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Q234299 Sistemas Operacionais
Em sistemas operacionais, encontramos uma série de algoritmos de escalonamento para facilitar o gerenciamento de processador. Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s) sobre o escalonamento Shortest-Job- First e o escalonamento Preemptivo.

I. O escalonamento Shortest-Job-First associa cada processo (ou job) ao seu tempo de execução. Dessa forma, quando o processador está livre, o processo em estado de pronto que precisar de menos tempo de UCP para terminar seu processamento é selecionado para execução.

II. O escalonamento Shortest-Job-First favorece os processos que executam programas menores, além de reduzir o tempo médio de espera em relação ao FIFO.

III. O escalonamento preemptivo permite que o sistema dê atenção imediata a processos mais prioritários, como no caso de sistemas de tempo real, além de proporcionar melhores tempos de respostas em sistemas de tempo compartilhado.

IV. Um algoritmo de escalonamento é dito preemptivo quando o sistema pode interromper um processo em execução para que outro processo utilize o processador.
Alternativas
Q234298 Sistemas Operacionais
Há um critério de escalonamento chamado Tempo de resposta. Sobre esse critério, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Em sistemas interativos, o tempo de respostas é o tempo decorrido do momento da submissão de um pedido ao sistema até a primeira resposta produzida.

II. De uma maneira geral, qualquer algoritmo de escalonamento busca otimizar a utilização da UCP e o throughput, enquanto tenta diminuir os tempos de turnaround e de resposta. Dependendo do tipo do sistema, um critério pode ser mais enfatizado do que outros, como, por exemplo, nos sistemas interativos, onde o tempo de resposta deve ser mais considerado.

III. Tempo de resposta não é considerado um critério de escalonamento, uma vez que o tempo de resposta envolve muitos outros fatores em um sistema operacional.

IV. O tempo de resposta é o tempo total utilizado no processamento completo de uma determinada tarefa.
Alternativas
Q234297 Sistemas Operacionais
Sobre critérios de escalonamento em gerência de processador, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Um algoritmo de escalonamento tem como principal função decidir qual dos processos prontos para execução deve ser alocado à UCP. Cada sistema operacional necessita de um algoritmo de escalonamento adequado a seu tipo de processamento.

II. Na maioria dos sistemas é desejável que o processador permaneça a maior parte do seu tempo ocupado. Uma utilização na faixa de 30% indica um sistema com uma carga de processamento baixa.

III. O throughput representa o número de processos (tarefas) executados em um determinado intervalo de tempo. Quanto maior o throughput, maior o número de tarefas executadas em função do tempo. A maximização do throughput é desejada na maioria dos sistemas.

IV. O tempo que um processo leva desde sua admissão no sistema até ao seu término, não levando em consideração o tempo de espera para alocação de memória, espera na fila de processos prontos para execução, processamento na UCP e operações E/S, chama-se Tempo de turnaround.
Alternativas
Q234291 Raciocínio Lógico
Considere um espaço amostral Ω , e os eventos A e B, definidos em Ω , tal que A ⊂ B . Nessas condições, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q234287 Português
                                                Condenados à tradição
                                        O que fizeram com a poesia brasileira

                                                                                                                                    Iumna Maria Simon

     Por um desses quiproquós da vida cultural, a tradicionalização, ou a referência à tradição, tornou-se um tema dos mais presentes na poesia contemporânea brasileira, quer dizer, a que vem sendo escrita desde meados dos anos 80.
     Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal, tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
     Ainda assim, não se trata de um tradicionalismo conservador ou “passadista", para lembrar uma expressão do modernismo dos anos 20. O que se busca na tradição não é nem o passado como experiência, nem a superação crítica do seu legado. Afinal, não somos mais como T. S. Eliot, que acreditava no efeito do passado sobre o presente e, por prazer de inventar, queria mudar o passado a partir da atualidade viva do sentimento moderno. Na sua conhecidíssima definição da tarefa do poeta moderno, formulada no ensaio “Tradição e talento individual", tradição não é herança. Ao contrário, é a conquista de um trabalho persistente e coletivo de autoconhecimento, capaz de discernir a presença do passado na ordem do presente, o que, segundo Eliot, define a autoconsciência do que é contemporâneo.
     Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo, não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas, procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
     Na cena contemporânea, a tradição já não é o que permite ao passado vigorar e permanecer ativo, confrontando-se com o presente e dando uma forma conflitante e sempre inacabada ao que somos. Não implica, tampouco, autoconsciência crítica ou consciência histórica, nem a necessidade de identificar se existe uma tendência dominante ou, o que seria incontornável para uma sociedade como a brasileira, se as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como.
     Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo. Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que fervilha dentro dela.
     Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis. Mesmo que não exista mais o “antigo", o esgotado, o entulho conservador, que sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
     Na literatura brasileira, que sempre sofreu de extrema carência de renovação e variados complexos de inferioridade e provincianismo, em decorrência da vida longa e recessiva, maior do que se esperaria, de modas, escolas e antiqualhas de todo tipo, essa retradicionalização desculpabilizada e complacente tem inegável charme liberador.

                                                                                                                   Revista Piauí, edição 61, 2011.


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma sobre os elementos linguísticos empregados no texto.
Alternativas
Respostas
446: E
447: B
448: B
449: D
450: D