Questões de Concurso
Comentadas para professor - educação infantil
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O excerto discorre sobre o:
I- A cidadania está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento humano e suas relações sociais estão dentro do contexto do Estado. Portanto, II- Seu conceito é determinado, sua compreensão varia no tempo e no espaço, modificando-se a depender do jogo de interesses de quem busca ser cidadão.
Leia o texto abaixo e responda a questão.
O não desaparecimento de Maria Sombrinha
[...]
Deu-se o caso numa família pobre, tão pobre que nem tinha doenças. Dessas em que se morre mesmo saudável. Não sendo, pois espantável que esta narração acabe em luto. Em todo o mundo, os pobres têm essa estranha mania de morrerem muito. Um dos mistérios dos lares famintos é falecerem tantos parentes e a família aumentar cada vez mais. Adiante, diria o camaleonino réptil.
A família de Maria Sombrinha vivia em tais misérias, que nem queria saber de dinheiro. A moeda é o grão de areia esfluindo entre os dedos? Pois, ali nem dedos. Tudo começou com o pai de Sombrinha. Ele se sentou, uma noite, à cabeceira da mesa. Fez as rezas e olhou o tampo vazio.
[...]
Por fim, sua visão minguante aconteceu com Sombrinha. Ele via o tamanho dela se acanhar, mais e mais pequenita. E se queixava, pressentimental: - “Esta menina está-se a enxugar no poente...”
[...]
Valia a pena sombrear a miúda, minhocar-lhe o juízo? Mas Sombrinha não deixou de rimar com a alegria. Afinal, era ainda menos que adolescente, dada somente a brincriações. Sendo ainda tão menina, contudo, um certo dia ela se barrigou, carregada de outrem. Noutros termos: ela se apresentou grávida. Nove meses depois se estreava a mãe. Sem ter idade para ser filha como podia desempenhar maternidades?
A criancinha nasceu, de simples escorregão, tão minusculinha que era. A menina pesava tão nada que a mãe se esquecia dela em todo o lado. Ficava em qualquer canto sem queixa nem choro.
[...]
Deram o nome à menininha: Maria Brisa. Que ela nem vento lembrava, simples aragem. Dona mãe ralhava, mas sem nunca fechar riso, tudo em disposições. Até que certa vez repararam em Maria Brisa. Porque a barriguinha dela crescia, parecia uma lua em estação cheia. Sombrinha ainda devaneou. Deveria ser um vazio mal digerido. Gases crescentes, arrotos tontos. Mas depois, os seios lhe incharam. E concluíram, em tremente arrepiação: a recém-nascida estava grávida! E, de facto, nem tardaram os nove meses. Maria Brisa dava à luz e Maria Sombrinha ascendia a mãe e avó quase em mesma ocasião. Sombrinha passou a tratar de igual seus rebentinhos - a filha e a filha da filha. Uma pendendo em cada pequenino seio.
A família deu conta, então, do que o pai antes anunciara: Sombrinha, afinal das contas, sempre se confirmava regredindo. De dia para dia ela ia ficando sempre menorzita. Não havia que iludir - as roupas iam sobrando, o leito ia crescendo. Até que ficou do mesmo tamanho da filha. Mas não se quedou por ali. Continuou definhando a pontos de competir com a neta.
Os parentes acreditaram que ela já chegara ao mínimo, mas, afinal, ainda continuava a reduzir-se. Até que ficou do tamanho de uma unha negra. A mãe, as primas, as tias a procuravam, agulha em capinzal.
Encontravam-na em meio de um anónimo buraco e lhe deixavam cair uma gotícula de leite.[...]
Até que, um dia, a menina se extingiu, em idimensão.
Sombrinha era incontemplável a vistas nuas. Choraram os familiares, sem conformidade. Como iriam ficar as duas orfãzinhas, ainda na gengivação de leite? A mãe ordenou que se fosse ao quintal e se trouxesse o esquecido pai. O velho entrou sem entender o motivo do chamamento. Mas, assim que passou a porta, ele olhou o nada e chamou, em encantado riso:
- “Sombrinha, que faz você nessa poeirinha?”
E depois pegou numa imperceptível luzinha e suspendeu-a no vazio dos braços. “Venha que eu vou cuidar de si”, murmurou enquanto regressava para o quintal da casa, nas traseiras da vida.
Mia Couto, Contos do nascer da Terra
1. Avaliar o desenvolvimento de uma criança é uma ação complexa e exige da escola um olhar de extrema atenção, um conhecimento sobre o aprender e o desenvolver do aluno, para que, assim, através de metodologias de avaliação ou de instrumentos variados, seja possível aferir de maneira mais sistematizada, contemplando o indivíduo e seus avanços. 2. A avaliação na Educação Infantil consiste no acompanhamento do desenvolvimento infantil e, por isso, precisa ser conduzida de modo a fortalecer a prática docente no sentido de entender que avaliar a aprendizagem e o desenvolvimento infantil implica sintonia com o planejamento e o processo de ensino. 3. O trabalho na Educação Infantil se faz a partir de vários olhares (professores e crianças) e o conhecimento é construído de maneira mediada, fundamentado por meio do diálogo, da reflexão, do planejamento e da avaliação, em que o professor, como responsável direto, visa a desenvolver seu trabalho de forma correta. 4. A avaliação na Educação Infantil é, pois, “um conjunto de procedimentos didáticos que se estendem por um longo tempo e em vários espaços escolares, de caráter processual e visando, sempre, à melhoria do objeto avaliado”. 5. Deve-se respeitar as individualidades, particularidades e especificidades de cada criança, o ritmo de desenvolvimento de cada uma, levando em consideração que “a avaliação na educação infantil é marcada por diversos âmbitos que demandam um olhar multifacetado e diferentes linguagens”.
O resultado da somatória dos números correspondentes às assertivas corretas é:
( ) Cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos saberes e a constituição do ser não ocorrem em momentos e de maneira compartimentada. ( ) Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu esforço particular, e a mediação dos adultos como forma de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e responsabilidade. ( ) A ação do educador é fundamental. Ele estrutura o campo das brincadeiras, por meio da seleção da oferta de objetos, fantasias, brinquedos, dos arranjos dos espaços e do tempo para brincar, dormir e alimentar-se, a fim de que as crianças alcancem objetivos de aprendizagens predeterminados sem limitar sua espontaneidade e imaginação.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
I. Autoeducação e autonomia. II. Participação e responsabilidade. III. Organização externa e interna. IV. Liberdade e movimento.
I. Racionalizar recursos. II. Transformar a realidade. III. Fortalecer a fragmentação das práticas educativas.
Quais estão corretas?
I. Ocorrer em diversas oportunidades. II. Explorar diferentes competências. III. Elaborar testes para aferir conteúdo transmitido pelo professor.
Quais estão corretas?
I. De acompanhamento de seu progresso. II. Que informa as etapas de conquistas. III. Que sinaliza mudanças progressivas em sua formação.
Quais estão corretas?