Questões de Concurso
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O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, mudaram-se os padrões de beleza. Regras morais que eram vigentes passaram a ser consideradas nulas: hoje uma jovem pode fumar em público sem que a sua reputação seja ferida. Ao contrário de sua mãe, pode ceder um beijo ao namorado em plena luz do dia. Tais fatos atestam que as mudanças de costumes são bastante comuns. Entretanto, elas não ocorrem com a tranquilidade que descrevemos. Cada mudança, por menor que seja, representa o desenlace de numerosos conflitos. Isso porque em cada momento as sociedades humanas são palco do embate entre as tendências conservadoras e as inovadoras. As primeiras pretendem manter os hábitos inalterados, muitas vezes atribuindo aos mesmos uma legitimidade de ordem sobrenatural. As segundas contestam a sua permanência e pretendem substituí-los por novos procedimentos.
(LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 96.)
A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:
1. As maneiras de ver o mundo, os julgamentos de valor, hábitos e comportamentos sociais são produtos de uma herança cultural. 2. O caráter dinâmico da cultura e as tentativas de mudanças nos costumes colocam em risco a preservação dos sistemas culturais. 3. O etnocentrismo designa a tendência em considerar lógico e coerente apenas o próprio sistema cultural, atribuindo aos demais um alto grau de irracionalismo. 4. Os sistemas culturais de sociedades simples são estáticos enquanto que os de sociedades complexas como a nossa são dinâmicos.
Assinale a alternativa correta.
Associe a coluna 1, que apresenta os seis principais fatores que compõem a multiplicidade dos valores culturais, com a coluna 2, que apresenta sucinta explicação de cada um desses valores. Em seguida, assinale a alternativa que corresponde à ordem correta de associações.
1) Valor estético
2) Valor social
3) Valor de existência
4) Valor espiritual
5) Valor político
( ) É o valor que deriva da satisfação que uma pessoa tem ao saber de determinado bem cultural, mesmo que não haja a intenção de visitá-lo ou adquiri-lo. Por exemplo, o valor da Muralha da China pode ser altíssimo para uma pessoa, embora ela eventualmente não tenha perspectivas de ir à China.
( ) É o valor que, com o passar do tempo, objetos do dia a dia, funcionais ou estéticos, passam também a assumir. Pode-se citar como exemplo os museus da moda e de objetos do cotidiano que se tornam antiguidades e representações únicas de um período.
( ) É o valor que as obras culturais podem ter, mais ou menos explícitos, em prol de uma ideologia do governo ou da classe hegemônica. Por exemplo, filmes de propaganda nazista ou ainda as produções cinematográficas dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.
( ) É o valor que reveste uma obra ou tradição de uma aura intocável, por exemplo, o valor cultural de um sítio arqueológico para os descendentes desta comunidade que o constituem como um lugar que não deve ser profanado.
( ) É o valor que reveste uma obra ou tradição de uma aura intocável, por exemplo, o valor cultural de um sítio arqueológico para os descendentes desta comunidade que o constituem como um lugar que não deve ser profanado.
( ) Trata-se do mais explícito dos valores culturais, deriva de um conjunto de percepções e julgamentos de valor da sociedade ou grupo que o analisa e do momento histórico em que isso é feito. Pode-se citar como ilustração a reação de admiração de Goethe diante do aqueduto de Spoleto, na Itália, no início do século XIX e seu comentário acerca de outras obras que não possuem propósitos:
“É essa então a terceira obra dos antigos, que tenho diante de mim e da qual observo a mesma marca, sempre grandiosa (...). Somente agora sinto com quanta razão sempre achei detestáveis as construções feitas por capricho(...). Todas coisas natimortas, já que o que não tem em si uma razão de existir não tem vida e não pode ser ou tornar-se grande.”
(GOETHE, J. W. apud REIS, A. C. F. Economia da cultura e desenvolvimento sustentável:
o caleidoscópio da cultura. São Paulo: Editora Manole, 2007, p. 21).