Questões de Concurso
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Em 2017, o número de pessoas deslocadas por guerras, violência e perseguições bateu um novo recorde pelo quinto ano consecutivo. Do total de indivíduos forçados a se deslocar, 25,4 milhões haviam cruzado fronteiras, tornando-se refugiados. Os números são do relatório anual Tendências Globais, divulgado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
A respeito de tal situação, é correto afirmar que:
A respeito do Tratado Integral e Progressista de Associação Transpacífico (TPP11), identifique os itens certos e os itens errados.
( ) Foi assinado com a previsão de medidas protecionistas entre os países signatários, visando o fortalecimento mútuo de tais economias.
( ) Representa um dos maiores acordos comerciais do mundo, abrangendo 11 países, que correspondem a cerca de 500 milhões de pessoas de três continentes diferentes e quase 1/6 do PIB mundial.
( ) Apesar de suas discussões terem se originado durante o governo Obama, os Estados Unidos retiraram-se do acordo sob o comando de Trump, com a argumentação de que a abertura econômica multinacional contraria a atual política defendida pelo país.
( ) Uma pauta progressista reforça a dimensão inclusiva do tratado que, após algumas revisões nos escritos originais, contempla perspectivas de gênero, meio ambiente e direitos trabalhistas.
A opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é:
"As estratégias de conservação dos solos implicam a sua proteção para prevenir a ação dos impactos das gotas de chuva. Isso aumenta a capacidade de infiltração, melhorando a estabilidade dos agregados e aumentando a rugosidade da superfície do solo. Tudo isso tem o objetivo de reduzir a velocidade do runoff e do vento. Existe grande variedade de métodos de controle de erosão do solo." (GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. da. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 7ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p.195.)
A relação entre o método mecânico e suas características estratégicas de conservação dos solos está corretamente feita em:
No início da década de 90, Clélio Campolina Diniz (1993) defendia a ideia de que a distribuição da produção industrial brasileira tem mudado significativamente desde a década de 70. A respeito desse processo, são feitas as afirmativas:
I Na primeira fase, o processo de reversão da polarização se fez com um relativo espraiamento industrial para o próprio interior do Estado de São Paulo e para quase todos os demais estados brasileiros.
II Na segunda fase, ocorreu uma relativa reconcentração no polígono definido por Belo Horizonte-UberlândiaLondrina-Maringá-Porto Alegre-Florianópolis-São José dos Campos-Belo Horizonte, dentro do qual estão sendo formados os principais polos de alta tecnologia.
III O Rio de Janeiro fica de fora do “polígono industrial” pois, embora possua tradicionais centros de ensino e pesquisa, além da sede de importantes corporações, especialmente empresas estatais, por ter uma economia local decadente, não apresentou atrativos para a localização industrial, além de outros desestímulos de natureza política e social, que afugentam o capital privado.
IV Com a expansão de setores fortemente sustentados na ciência e na tecnologia, crescem os requisitos locacionais articulados à proximidade de fontes de recursos naturais – à semelhança do Vale do Silício, nos Estados Unidos.
V Em função da lógica neoliberal, a ação do Estado não exerceu influência na condução da política econômica, nem em termos de investimentos diretos, como a concessão de incentivos fiscais e construção de infraestrutura, para o encorajamento da desconcentração geográfica da produção.
Das afirmativas acima, estão corretas apenas:
As duas metrópoles nacionais passam por uma "involução metropolitana", segundo Milton Santos (1993). A respeito desse processo, são feitas as afirmativas abaixo:
I Contribui cada vez mais para uma desmetropolização, observável na escala nacional, associada às perdas populacionais absolutas nas metrópoles individualmente consideradas e à redução do seu tamanho urbano.
II Caminha paralelamente e em conexão com uma "suburbanização ampliada", também denominada como "exurbanização", entendida como um dos tipos de escapismo da elite econômica e classe média urbana, justificado pela deterioração geral das condições de vida e habitabilidade nas grandes metrópoles.
III Promove um deslocamento do crescimento para as bordas da metrópole, em direção ao campo e à franja periurbana, ou expandindo a área integrada ao espaço metropolitano, com um incremento maior das cidades de porte pequeno e médio em relação às grandes cidades.
