Questões de Concurso
Para cetro
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I. Transformar criatividade em resultado e que pensar as relações em comunidade é um novo olhar denominado economia criativa, o qual pede multidisciplinaridade por parte do empreendedor, atenção a novas profissões e tem a economia colaborativa como seu carro-chefe.
II. Valoriza mais o processo do que o produto, reconhecendo que, além de seus benefícios econômicos, gera um valor não monetário que contribui notavelmente com a consecução de desenvolvimento sustentável inclusivo e centrado nas pessoas.
III. Empreendedorismo é sinônimo de economia criativa.
É correto o que se afirma em
Um retrato da resistência quilombola brasileira, é o que propõe o documentário “Nem Caroço Nem Casca – Uma História de Quilombolas”. A obra é uma produção do diretor Will Martins numa parceria entre a Elecnor Transmissão de Energia, a Novelo Filmes, com o auxílio de coprodução da ONG Me Ensina e da produtora Glóbulo Marcas de Propósito. O documentário tem a cidade de Viana/MA como ponto de partida e se baseia em uma estrada no interior do Maranhão que une moradores de seis comunidades quilombolas.
Uma rica experiência – Will Martins explica que a ideia de fazer o filme surgiu por acaso. Pelo fato de sempre fazer documentários pelo Brasil inteiro, ele percebeu que a realidade dos quilombos é um assunto pouco explorado. “Foi mais o tema que me encontrou do que eu que encontrei o tema”, diz.
( ) As comunidades quilombolas são grupos étnicoraciais, segundo critérios de auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas e com ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. E, obviamente, apresentam tradições da cultura negra brasileira.
( ) Os integrantes das comunidades quilombolas, mesmo sendo descendentes, não possuem laços culturais, uma vez que não se mantêm as tradições, práticas religiosas, relação com o trabalho na terra e sistemas de organização social próprios.
( ) A regularização dos territórios quilombolas auxilia a manutenção da cultura negra.
Quando, em 3 de outubro de 1897, as tropas federais entraram em Canudos para o ataque final, Antônio Conselheiro já não estava à frente de seus fiéis. Havia falecido em 22 de setembro. A causa da morte não foi bem esclarecida, mas bem pode ter sido aquilo que na região era conhecido como “caminheira”, diarreia. Uma prosaica e deprimente condição que vitimava, e ainda vitima, milhares de brasileiros, e que está ligada à má higiene dos alimentos e à deficiente qualidade da água.
O cadáver foi desenterrado e decapitado, mas a cabeça não foi, como a de Tiradentes, exibida em público para escarmento da população. Não, esses tempos já haviam passado, mas foi enviada a um cientista, para ser estudada: era preciso descobrir o que havia ali, que poder misterioso — capaz de mobilizar multidões — residira naquele cérebro. Medir e estudar crânios era uma obsessão de uma época muito influenciada pela teoria do “criminoso nato”, cujas características manifestar-se-iam no tipo da face e na conformação do crânio.
Moacyr Scliar. Saturno nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Seja quanto ao tipo, seja quanto ao gênero, o texto apresentado tem caráter predominantemente
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
– Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro “Para Gostar de Ler – Volume 9 – Contos”, Editora Ática: São Paulo, 1984, p. 59.
Observe o trecho transcrito do texto e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a que se refere o pronome destacado.
“– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?”
Promete e oferece gratificação instantânea.
Como o consegue?
Criando em nós os desejos e oferecendo produtos (publicidade e programação) para satisfazê-los.
O ouvinte que gira o dial do aparelho de rádio continuamente e o telespectador que muda continuamente de canal o fazem porque sabem que, em algum lugar, seu desejo será imediatamente satisfeito.
Além disso, como a programação se dirige ao que já sabemos e já gostamos, e como toma a cultura sob a forma de lazer e entretenimento, a mídia satisfaz imediatamente nossos desejos porque não exige de nós atenção, pensamento, reflexão, crítica, perturbação de nossa sensibilidade e de nossa fantasia.
Em suma, não nos pede o que as obras de arte e de pensamento nos pedem: trabalho sensorial e mental para compreendê-las, amá-las, criticá-las, superá-las.
A Cultura nos satisfaz, se tivermos paciência para compreendê-la e decifrá-la.
Exige maturidade.
A mídia nos satisfaz porque nada nos pede, senão que permaneçamos sempre infantis. Marilena Chauí. Convite à Filosofia
Analisando o texto com atenção, percebe-se que a autora critica a letargia a que a mídia conduz seus ouvintes e telespectadores quando não exige atenção, pensamento, reflexão, crítica, perturbação da sensibilidade e da fantasia e sugere que o trabalho sensorial e mental é que os tiraria da infantilidade intelectual.
Sob este ponto de vista, assinale a alternativa que não pertence à categoria que subtrai a infantilidade intelectual.
( ) Relação eficiente entre indivíduo/organização tem como consequência processos de fatores de produção mais racionais.
( ) O alcance dos objetivos organizacionais tem como foco as pessoas em detrimento das atribuições, tarefas e responsabilidades.
( ) A execução eficiente das operações da empresa tem como meio não o desempenho humano, mas sim a sua estrutura organizacional.
( ) A organização precisa da colaboração por parte das pessoas para que seus objetivos sejam definidos.