Questões de Concurso Para prefeitura de jundiaí - sp

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Q1847976 Matemática
Os funcionários de uma empresa tiveram que optar pelo horário de almoço mais conveniente: 11 horas, 12 horas e 13 horas. Cada funcionário escolheu apenas um horário. Sabe-se que 1/4 do total de funcionários escolheu 11 horas, 3/5 do total escolheu 12 horas, e os demais, 12 funcionários, escolheram 13 horas. O número de funcionários que escolheram 12 horas é igual a 
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Q1847975 Matemática
A razão entre o comprimento e a largura de um quadro retangular é de 5 para 8, e a soma dessas medidas é igual a 104 cm. Assim, a largura desse quadro é igual a
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Q1847974 Matemática

No quadro a seguir constam os salários dos 20 funcionários de um dos departamentos de uma empresa.


     Nº de funcionários     Salário (R$)  

                6                   1.500,00

                8                   2.500,00

                4                   4.000,00

                2                 10.000,00


A média salarial do referido departamento é igual a

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Q1847973 Matemática

Em uma empresa, há 18 empregados que têm curso superior e 42 que não têm o curso superior. O gráfico a seguir representa essa relação entre esses dois grupos da empresa.


Imagem associada para resolução da questão


É correto afirmar que o ângulo  tem medida igual a:

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Q1847972 Matemática
Mediu-se a pressão sanguínea de cada pessoa de um grupo de pessoas. Desse grupo, apenas 40% estavam com a pressão normal. Entre as pessoas que não estavam com a pressão normal, 75% tinham diabetes, o que corresponde a 90 pessoas. O número de pessoas desse grupo é igual a
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Q1847971 Matemática
Uma indústria produz 240 equipamentos em 6 dias, utilizando as máquinas funcionando 12 horas por dia. O tempo diário necessário para que essas mesmas máquinas produzam 360 equipamentos em 8 dias será igual a 
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Q1847970 Matemática

O polígono ABCD da figura a seguir representa uma sala. A área da sala que corresponde ao retângulo ABCP é igual a 6 m2 .


Imagem associada para resolução da questão


Sabe-se que a medida do segmento PD é igual a 7,5 m. Desta forma, o perímetro da sala é igual a

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Q1847969 Matemática

O trapézio da figura, desenhado em uma malha quadriculada, representa um terreno. A medida do lado de cada quadradinho da malha corresponde a 8 metros.


Imagem associada para resolução da questão


Assim, a área do terreno, em metros quadrados, representado na figura, é igual a

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Q1847968 Matemática

Analise as seguintes afirmações que indicam equivalências entre unidades de medida das grandezas comprimento, área, capacidade, tempo e massa, respectivamente:


I. 0,64 m = 64 mm.

II. 5,2 m2 = 5 m2 e 2 dm2 .

III. 0,7 m3 = 70 litros.

IV. 5,30 h = 5 h e 18 min.

V. 35,2 g = 0,352 kg.


A única afirmativa correta é:

Alternativas
Q1847967 Matemática

O gráfico a seguir apresenta, por faixas de idade, as taxas de pessoas desocupadas, ou seja, pessoas que buscavam emprego no Brasil no 4º trimestre de 2019.


Imagem associada para resolução da questão


Considerando que o total de pessoas desocupadas no 4º trimestre de 2019 era de 12000000 e os dados apresentados no gráfico, analise as seguintes afirmações referentes ao 4º trimestre de 2019:


I. O número de pessoas desocupadas com 60 anos ou mais de idade era de 348000.

II. 76,9% das pessoas com 40 a 59 anos de idade estavam empregadas.

III. A diferença entre o número de pessoas desocupadas com 25 a 39 anos e o número de pessoas desocupadas com 60 anos ou mais de idade era inferior a 20000.

IV. A porcentagem de pessoas desocupadas com 25 anos ou mais de idade era superior a 50%.


As duas únicas afirmações corretas são:

Alternativas
Q1847966 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada em conformidade com a norma-padrão.
Alternativas
Q1847965 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

O sinal indicativo de crase foi corretamente empregado na alternativa:
Alternativas
Q1847964 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

Considere as frases elaboradas a partir do texto.


•  Tombos espetaculares eram comuns, e pegar o bonde em movimento exigia cuidado para evitar esses tombos.

•  A imagem dos bondes tornava-se popular, especialmente pelas passagens que traziam a imagem dos veículos impressa no papel.


Atendendo ao emprego e à colocação dos pronomes determinados pela norma-padrão, as expressões destacadas podem ser substituídas por:

Alternativas
Q1847963 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

No trecho do terceiro parágrafo – … esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos. –, é correto afirmar que o autor
Alternativas
Q1847962 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

Pelas informações do texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q1847961 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

Os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente e sem alteração do conteúdo do texto, por:
Alternativas
Q1847960 Português

Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.


    Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.

    O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.

    Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.

    A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.

    Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

    Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.

    Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.

(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

De acordo com a concordância verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
Alternativas
Q1847959 Português

Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.


    Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.

    O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.

    Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.

    A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.

    Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

    Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.

    Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.

(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

Considere os trechos do texto.


•  … para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. (2º parágrafo)

•  Adulto só encostava em criança para dar cascudo. (2º parágrafo)

•  Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. (3º parágrafo)


As preposições destacadas passam, respectivamente, a noção de

Alternativas
Q1847958 Português

Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.


    Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.

    O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.

    Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.

    A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.

    Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

    Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.

    Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.

(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está redigida em conformidade com a regência verbal e/ou nominal padrão. 
Alternativas
Q1847957 Português

Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.


    Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.

    O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.

    Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.

    A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.

    Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

    Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.

    Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.

(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo em destaque na alternativa:
Alternativas
Respostas
801: E
802: B
803: C
804: E
805: A
806: B
807: A
808: D
809: D
810: C
811: E
812: C
813: B
814: A
815: D
816: C
817: E
818: B
819: B
820: D