Questões de Concurso Comentadas para prefeitura de ji-paraná - ro

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Q1128141 Saúde Pública
As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão:
Alternativas
Q1128133 Português

Texto para responder à questão.


Escrever


    Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

    Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.

    Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

    Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.

    Me lembro agora com saudade da dor de escrever livros.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999. (Adaptado)

Leia as afirmativas sobre os elementos destacados dos trechos:
1. “Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade.” 2. “Não estou me referindo muito a escrever para jornal.”
Alternativas
Q1128132 Português

Texto para responder à questão.


Escrever


    Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

    Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.

    Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

    Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.

    Me lembro agora com saudade da dor de escrever livros.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999. (Adaptado)

Comparando os advérbios usados por Clarice, percebe-se como ela opõe o impulso que surge de livre vontade àquilo que pode ser casualmente aproveitado. Esses advérbios estão, correta e respectivamente, apontados em:
Alternativas
Q1128131 Português

Texto para responder à questão.


Escrever


    Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

    Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.

    Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

    Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.

    Me lembro agora com saudade da dor de escrever livros.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999. (Adaptado)

Em "Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.” os dois-pontos:
Alternativas
Q1128117 Português

Texto para responder à questão.


Escrever


    A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.

    Primeiro, evite estes coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não dicionarizadas e de tudo mais que soe mais falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em quando, [...] aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito escrito, reescreva.

    Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, peça autorização ao bispo de plantão e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador.

    Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem assim”, uma chata que usa o truque de afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.

    [...]

    É mais ou menos por aí, eu disse para a menina que me perguntou como é essa coisa de escrever.

    Para sinalizar o trânsito das ideias, use apenas o ponto e a vírgula, nunca juntos. Faça com que o primeiro chegue logo, e a outra apareça o mínimo possível. Vista Hemingway, só frases curtas. Ouça João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos.

    [...]

    O texto deve correr sem obstáculos, interjeições, dois pontos, reticências e sinais que só confundem o passageiro que quer chegar logo ao ponto final. Cuidado com o “que quer” da frase anterior, pois da plateia um gaiato pode ecoar um “quequerequé” e estará coberto de razão. A propósito, eu disse para a menina, perca a razão quando lhe aparecer um clichê desses pela frente.

    Você já se livrou do “mas”, agora vai cuidar do “que” e em breve ficará livre da tentação de sofisticar o texto com uma expressão estrangeira. É out. Escreva em português. Aproveite e diga ao diagramador para colocar o título da matéria na horizontal e não de cabeça para baixo, como está na moda, como se estivesse num jornal japonês.

    [...]

    De vez em quando, abra um parágrafo para o leitor respirar. Alguns deles têm a mania de pegar o bonde no meio do caminho e, com mais parágrafos abertos, mais possibilidades de ele embarcar na viagem que o texto oferece. Escrever é dar carona. Eu disse isso e outro tanto do mesmo para a menina. Jamais afirmei, jamais expliquei, jamais contei ou usei qualquer outro verbo de carregação da frase que não fosse o dizer. Evitei também qualquer advérbio em seguida, como “enfaticamente”, “seriamente” ou “bemhumoradamente”. Antes do ponto final, eu disse para a menina que tantas regras, e outras a serem ditas num próximo encontro, serviam apenas de lençol. Elas forram o texto, deixam tudo limpo e dão conforto. Escrever é desarrumar a cama.

SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Escrever. Veja, jan 2011. (Fragmento). Disponível em https://veja.abril.com.br

Sobre as frases retiradas do texto, considere as seguintes afirmações:
I. Os trechos “A estudante perguntou como era essa coisa de escrever.” e “Escreva em português.” podem ser compreendidos tanto no sentido figurado quanto no sentido literal. II. Na frase “De vez em quando, abra um parágrafo PARA O LEITOR RESPIRAR.”, o sentido da expressão destacada corresponde ao de “absorver o oxigênio do ar”. III. As aspas usadas nas palavras destacadas em “Primeiro, evite estes coloquialismos de “FOFO” e “MOLEZA”, passe longe das gírias”, para conferir destaque às gírias.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas
Q1128109 Libras
Muitas famílias não aceitam ou desconhecem a importância da Libras na vida de seus filhos surdos. Tal situação acarreta uma comunicação rudimentar e um atraso considerável no desenvolvimento da língua desses surdos, porque muitos iniciam o contato com a Libras somente a partir da escolarização, com professores e instrutores surdos. Portanto, se as famílias recebessem orientações desde o nascimento a respeito da importância da Libras para seus filhos surdos, haveria uma maior aceitação e valorização dessa língua por parte das famílias ouvintes o que, consequentemente, favoreceria a criança, provocando um maior desenvolvimento:
Alternativas
Q1128108 Libras
A Lei nº 10.436, que entrou em vigor em 24 de abril de 2002, garante aos surdos o direito de exercer a Língua de Sinais como primeira língua, para que assim interajam socialmente e tenham direito de fato a:
Alternativas
Q1128106 Libras
Os sinais da Libras são compostos pela configuração das mãos e por seu movimento no espaço, além de expressões faciais que podem acompanhar os sinais, que são realizados segundo parâmetros primários e secundários. A alternativa correta para a definição de Ponto de Articulação é o(a):
Alternativas
Q1128105 Libras
Quanto às características de um professor Bilíngue, Davies apud Quadros, descreve três aspectos básicos, o primeiro, o professor deve enfatizar a importância de a criança surda dominar a língua de sinais e língua portuguesa em sua modalidade escrita, o segundo, o professor deve conhecer fluentemente as duas línguas e o terceiro, que o professor deve respeitar as duas línguas e considerar as diferenças de cada língua. Para que o trabalho bilíngue seja de qualidade é necessário preparação e, conforme Libanêo afirma: a formação do professor é um processo:
Alternativas
Q1128104 Libras
Conforme Quadros, o bilinguismo para surdos atravessa a fronteira linguística e inclui também o desenvolvimento da pessoa surda dentro da escola e fora dela, em uma perspectiva:
Alternativas
Q1128103 Libras
Na Libras, são encontradas aproximadamente 46 configurações de mão, que apresentam diferentes movimentos em diferentes pontos do espaço. Os gestos correspondem às palavras, havendo por vezes dois ou três gestos iguais para palavras diferentes, o que exige complementar a mensagem com o uso simultâneo das expressões não manuais (ENM), que, conforme Ferreira Brito e Langevin situam-se no(a):
Alternativas
Q1128102 Libras
Ao entender o currículo como constituidor de identidades sociais e culturais, também entende-se que o currículo é um artefato; portanto, é representação, ou seja, é algo feito, elaborado, produzido por determinadas pessoas, circunstâncias, em tempo e lugar determinados, com objetivos específicos. Falar em currículo surdo na escola de surdo é falar em:
Alternativas
Q1128101 Libras
Como o movimento surdo pauta-se em um viés linguístico, o Relatório sobre a Política Linguística de Educação Bilíngue – Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa refere-se também a um documento anterior à Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência; a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, construída e publicada em Barcelona, no ano de 1996. A publicação da Declaração pode ser considerada uma possibilidade de abertura para a discussão sobre direitos linguísticos. Nas últimas duas décadas, com o crescimento dos movimentos sociais das comunidades linguísticas, as reivindicações vêm tornando mais claras as responsabilidades das políticas:
Alternativas
Q1128100 Libras
No que se refere ao trabalho do professor, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases para Educação Brasileira 9394/1996, em seu art. 59º transmite que a educação escolar deve ser oferecida na rede regular de ensino para as pessoas que necessitam de Educação Especial, e que os sistemas de ensino assegurarão metodologia adaptada, professores qualificados de forma que todos os alunos especiais integrem a sociedade como qualquer outro indivíduo. Tais determinações se aplicam aos educandos com necessidades especiais, bem como para aqueles que apresentam habilidades superior nas áreas:
Alternativas
Q1128099 Libras
A aquisição de Português escrito por surdos vem expor uma situação que requer ações específicas e especializadas. Se por um lado, têm-se os fenômenos típicos da aquisição de segunda língua, o que desmistifica visões alarmistas, por outro lado, são inegáveis as especificidades da situação de aquisição da (modalidade escrita da) língua oral pelo surdo, o que torna imprescindível o oferecimento de condições adequadas ao seu desenvolvimento:
Alternativas
Q1128098 Libras
Na análise dos parâmetros primários que constituem os sinais, observa-se que a troca de pares mínimos contribui para a mudança de sinais e de significados. Para a autora Ferreira, é imprescindível que, na estrutura e formação dos sinais, seja considerado não apenas os parâmetros primários, mas também, todos os aspectos, secundários e não manuais, que contribuem para a composição dos sinais sob o aspecto da:
Alternativas
Q1128097 Libras
Segundo Ferreira-Brito, a Libras têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Marque a alternativa para os parâmetros principais ou maiores.
Alternativas
Q1128096 Libras
É certo que a introdução da disciplina Língua de Sinais, nas escolas para surdos, é muito importante, pois a Língua de Sinais é uma marca de identidade dos surdos e um meio para desenvolver seu pensamento e seu conhecimento de mundo. Mas o problema é, como dizem Reichert et alii, a prática pedagógica da escola, especificamente no que tange à disciplina de Língua de Sinais para surdos, carece uma reflexão numa perspectiva:
Alternativas
Q1128094 Libras
A problemática encontrada na educação de surdos brasileira são as diferentes ideologias escolares: escola especial, escola inclusiva e escola regular. A primeira adota o Português como língua principal, apesar da Língua de Sinais ser utilizada, a falta de conhecimento e limitação por parte do professor torna a escola fraca do ponto de vista Bilíngue. As escolas inclusivas em que o modelo do aluno surdo são professores e intérpretes sem qualificação profissional, fazem do processo educativo algo sem credibilidade. E por último, a escola regular que tem na Língua Portuguesa a única forma de:
Alternativas
Q1128093 Libras
A Educação Bilíngue parte do princípio que a Língua de Sinais deve ser ensinada como primeira língua para os surdos, pois é a sua língua natural, e as crianças surdas adquirem sua língua natural através de interações com a comunidade surda, assim como qualquer criança ouvinte adquire sua língua através de suas interações:
Alternativas
Respostas
221: C
222: D
223: C
224: E
225: D
226: B
227: A
228: A
229: C
230: D
231: B
232: A
233: D
234: B
235: E
236: C
237: B
238: E
239: C
240: A