Questões de Concurso Para prefeitura de são joaquim de bicas - mg

Foram encontradas 193 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q1109138 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.

Por quem os sinos dobram?

A morte é poderosa. Ela também assusta. Em primeiro lugar, pelo óbvio: ela é universal e inevitável. É o conceito final e, por isso mesmo, evitamos seu contato até no nome. Dizer Dia de Finados já parece uma mistura de português antigo e eufemismo. Os mexicanos vão direto ao ponto: Dia de los Muertos.

Em segundo lugar, a morte produz arte. Duas das sete maravilhas do mundo antigo são monumentos funerários: as pirâmides do Egito e o túmulo do rei Mausolo em Halicarnasso, que deu origem ao nome mausoléu. Ainda que democrática e igualitária em si, a morte produz desigualdades estéticas e de poder.

A Capela dos Ossos, em Évora (Portugal), choca a sensibilidade contemporânea, mas foi pensada para ser uma lembrança religiosa e moral. “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.”

Em terceiro lugar, a morte está associada à fé. Grande parte das religiões orbita em torno do nosso fim ou do anseio de imortalidade. Na hora extrema, jainistas da índia podem optar por uma morte pública e quase teatral. Para católicos, são José (padroeiro da boa morte) se oferece à alma devota como guia seguro.

Todo o cristianismo foi fundado em torno de dois conceitos ligados à morte: Jesus morreu pela humanidade e, ressuscitando, venceu a morte. Judeus consideram uma ação positiva pertencer à Chevra Kadisha (sociedade sagrada), que prepara o corpo e ampara a família. Espíritas preferem o verbo desencarnar. Islâmicos insistem na igualdade de todos em túmulos sem ornamentos e, por vezes, até sem nome.

Por fim, a morte é uma grande inquietação filosófica. Albert Camus pensou na morte como o “momento absurdo” na sua análise do mito de Sísifo. O texto foi escrito em pleno horror da Segunda Guerra.

A morte do filósofo Sócrates é retratada pelo pintor Jacques-Louis David com a dignidade neoclássica do momento que deu significado para toda uma vida. Para o filósofo, a aceitação tranquila da morte era o sinal de que havia sido coerente. Para nós que somos menos do que Sócrates, o extremo da pobreza é não ter “onde cair morto”. Morrer é o símbolo de toda a vida.

O conceito, porém, continua incômodo. Nos meios urbanos ocidentais, a morte foi afastada da vista pública. Não se vela mais em casa o corpo de entes queridos. Há uma tanatofobia, um horror à morte, entre nós. A morte tornou-se mais asséptica. Foi isolada em hospitais.

Quando ocorre em acidente público, corpos devem ser imediatamente cobertos. A morte incomoda. Basta começar a tocar nela e todos sentem um vago mal-estar. Quase todos preferem trocar de assunto.

Alguns de nós foram criados em hábitos mais antigos, como visitar cemitérios no Dia de Finados. Os jovens de hoje raramente o fazem. Os jovens não querem ir a enterros. Estão longe da morte e manifestam pouca preocupação com ela.
Nós, mais velhos, também não gostaríamos de ir. A força da obrigação e do hábito nos arrastam. Talvez por isto tenhamos raiva da frase clássica de um adolescente ao ser convidado a um velório: “Não gosto”. Como também não gostamos, nos irritamos com a frase que desnuda, sem culpa, nossa resistência.

Por que vamos? Em parte porque somos menos livres do que os mais jovens. Talvez porque sejamos mais solidários. Mas, em parte também, porque temos uma ideia da finitude e da dor do luto. Ir a túmulos é um rito de religação. Visitamos mortos por causa de nós, vivos. Nós, os ossos que lá estaremos, ainda temos carne e sangue e ainda choramos.

O Dia de Finados é o dia dos vivos, da fila que continua andando, das duas questões que nos abalam: o quanto sinto falta de quem se foi e o quanto temo ir. O vazio da morte está impactando quem vive.

Os sinos dobram por nós, como o título que tomei emprestado a Hemingway. Ouvi-los é estar vivo. Quando eu parar de escutá-los isso não terá mais importância. O Dia de Finados é nosso, dos que ainda podem ler este texto. Repousemos em paz.

LEANDRO KARNAL, 52, é historiador e professor da Unicamp,
autor de ‘Pecar e Perdoar’ (Nova Fronteira)

KARNAL, Leandro. Por quem os sinos dobram? Savi Advocacia. Disponível em:<http://www.fsavi.com/artigo>. Acesso em: 25 fev. 2016 (Adaptação).
De acordo com o texto, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Morte e religião estão relacionadas entre si. ( ) A universalidade e a inevitabilidade da morte são características de seu poder. ( ) As religiões têm formas diferentes de lidar com a morte e suas implicações. ( ) A morte é um assunto que incomoda a todos, exceto aos mais velhos. ( ) Os mais velhos vão aos velórios porque precisam, os mais jovens, porque são obrigados.
Assinale a sequência CORRETA.
Alternativas
Q1109137 Administração Pública

A Administração Pública, em sentido amplo, compreende: o governo (que toma as decisões políticas), a estrutura administrativa e a administração (que executa essas decisões). Em sentido estrito, compreende apenas as funções administrativas de execução dos programas de governo, prestação de serviços e demais atividades.

Analise as afirmativas a seguir, referentes às características da administração pública, e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) É instrumental – a Administração Pública não é um fim em si mesma, mas um instrumento do Estado para a promoção do desenvolvimento do país e do bem comum da sociedade.

( ) É executora – direta ou indiretamente, executa as atividades desejadas pelo estado, tendo em vista o bem-estar da coletividade. A atividade da Administração Pública é de execução: presta serviços públicos e pratica atos administrativos através de seus órgãos e agentes.

( ) É hierarquizada – a estrutura da Administração Pública obedece a uma hierarquia, em que há subordinação dos órgãos inferiores aos superiores. Os agentes lotados nos órgãos inferiores (ainda que chefes hierárquicos nesses órgãos) também obedecem às instruções das autoridades que comandam os órgãos superiores.

( ) Tem responsabilidade técnica – ao prestar serviços públicos e praticar atos administrativos, a administração pública obedece a normas jurídicas e técnicas. O desvio dessas normas invalidará o ato praticado e responsabilizará o agente que a praticou. Os agentes públicos são responsáveis pelos atos que praticam e estão sujeitos à prestação de contas perante a própria Administração, os órgãos de controle e a sociedade.

Assinale a sequência CORRETA.

Alternativas
Q1109136 Redação Oficial

Analise a descrição a seguir. É uma comunicação escrita emanada de uma autoridade, em que se informa sobre qualquer assunto administrativo ou se baixa uma ordem. Sua finalidade é o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares. Seu caráter é público e só pode ser expedido, portanto, por órgão público.

Possui as partes: 1 – Timbre ou cabeçalho; 2 – Índice e número; 3 – Local e data; 4 – Assunto ou ementa; 5 – Vocativo ou invocação; 6 – Texto; 7 – Fecho ou cumprimento final; 8 – Assinatura; 9 – Anexos; 10 – Endereço; 11 – Iniciais.

Essa descrição diz respeito a:

Alternativas
Q1109135 Atendimento ao Público

O processo de comunicação humana, seja nas empresas ou em outro ambiente social, está sujeito a problemas – barreiras e males –, que podem interferir diretamente na transmissão das informações e gerar consequências muitas vezes indesejáveis.

Considerando esse contexto, assinale a alternativa que descreve incorretamente um desses problemas.

Alternativas
Q1109134 Atendimento ao Público

Analise as afirmativas a seguir, referente aos conceitos preliminares importantes para a compreensão da comunicação nas empresas.

I. Dado: um registro simples a respeito de determinado evento ou ocorrência. Um banco de dados é um meio de acumular e armazenar conjuntos de dados para serem combinados e processados.

II. Informação: um conjunto de dados com determinado significado, que reduz a incerteza ou permite o conhecimento a respeito de algo.

III. Comunicação: é quando uma informação é transmitida a alguém. Para que haja comunicação é necessário que o destinatário da informação a receba e a compreenda. Comunicar significa tornar comum a informação a uma ou mais pessoas.

Estão corretos os conceitos:

Alternativas
Respostas
96: A
97: D
98: A
99: B
100: D