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BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi; tradução Carlos Medeiros. Rio de Janeiro; Zahar, 2005, pp. 17-18; 35.
Baseado nas afirmações de Bauman sobre identidade, identifique a alternativa correta:
I - As identidades na pós-modernidade são líquidas, portanto, fluidas e são identificadas em determinados lugares.
II - As identidades nacionais foram fortalecidas na pós-modernidade pela possibilidade de romperem as fronteiras territoriais;
III - A pós-modernidade possibilitou a dissolução das identidades tradicionais, a começar dos laços identitários nacionais;
IV - A solidez e a segurança das identidades entraram em crise na pós-modernidade, devido dissolver e fragmentar as identificações.
I - No tempo presente ainda ocorrem casos de racismo na África do Sul, mesmo após a oficialização do fim do Apartheid;
II - Foi criado pelo Partido Nacional, em 1948, partido que possuía componentes brancos descendentes de holandeses, antigos colonizadores, e que defendia uma severa segregação racial entre brancos e negros.
III - O Congresso Nacional Africano (CNA), sob a liderança de Nelson Mandela, atuou de forma armada e, posteriormente, pacífica contra o regime;
MARTINS, José de Souza. A vida privada nas áreas de expansão da sociedade brasileira. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (org). História da Vida Privada no Brasil: contraste da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia das Letras, 1998, p. 665. (História da Vida Privada no Brasil; 4).
De acordo com a propaganda da Sudam e do Basa veiculada em 1970: “Muitas pessoas estão sendo capazes, hoje, de tirar proveito das riquezas da Amazônia. (...) A Transamazônica está aí: a pista da mina de ouro.(...) Há um tesouro à sua espera. Aproveite. Fature. Enriqueça junto com o Brasil". E ainda reiterava um significativo valor.
Partindo da propaganda sobre a modernização da Amazônia, responda os itens corretos:
I - Sudam e Basa incentivavam a imigração para Amazônia utilizando o mito do Eldorado da fartura de riquezas;
II - A primazia do lucro era do Brasil em detrimento da própria Amazônia;
III - O governo federal investia na Amazônia com incentivos aos investidores nacionais, visando o desenvolvimento socioeconômico regional;
IV - A propaganda apresentava uma contradição ao atrair os investidores pelo mito do Eldorado utilizando o fim das lendas, pois agora era necessário lucrar.
Fontes: www.vetorial.net e https://sandromeira12.wordpress.com/2009/10/28venda-de-terras-naamazonia/
Ao longo da história da Amazônia, as interpretações sobre colonização, modernização, grandes projetos, impactos ambientais e internacionalização ganharam várias versões. Partindo das duas charges acima e dos escritos sobre a Amazônia contemporânea, responda a alternativa correta:
I – A obra de Arthur Reis, “Amazônia e a cobiça internacional", influenciado por um olhar nacionalista, tornou-se uma referência para os militares, defende a tese do histórico interesse de ingleses, franceses, espanhóis, holandeses e, atualmente, de norte-americanos pela região amazônica;
II – Lúcio Flávio Pinto denuncia que a geopolítica da internacionalização é uma farsa, sobretudo durante o regime civil-militar, favorecendo os interesses do Estado nacional na ocupação da Amazônia;
III – Lúcio Flávio Pinto defende a tese da permanência colonial na Amazônia através de uma dupla colonização: a interna com a força opressiva do Estado nacional e a externa com o grande capital internacional;
IV – As duas charges representam visões opostas sobre a Amazônia. A primeira integra a interpretação geopolítica acerca da internacionalização e a segunda a contínua exploração de seus recursos naturais, conforme os interesses do capital nacional e regional;
Discurso do superintendente da SUDAM, gen. Mário Cavalcanti, em dezembro de 1966.
Em relação ao discurso do Gen. Mário Cavalcante, no rastro da Operação Amazônia, responda os itens corretos:
I - O discurso do general já antecipava o projeto de exploração e sacrifício da Amazônia em nome da modernização defendida pelo modelo de desenvolvimento autoritário, privilegiando o grande capital nacional e internacional;
II – O sacrifício também era direcionado à natureza, pois era entendida como um obstáculo à modernidade da Amazônia, daí o desinteresse em preservar a biodiversidade, tendo o modelo de modernização e desenvolvimento implantado na região como símbolo de tragédia socioambiental;
III - A era de sacrifício que a Amazônia vivenciaria no rastro da modernização autoritária visava, sobretudo, o desenvolvimento nacional, sem privilegiar o desenvolvimento socioeconômico endógeno e preservação do meio ambiente;
IV – A metáfora nacionalista não escondia o verdadeiro objetivo, pois sinalizava o sacrifício da Amazônia para que o Brasil se tornasse uma grande potência, por conseguinte, a própria Amazônia também seria modernizada, conforme o modelo de desenvolvimento econômico nacional;
Euclides da Cunha. À Margem da História. São Paulo: Editora Martin Claret, 2006
Euclides da Cunha é considerado um dos principais intérpretes da Amazônia, conforme a relação homem e natureza. Sobre as condições de vida dos seringueiros, responda a alternativa correta:
I - Para Euclides da Cunha o sertão amazônico era um lugar de negação da civilização, a exemplo do trabalho do seringueiro;
II - Vigorava o sistema de aviamento, o qual aprisionava o seringueiro ao trabalho, devido permanecer endividado com o seringalista;
III - Na interpretação de Euclides da Cunha o seringueiro vivia solitário, isolado, doente, sem destino e esperança de alterar sua condição de existência na Amazônia;
“Um militante era escalado para trabalhar em uma fábrica. Lá não deveria fazer agitação, e sim ter conversas ‘de pé de ouvido’, para angariar adesões. Conseguindo um número razoável de adesões, organizava-se numa célula que ficava subordinado ao Comitê Regional e ao Comitê Central Estadual”.
GOMES, Ângela de Castro. A Invenção do Trabalhismo. São Paulo: RT; Rio de Janeiro. IUPRJ, 1988, p. 171.
Essa tática de organização dos militantes era uma prática do:
LANDER, Edgardo. “Ciências Sociais: saberes coloniais e eurocêntricos". LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do Saber eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLASCO, 2005, p. 38.
Os Estudos Culturais e Pós-Coloniais trouxeram algumas alterações no campo da História, entre as quais:
I – Redefiniram o trabalho do historiador nas interpretações, possibilitando novas narrativas a partir de sujeitos subalternos;
II – Entre as alterações pontuais, as narrativas subalternas tornaram-se norteadoras da escrita histórica;
III – Possibilitaram a emergência de múltiplos relatos históricos, ampliando as interpretações eurocêntricas e modernidade;
IV – A emergência de novas epistemes, que descolonizam o pensamento, pois o fim do colonialismo não representou a conclusão da colonialidade.
“Os negros escravizados procuraram sempre que puderam resistir à opressão a eles imposta no interior dos complexos mundos da escravidão. Buscavam nas diversas formas de enfrentamento (...) conquistar aquilo que concebiam como liberdade” (GOMES, Flávio dos Santos. “Em torno dos bumerangues: outras histórias de mocambos na Amazônia colonial” IN: Revista USP: São Paulo (28), Dez-Fev. 1995, p. 41).
Com base nos debates historiográficos sobre os mundos da escravidão e a resistência escrava é possível assinalar que:
“A propaganda do Estado Novo, no entanto, elaborava um discurso em que o migrante estaria protegido pela ação governamental. Mais do que migrantes, seriam soldados na batalha da produção. E além de soldados, teriam a chance de refazer suas vidas numa região para a qual se antevia um futuro promissor” (GUILLEN, Isabel C. Martins “A batalha da Borracha: política e migração nordestina para a Amazônia durante o Estado Novo” IN: Revista de Sociologia e Política. N.9, 1997, p. 98)
Sobre a temática é correto afirmar que:
“Lembrar o passado e escrever sobre ele não mais parecem as atividades inocentes que outrora se julgava que fossem. Nem as memórias nem as histórias parecem ser mais objetivas. Nos dois casos, os historiadores aprendem a levar em conta a seleção consciente ou inconsciente, a interpretação e a distorção.” (BURKE, Peter. História como memória social. IN: Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 70)
Com base no texto e os debates historiográficos sobre a relação entre História e Memória destaca-se INCORRETO afirmar que:
“A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal às das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes do que nunca no fim do segundo milênio.” (HOBSBAWM, E. A Era dos extremos.O breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.13).
Com base nas questões suscitadas pelo texto acima é correto afirmar que:
“Por seus motivos, seus métodos, suas fontes, a história do presente não difere em nada da história do século XIX” (SIRINELLI, J, “Ideologia, tempo e história” IN: CHAUVEAU, A., TÉTART, P. Questões para a história do presente. Bauru, SP: EDUSC, 1999, p. 11.
Nos debates historiográficos sobre a História do Presente cabe afirmar que:
“Na Antiguidade clássica, muito ao contrário, a história recente era o foco central da preocupação dos historiadores. Para Heródoto e Tucídides, a história era um repositório de exemplos que deveriam ser preservados, e o trabalho do historiador era expor os fatos recentes atestados por testemunhos diretos. Não havia, portanto, nenhuma interdição ao estudo dos fatos recentes, e as testemunhas oculares eram fontes privilegiadas para a pesquisa” (FERREIRA, Marieta de Moraes. História do tempo presente: desafios. Petrópolis: Cultura Vozes, 2000, p. 17)
Com base no texto é INCORRETO afirmar que:
“Para que o uso das tecnologias signifique uma transformação educativa, os professores terão que mudar e redesenhar seu papel na escola atual”.(SANCHO, Juana Maria; HERNÁNDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006, p.36) .Com base no texto e nos debates sobre o ensino de História e as novas tecnologias, é correto afirmar que:
“O ensino de História passou por diversas atualizações nas últimas décadas. A influência dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) demonstra a tentativa de mudança na organização do ensino no que concerne aos conteúdos escolares. Dentro destas mudanças, novos temas ganharam relevância, como a necessidade de se trabalhar com a diversidade cultural, realidade nacional e local, interdisciplinaridade, entre outros”
(GEBRAN, Raimunda et.al “Proposta Curricular de História: considerações acerca da história e da cultura afro-brasileira” IN: Educação em Revista: Marília, 2010, p.78. v. 2).
Sobre o ensino de História na Educação Básica e a preocupação com os novos temas nos conteúdos curriculares, a alternativa correta é: