Questões de Concurso Comentadas sobre pontuação em português

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Q1072654 Português
De acordo com as regras da gramática normativa da Língua Portuguesa, sobre a colocação de vírgulas, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1072342 Português

O dia de Páscoa muda todo ano? A culpa é da astronomia

Por que não há uma data fixa para a Páscoa? Segundo afirmava Beda, o Venerável, religioso inglês que viveu no século VII, a Páscoa se dá no primeiro domingo depois da primeira lua cheia após o equinócio da primavera no hemisfério norte. “A astronomia está no coração do estabelecimento da data para a Páscoa. [A data] depende de dois fatos astronômicos – o equinócio da primavera e a lua cheia”, disse recentemente Marek Kukula, astronômo no Observatório Real de Greenwich, em Londres. Trata-se de um “feriado móvel”.

O complicado sistema de determinação da data da Páscoa é resultado da combinação de calendários, práticas culturais e tradições hebraicas, romanas e egípcias. O calendário egípcio era baseado no Sol, prática adotada primeiramente pelos romanos e posteriormente incorporada pela cultura cristã. O judaísmo baseia o calendário hebraico parcialmente na Lua, e o islamismo também utiliza fases da Lua. A data da Páscoa varia não somente pela tentativa de harmonizar os calendários lunares e solares, mas também há outras complicações que acabam interferindo, como o fato de diferentes vertentes do cristianismo usarem fórmulas distintas em seus cálculos.

Em 1582 foi criado o Calendário Gregoriano, adotado e promovido pelo papa Gregório para fazer com que a Páscoa caísse mais cedo e fosse mais fácil de ser calculada. Já as tradições ortodoxas dentro do cristianismo continuaram usando o Calendário Juliano em vez de aceitarem a reforma do calendário imposta pelo papa Gregório. As igrejas ortodoxas, portanto, continuaram a celebrar a Páscoa e o Natal em datas diferentes das tradições ocidentais ou romanas. Mas isso pode mudar?

O papa Tawadros 2o de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa Copta, espera que as diferentes vertentes do cristianismo consigam chegar a um acordo sobre essa importante questão. “Parece haver uma disposição entre parte das lideranças da Igreja Cristã para pelo menos avaliar esta possibilidade”, disse o bispo Angaelos, da Igreja Ortodoxa Copta na Grã-Bretanha. E o que os astrônomos acham de uma Páscoa unificada? 

“De certo modo, a astronomia ficaria fora da equação”, disse Marek Kukula. “Ainda seria necessário regular o calendário, mas a Páscoa deixaria de ser um feriado móvel e isso tornaria bem mais simples coisas como o planejamento de feriados escolares. Entretanto, se as pessoas vão querer fazer isso ou não, passa por uma questão religiosa.” E, levando em conta toda a história por trás da data, o debate sobre a questão ainda poderá se estender por muito tempo.

Obs.: Equinócio: período do ano em que o sol passa pelo Equador, fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração.

Disponível em:<https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimasnoticias/bbc/2018/03/27/por-que-a-data-da-pascoa-variatanto-entenda-como-ela-e-determinada.htm>

Acesso em 28/março/2018. [Adaptado]

Considere os trechos abaixo:

1. “A astronomia está no coração do estabelecimento da data para a Páscoa. [A data] depende de dois fatos astronômicos – o equinócio da primavera e a lua cheia”, disse recentemente Marek Kukula, astronômo no Observatório Real de Greenwich, em Londres. (1ºparágrafo)

2. Em 1582 foi criado o Calendário Gregoriano, adotado e promovido pelo papa Gregório para fazer com que a Páscoa caísse mais cedo e fosse mais fácil de ser calculada. (3º parágrafo)

3. O papa Tawadros 2º de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa Copta, espera que as diferentes vertentes do cristianismo consigam chegar a um acordo sobre essa importante questão. (4º parágrafo)

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).

( ) Em 1 e 2, “Marek Kukula” e “o Calendário Gregoriano” funcionam como sujeito simples de “disse” e “foi criado”, respectivamente.

( ) Em 1 e 3, “astronômo no Observatório Real de Greenwich” e “líder da Igreja Ortodoxa Copta” estão isolados por vírgula, pois ambos os termos funcionam como aposto.

