Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre tipos de documentos em redação oficial
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A respeito do correio eletrônico como documento oficial, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa a seguir.
( ) Deve ser utilizado como alternativa de comunicação interna, pois não representa documento oficial perante empresas e órgãos externos.
( ) Admite informalidade no tratamento do destinatário, já que é também usualmente empregado para o envio de mensagens de caráter particular.
( ) Trata-se de uma comunicação ágil e eficaz, que exige padrões de qualidade próprios à redação oficial, tais como correção, polidez e cortesia.
( ) Assemelha-se ao memorando no que tange à estrutura da mensagem,mas não em relação ao caráter do assunto tratado, que deve ser público, em memorandos, e público ou privado,em correios eletrônicos.
A sequência correta éConsiderando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue o item que se segue de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.
A exposição de motivos e a mensagem diferem no que se
refere à indicação do local e da data. Enquanto a exposição
de motivos segue o padrão ofício em relação a esse aspecto,
a mensagem não o segue, ao trazer a indicação do local e
da data a 2 cm do final do seu texto.
O e-mail é uma fantástica ferramenta que conseguiu atender, simultaneamente, duas exigências imprescindíveis à boa comunicação corporativa: a velocidade, quase instantânea, com que a informação precisa circular; e a necessidade de compartilhar, de imediato, a informação com os funcionários da empresa, seus clientes e parceiros, setores governamentais e sociedade em geral. Entretanto, algumas etapas e cuidados na elaboração de e-mails empresariais são imprescindíveis, tais como:
I. O vocativo pode ser substituído por uma saudação, como “Bom dia, Sr. Ricardo” ou “Boa tarde, Sr. Paulo”.
II. Na despedida, para situações formais, poderá ser usado “Atenciosamente”, utilizando o termo “Att.”.
III. Na assinatura, aparecerão as informações que identificam o remetente, tais como nome completo, cargo ou função, telefone, site e e-mail.
IV. No texto, poderão ser utilizados grafismos para substituir as expressões usadas no cotidiano.
Quais estão corretas?
[...]
Fui ao presídio feminino Nelson Hungria, convidado para dar uma pequena palestra sobre o livro e a liberdade. Uma biblioteca breve e bem escolhida foi a primeira surpresa, além das cores com que as alunas pintaram a escola da unidade. Depois, todos aqueles olhos, atravessados por uma fome de mudança, rostos variados, tantos, boa parte dos quais cheios de comoção. Olhos em que brilha a obstinada luz do “ainda-não”, que as faz seguir em frente, com a geografia particular de seus afetos. Chamam-se Marisa, Teresa, Maria. Mas que importam os nomes? Não quiseram saber de meu passado e eu tampouco me interessei pelo passado daquelas senhoras. Como disse Agostinho, o passado deixou de ser e o futuro não veio. Portanto, só há presente. E estávamos ali convocados pela duríssima beleza do agora.
Lembrei a todas que sonhamos de olhos abertos, sobretudo de olhos abertos, como disse Ernst Bloch, e que o presente só faz sentido através da construção que se faça da matéria viscosa dos sonhos, do tempo que virá por antecipação. Disse-lhes que eram noivas de um belo e atraente senhor, a quem deveriam fazer a corte e conquistar com arrebatada decisão: o futuro. E tentamos avançar nessa direção.
As perguntas nos aproximaram, quebrando um mundo aparentemente dividido, nas malhas processuais ou nas franjas do Código Penal. Somos a mesma porção de humanidade, regidos pela poética do encontro e da boa vontade. Eu indagava silencioso se a Justiça terá olhos suficientes para alcançar essas moças e senhoras, que ainda me emocionam de tal modo que até o momento não sei definir o que vivi. Mas será mesmo preciso definir o que quer que fosse nessa esfera?
Fui almoçar depois com a diretora e as agentes penitenciárias. As cozinheiras são “moradoras” que preparam os pratos com suas próprias mãos. A fome silenciosa de justiça, no silêncio e no trabalho. Penso nas minhas mãos e nas suas, leitor. Penso nas mãos dos juízes e nas de nossas mães. Porque sem compaixão não há justiça.
Marco Lucchesi, publicado em O Globo, 27/11/13 - fragmento adaptado
disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/fome-de-justica-
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