Questões de Concurso Para prefeitura de maricá - rj

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Q2572193 Pedagogia
A nossa área foi colonizada por discursos higienistas, racistas, machistas e homofóbicos, que foram forjados por conta de um projeto de sociedade que pretendia embranquecer a raça, colocar as mulheres em um lugar marginalizado, inviabilizar a existência de todo e qualquer corpo que fugisse do padrão binário e heteronormativo, além de manter no poder as elites dirigentes. Sim. A Educação Física, na sua hegemonia, é uma área conservadora, racista, machista, homofóbica e elitista. (Maldonado, 2023)
O trecho acima faz parte da fala do professor Daniel Maldonado, em palestra proferida na Mesa “Diálogos da Educação Libertadora de Paulo Freire com a Educação Física Escolar”, ocorrida em 2023.
Sobre a Educação Física libertadora é correto afirmar: 
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Q2572192 Pedagogia
Uma das tarefas do educador ou educadora progressista, através da análise política, séria e correta, é desvelar as possibilidades, não importam os obstáculos, para a esperança, sem a qual pouco podemos fazer porque dificilmente lutamos, e quando lutamos, enquanto desesperançados ou desesperados, a nossa é uma luta suicida, é um corpo a corpo puramente vingativo. O que há, porém, de castigo, de pena, de correção, de punição na luta que fazemos movidos pela esperança, pelo fundamento ético-histórico de seu acerto, faz parte da natureza pedagógica do processo político de que a luta é expressão. Não será equitativo que as injustiças, os abusos, as extorsões, os ganhos ilícitos, os tráficos de influência, o uso do cargo para a satisfação de interesses pessoais, que nada disso, por causa de que, com justa ira, lutamos agora no Brasil, não seja corrigido, como não será correto que todas e todos os que forem julgados culpados não sejam severamente, mas dentro da lei, punidos.
(Freire, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra, 2014.)
Em consonância com as ideias progressistas de Paulo Freire, Soares et al (1992) defendem uma Educação Física crítico-superadora na qual 
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Q2572191 Educação Física
“4,3 milhões de estudantes não-brancos da rede pública – pretos, pardos e os indígenas– ficaram sem atividades escolares durante a pandemia, quase três vezes mais que os 1,5 milhões de estudantes brancos sem atividades. Uma das razões é que, no Brasil, 39% dos estudantes de escolas públicas não têm computador, enquanto 91% dos estudantes de escolas particulares possuem computador.”
(Rede de Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://redepesquisasolidaria.org/wpcontent/uploads/2020/09/boletimpps_22_28agosto.pdf ).
A pandemia foi uma experiência inédita e inesperada para os habitantes do planeta, delicada, complexa, sem “preparação prévia”, que afligiu a humanidade desde o final de 2019, e nos confrontou com o desconhecido. No entanto, com seu ineditismo, a pandemia acabou por exacerbar, radicalizar e dar visibilidade a problemas e opressões estruturais em escalas mundial e nacional bastante conhecidos, há muito, problemas que ao longo da história não foram objeto de políticas públicas de enfrentamento para sua superação – o racismo e suas nefastas consequências para todas as vidas humanas; a iníqua distribuição de renda; a desigualdade de acesso aos bens da educação, da cultura, da saúde, da economia. E a pandemia trouxe também problemas sociais novos.
(Adaptado de VAGO, Tarcísio Mauro. Uma polifonia da Educação Física para o dia que nascerá: sonhar mais, crer no improvável, desejar coisas bonitas que não existem e alargar fronteiras. In CARVALHO, Rosa Malena de Araújo; PALMA, Alexandre; CAVALCANTI, André dos Santos Souza. (organizadores). Educação Física, soberania popular, ciência e vida. Niterói : Intertexto, 2022. p. 38-54)
Sobre a relação entre a Educação Física e os persistentes problemas sociais brasileiros, Taffarel (2022) reflete que:
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Q2572190 Educação Física
“Cabe aqui ressaltarmos o fato de que o esforço de se lançar mão da Educação Física como elemento educacional - ainda que de conformidade com uma visão de saúde corporal, saúde física, eugênica - enfrentava barreiras arraigadas nos valores dominantes do período colonial, sustentáculos do ordenamento social escravocrata, que estigmatizaram a Educação Física por vinculá-la ao trabalho manual, físico, desprestigiadíssimo em relação ao trabalho intelectual, este sim, afeto à classe dominante, enquanto o outro se fazia pertinente única e tão somente aos escravos”.
(CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1989).

Segundo Cavalcanti (2023) os movimentos históricos que buscam a superação da realidade social segregadora não iniciaram hoje. Os saberes emancipatórios produzidos pelos africanos e pelos afro-brasileiros nos ajudam a construir outras formas de resistência.
Sobre a Educação Física o autor explica que
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Q2572189 Educação Física
“Também parece certo que, devido às suas características, a Educação Física tem sido utilizada politicamente como uma arma a serviço de projetos que nem sempre apontam na direção das conquistas de melhores condições existenciais para todos, de verdadeira democracia política, social e econômica e de mais liberdade para que vivamos nossa vida plenamente. Pelo contrário, a Educação Física no Brasil muitas vezes, tem servido de poderoso instrumento ideológico e de manipulação para que as pessoas continuem alienadas e impotentes diante da necessidade de verdadeiras transformações no seio da sociedade. Por consequência escreve-se quase sempre uma história que é o próprio reflexo dessa situação de dominação que se pretende eterna.”
(MEDINA, João Paulo S. . Apresentação: a história que não se conta… In: CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1989, p.9-10).
De acordo com Castellani Filho (1989), discorrer sobre a história da Educação Física no Brasil passa, necessariamente, pela análise da influência das instituições militares na constituição desta disciplina no contexto escolar. Segundo o autor é correto afirmar que
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Respostas
166: B
167: C
168: E
169: C
170: A