( ) Em 2, “para” introduz uma oração subordinada adverbial final.

( ) Em 3, “que” introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q1072291 Português

Texto 1 Universos paralelos

Stephen Hawking sempre foi conhecido pela sua dedicação incondicional ao trabalho. Apenas duas semanas antes da sua morte (ocorrida em 14/03/2018), aos 76 anos, o físico britânico terminou seu último artigo científico. E não foi coisa pequena. Ele estabeleceu toda a base teórica para descobrirmos um universo paralelo e, de quebra, previu o fim do nosso Universo. O conteúdo do artigo afirma que é possível encontrar evidências de um universo paralelo ao nosso (ou vários) através da datação de radiação no espaço profundo. Para confirmar a hipótese, seria necessário enviar uma sonda espacial para coletar as evidências.


Em 1983, Hawking descreveu que nosso Universo está em uma eterna expansão a partir de um pequeno ponto no espaço. Só que, para a tese fazer sentido, era necessário que o nosso Big Bang fosse acompanhado por infinitos outros, produzidos em diferentes universos. Foi a partir disso que surgiu a hipótese do cientista sobre o multiverso e que culminou no último estudo da sua vida – ele também abordou o nosso fim: desaparecer eventualmente na escuridão à medida que todas as estrelas esgotarem sua energia.


Stephen Hawking nunca escondeu que desejava ganhar um Nobel, chegando até a falar sobre isso abertamente em palestras. Caso consigam comprovar a teoria dos universos paralelos, ele certamente seria digno da honraria que tanto almejou. Infelizmente, as regras do Nobel não permitem premiações póstumas.

Uma das portas para universos paralelos, ele acreditava, seriam os buracos negros. “Se você cair em um buraco negro, não desista. Existe uma forma de sair de lá”, afirmou o físico em uma conferência no Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo, como uma metáfora para a depressão.


Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/stephenhawking-escreveu-sobre-universos-paralelos-duas-semanasantes-de-morrer/> Adaptado. Acesso em: 22/março/2018.



Texto 2 Buraco negro

No início de 2017, um grupo de cientistas de todo o mundo se uniram com um objetivo em mente: captar uma imagem do buraco negro supermassivo Sagittarius A* (o asterisco se pronuncia “estrela”). Quase um ano depois, os dados foram coletados e começaram a ser analisados pelos pesquisadores.

Chamada de Event Horizon Telescope (EHT), ou Telescópio do Horizonte de Eventos, a iniciativa usa tecnologias de ponta para fotografar o buraco negro em questão, que fica no centro da Via Láctea e possui quatro milhões de vezes a massa do Sol.

Após coletadas, as informações foram enviadas para análise no MIT, nos Estados Unidos, e o Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. As equipes das duas instituições estudarão os dados coletados e compararão suas conclusões entre si. Só então a fase final da análise das observações terá início, o que significa que é possível que, ainda em 2018, tenhamos a primeira imagem de um buraco negro.


Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/01/primeira-imagem-de-um-buraco-negro-pode-serdivulgada-em-2018.html> Adaptado. Acesso em: 22/março/2018.


Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base no texto 1.


( ) As palavras “físico”, “britânico”, “teórica”, “último” e “científico” (1º parágrafo) seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são proparoxítonas.

( ) Em “ele também abordou o nosso fim: desaparecer eventualmente na escuridão […]” (2º parágrafo), o sinal de dois-pontos é usado para introduzir um esclarecimento acerca do termo precedente “o nosso fim”

. ( ) Em “ele certamente seria digno […]” e “Infelizmente, as regras do Nobel não permitem […]” (3º parágrafo), as palavras sublinhadas expressam circunstâncias acerca do modo como as ações verbais aconteceram.

( ) Em “Foi a partir disso que surgiu a hipótese do cientista sobre o multiverso” (2º parágrafo), os elementos sublinhados expressam ênfase e podem ser retirados da frase sem alterar a relação sintática entre os termos da oração.

( ) Em “Se você cair em um buraco negro, não desista” (4º parágrafo), a conjunção sublinhada introduz uma oração subordinada adverbial condicional, podendo ser substituída adequadamente por “Caso”.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q1071733 Português

             Pessoas com baixa renda fazem pouco exercício no tempo livre

                      Pesquisa feita em Ermelino Matarazzo propõe ações

            educativas para incentivar prática de atividades físicas no tempo livre

Por Ivanir Ferreira


      A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento. Os mais pobres se exercitam menos em seu tempo livre e executam mais tarefas ocupacionais, como trabalhos domésticos, levantamento de cargas e deslocamento. Pesquisa feita pela USP, que entrevistou moradores do distrito de Ermelino Matarazzo, região de baixo nível socioeconômico da zona leste de São Paulo, propõe ações educativas e de prática de exercícios físicos para modificar este quadro.

      Fazer atividade física por lazer resulta em mais saúde física e mental – redução de problemas cardiovasculares e sintomas de depressão e ansiedade. Já a atividade ocupacional (carregar e descarregar carga de um caminhão, por exemplo), ao longo do tempo, pode ocasionar problemas físicos, como desgaste das articulações, afirma Evelyn Helena Corgosinho Ribeiro, autora da pesquisa. Em 2006, um estudo feito pelo Ministério da Saúde revelou que 48,5% dos 54 mil entrevistados eram responsáveis pela maior parte da limpeza pesada da casa e que 42,8% carregavam peso/carga pesada ou caminhavam bastante para ir ao trabalho. Desses, somente 14,8% praticavam pelo menos 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada no lazer em cinco ou mais dias da semana.

      Outro inquérito de base domiciliar feito pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (Gepaf), da Escola de Artes, Ciências e Humanidade (EACH) da USP, mostrou que 70% dos adultos do distrito de Ermelino Matarazzo não praticavam nenhuma atividade física no tempo de lazer e que 47,1% dos adultos não faziam, pelo menos, 150 minutos de atividade física no tempo de lazer ou como forma de deslocamento.

      Com base nesses dados, Evelyn se propôs a buscar formas para avaliar a eficácia de ações de promoção de atividade física voltadas para a população de baixa renda daquela região. Participaram da pesquisa 157 adultos, homens e mulheres maiores de 18 anos, que frequentavam Unidades Básicas de Saúde. O estudo durou 18 meses.

      As pessoas foram subdivididas em três grupos: o primeiro grupo obteve orientação supervisionada, com três sessões semanais de exercícios cardiorrespiratórios, de força e de flexibilidade. O segundo participou de sessões de discussões presenciais, orientação individual por telefone, e recebeu material educativo impresso, além de mensagens semanais de incentivo à prática regular de atividades físicas e de vivências, buscando o desenvolvimento de autonomia para a prática de atividade física. Neste grupo, a principal estratégia foi a orientação. Não tiveram exercícios estruturados. Faziam algumas vivências de prática de alongamento ou caminhada. O terceiro grupo (controle) não recebeu intervenção alguma. As avaliações foram feitas no início do estudo, depois de 12 meses de intervenção e seis meses depois de encerrado o período de intervenção.

      Ao final, os resultados mostraram que as pessoas de ambos os grupos de intervenção obtiveram sucesso, aumentando significativamente a sua atividade física no tempo livre. Porém, seis meses após este período, quando o trabalho de intervenção foi cessado, o ganho foi mantido apenas para o grupo que recebeu orientação de conscientização sobre a importância da prática de atividade física. Desta forma, o estudo indicou que as ações que “possibilitaram a construção do conhecimento a partir de discussões em grupo e de vivências práticas se mostraram mais eficazes como proposta de estímulos para a prática de atividade física”. 


Fonte: Disponível em:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/pessoas-com-baixa-renda-fazem-pouco-exercicio-no-tempo-livre> . Acesso em: 22 dez. 2017.

"A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento.". Assinale a alternativa que explica corretamente o uso da vírgula neste trecho do texto.
Alternativas
Q1071650 Português

         Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI


      Nestas últimas décadas, surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões.

                              Separação e responsabilidade

      Nos tempos de hoje, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de “pais órfãos de filhos”. Pais órfãos que não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança, mas que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão – talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – da crença de que seus pais se bastam.

      Este estilo de vida, nos dias comuns, que não inclui conversa amena e exclui a “presença a troco de nada, só para ficar junto”, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhamento de valores e de interesses por parte dos membros de uma família na atualidade, resulta de uma cultura baseada na afirmação das individualidades e na política familiar focada nos mais jovens, nos que tomam decisões ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instável. O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material, não faz parte de uma genuína renúncia da parte destes pais, que “não querem incomodar ninguém”, uma falsa racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abala a saúde, a segurança pessoal, o senso de pertença. É do medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da “falta de tempo” torna muito difícil viver um dia a dia em que a pessoa está sujeita ao pânico de não ter com quem contar.

                   A dificuldade de reconhecer a falta que o outro faz

Do prisma dos relacionamentos afetivos e dos compromissos existenciais, todas as gerações têm medo de confessar o quanto o outro faz falta em suas vidas, como se isso fraqueza fosse. Montou-se, coletivamente, uma enorme e terrível armadilha existencial, como se ninguém mais precisasse de ninguém. A família nuclear é muito ameaçadora. Para o conforto, segurança e bem-estar: um número grande de filhos não mais é bem-vindo, pais longevos não são bem tolerados e tudo isso custa muito caro, financeira, material e psicologicamente falando. Sobrevieram a solidão e o medo permanente que impregnam a cultura utilitarista, que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Pais em desespero tentam comprar o amor dos filhos e temem os ataques e abandono de clientes descontentes. Mas, carinho de filho não se compra, assim como ausência de pai e mãe não se compensa com presentes, dinheiro e silêncio sobre as dores profundas, as gerações em conflito se infringem. [...]. Diálogo? Só existe o verdadeiro diálogo entre aqueles que não comungam das mesmas crenças e valores, que são efetivamente diferentes. Conversar, trocar ideias não é dialogar. Dialogar é abrir-se para o outro. É experiência delicada e profunda de autorrevelação. Dialogar requer tempo, ambiente e clima, para que se realizem escutas autênticas e para que sejam afastadas as mútuas projeções. O que sabem, pais e filhos, sobre as noites insones de uns e de outros? 

      O que conversam eles sobre os receios, inseguranças e solidão? E sobre os novos amores? Cada geração se encerra dentro de si própria e age como se tudo estivesse certo e correto, quando isso não é verdade.

FRAIMAN, A. “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI”. Disponível em <http://www.revistapazes.com/5440-2/. Acesso em 30 out. 2017. (Adaptado)

Em relação à pontuação utilizada no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1071357 Português

Como combater fake news sem abrir espaço para a censura?

Apesar de boatos não serem, de forma alguma, um fenômeno recente, a dimensão de sua propagação proporcionada pelas redes sociais, especialmente em momentos críticos como [..... ] vésperas de eleições, é. O combate [...... ] fake news entrou na agenda política e midiática nacional, o que levou [......] algumas possibilidades distintas de atuação.


Algumas pessoas tendem [..... ] preferir soluções institucionais, como a responsabilização dos produtores e a tipificação do crime pela legislação brasileira. No entanto, essa via leva [..... ] um outro questionamento ético: como garantir que [..... ] pessoas nas instituições responsáveis por punir a propagação de fake news vão agir de forma isenta, sem incorrer em perseguição política contra adversários?


Para Daniel Nascimento, ex-hacker e consultor de Segurança Digital, a reação às notícias falsas deve ser tão “espontânea” quanto a sua propagação. Ele explica que a proliferação dos boatos é facilitada pelo imediatismo que a internet proporciona. “A pessoa só lê a manchete, três linhas, e já compartilha”, exemplifica. Por isso, ele trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta, a “fakenewsautentica”, que mostraria, mediante o uso de um comando, a veracidade das notícias recebidas pelo Whatsapp ou pelo Facebook instantaneamente. Segundo ele, é possível usar os “bots” que propagam notícias falsas para propagar os desmentidos e as notícias bem apuradas, com base no trabalho de jornalistas contratados para esse propósito.


Edgard Matsuki, jornalista responsável pelo site Boatos. org, acredita no poder da conscientização. “Hoje, grande parte das pessoas sabe operar quase que de forma intuitiva um smartphone, mas infelizmente as pessoas não são educadas para checar a informação que chega via redes sociais. Nesse sentido, iniciativas que visem aumentar o senso crítico das pessoas em relação ao que circula na internet são importantes”.



O site Boatos.org apresenta dicas de checagem, dentre as quais se destacam: 1) Quando se deparar com um conteúdo, ler a notícia por completo e não parar apenas no título ou nas primeiras frases. 2) Perguntar-se sobre até que ponto a notícia escrita tem chances de ser falsa. 3) Quando a fonte não está descrita no texto, ver se foi publicado em outras fontes  confiáveis. 4) Quando a notícia tem um caráter muito alarmista, desconfiar. 5) Desconfiar também de um pedido de compartilhamento. Essa é uma tática para ajudar na sobrevivência do boato. Exemplo: conteúdos com a mensagem “compartilhe antes que apaguem essa informação”. 6) Verificar os erros de português, pois as notícias falsas não têm muito apreço pela correção gramatical.


CALEGARI, L. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/como-combater-fake-news-sem-abrir-espaco-para-a-censura/>

Acesso: 04/julho/2018. [Adaptado]


Analise as afirmativas abaixo, considerando-as em relação ao texto.

1. Os segmentos “ex-hacker e consultor de Segurança Digital” (1º frase do 3º parágrafo) e “jornalista responsável pelo site Boatos.org” (1º frase do 4ºparágrafo) aparecem entre vírgulas por funcionarem como aposto.

2. O termo “fake news” é um vício de linguagem e não deveria estar presente em textos escritos.

3. Trata-se de uma matéria publicitária que divulga produtos gratuitos para alimentar fake news.

4. A expressão “No entanto” (2ºparágrafo) introduz uma ideia de contraste, podendo ser substituída por “Entretanto”, sem prejuízo de significado no texto.

5. Em “Verificar os erros de português, pois as notícias falsas não têm muito apreço pela correção gramatical.” (5º parágrafo), o vocábulo sublinhado pode ser substituído por por que, sem prejuízo de sentido e sem ferir a norma culta da língua escrita.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q1068211 Português

                Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs


      Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época, como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de trabalho.

      Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

      Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em universidades.

      Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.

      Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior escolaridade dos seres humanos nem ensiná-los a pensar; há que se ensinar a pensar diferente.

      Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.

      Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas: imaginação e curiosidade.

      Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos1 em seus caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida, inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de recapacitação de cada um.

      Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.

(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)

1 egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

No trecho – Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras. –, os dois-pontos introduzem
Alternativas
Q1067789 Português

Julgue o item relativo aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto.


A supressão da expressão “mais diretamente” (linhas 1 e 2), juntamente com o par de vírgulas que a intercala, manteria a correção gramatical, mas alteraria os sentidos originais do texto.

Alternativas
Q1066239 Português

                                      O PASTEL E A CRISE   

                                                                                                       Otto Lara Resende


      Quando a crise convida ao pessimismo ou a ameaça descamba na depressão, está na hora de ler poesia ou prosa, tanto faz.

      A partir de certa altura, bom mesmo é reler. Reler sobretudo o que nunca se leu, como repeti outro dia a um amigo que não é chegado à leitura. Ele mergulhou no Proust sem escafandro e se sente mal quando vem à tona e respira o ar poluído aqui de fora.

      Verdadeiro sábio era o Rubem Braga. Tinha com a vida uma relação direta, sem intermediação intelectual. Houvesse o que houvesse, trazia no coração uma medida de equilíbrio que era um dom de nascença, mas era também fruto do aprendizado que só a experiência dá. No pequeno mundo do cotidiano, sabia como ninguém identificar as boas coisas da vida. E assim viveu até o último instante.

      Certa vez, no auge de uma crise, crivada de discursos e de diagnósticos, o Rubem estava de olho nas frutas da estação. Madrugador, cedinho já sabia das coisas. Quando o largo horizonte nacional andava borrascoso, ele se punha a par das nuvens negras, mas não mantinha o olhar fixo no pé-direito alto da crise. Baixava o olhar ao rodapé, pois o sabor do Brasil está também no rés-do-chão.

      Num dia de greve geral, inquietações no ar, tudo fechado, o Rubem me telefonou: “Vamos ao bar Luís, na rua da Carioca? Vamos ver a crise de perto”. E lá fomos. O bar estava aberto e o chope, esplêndido. Começamos por um preto duplo, que a sede era forte. Depois mais um, agora louro. Claro que não faltou o salsichão com bastante mostarda. Calados, mas vorazes, cumpríamos um rito. Alguém por perto disse que a Vila Militar tinha descido com os tanques.

      Saímos dali e fomos a um sebo. O Rubem comprou “Xanã”, do Carlos Lacerda, com dedicatória. Depois pegamos o carro e voltamos pelo Aterro, onde se pode exercer o direito da livre eructação. Tinha sido um perfeito programa cultural. E sem nenhum incentivo do governo. Vi agora na televisão que o maracujá está em baixa e me lembrei do velho Braga.

      Nem tudo está perdido. Fui à feira e comprei também dois suculentos abacaxis. Caem bem nesta hora de atribulação nacional. Só falta agora descobrir um bom pastel de palmito na Zona Norte. Se o Rubem estivesse aí, lá iríamos nós atrás da deleitosa descoberta . Depois, de cabeça erguida , enfrentaríamos a crise e até o caos.

(RESENDE, O. Lara. Fonte: https://edoc.site/149572393-ascem-melhores-cronicas-brasileiras-011-gpdf-pdf-free.html)

A vírgula empregada no período “O bar estava aberto e o chope, esplêndido.” (§ 5) está de acordo com a seguinte norma de pontuação:
Alternativas
Q1066179 Português

UM PLANO GENIAL

                    Apparício Torelly (Barão de Itararé)

           Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio. Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e idéias.

           O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça aos quais sem pre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava.

          Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.

          À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:

          — Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim.

          Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta e exclama:

          — Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!

         — E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.

         — Está na porta — responde prontamente.

         E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:

         — Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando? 


(TORTELLV. Apparício. Fonte: http://contobrasileiro.com.br/umplano-genial-cronica-do-barao-de-itarare/)

No período “— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa.” (§ 7), as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Q1066119 Português

Leia o texto abaixo e responda à questão.

UM PLANO GENIAL

                      Apparício Torelly (Barão de Itararé)


   Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio. Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e ideias.

   O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça aos quais sempre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava. 

  Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.

   À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:

    — Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim.

   Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta e exclama:

    — Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!

     — E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.

     — Está na porta — responde prontamente.

     E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:

     — Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?


