Questões de Concurso
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A indústria de transformação é o setor econômico capaz de afetar as estruturas da sociedade tipicamente capitalista, promovendo diversificação, progresso técnico e aumento das bases de arrecadação do Estado. Destarte, desde o início dos anos 2000, o debate sobre a desindustrialização no Brasil tem motivado discussões para a compreensão das relações entre as dinâmicas do investimento, produção e comércio exterior no país. Considerando aspectos históricos e estruturais, a desindustrialização brasileira pode ser compreendida como a desarticulação do sistema econômico nacional que foi erigido no período de industrialização por substituição de importações. Essa desarticulação tem enfraquecido as conexões comerciais e produtivas entre os distintos compartimentos industriais, que conectavam distintas porções territoriais do país, levando a um esgarçamento do tecido produtivo. O agravamento da desindustrialização tem incorrido em destruição do parque produtivo nacional, que se manifesta por meio da redução da produção, bem como da aceleração da reprimarização da pauta exportadora.
SAMPAIO, D. Desindustrialização e a política nacional de desenvolvimento regional no Brasil: breves notas. In: IPEA. Boletim Regional, Urbano e Ambiental. Brasília, DF: Ipea, n. 17, jul.-dez. 2017, p.30. Adaptado.
Nesse contexto, uma decorrência do processo de desindustrialização é caracterizada pela situação econômica de
Até 1990, a economia brasileira estava altamente protegida por várias barreiras tarifárias e não tarifárias ao comércio, e a política industrial era intervencionista, com grande variedade de incentivos, subsídios ao crédito e controle de preços. Um novo período de expansão se iniciou em 1993, marcado por uma liberalização. A principal preocupação de política econômica era a inflação. De uma taxa estável de 100% a.a. no início dos anos 1980, a inflação acelerou na maior parte da década, atingindo um pico de 2.574% a.a., em 1990. As medidas de política e a recessão reduziram a taxa um pouco em 1991 e 1992, mas a inflação acelerou novamente em 1993 e 1994. A resposta de política econômica incluiu pelo menos cinco planos distintos, procurando conter a inflação com um misto de controle de preços — ou congelamento — e tentativas de interromper a indexação.
HAY, D. A liberalização comercial brasileira após 1990 e o desempenho das grandes empresas industriais. In: IPEA. Pesquisa e Planejamento Econômico. Rio de Janeiro: Ipea, v. 30, n. 2, ago. 2000, p.185. Adaptado.
Nesse contexto, nos anos 1990, o plano que, com efeito, controlou a inflação nacional, reduzindo-a ao nível de 10%, foi o
O debate sobre as desigualdades regionais no Brasil, prevalecente na década de 1990, estabeleceu-se de modo muito pessimista em função das expectativas negativas que se tinha acerca dos prováveis efeitos do forte movimento de abertura comercial, financeira e produtiva que se implementou no período, marcado pelo baixo crescimento econômico, elevado desemprego e fraca atuação governamental. No setor industrial, as periferias avançaram firmemente, se tornando regiões de atração para empreendimentos que passaram por forte reestruturação de custos na região “central”, em prol da desconcentração produtiva.
MONTEIRO NETO, A. Desigualdades regionais no Brasil: características e tendências recentes. In: IPEA. Boletim Regional, Urbano e Ambiental. Brasília, DF: Ipea, n.9, 2014, p. 68. Adaptado.
O relativo avanço produtivo nas regiões periféricas, nesse período, é explicado pelo seguinte fator:
![Imagem associada para resolução da questão](https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/103445/q38.png)
(Disponível em: https://www.cvce.eu/en/obj/cartoon_. Acesso em: 28/11/2023.)
A charge se refere ao período da Guerra Fria, que teve como características, EXCETO: