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Q1883672 Conhecimentos Gerais
Texto para a questão a seguir:

TERRORISMO

Por Henoch G. Mandelbaum, 2021. Trecho adaptado.

Entre os diferentes atores transnacionais dos conflitos contemporâneos, destacam-se os grupos terroristas, o crime organizado, as milícias e as companhias militares privadas. Sua análise nos permite identificar as transformações no combate das novas formas de conflito.

O terrorismo é “o uso da violência contra civis por atores não-estatais a fim de atingir objetivos políticos” (Kydd e Walter 2006, p. 52). Os grupos terroristas possuem objetivos políticos que, historicamente, têm estado entre esses cinco descritos a seguir:

1) a mudança de um regime vigente, que se refere à derrubada de um governo e à sua substituição por um liderado pelos terroristas ou, ao menos, por um que tenha a aprovação desses grupos;

2) a mudança territorial, relativa à tomada do território de um estado, seja para estabelecer um novo estado, seja para fazer parte de um outro estado;

3) a mudança de política, que remete a uma ampla categoria de demandas menores;

4) o controle social, que visa a constranger o comportamento de indivíduos;

5) a manutenção do status quo, que é o apoio de um regime existente ou de um arranjo territorial contra grupos políticos que visam mudá-lo.

Os terroristas têm diferentes formas de atuação. Eles podem esconder-se e esperar para agir ou podem mover-se para células em outros territórios. Podem não contra-atacar imediatamente, mas planejar um ataque vingativo que pode ocorrer dali a alguns meses ou anos. Além disso, esses grupos têm grande capacidade de empregar recursos nãomilitares (aeronaves, explosivos industriais, produtos químicos) para fins destrutivos, o que dificulta a previsibilidade de seus ataques (Booth e Dunne 2002).

As organizações terroristas mais ativas em 2019 – responsáveis por mais de 100 atentados terroristas (Miller 2020) – foram o Taliban (do Afeganistão, com 1.375 ataques), o Ansar Allah (do Iêmen, com 579 ataques), o Islamic State of Iraq and Syria (ou ISIS, do Iraque, com 461 ataques), o Boko Haram (da Nigéria, com 348 ataques) e o Al-Shabaab (da Somália, com 348 ataques).
Leia o texto 'TERRORISMO' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Uma das ideias presentes no texto é a de que os diferentes atores transnacionais dos conflitos contemporâneos adotam formas diversificadas de conduzir os combates, sem que exista qualquer padrão minimamente identificável no modus operandi dessas organizações e desses indivíduos.

II. O crime organizado, os grupos terroristas e as milícias, de acordo com o texto, são os únicos atores presentes nos modernos conflitos urbanos, especialmente nos países mais pobres do Leste da África e do Oeste da Ásia.

III. Mandelbaum afirma no texto que conquistar a mudança de política – o que remete a uma ampla categoria de demandas menores – é um dos possíveis objetivos políticos de um grupo terrorista.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1883671 Conhecimentos Gerais
Texto para a questão a seguir:

TERRORISMO

Por Henoch G. Mandelbaum, 2021. Trecho adaptado.

Entre os diferentes atores transnacionais dos conflitos contemporâneos, destacam-se os grupos terroristas, o crime organizado, as milícias e as companhias militares privadas. Sua análise nos permite identificar as transformações no combate das novas formas de conflito.

O terrorismo é “o uso da violência contra civis por atores não-estatais a fim de atingir objetivos políticos” (Kydd e Walter 2006, p. 52). Os grupos terroristas possuem objetivos políticos que, historicamente, têm estado entre esses cinco descritos a seguir:

1) a mudança de um regime vigente, que se refere à derrubada de um governo e à sua substituição por um liderado pelos terroristas ou, ao menos, por um que tenha a aprovação desses grupos;

2) a mudança territorial, relativa à tomada do território de um estado, seja para estabelecer um novo estado, seja para fazer parte de um outro estado;

3) a mudança de política, que remete a uma ampla categoria de demandas menores;

4) o controle social, que visa a constranger o comportamento de indivíduos;

5) a manutenção do status quo, que é o apoio de um regime existente ou de um arranjo territorial contra grupos políticos que visam mudá-lo.

Os terroristas têm diferentes formas de atuação. Eles podem esconder-se e esperar para agir ou podem mover-se para células em outros territórios. Podem não contra-atacar imediatamente, mas planejar um ataque vingativo que pode ocorrer dali a alguns meses ou anos. Além disso, esses grupos têm grande capacidade de empregar recursos nãomilitares (aeronaves, explosivos industriais, produtos químicos) para fins destrutivos, o que dificulta a previsibilidade de seus ataques (Booth e Dunne 2002).

As organizações terroristas mais ativas em 2019 – responsáveis por mais de 100 atentados terroristas (Miller 2020) – foram o Taliban (do Afeganistão, com 1.375 ataques), o Ansar Allah (do Iêmen, com 579 ataques), o Islamic State of Iraq and Syria (ou ISIS, do Iraque, com 461 ataques), o Boko Haram (da Nigéria, com 348 ataques) e o Al-Shabaab (da Somália, com 348 ataques).
Leia o texto 'TERRORISMO' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. No texto em análise, Mandelbaum apresenta ao leitor a ideia de que os terroristas têm grande capacidade de empregar recursos não-militares para fins destrutivos, o que dificulta a previsibilidade de seus ataques. 

II. Obter o controle social – que visa a constranger o comportamento de indivíduos – é um dos possíveis objetivos políticos dos grupos terroristas mencionados no texto.

III. Realizar a tomada do território de um estado – seja para estabelecer um novo estado, seja para fazer parte de um outro estado – é um dos possíveis objetivos políticos dos grupos terroristas, de acordo com as informações apresentadas pelo autor no texto.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1883670 História
Texto para a questão a seguir:

O ENIGMA DE PALMARES

Por Rafael Marquese, 2006. Trecho adaptado.

A Guerra dos Palmares foi um dos episódios de resistência escrava mais notáveis na história da escravidão do Novo Mundo. As estimativas sobre o número total de habitantes divergem bastante – de um mínimo de 6 mil a um máximo de 30 mil pessoas.

Não há como negar que as comunidades palmarinas, dada a extensão territorial e a quantidade de escravos fugitivos que acolheram, tornaram-se o maior quilombo na história da América portuguesa. Suas origens datam do início do século XVII, mas sua formação como grande núcleo quilombola se deu apenas no contexto da invasão holandesa de Pernambuco, quando diversos escravos se aproveitaram das desordens militares e fugiram para o sul da capitania.

As comunidades rebeldes que então se organizaram resistiram a diversas incursões da Companhia das Índias Ocidentais e, após a expulsão dos holandeses, a ataques das tropas luso-brasileiras.

Nas décadas de 1670 e 1680, os africanos, os crioulos e os descendentes alojados em Palmares eram vistos pelas autoridades metropolitanas como “holandeses de outra cor”, por conta da ameaça que representavam à ordem colonial portuguesa na América. Sua derrota pela força das armas só ocorreu em meados da década seguinte, após um conflito secular com dois dos maiores poderes coloniais europeus do mundo moderno.

Antes da revolução escrava de São Domingos (1791-1804) e das grandes revoltas abolicionistas do Caribe inglês no primeiro terço do século XIX, o episódio de Palmares só teve equivalente na I Guerra Maroon da Jamaica (1655-1739) e na Guerra dos Saramaca, no Suriname (1685-1762). Nesses dois casos, entretanto, os quilombolas conseguiram vencer as tropas repressoras, forçando autoridades e senhores a reconhecerem a liberdade dos grupos revoltosos.

A história da derrota do grande quilombo palmarino deu origem a um enigma que há certo tempo chama a atenção dos especialistas em escravidão brasileira: por que não houve outros Palmares na história do Brasil? O ponto é importante, pois a atividade quilombola se ampliou no século XVIII, com o aumento do volume do tráfico negreiro transatlântico e a formação dos núcleos mineratórios no interior do território, assumindo diferentes modalidades de norte a sul da América portuguesa. 
Leia o texto 'O ENIGMA DE PALMARES' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. No texto, Marquese afirma que os africanos, os crioulos e os descendentes alojados em Palmares chegaram a ser vistos pelas autoridades metropolitanas como “holandeses de outra cor”, por conta da ameaça que representavam à ordem colonial portuguesa na América.

II. O texto afirma que as comunidades palmarinas possuíam uma ampla extensão territorial e uma grande quantidade de escravos fugitivos, o que as transformou em um valioso mercado consumidor de especiarias e, assim, estimulou o comércio da Colônia com essas comunidades. 

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1883669 História
Texto para a questão a seguir:

O ENIGMA DE PALMARES

Por Rafael Marquese, 2006. Trecho adaptado.

A Guerra dos Palmares foi um dos episódios de resistência escrava mais notáveis na história da escravidão do Novo Mundo. As estimativas sobre o número total de habitantes divergem bastante – de um mínimo de 6 mil a um máximo de 30 mil pessoas.

Não há como negar que as comunidades palmarinas, dada a extensão territorial e a quantidade de escravos fugitivos que acolheram, tornaram-se o maior quilombo na história da América portuguesa. Suas origens datam do início do século XVII, mas sua formação como grande núcleo quilombola se deu apenas no contexto da invasão holandesa de Pernambuco, quando diversos escravos se aproveitaram das desordens militares e fugiram para o sul da capitania.

As comunidades rebeldes que então se organizaram resistiram a diversas incursões da Companhia das Índias Ocidentais e, após a expulsão dos holandeses, a ataques das tropas luso-brasileiras.

Nas décadas de 1670 e 1680, os africanos, os crioulos e os descendentes alojados em Palmares eram vistos pelas autoridades metropolitanas como “holandeses de outra cor”, por conta da ameaça que representavam à ordem colonial portuguesa na América. Sua derrota pela força das armas só ocorreu em meados da década seguinte, após um conflito secular com dois dos maiores poderes coloniais europeus do mundo moderno.

Antes da revolução escrava de São Domingos (1791-1804) e das grandes revoltas abolicionistas do Caribe inglês no primeiro terço do século XIX, o episódio de Palmares só teve equivalente na I Guerra Maroon da Jamaica (1655-1739) e na Guerra dos Saramaca, no Suriname (1685-1762). Nesses dois casos, entretanto, os quilombolas conseguiram vencer as tropas repressoras, forçando autoridades e senhores a reconhecerem a liberdade dos grupos revoltosos.

A história da derrota do grande quilombo palmarino deu origem a um enigma que há certo tempo chama a atenção dos especialistas em escravidão brasileira: por que não houve outros Palmares na história do Brasil? O ponto é importante, pois a atividade quilombola se ampliou no século XVIII, com o aumento do volume do tráfico negreiro transatlântico e a formação dos núcleos mineratórios no interior do território, assumindo diferentes modalidades de norte a sul da América portuguesa. 
Leia o texto 'O ENIGMA DE PALMARES' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. O texto deixa evidente que as comunidades palmarinas rebeldes resistiram a diversas incursões da Companhia das Índias Ocidentais e, após a expulsão dos holandeses, a ataques das tropas luso-brasileiras.

II. As origens das comunidades palmarinas datam do início do século XVII e sua formação como grande núcleo quilombola se deu apenas no contexto da invasão holandesa de Pernambuco, de acordo com as informações presentes no texto.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1883668 História

Texto para a questão a seguir:


REVOLTA DA VACINA


Por Mayla Porto, 2003. Trecho adaptado.


No início do século XX, o Rio de Janeiro já era lindo, mas a falta de saneamento básico e as péssimas condições de higiene faziam da cidade um foco de epidemias, principalmente de febre amarela, de varíola e de peste. Estas pragas tropicais deram à capital do país o triste apelido de “túmulo de estrangeiros”. Com medidas impopulares e polêmicas, Oswaldo Cruz, além de ter sido o responsável pela estruturação da saúde pública no Brasil, foi quem saneou o Rio, apesar da oposição da mídia e da manifestação popular, que ficou conhecida como “Revolta da Vacina”.


 A população do Rio de Janeiro revoltou-se contra o plano de saneamento, mas, sobretudo, com a remodelação urbana feita pelo presidente Rodrigues Alves (1902-1906), que decidiu modernizar a cidade e tomar medidas drásticas para combater as epidemias. Cortiços e casebres, que compunham inúmeros quarteirões dos bairros centrais, foram demolidos, e deram lugar a grandes avenidas e ao alargamento das ruas, seguindo o modelo de urbanização dos grandes bulevares parisienses. A população local foi desalojada, refugiando-se em barracos nos morros cariocas ou em bairros distantes na periferia. As favelas começaram a se expandir.


Nesse cenário, Oswaldo Cruz assumia a Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), cargo que, na época, equivalia ao de ministro da Saúde. Enquanto o prefeito Pereira Passos realizava o “Bota Abaixo”, como ficou conhecida a reforma da cidade, Oswaldo Cruz transformou o Rio em um gigantesco laboratório de combate às doenças, implantando métodos revolucionários.


Em 1904, o Rio de janeiro foi assolado por uma epidemia de varíola. Oswaldo Cruz mandou ao Congresso uma lei que reiterava a obrigatoriedade da vacinação, já instituída em 1837, mas que nunca tinha sido cumprida. Ciente da resistência da opinião pública, montou uma campanha em moldes militares. Dividiu a cidade em distritos, criou uma polícia sanitária com poder para desinfetar casas, caçar ratos e matar mosquitos.


Com a imposição da vacinação obrigatória, as brigadas sanitárias entravam nas casas e vacinavam as pessoas à força. Isso causou uma repulsa pela maneira como fora feita. A maioria da população ainda desconhecia e temia os efeitos que a injeção de líquidos desconhecidos poderia causar no corpo das pessoas. Setores de oposição ao governo gritaram contra as medidas autoritárias. Quase toda a imprensa ficou contra Oswaldo Cruz, ridicularizando seus atos com charges e artigos.


A indignação levou ao motim popular, que explodiu em 11 de novembro de 1904, conhecido como a “Revolta da Vacina”. Carroças e bondes foram tombados e incendiados, lojas saqueadas, postes de iluminação destruídos e apedrejados. Pelotões dispararam contra a multidão. Durante uma semana, as ruas do Rio viveram uma guerra civil. Segundo a polícia, o saldo negativo foi de 23 mortos e 67 feridos, tendo sido presas 945 pessoas, das quais quase a metade foi deportada para o Acre, onde foi submetida a trabalhos forçados


Leia o texto 'REVOLTA DA VACINA' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. O texto afirma que a imposição da vacinação obrigatória fez com que as brigadas sanitárias pudessem entrar nas casas e vacinar as pessoas à força. Essa medida, de acordo com Mayla Porto, causou uma repulsa na população pela maneira como foi feita, além de duras críticas de setores de oposição ao governo e de veículos de comunicação.

II. O motim popular de 11 de novembro de 1904 levou ao tombamento e à destruição de carroças e bondes, afirma o texto. Nesse momento, lojas foram saqueadas e postes de iluminação foram destruídos e apedrejados, de acordo com o texto.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
961: B
962: D
963: B
964: A
965: A