  1. (TORTELLY. Apparício. Fonte: http://contobrasileiro.com.br/um-
  2.                                   plano-genial-cronica-do-barao-de-itarare/)
No período “— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa.” (§ 7), as vírgulas foram empregadas para:
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Q1054067 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Uma carta de Yaqub, pontual, chegava de São Paulo no fim de cada mês. Zana fazia da leitura um ritual, lia como quem lê um salmo; a dicção, emocionada, alternava com uma pausa, como se quisesse escutar a voz do filho distante. Halim convidava os vizinhos e a leitura era pretexto para um jantar festivo. Sem festa, Zana ficaria deprimida, pensando no frio que o filho sentia, coitadinho, na solidão das noites num quarto úmido da Pensão Veneza, no centro de São Paulo. Com poucas palavras, Yaqub pintava o ritmo de sua vida paulistana. A solidão e o frio não o incomodavam; comentava os estudos, a perturbação da metrópole, a seriedade e a devoção das pessoas ao trabalho. De vez em quando, ao atravessar a praça da República, parava para contemplar a imensa seringueira. Gostou de ver a árvore amazônica no centro de São Paulo, mas nunca mais a mencionou.
    As cartas iam revelando um fascínio por uma vida nova, o ritmo dos desgarrados da família que vivem só. Agora não morava numa aldeia, mas numa metrópole.
    “Meu filho paulista”, brincava Zana, orgulhosa e preocupada ao mesmo tempo. Temia que Yaqub nunca mais voltasse. No sexto mês de vida paulistana começou a lecionar matemática. Abreviou as cartas, dois ou três parágrafos curtos, ou apenas um: mero sinal de vida e uma notícia que justificava a carta. Assim, sem alarde, quase em surdina, o jovem professor Yaqub noticiou seu ingresso na Universidade de São Paulo. Não ia ser matemático, ia ser engenheiro. Um politécnico, calculista de estruturas. Zana não entendeu direito o significado da futura profissão do filho, mas engenheiro já bastava, e era muito. Um doutor. Os pais mandaram-lhe dinheiro e um telegrama; ele agradeceu as belas palavras e devolveu o dinheiro. Entenderam que o filho nunca mais precisaria de um vintém. Mesmo se precisasse, não lhes pediria.
    As cartas rareavam e as notícias de São Paulo pareciam sinais de um outro mundo. O pouco que ele revelava não justificava o barulho que se fazia em casa. Um bilhete com palavras vagas podia originar um festejo. Zana aderiu à comemoração, que no início era mensal e depois foi rareando, de modo que as poucas linhas enviadas por Yaqub passavam por Manaus como um cometa de brilho pálido. Os acenos intermitentes da metrópole: o dia a dia na Pensão Veneza, os cinemas da São João, os passeios de bonde, o burburinho do viaduto do Chá e os sisudos mestres engravatados, venerados por Yaqub. Na primeira foto que enviou, trajava paletó e gravata e tinha o ar posudo que lembrava o espadachim no desfile da Independência.
    “Como está diferente daquele montanhês que vi no Rio”, comentou Halim, mirando a imagem do filho.
    “O montanhês é o teu filho”, disse Zana. “O meu é outro, é esse futuro doutor em frente do Teatro Municipal.”
(Milton Hatoum. Dois Irmãos. Companhia das Letras, 2000. Adaptado)
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de pontuação.
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Q1054034 Português
A alternativa em que as frases estão pontuadas de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa está em:
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Q1053993 Português
Assinale a alternativa que transcreve texto de Luiza Nagib Eluf (em A paixão no banco dos réus), com a pontuação de acordo com a norma-padrão.
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Q1053915 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Marieta

    Marieta fez 90 anos.
    Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta.
    Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, ou mesmo educação) falar em idade de mulher.
    São múltiplas as teorias sobre idade feminina. Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui todos os conceitos alusivos a essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais jovens. Depois, não estou interessado em compendiar a incerta sabedoria em torno do tema incerto. Meu desejo é só este: contar a idade de Marieta, por estranho que pareça.
    E não é nada estranho, afinal. Marieta fazer 90 anos é tão simples quanto ela fazer 15. No fundo, está fazendo seis vezes 15 anos, esta é talvez sua verdadeira idade, por uma graça da natureza que assim o determinou e assim o fez. Privilégio.
    Ah, Marieta, que inveja eu sinto de você, menos pelos seus 90, perdão, 6 x 15 anos, do que pelo sinal que iluminou seu nascimento, sinal de alegria serena, de firmeza e constância, de leve compreensão da vida, que manda chorar quando é hora de chorar, rir o riso certo, curtir uma forma de amor com a seriedade e a naturalidade que todo amor exige.
    Sei não, Marieta (de batismo e certidão, Maria Luísa), mas você é a mais agradável combinação de gente com gente que eu conheço.
(Carlos Drummond de Andrade, Boca de Luar. Adaptado)
Considere a seguinte passagem do texto:
Marieta fez 90 anos. Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta. Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, ou mesmo educação) falar em idade de mulher.
O trecho entre parênteses introduz um comentário do narrador que se caracteriza como manifestação de
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Q1053143 Português

Leia o texto para responder a questão.


O gosto na era do algoritmo

      Às segundas-feiras pela manhã, os usuários do Spotify (serviço de transferência de dados via internet que dá acesso a músicas e outros conteúdos de artistas) recebem uma lista personalizada de músicas que lhes permite descobrir novidades. O sistema se baseia em um algoritmo cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos. De fato, plataformas de transmissão de dados cinematográficos, como a Netflix, começam a desenhar suas séries de sucesso rastreando os dados gerados por todos os movimentos dos usuários para analisar o que os satisfaz. O algoritmo constrói assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor, que pode avançar até chegar sempre a lugares reconhecíveis.

     O algoritmo, sustentam seus críticos, nos torna chatos, previsíveis, e empobrece nossa curiosidade por explorar o acervo cultural. Ramón Sangüesa, coordenador do Data Transparency Lab (Laboratório de Transparência de Dados), consegue ver vantagens, mas também riscos. “Esses sistemas se baseiam no passado para predizer o futuro. A primeira dificuldade é conseguir a massa crítica para que tenhamos mais dados e as projeções sejam melhores. Mas sempre se corre o risco de ficar em uma mesma área de recomendação. No consumo cultural, o perigo está na uniformização do gosto, o que chamamos de filtro bolha. E assim vão sendo criados comportamentos padronizados”, afirma.

      A questão, no entanto, é se os limites impostos na aprendizagem pelos sistemas fechados de computação são equiparáveis aos erros e possíveis idiotices que cometemos durante anos formando nosso próprio gosto. O escritor Eloy Fernández Porta não vê grande diferença. Segundo ele, antes do Spotify e fora dele o gosto já vinha determinado por critérios de acesso, aceitação, atualidade e distinção. “Sempre vivemos a música em um algoritmo, o que acontece é que em vez de chamá-lo de matemática o chamamos de espontaneidade. O algoritmo do Spotify não me parece menos confiável do que a fórmula caótica que cada ouvinte inventou. Nem menos humano: quando fazemos analogias erradas ou nos empenhamos em recomendar o primeiro disco de Vincent Gallo, nossas sinapses estão dando os mesmos maus passos”, afirma.

(Daniel Verdú. https://brasil.elpais.com/brasil/. 09.07.2016. Adaptado)

O acréscimo da vírgula, embora altere ligeiramente o sentido da frase do texto, não prejudica a correção gramatical em:
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Q1053096 Português

Leia o texto para responder a questão.


          Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

       Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes sociais.

    Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas. Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo que a empresa faz o bem no mundo.

     Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha. Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão de pontuação, o vocábulo do trecho – ... a mensagem de Palihapitiya é importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha. – que poderia estar entre vírgulas é:
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Q1052821 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
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Q1052321 Português
Leia o texto de Cesar Baima para responder à questão.

‘Pílula do exercício’ dá resistência e queima gordura sem atividade física

    Maratonistas, ciclistas e outros atletas de provas de resistência frequentemente relatam a sensação de “bater na parede”, atingindo um nível de exaustão no qual é impossível continuar a competir. O treinamento regular, no entanto, pode afastar essa “parede” cada vez mais para “longe” ao promover alterações na forma como o organismo consome energia, como aumentar a queima de gordura.
    E agora uma simples pílula promete fazer isso sem que eles precisem dar um passo ou pedalada. Em testes anteriores com camundongos, o composto designado GW501516 (ou só GW) mostrou-se capaz de replicar alguns dos efeitos na saúde da prática de exercícios regulares, como aumentar o gasto de energia e reduzir a obesidade.
    Na opinião do cardiologista Claudio Gil Araújo, diretor de pesquisas da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex), o estudo pode ser extremamente útil para se entenderem as decisões das células musculares do ponto de vista do metabolismo, porém não se pode transferir para uma pílula algo tão complexo como os benefícios dos exercícios para a saúde.
(http://oglobo.globo.com. 02.06.2017. Adaptado)
As aspas empregadas no primeiro parágrafo servem ao propósito de
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Q1052123 Português

Leia o texto para responder à questão.

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets, laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo, interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King’s College de Londres, conduziu uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho. Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

“É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos”, diz Collin Espie, da Universidade de Oxford. “O sono é fundamental para uma série de funções ligadas à saúde e ao bem-estar”.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono

e nos deixem feito ‘zumbis’ no trabalho”. 19.01.2018.

http://www.bbc.com/portuguese 

As aspas, no último parágrafo, sinalizam
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Respostas
4421: B
4422: A
4423: A
4424: A
4425: D
4426: B
4427: E
4428: C
4429: B
4430: A
4431: D
4432: B
4433: E
4434: D
4435: A
4436: A
4437: D
4438: D
4439: C
4440: B