Questões de Concurso
Para prefeitura de marcação - pb
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( ) A EAR é o nível de ingestão diária de nutriente suficiente para atender as necessidades de 97 a 98% dos indivíduos saudáveis de mesmos gêneros e estágio de vida.
( ) A EAR é obtida a partir dos valores de RDA, acrescidos de mais dois desvios-padrão da necessidade do nutriente.
( ) Nos casos em que não há dados suficientes para estabelecer a EAR e consequentemente a RDA, é proposta a AI como parâmetro provisório.
( ) O valor de UL refere-se ao mais elevado nível de ingestão de um determinado nutriente que aparentemente não oferece risco de efeitos adversos à saúde. À medida que a ingestão aumenta acima da UL, maior será o risco de deficiência nutricional.
(Carlos Drummond de Andrade)
A casa da velha senhora ficava na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive no abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
- Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
- Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
- Incomoda não, meu filho.
A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
- Madame gosta de chá?
- Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
- Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com esse terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
- Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não posso negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.
O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem-disposta.
- E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver a beleza que está.
O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua.
O filho quase cai duro:
- A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!
ANDRADE, Carlos Drummond de. As palavras que ninguém diz . Seleção de Luíza de Maria. - 12a ed. - Rio de Janeiro: Record, 2008.
Marque a opção que contém uma característica do texto:
A palavra “ninguém” de acordo com as regras de acentuação gráfica, é:
As palavras sublinhadas, “cachorro” e “enterro”, de acordo com as regras vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, contêm:
( ) as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outro sinais.
( ) as indicações dos sinais as demais normas de trânsito.
( ) as indicações dos semáforos sobre os demais sinais.
Abaixo, assinale a alternativa que apresenta respectivamente a prevalência correta no trânsito, sendo I a de maior e III a de menor prevalência:
Quanto eles conseguem guardar por mês?
“Existe um conflito insuperável entre o ideal de uniformidade de um sistema ortográfico e a realidade oral de uma língua, caracterizada pela variação social tanto quanto regional. Por mais que se busque retratar por meio deles a pronúncia das palavras – por exemplo, fazendo que um dado sinal (uma letra, um acento) tenha uma relação biunívoca com um elemento sonoro qualquer -, esse sistema jamais conseguirá realizar tal correspondência com perfeição. Com efeito, uma mesma palavra pode ser diferentemente pronunciada pela mesma pessoa quando esta se dirige a uma plateia ou quando conversa informalmente (cf., p. ex., pronúncias para abóbora , fósforo , ferrugem ); além disso, essa diferença pode ser ainda maior quando ‘a mesma palavra’ é pronunciada por indivíduos naturais de diferentes regiões (cf., p. ex., as pronúncias de porta na fala dos gaúchos, de cariocas, de mineiros ou de paulistas) ou pertencentes a diferentes níveis socioculturais (p. ex.: problema , poblema , pobrema ). Por outro lado, uma palavra pode apresentar diferentes realizações fonéticas ao ser dita sozinha ou seguida de outra (cf. a pronúncia de fez quando seguida de silêncio e quando seguida de outra palavra começada por vogal, p. ex. ‘ fez isso ’).”
“A ortografia de uma língua consiste na padronização da forma gráfica de suas palavras para o fim de uma intercomunicação social universalista, e só em casos excepcionais são admitidas duas grafias para uma mesma palavra. Pela tradição brasileira, as normas ortográficas, ordinariamente propostas por comissões de especialistas e aprovadas pelo Congresso Nacional, entram em vigor por ato do Poder Executivo federal. Portanto, compete ao poder público oficializar mudanças nas convenções ortográficas, mas tais alterações não significam mudanças linguísticas, já que, por mais que se possam refletir em parte os sistemas de sons da língua, a ortografia não faz parte desse sistema. Unificação ortográfica nada tem a ver com uniformização da língua. As línguas são como são em virtude do uso que seus falantes fazem delas, e não de acordos de grupos ou de decretos do governo.”
Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa / Instituto Antônio Houaiss / coordenação e assistência de José Carlos Azeredo. – São Paulo: Publifolha, 2013.
Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:
Sobre o princípio de vedação de autoincriminação, passemos a analisar as seguintes assertivas:
I. O direito ao silêncio se aplica a testemunha, ante a indagação de autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser compelido pela autoridade a fornecer padrões vocais para a realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência.
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu.
IV. O STF já pacificou entendimento de que é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado, utilizando como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo, dada a reprovabilidade de sua conduta.
Assinale: