplamente difundida, logo, decidiu-se não fazer modificações.

Ángela Reyes Haczek – CNN Brasil. Adaptado.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, assinalar a alternativa que classifica CORRETAMENTE a palavra sublinhada.
Logo, o monge propôs que esse ano fosse denominado 1 e esta classificação difundiu-se ao longo do tempo, embora não simultaneamente em todos os territórios. 
Alternativas
Q2569331 Português

O fim das redes sociais


Cada vez menos “sociais", as redes têm implicações


de uso muito maiores do que se pensa


Marcelo Vidigal M de Barros



    As redes sociais tornaram-se as principais plataformas de geração e distribuição de conteúdo, ofuscando os antigos e poderosos canais de TV, rádios e jornais. Então, não surpreende que sua influência venha chamando a atenção dos governos e da sociedade, lá fora e aqui. (...) Ainda que as pessoas, em geral, tenham percebido diferenças em seus feeds, muita gente ainda não entendeu o alcance e as implicações das mudanças recentes, que se aceleraram nos últimos 12 meses. (...)


     Com o crescimento do TikTok e a mudança dos feeds do Facebook e Instagram para um modelo de recomendação baseado em algoritmos, entramos em uma nova era; o algoritmo passou a privilegiar o conteúdo que entende ser mais interessante para você, e não mais o que seus amigos estão postando. Se o algoritmo identificar que você gosta de futebol, por exemplo, vai te apresentar mais vídeos com os golaços da última rodada. A novidade, porém, é que, logo abaixo de um lance mágico do Messi, o algoritmo, agora, mostra um “frango” em uma pelada da periferia, postado por alguém fora de sua rede.


     Neste novo padrão de recomendação, o componente “social”, isto é, o conteúdo distribuído por sua rede, perdeu importância. (...) E neste novo modelo, temos à disposição todo o conteúdo da plataforma, e não ficamos limitados apenas à nossa rede. (...)


    Quando a recomendação de conteúdos era definida apenas pela quantidade de seguidores e likes, os grandes influenciadores conquistaram o poder de definir comportamentos, influenciar nosso consumo e ganhar muito com isso. (...) Não é à toa que, em 2022, Kim Kardashian e duas das maiores influenciadoras do mundo apoiaram a campanha “Make Instagram Instagram again”, uma tentativa de reverter a decisão da empresa de não dar preferência às postagens publicadas por “amigos”.


       Esta é a grande mudança. E uma mudança grande, ao mesmo tempo. Migramos para uma versão das mídias sociais dominada por algoritmos e não por influenciadores. Em contraste com o modelo antigo, quando a competição era por popularidade, no novo modelo, a competição é por relevância de conteúdo; quanto maior for o match do conteúdo sugerido com o que cada um de nós gosta, maior será o nosso tempo de permanência nestas plataformas. (...) 



    O crescimento do TikTok tem sido usualmente atribuído à rejeição da nova geração às redes mais maduras, como o Instagram. (...) Com a entrada dos algoritmos na jogada, pelo menos no curto prazo, haverá uma ampliação dos problemas atuais de polarização e radicalização.


    Ainda há muito por vir, e é impossível prever todas as consequências desta mudança, mas, ao entendermos melhor as primeiras implicações, podemos estar mais preparados para os desafios que, como sociedade, temos pela frente.



Adaptado de: https://exame.com/lideres-


extraordinarios/governanca/o-fim-das-redes-sociais. Acesso em:


30 out. 2023. 

Assinale a alternativa em que haja, entre parênteses, o valor semântico correto para o trecho destacado.
Alternativas
Q2569061 Português
Ministério da Saúde lança nova campanha de vacinação contra covid-19


   Após receber a primeira remessa de doses atualizadas contra a covid-19, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha de vacinação contra a doença. A proposta é imunizar pelo menos 70 milhões de pessoas.

   Na primeira quinzena de maio, o Brasil recebeu 9,5 milhões de doses atualizadas com a variante XBB.1.5. Em nota, o ministério informou que as vacinas estão em processo de distribuição aos estados, de acordo com o agendamento junto à operadora logística.

   “Muitos estados já começaram a aplicar as vacinas monovalentes XBB. O primeiro lote começou a ser entregue no dia 9 de maio aos estados, que têm autonomia para começar a aplicação imediatamente.”

  O quantitativo de doses, segundo a pasta, configura uma espécie de aquisição emergencial, suficiente para abastecer estados e municípios até que as próximas aquisições sejam concluídas.

   “As primeiras doses possuem data de validade para os meses de junho e julho de 2024, inscrita nos frascos, mas estendida pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para setembro e outubro de 2024, conforme recomendado por órgãos de avalição internacional.”

    De acordo com a pasta, o perfil de segurança da vacina covid-19 monovalente XBB é conhecido em razão do amplo uso em outros países e semelhante ao das versões bivalentes, “com a vantagem adicional de ser adaptada para a variante XBB.1.5”.

    “As vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são eficazes, efetivas, seguras e passam por um rigoroso processo de controle de qualidade antes de chegarem aos braços da população.”

    “O Ministério da Saúde enfatiza que as vacinas disponíveis nos postos de vacinação continuam efetivas contra as variantes em circulação no país. O esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, quando recomendado, é essencial para evitar formas graves e óbitos pela doença”, destaca a pasta.


Disponível em: https://www.clickpb.com.br.Acesso em: 28/05/2024 (Adaptado)

Em “O quantitativo de doses, segundo a pasta, configura uma espécie de aquisição emergencial ...”


A palavra destacada pode ser substituída, sem alterar o sentido do trecho, por

Alternativas
Q2567925 Português

TEXTO 02

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.

Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.

Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda.

À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.

Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.

(COLASANTI, M. Um espinho de marfim. Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 88-89) 

Releia este trecho:
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos.”
Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F)
( ) A primeira oração é subordinada causal, visto que trata da razão pela qual o marido tomas algumas decisões. ( ) A conjunção “e”, (nas duas ocorrências em que aparece) apesar de ser aditiva, no texto, tem valor adversativo, pois mostra uma ideia oposta do que deveria ser feito. ( ) “Apesar disso” possui ideia de concessão. ( ) Em “mandou que descesse a bainha” o termo “que” é uma conjunção integrante.
A sequência CORRETA é
Alternativas
Q2567716 Português
      Que tal uma crônica sobre o motivo de as palavras crônica e crônico serem tão parecidas, sendo tão diferentes? É claro que, em termos ideais, o cronista deve fazer da crônica um exercício crônico; se não ______ fizer, bom cronista não será.

       No entanto, o que esse modelo de texto jornalístico-literário breve, inapelavelmente ameno, tem a ver com a doença que não vai embora, com a dor que não passa — com tudo aquilo em que o tempo, durando, grita presente? O que une o crônico e a crônica?


Fonte: Portal Folha de São Paulo. Adaptado. 
O termo “No entanto”, em destaque no segundo parágrafo, estabelece no excerto uma relação de:
Alternativas
Q2567712 Português
É preciso proteger o livro, quem o produz e quem o lê


Sevani Matos, Dante Cid e Ângelo Xavier



      “Por vezes ganhamos mais experiência com o que lemos do que com o que vemos”, nos sentencia Miguel de Cervantes. Ele faleceu em 1616, por coincidência no mesmo dia de outros dois grandes escritores, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Veja: 23 de abril, quando celebramos o Dia Mundial do Livro.

      É uma data para homenagear não apenas os que têm o ofício da escrita, mas também todos aqueles envolvidos no segmento: editores, tradutores, ilustradores, revisores. E não se pode esquecer, claro, dos leitores. Afinal, é por eles que toda essa cadeia de produção se movimenta. Mas também nesta data celebramos o Dia do Direito do Autor.

     Trata-se, _________, de oportunidade ímpar para se discutir o papel do criador e seu consequente reconhecimento. Uma obra – literária ou não – é fruto não apenas de um lampejo criativo individual, mas de um empenho que deve ser reconhecido pela sociedade, legalmente passível de proteção econômica, por meio de leis nacionais e tratados internacionais de direitos autorais.

        Num mundo que debate os impactos da inteligência artificial (IA) na sociedade, é ainda mais imperioso discutirmos o direito do autor. Afinal, o bom desempenho de ferramentas de IA generativa está diretamente relacionado ao uso que se faz de criações e obras de criadores diversos, como os escritores.

     É fato que as big techs, que faturam bilhões e alardeiam pesados investimentos em inovação, desconsideram totalmente os direitos autorais de quem produz as obras que garantem o êxito das ferramentas de IA generativa.

     Em fevereiro deste ano, o Copyright Committe da IPA, instituição da qual a Abrelivros, a CBL e o SNEL são membros, emitiu um posicionamento a favor do arcabouço jurídico existente. A instituição entende que a compilação, o tratamento, o armazenamento e a cópia de obras autorais para treinar modelos de IA implicam direitos exclusivos dos autores que não podem e não devem ser ignorados. Ou seja, empresas de IA generativa têm o dever de licenciar obras que pretendam utilizar em seu benefício.

      Não custa lembrar que os princípios básicos norteadores dos direitos dos autores levam em consideração questões de ética e transparência. Acreditamos que o respeito aos direitos autorais é de extrema relevância para que se assegure uma produção literária e artística de qualidade, em prol do desenvolvimento social e cultural de uma nação. Lutar por uma indústria editorial robusta é um preceito de quem defende a pluralidade de ideias, a disseminação do conhecimento e a liberdade de expressão.

      Somos sabedores de que, na era digital, o licenciamento e o registro de direitos são ainda mais fáceis de realizar, de forma rápida e segura. Discutir como proteger o direito do autor em tempos de IA é, portanto, urgente. E esse debate é ainda mais crucial quando pensamos que, nos últimos tempos, o livro tem sido, no Brasil e em várias partes do mundo, alvo de ataques e censuras.

   Calar a voz do autor e silenciar os seus direitos são um gigantesco retrocesso civilizatório. 



Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/04/e-preciso-proteger-o-livro-quem-o-produz-e-quem-o-le.shtml/. Adaptado.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna no terceiro parágrafo, mantendo-se o sentido pretendido no texto.
Alternativas
Q2565176 Português
Fluoretação da Água


     A díade água-saúde é reconhecida pela humanidade desde tempos imemoriais, seja por representar risco seja por se associar à proteção da vida. Há aproximadamente um século, conhecimentos científicos vincularam os fluoretos, presentes em águas, ao risco do que atualmente identificamos como “fluorose dentária”, uma anomalia de formação do esmalte dentário derivada da exposição prolongada ao halogênio, mas, também, à prevenção da cárie dentária, quando os teores de fluoretos se situam em patamares compatíveis com a produção desse benefício.

     Na comunidade científica não há dúvida quanto à segurança dessa exposição para a saúde humana, o que faz da fluoretação da água de abastecimento público uma tecnologia de saúde pública amplamente utilizada em vários países, como: Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, dentre outros. Toda a água tem alguma quantidade de fluoreto e a tecnologia consiste no ajuste da sua concentração para valores em torno de 0,7mg por litro.

    No Brasil, em 1974 tornou-se obrigatório o uso dessa tecnologia preventiva em todas as estações de tratamento de água. A política pública é considerada uma das estratégias responsáveis por significativo declínio da experiência de cárie na população infantil e adolescente brasileira, projetando um distinto padrão de saúde bucal para as próximas gerações.

    Muito já se escreveu sobre o tema, que deveria estar relativamente “pacificado” em meio às evidências científicas do campo sanitário na contemporaneidade, no entanto, a controvérsia acerca da fluoretação da água continua viva em vários países — com cobertura na literatura científica, na mídia impressa e internet.

  Um estudo pesquisou nos EUA o tráfego mensal de comunicação virtual em sítios eletrônicos, cujo escopo era discutir fluoretação. O período considerado foi entre junho de 2011 e maio de 2012. Facebook, Twitter, YouTube foram monitorados e a atividade “fluoretação” foi categorizada em função dos dois grupos antagônicos de internautas: “pró” ou “anti”. Os tweets do Twitter foram ainda subcategorizados conforme os principais argumentos (tags) usados pelos ativistas. Como resultado, descobriu-se que a atividade “anti” gerou um tráfego informacional que excedeu largamente a atividade “pró”. Os números comparados mostram uma diferença de cinco a 60 vezes, dependendo da mídia analisada.

   “Veneno”, “câncer” e “inútil” foram as três principais especulações usadas contra a fluoretação, destituídas de substancial fundamentação científica. Geralmente, são mensagens com estratégias persuasivas que são intelectualmente problemáticas, fazendo uso de embustes verbais e sofismas lógicos catalogados na literatura filosófica e sociológica: falácia do espantalho, falsa dicotomia e maniqueísmo, “duplipensar”, falácia da omissão, redução ao absurdo, redução ad hominem, distorção de fatos, omissão de fontes, mitos insistidos, teoria da conspiração e paranoia social.

    Surpreendentemente, a “fluorose”, que poderia ser o argumento mais comentado, inclusive por se tratar de um tema extensivamente pesquisado pelo grupo “pró”, não apareceu entre os três primeiros, embora haja farto material científico (incluindo revisões sistemáticas) que poderia informar o debate em nível mais elevado.


Faculdade de Saúde Pública Universidade de São Paulo.
Adaptado.
Em: “No entanto, a controvérsia acerca da fluoretação da água continua viva em vários países [...]”, poderíamos, sem prejuízo de sentido, substituir a conjunção sublinhada por:
Alternativas
Q2564642 Português
O nascer da Terra


     Às vezes tento imaginar o mundo sem literatura. Eu sentiria falta dos livros nos aviões. Livrarias e bibliotecas teriam espaço de sobra nas estantes (e as minhas não estariam transbordando). A indústria editorial não existiria como a conhecemos, nem a Amazon, e não haveria nada em minha mesa de cabeceira quando não consigo dormir à noite.

     Tudo isso seria lamentável, mas mal arranha a superfície do que seria perdido se a literatura nunca tivesse existido, se as histórias só fossem contadas oralmente e nunca tivessem sido escritas. Um mundo assim é quase impossível de imaginar. Nosso sentido de história, da ascensão e queda de impérios e nações, seria completamente diferente. A maior parte das ideias filosóficas e políticas nunca teria existido, ou teria sido esquecida, porquanto a literatura que deu origem a elas não teria sido escrita. Quase todas as crenças religiosas desapareceriam com as escrituras em que foram expressas.

      A literatura não é apenas para os amantes dos livros. Desde que surgiu, hã 4 mil anos, ela moldou a vida da maioria dos seres humanos que vivem no planeta Terra.


(Adaptado de: PUCHNER, Martin. O mundo da escrita. Trad. SOARES, Pedro Maia. São Paulo: Companhia das Letras, 2019)
A relação estabelecida pela oração subordinada porquanto a literatura que deu origem a elas não teria sido escrita (2º parágrafo) em relação à principal é de:
Alternativas
Q2564174 Português
Assinale a opção em que a frase inicial, introduzida pela conjunção “se”, não apresenta valor de condição.
Alternativas
Q2563524 Português
    Mais de um terço da população do planeta está acima do peso. E esse é um problema de saúde pública que só tende a piorar com o combo celulares e comida ultraprocessada.

    Esse dado tem uma correlação altíssima com as condições socioeconômicas de cada região: quanto mais rica a população, maior o acesso a alimentos saudáveis. Mas não se resume a isso.

    O primeiro ponto é que o acesso a alimentos ultraprocessados — que são, de longe, os piores à saúde — é cada vez mais fácil e barato em países pobres. Enquanto isso, a população de países ricos, que é mais educada e tem mais acesso à mídia, está cada vez mais consciente do perigo de viver de comida ___________ e salgadinho.

    Uma série de artigos publicados em 2019 constata que 48 de 126 países avaliados __________ o que se denomina “fardo duplo da desnutrição“: epidemias simultâneas de fome e obesidade. A maioria deles está localizada nas regiões mais pobres da África e da Ásia, e não no mundo desenvolvido.

    O acesso cada vez maior à tecnologia — hoje, já existem mais pessoas com celulares do que com privadas no mundo — diminui a frequência com que as crianças se ___________ e piora os casos de obesidade infantil: calculase que os casos no Brasil vão quadruplicar até 2030 em relação ao patamar dos anos 2010.

    Enquanto isso, os empregos de remuneração baixa, em que o sedentarismo é quase sempre regra, se multiplicam. Em suma: caminhamos para um mundo com cada vez mais sobrepeso, e isso é um problema de saúde pública.


Bruno Vaiano. Superinteressante. Com adaptações.
No trecho “Mais de um terço da população do planeta está acima do peso. E esse é um problema de saúde pública que só tende a piorar com o combo celulares e comida ultraprocessada.”, a conjunção destacada foi usada com a finalidade de:
Alternativas
Q2562859 Português

Texto para o item.


    

                       

               Internet: <www4.fo.usp.br> (com adaptações).

Com base na estrutura linguística do texto e em sua tipologia, julgue o item seguinte. 


A conjunção “mas” (linha 20) introduz ideia de contraste em relação à informação presente no início do período.

Alternativas
Q2562858 Português

Texto para o item.


    

                       

               Internet: <www4.fo.usp.br> (com adaptações).

Com base na estrutura linguística do texto e em sua tipologia, julgue o item seguinte. 


A conjunção “porque” (linha 15) poderia ser substituída no texto, mantendo‑se a correção gramatical, por onde.

Alternativas
Q2560665 Português
Marque a alternativa que explica corretamente a função das conjunções subordinativas: 
Alternativas
Q2559786 Português

O poder dos nomes compostos


Por Fabrício Carpinejar







(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2024/06/o-poder-dos-nomes-compostoshtml – texto adaptado especialmente para esta prova).


Considerando o fragmento “Não se enjoava de si, dispunha de mais de uma maneira de se declarar”, assinale a alternativa que apresenta a classe gramatical que NÃO se encontra no trecho. 
Alternativas
Q2559549 Português
O texto a seguir serve de base para a resolução da questão.

TEXTO II

A seguir, você lerá um trecho do livro Viagens de Gulliver, um clássico da literatura universal, escrito por Jonathan Swift, publicado em 1726. O trecho foi extraído da Parte III do Capítulo 5 do livro.


Viagens de Gulliver

        Fizemos um passeio para a outra parte da academia, onde, como já disse, moravam os cientistas de estudos especulativos.
        O primeiro professor que encontrei estava numa sala muito grande, com quarenta alunos em torno dele. Depois das saudações, tendo observado que eu olhava com curiosidade para um painel, /.../, disse ele, que “talvez eu pudesse gostar de vê-lo utilizando um projeto para a melhoria do conhecimento especulativo, por meio das operações práticas e mecânicas.”
        /.../ Todos sabiam como era trabalhoso o método atual para a conquista das artes e das ciências, ao passo que, graças às suas ideias, a pessoa mais ignorante, a um custo acessível, e com pouco esforço físico, poderia escrever livros de filosofia, poesia, política, direito, matemática e teologia, sem necessidade de recorrer ao auxílio de um gênio ou através de estudo.
        Ele então me conduziu até o painel, /.../. As superfícies eram compostas por vários pedaços de madeira, aproximadamente do tamanho de um dado, porém alguns eram maiores que os outros. Todos eles eram ligados juntos por meio de finos arames. Esses pedaços de madeira eram cobertos, em cada quadrado, com papéis colados a eles, e sobre estes papéis estavam escritas todas as palavras do idioma deles, em seus mais diversos modos, tempos e declinações, porém sem nenhuma ordem.
        O professor então quis que eu “observasse, porque ele iria colocar seu mecanismo em funcionamento.” Os alunos, sob sua direção, seguravam cada um deles uma alça de ferro, das quais havia quarenta fixadas em torno das extremidades do painel, e, dando-lhes uma volta súbita, toda a disposição das palavras se modificava totalmente. Pediu então para que trinta e seis dos garotos lessem vagarosamente as diversas linhas, à medida que elas apareciam no painel, e, quando eles encontravam três ou quatro palavras juntas que pudessem fazer parte de uma sentença, eles ditavam para os quatro garotos restantes, que eram os escreventes.
        /.../ Esta operação foi repetida três ou quatro vezes, e em cada volta, o mecanismo era tão bem planejado, que as palavras se moviam para novos lugares, à medida que os pedaços de madeira quadrados se movimentavam de cima para baixo.
        Seis horas por dia eram empregadas pelos estudantes para a realização desta tarefa, e o professor me mostrou vários volumes em grande formato, já colecionados, de frases incompletas, as quais ele pretendia montar, e além dessa riqueza de material, com a finalidade de oferecer ao mundo uma obra completa de todas as artes e ciências, as quais, todavia, poderiam ainda serem melhoradas, e em muito aceleradas, se o público criasse um fundo para construção e utilização de quinhentos painéis como aquele em Legado, e obrigasse os diretores a contribuírem conjuntamente com suas inúmeras coleções.
        Ele me garantiu que naquela invenção havia utilizado toda a inteligência da sua juventude, que ele havia esgotado todo o vocabulário com o seu painel, e havia feito um cálculo rigoroso da proporção geral que havia nos livros entre os números de partículas, substantivos e verbos, e outros componentes de uma oração.
Dentre os vários elementos usados no texto, julgue o item que aponta valor semântico incorreto entre parênteses para a expressão em destaque:
Alternativas
Q2559541 Português
Leia o texto abaixo a fim de responder à questão.

TEXTO I
Criado robô que escreve poesia desenvolvida por Inteligência Artificial 
Por Cátia Santos – 1º de dezembro de 2021


        Embora os robôs sejam criados para realizar tarefas muito específicas e mecânicas, os avanços na tecnologia permitiram que eles aprendessem sobre suas habilidades particulares. Ai-Da, por exemplo, é um verdadeiro artista capaz de pintar, desenhar, esculpir e escrever poesia.
        Este robô utiliza um modelo sofisticado de linguagem, uma base de dados de palavras e uma análise de padrões de fala.
        A apresentação do Ai-Da realizou-se no Ashmolean Museum na Universidade de Oxford na passada sexta-feira, tendo o robô feito parte de uma exposição em homenagem ao 700º aniversário da morte do poeta Dante Alighieri. Além de escrever poemas, através do recurso à Inteligência Artificial, o robô consegue ser capaz de pintar, desenhar e esculpir.
        Ao contrário dos poetas humanos, a inspiração de Ai-Da é baseada em 14.233 versos da “Divina Comédia” de Dante Alighieri, uma base de palavras e programas de análise de padrões de fala. Depois de processar as centenas de linhas, o robô humanoide usou algoritmos para criar um poema.
        Dado o crescente avanço dos modelos linguísticos, Aidan Meller [criador do Ai-Da] acredita que, em breve, “serão completamente indistinguíveis dos textos humanos”. /.../ Na verdade, em entrevista à CNN, o criador do Ai-Da disse que o robô é capaz de imitar tão bem a caligrafia de um humano que, se lermos, não saberemos que não foi escrito por um. Meller acrescentou ainda que, embora não veja a poesia de Ai-Da como uma real competição com os poetas humanos, ele admite que é “fundamentalmente perturbador”, tendo em conta a qualidade de trabalho apresentada pelo robô.
Fonte: The Guardian. (Disponível em: https://www.maistecnologia.com/criado-robo-que-escrevepoesia-desenvolvida-por-inteligencia-artificial/. Acesso em 13/03/2023)

Leia o fragmento a seguir que serve de base para a questão:

Embora os robôs sejam criados para realizar tarefas muito específicas e mecânicas, os avanços na tecnologia permitiram que eles aprendessem sobre suas habilidades particulares.


Os elementos coesivos são classes morfológicas usadas para auxiliarem na construção de sentido entre as ideias presentes em um texto. A partir disso, entende-se que os vocábulos em destaque expressam o respectivo valor semântico de.
Alternativas
Q2557159 Português
No período: “Quero que você me diga se poderá me ajudar.” – As palavras destacadas são, respectivamente:
Alternativas
Q2556958 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Ser Humano Frente as Crises

Muitos devem conhecer um pequeno conto sobre um pai e filho que viajavam de trem, em um percurso que duraria aproximadamente uma hora.

O pai se acomoda no assento, dispondo a ler uma revista para se distrair e a criança o interrompe perguntando-lhe:

− O que é isso, papai?

O homem se volta para ver o que o filho assinalava pela janela e responde:

− É uma granja, meu filho.

Ao retomar sua leitura, outra vez lhe pergunta a criança:

− Já vamos chegar?

E o homem responde que ainda faltava muito.

Retorna a sua leitura. Mal havia lido o primeiro parágrafo de sua revista quando o pequeno lhe faz outra pergunta e, após esta, outras mais.

O pai, já exasperado, buscando uma solução para distrair o filho, encontra em uma página da revista o mapa do mundo. Corta-o em pedacinhos e repassa a criança, dizendo-lhe que se tratava de um quebra-cabeça e que ele o montasse.

Feliz, o pai se acomoda em seu assento, seguro de que a criança estaria entretida durante todo o trajeto.

Entretanto, mal recomeçara a ler sua revista, quando a criança exclama:

− Já terminei!

− Impossível! Não posso acreditar! Tão rápido?

Diante dele estava o mapa do mundo, perfeito.

Então, pergunta:

− Como você conseguiu montar o mundo tão rápido?

O filho responde:

− Eu não me fixei no mundo: atrás da folha estava a figura de um homem. Compus o homem e o mundo ficou consertado.

O homem ficou sem palavras, a criança não.

Às vezes é preciso prestar atenção nas crianças pois ela nos ensina profundas lições. 


Fonte: https://www.acropole.org.br/reflexoes-filosoficas/o-ser-humano-frente-a s-crises/?gclid=EAIaIQobChMIuc2o7ZSIhAMV_TetBh0xrQtLEAAYASA AEgIhJ_D_BwE
Na frase "ENTRETANTO, mal recomeçara a ler sua revista, quando a criança exclama..." a palavra em destaque só NÃO pode ser substituída por: 
Alternativas
Q2556722 Português

Texto CB1A2-II


    O poder manifesta-se em relações de uso do território, materializado ou virtualizado pelas formas de atuação dos atores sociais locais. Sendo assim, poder é uma relação estabelecida entre interesses divergentes com fins específicos de utilização do território. Os conflitos gerados pelo uso do território também são formas de poder, embora muitas vezes o poder esteja em risco. O poder é a objetivação política do território utilizado para se atingir determinado objetivo, e um de seus recursos é o convencimento do outro. 

    Quais são os atores sociais que mais partilham o poder e que interesses estão em jogo? Em que esfera social ou política o poder se torna mais ativo? Estamos numa diferenciação entre o poder formal, institucional, e o poder informal advindo dos movimentos sociais. O formal seria aquele da instituição política, vinculada à ideia da esfera municipal, estadual e federal; e o poder informal é o da sociedade civil organizada, incorporado no papel dos movimentos sociais diversos e de seus representantes junto às três esferas que mencionamos.

    Não estamos querendo dizer que entre essas escalas não acontecem associações; o que queremos, para fim de análise, é diferenciar seu campo de negociação. Sabemos que, entre essas escalas, ocorrem interferências, seja no poder formal, seja no poder informal, e que, entre esses poderes, há uma dialética na definição das formas de desenvolvimento e de uso no território.


João Márcio Palheta da Silva. Poder, governo e território na sociedade contemporânea. Internet: (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos a aspectos linguísticos do texto CB1A2-II e às ideias nele apresentadas.

No terceiro período do primeiro parágrafo, o termo “embora” introduz uma oração que expressa, em relação à oração anterior, sentido explicativo. 
Alternativas
Respostas
501: A
502: D
503: B
504: E
505: B
506: E
507: C
508: C
509: C
510: B
511: C
512: C
513: E
514: B
515: C
516: C
517: C
518: B
519: B
520: E