Durante a pandemia, Tadeu descumpriu levianamente
regras determinadas pelas autoridades sanitárias, tendo
frequentado festas e deixado de usar equipamentos de proteção
individual em diversos momentos. Depois de apresentar sintomas
de covid-19, buscou atendimento hospitalar. Ao ser avaliado pelo
médico, Geraldo, verificou-se a necessidade de internação de
Tadeu, com o uso de respirador artificial. Havia apenas um
respirador na região, o qual foi disponibilizado a Tadeu. De
acordo com o prognóstico médico, caso não fizesse uso do
aparelho, Tadeu provavelmente morreria, mas com o tratamento
adequado poderia obter plena recuperação em algumas semanas.
Nesse mesmo dia, deu entrada no hospital, também vítima de
covid-19, o paciente Jeferson, que havia adotado todas as
precauções necessárias para evitar a contaminação, mas ainda
assim contraíra o vírus. Seu quadro clínico é idêntico ao de
Tadeu e o prognóstico é o mesmo. No entanto, não havia outro
respirador artificial no hospital nem em unidades de saúde
próximas, não existindo possibilidade de transferi-lo. A única
solução seria retirar Tadeu do aparelho e submeter Jeferson ao
tratamento, o que Geraldo se negou a fazer, oferecendo outros
cuidados a Jeferson. Não obstante os esforços de Geraldo,
Jeferson morreu em algumas horas, o que poderia ser evitado
pelo uso do respirador.
Nessa situação hipotética, Geraldo