Questões de Concurso Para prefeitura de oeiras - pi

Esses movimentos nativistas são caracterizados pelos historiadores não como movimentos que foram de contestação ao domínio de Portugal, mas sim como movimentos de rebeldias e conflitos regionais contra alguns pontos do colonialismo que não satisfaziam aos colonos brasileiros.

A Revolta de Beckman ocorreu no Maranhão em 1684 e foi um movimento liderado pelos irmãos Beckman que exigiam que a coroa portuguesa concedesse aos maranhenses o monopólio da mineração.

A "Guerra dos Emboabas" ocorreu em Minas Gerais no início do século XVIII e resultou da revolta contra a proibição de escravização dos indígenas.

A Guerra dos Mascates, ocorrida entre 1710 e 1711, confrontou os senhores de engenho de São Vicente e os comerciantes da capitania de São Paulo. Os senhores de engenho acusavam a coroa portuguesa de favorecer aos comerciantes.

A principal consequência dos movimentos nativistas foi a independência brasileira.

Segundo Aristides Lobo, um dos propagandistas da República, o povo assistiu bestializado à proclamação da República. O historiador José Murilo de Carvalho, entretanto, desmontou essa afirmação, em livro já clássico no âmbito da historiografia brasileira, demonstrando que a indiferença dos brasileiros do Rio de Janeiro com a proclamação da República era resultante de uma percepção que estes tinham de que a proclamação era um gesto elitista que não dizia respeito a eles. Para este autor, ao invés de bestializados os brasileiros seriam bilontras. 

José Murilo de Carvalho, em "A formação das almas – o imaginário republicano no Brasil", afirma que em fins do século XIX fermentavam pelo menos três projetos republicanos no Brasil – o liberal, o jacobino e o positivista. Segundo ele, o projeto liberal, cuja base social eram os cafeicultores, foi o vencedor e o responsável pela consolidação do regime republicano no Brasil.

A política no Segundo Reinado sempre foi complicada, sobretudo pela briga ferrenha entre conservadores e liberais. Essa situação se agravou com a crise de sub-representação de algumas províncias. Na segunda metade do século XIX, o eixo econômico do país tinha consolidado sua mudança do Nordeste para o Sudeste, mas províncias como São Paulo, que já era o grande centro econômico do Brasil, tinham representação menor que Bahia e Rio de Janeiro, o que indispunha a elite paulista com a monarquia.

Respondendo às pressões sociais por ampliação da participação política a monarquia fez aprovar a ''Lei Saraiva", em 1881. Esta lei fez crescer o eleitorado no país e insatisfez às elites parlamentares, indispondo-as com a monarquia.

Entre os partidos prevalecentes no Segundo Reinado, conservadores e liberais eram minimamente diferenciados. O Partido Conservador queria um regime forte, tendo a autoridade concentrada na figura do imperador e pequena liberdade para as províncias. Já o Partido Liberal era favorável a que o parlamento fosse fortalecido e houvesse mais autonomia para as províncias. Esta diferença, entretanto, se limitava ao discurso, na medida em que, na prática, nada mais liberal do que um conservador na oposição e nada mais conservador do que um liberal no poder.

A Nova República inicia-se com o fim do mandato do presidente Figueiredo, último presidente do ciclo militar, efeméride marcada pela posse de Tancredo Neves na presidência da República.

"Diretas Já” foi um movimento político suprapartidário que surgiu durante o final do governo presidencial do general Figueiredo, em maio de 1983, que exigia a realização de eleições diretas para a presidência da República.

A proposta de Emenda Constitucional nº 5, de 1983, também chamada de Emenda Constitucional Dante de Oliveira, faz parte de uma série de movimentos em prol do retorno da democracia no Brasil através de eleições diretas para Presidente da República.

A contenção do aumento inflacionário foi um grande desafio para o governo de José Sarney. Para combater a inflação foram adotados sucessivos programas econômicos, tais como o Plano Cruzado, o Plano Bresser e o Plano Verão.

A constituição de 1988 até hoje recebe críticas por seu inchaço e pela grande discrepância entre sua teoria e a realidade brasileira, que, três décadas depois, continua relativamente pobre e profundamente desigual, embora seja um dos textos mais completos do mundo em termos de garantias individuais, o que lhe rendeu o apelido de "Constituição Cidadã".

O governo de Juscelino Kubitschek teve como grande marca o desenvolvimentismo. Kubitschek investiu maciçamente no desenvolvimento de estradas, no crescimento industrial, sobretudo da indústria pesada, e foi o responsável pelo ambicioso projeto da construção de Brasília como nova capital do Brasil.

O governo de Juscelino Kubitschek alcançou resultados impressionantes na economia, sobretudo na área da indústria, porém, Kubitschek contribuiu abertamente para agravar alguns problemas crônicos do nosso país. Os baixos investimentos nas áreas de educação e alimentação contribuíram para agravar o problema da produção de alimentos, da distribuição das terras produtivas e da disponibilidade de vagas nas universidades. Essas questões agravaram-se e estouraram durante os anos 1960, principalmente nos anos do governo de João Goulart.

Os elevados gastos de Kubitschek em seu governo contribuíram para aumentar a dívida externa do país e as relações do Brasil com o FMI saíram bastante arranhadas. Mas o fator de maior insatisfação da população era a inflação: em 1959, a inflação no Brasil encontrava-se completamente descontrolada, próxima a 40%.

A crise política gerada pela postura golpista de grupos como a UDN, após a eleição de Kubitscheck, contou com o apoio do Ministro da Guerra do Brasil, o marechal Henrique Teixeira Lott. Em 11 de novembro de 1955 Lott liderou a tentativa de golpe que queria impedir a posse de Juscelino Kubitschek.

O governo JK organizou o Plano de Metas, um programa econômico que estipulava 31 metas para garantir o desenvolvimento econômico do Brasil. As áreas consideradas cruciais nesse plano eram energia, transportes, indústria de base, alimentação e educação.

A Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, não fez menção ao desejo de libertação do nosso território. Focado no desenvolvimento de uma pátria mineira, a elite envolvida com esse movimento estabeleceu um projeto de emancipação que preservava o trabalho escravo em terras coloniais.

O Iluminismo, a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos tiveram grande peso para que uma parte dos colonos projetasse o fim do pacto colonial no Brasil.

Os dois mais significativos movimentos de independência no Brasil foram a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, os quais se assemelham também em sua base social.

A Conjuração Baiana, de 1798, foi impulsionada por uma elite ilustrada que se afastou do movimento ao perceber que passava a ser controlado por populares.

A fala de uma população desgastada com os altos impostos a serem pagos e as oscilações econômicas que marcavam o período era fundamenta pelo discurso iluminista e o socialismo utópico, na Revolução Pernambucana, em 1817.