IV Apesar das distâncias implicadas, associa-se ao movimento de pendularidade, permitindo uma interação regular com o núcleo metropolitano e a dilatação da metrópole enquanto entidade socioespacial, ainda que os limites da região metropolitana, como entidade formal de planejamento, permaneçam inalterados.
V Tem estreita relação com a autossegregação em condomínios exclusivos, demarcando um enclausuramento opcional da elite e da classe média urbana que solapa o sentido de cidadania e caminha no rumo contrário do que é entendido como vida metropolitana.
Das afirmativas acima, estão corretas apenas:
“[...] E uma das grandes qualidades de Ab’Saber é a precisão conceitual na Geografia. [...] Em apenas quatro páginas o autor sintetiza opiniões de geógrafos brasileiros e do exterior sobre os grandes quadros de vegetação observáveis no território brasileiro e apresenta sua proposta pessoal, esboçada em um cartograma extremamente simples e didático, onde o grau de generalização é admiravelmente adequado à escala adotada. Estão ali representados os seis domínios por ele identificados e em cuja espacialização (escala cartográfica adotada) os limites não são traçados por linhas, mas sugeridos por faixas, melhor condizentes com a efetiva existência de interfaces. Estas não só exprimem a situação atual, mas também as oscilações, interpenetrações causadas pelas flutuações climáticas neogênicas.”
Fonte: MODENESI-GAUTTIERI, M. C. et al (orgs.). A Obra de Aziz NacibAb'Sáber. São Paulo: Beca-BALL edições, 2010.
Disponível em: http://www.geografia.fflch.usp.br/ graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Attila/2s2017/excursoes/A_Obra_de_ Aziz_Ab'Saber.pdf- Acesso em 29/01/2018.)
A respeito da publicação do renomado geógrafo Ab’Saber, em 1967, amplamente utilizada até os dias atuais para fins didáticos, é correto afirmar que:
“A escala é o artifício analítico que confere visibilidade à parcela ou dimensão do real. Como este só pode ser apreendido por representação e por fragmentação, a escala constitui uma prática, embora intuitiva e não refletida de observação e elaboração do mundo. A simplicidade matemática da escala como medida de representação gráfica esconde a complexidade do conceito quando se trata de recortar a realidade. Esse recorte supõe, consciente ou inconscientemente, uma concepção que informa uma percepção do espaço total e do ‘fragmento’ escolhido.” (CASTRO, I.E. de. Escala e pesquisa na geografia. Problema ou solução?in: “Espaço Aberto”, PPGG - UFRJ, V. 4, N.1, p. 87-100, 2014.)
A questão da escala aparece como uma das questões metodológicas essenciais na Geografia. A respeito da escala geográfica, é correto afirmar que:
“Em todo o momento de atividade mental acontece em nós um duplo fenômeno de percepção: ao mesmo tempo que temos consciência dum estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção. Todo o estado de alma é uma paisagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito.” (PESSOA, F. Cancioneiro: nota preliminar. In: “Obra poética”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 3ª ed., 1998 [s.d.].)
Conforme Marcelo Lopes de Souza (2013), toda ferramenta conceitual possui potencialidades e limitações. Uma das potencialidades do conceito de paisagem é a sua integração com outras categorias analíticas da Geografia.
A partir da leitura do trecho de Fernando Pessoa, as possibilidades de leitura da paisagem podem se dar pelo exame de:
"Quanto às regiões funcionais, a estruturação do espaço não é vista sob o caráter da uniformidade espacial, mas sim das múltiplas relações que circulam e dão forma a um espaço que é internamente diferenciado. Grande parte desta perspectiva surge com a valorização do papel da cidade como centro de organização espacial. [...] Ao estudarmos os fluxos e as trocas que se organizam em um espaço estruturado, ao qual chamamos de região funcional, há naturalmente uma valorização da vida econômica como fundamento dessas trocas e desses fluxos, sejam eles de mercadorias, de serviços, de mão de obra etc." (GOMES, P.C.C. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, I.E., GOMES, P.C.C. e CORRÊA, R.L. (orgs.). 12ª ed. “Geografia: conceitos e temas”. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, p. 64.)
A corrente do pensamento geográfico à qual o conceito de região acima abordado vincula-se é:
Uma característica básica do modelo de Administração Pública Patrimonialista é a:
“Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento.” (Paulo Freire)
Numa perspectiva progressista, ensinar é:
Uma educação fundamentada em direitos humanos só é possível de ser conquistada se houver um combate sistemático e incessante sobre qualquer forma de segregação. O exercício da tolerância e do acolhimento à diversidade deve ter início o mais cedo possível na escola/sociedade. A dificuldade de lidar com tal situação reside na complexa combinação de:
Uma das dificuldades de se trabalhar a questão do preconceito racial, no âmbito social e educacional, encontra-se na existência de um senso comum que, de uma maneira geral:
Uma garota de 7 anos foi parar na delegacia por causa de uma briga na escola que começou, parece, por causa de um doce. As notícias afirmam que ela agrediu os educadores, e até mesmo os policiais que foram chamados pela direção, para que ajudassem a resolver a situação. Ao questionar a equipe escolar os motivos de não terem agido para conter a menina, disseram que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o responsável pela omissão dos adultos, diante do comportamento inadequado dos mais novos. Foi dito, ainda, que não podem correr o risco de serem acusados de abuso da utilização de força, ou coisa equivalente.
É uma situação em que cabe a reflexão sobre se a instituição escolar está sabendo a diferença entre ação:
“Hoje, há uma grande discussão a respeito do grau de responsabilidade da família e da escola na educação das crianças. Isso gera um frequente jogo de empurra, principalmente por parte da escola, que ainda não se adaptou aos novos tempos e insiste em que a sua função é a transmissão do conhecimento. Não é mais.
À família cabe a formação dos filhos para que se tornem pessoas de bem. À escola cabe a formação dos alunos para que se tornem cidadãos ativos, críticos, livres, capazes de buscar a justiça, de ser solidários, respeitosos e, acima de tudo, capazes de apreciar a diversidade.” (Rosely Sayão)
Para a psicóloga, a educação familiar e a escolar são radicalmente diferentes. São formações diferentes e complementares. Para educar, a família e a escola têm por base, respectivamente:
É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor, bem como toda criança ou adolescente têm direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados:
Em razão da extrema dificuldade do brasileiro médio em continuar a estudar, pela frequente demanda da família na sua contribuição com ganhos salariais para ajuda no sustento, é importante destacar que é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de:
Há quase vinte anos dirigindo o Programa de Formação de Professores da Universidade de Stanford, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, e com forte trabalho direcionado à diversidade e equidade na educação, Rachel A. Lotan chama a atenção para o desafio duplo que é ser um aluno imigrante. “Eles precisam aprender o conteúdo curricular e a língua ao mesmo tempo”. A professora diz, no entanto, que uma solução para essa e outras questões de disparidade na escola é bastante simples. Na medida em que interagem com seus colegas, aprendem de forma horizontal sobre diversas habilidades e assuntos escolares. Nesse sentido, pode-se afirmar que a maneira mais eficaz de integrar os novos alunos que chegam às nossas salas de aula é através:
Leia o texto abaixo.
No dia 6 de junho, a escola municipal Áurea Pires da Gama, do quilombo de Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, foi depredada. Segundo a coordenadora da Associação de Remanescentes do Quilombo local os ataques começaram em 2015, quando a escola se autodeclarou quilombola. No dia 6, os banheiros foram pichados com tinta vermelha. Duas semanas antes, a escola, que conta com 822 estudantes do segundo ciclo, já tinha sido invadida. Em 2017, algumas salas foram incendiadas e houve tentativa de colocar fogo também na biblioteca.
Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/educacao-deve-serarma-contra-o-racismo/
A BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades.
Baseados nos textos acima, pode-se afirmar que, atualmente, considera-se uma educação de qualidade aquela que:
De acordo com a Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, em seu art. 29, a Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é: