Questões de Concurso Para prefeitura de sorocaba - sp

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Q1691442 Português

O velho


    O que eu mais temo – escrevi em um dos meus agás – não é o Sono Eterno, mas a possibilidade de uma insônia eterna – o que seria uma verdadeira estopada, um suplício sem fim. Porém, em uma de minhas costumeiras noites de sonho acordado, o meu amigo morto me pediu um cigarro, e disse-me:

    – Não é como tu pensas, todos nós trabalhamos numa série infinita de escritórios (cada geração de mortos num deles) onde a gente se entrega a um sério trabalho de estatística: tem-se de anotar a chegada de cada um e comunicar-lhe o respectivo número, pois isso de nomes é mera convenção terrena. O pior são os que atrapalham a escrita, morrendo antes do tempo – ou porque se mataram ou por culpa dos médicos, e estes ainda são culpados quando fazem os doentes morrer depois da hora, numa espécie de sobrevida artificial, já que os médicos (diga-se em sua honra) julgam criminosa a prática da eutanásia... Uma pena!

    – E fora do expediente, o que fazem vocês?

    – Bem, a hora do almoço não deixa de ser divertida por causa dos Santos: põem-se a discutir acaloradamente qual deles fez na Terra o maior número de milagres e outras futilidades.

    – E Deus? Me conta como é Ele...

    – Ah, o Velho? Desconfio que certa vez O vi...

    – Mas conta-me lá como foi que desconfiaste de ter visto o Velho?

    – Foi há tempos, eu era recém-chegado, quando uma tarde apareceu de surpresa no escritório um velhinho muito simpático. Com as mãos às costas, curvava-se sobre cada mesa, inspecionando o nosso trabalho, por sinal que me atrapalhei, errei uma palavra. Ele bateu-me confortadoramente no ombro, como quem diz: “Não foi nada... não foi nada...” Ao retirar-se, já com a mão no trinco da porta, virou-se para nós e abanou: “Até outra vez se Eu quiser!”


(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho. Adaptado)

Conforme o texto, o amigo morto do narrador desconfiou que tinha visto Deus porque
Alternativas
Q1691441 Português

O velho


    O que eu mais temo – escrevi em um dos meus agás – não é o Sono Eterno, mas a possibilidade de uma insônia eterna – o que seria uma verdadeira estopada, um suplício sem fim. Porém, em uma de minhas costumeiras noites de sonho acordado, o meu amigo morto me pediu um cigarro, e disse-me:

    – Não é como tu pensas, todos nós trabalhamos numa série infinita de escritórios (cada geração de mortos num deles) onde a gente se entrega a um sério trabalho de estatística: tem-se de anotar a chegada de cada um e comunicar-lhe o respectivo número, pois isso de nomes é mera convenção terrena. O pior são os que atrapalham a escrita, morrendo antes do tempo – ou porque se mataram ou por culpa dos médicos, e estes ainda são culpados quando fazem os doentes morrer depois da hora, numa espécie de sobrevida artificial, já que os médicos (diga-se em sua honra) julgam criminosa a prática da eutanásia... Uma pena!

    – E fora do expediente, o que fazem vocês?

    – Bem, a hora do almoço não deixa de ser divertida por causa dos Santos: põem-se a discutir acaloradamente qual deles fez na Terra o maior número de milagres e outras futilidades.

    – E Deus? Me conta como é Ele...

    – Ah, o Velho? Desconfio que certa vez O vi...

    – Mas conta-me lá como foi que desconfiaste de ter visto o Velho?

    – Foi há tempos, eu era recém-chegado, quando uma tarde apareceu de surpresa no escritório um velhinho muito simpático. Com as mãos às costas, curvava-se sobre cada mesa, inspecionando o nosso trabalho, por sinal que me atrapalhei, errei uma palavra. Ele bateu-me confortadoramente no ombro, como quem diz: “Não foi nada... não foi nada...” Ao retirar-se, já com a mão no trinco da porta, virou-se para nós e abanou: “Até outra vez se Eu quiser!”


(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho. Adaptado)

Assinale a alternativa cujo enunciado, devidamente pontuado, explica corretamente o que o amigo morto do narrador quis dizer com a frase “Uma pena!”
Alternativas
Q1691440 Português

O velho


    O que eu mais temo – escrevi em um dos meus agás – não é o Sono Eterno, mas a possibilidade de uma insônia eterna – o que seria uma verdadeira estopada, um suplício sem fim. Porém, em uma de minhas costumeiras noites de sonho acordado, o meu amigo morto me pediu um cigarro, e disse-me:

    – Não é como tu pensas, todos nós trabalhamos numa série infinita de escritórios (cada geração de mortos num deles) onde a gente se entrega a um sério trabalho de estatística: tem-se de anotar a chegada de cada um e comunicar-lhe o respectivo número, pois isso de nomes é mera convenção terrena. O pior são os que atrapalham a escrita, morrendo antes do tempo – ou porque se mataram ou por culpa dos médicos, e estes ainda são culpados quando fazem os doentes morrer depois da hora, numa espécie de sobrevida artificial, já que os médicos (diga-se em sua honra) julgam criminosa a prática da eutanásia... Uma pena!

    – E fora do expediente, o que fazem vocês?

    – Bem, a hora do almoço não deixa de ser divertida por causa dos Santos: põem-se a discutir acaloradamente qual deles fez na Terra o maior número de milagres e outras futilidades.

    – E Deus? Me conta como é Ele...

    – Ah, o Velho? Desconfio que certa vez O vi...

    – Mas conta-me lá como foi que desconfiaste de ter visto o Velho?

    – Foi há tempos, eu era recém-chegado, quando uma tarde apareceu de surpresa no escritório um velhinho muito simpático. Com as mãos às costas, curvava-se sobre cada mesa, inspecionando o nosso trabalho, por sinal que me atrapalhei, errei uma palavra. Ele bateu-me confortadoramente no ombro, como quem diz: “Não foi nada... não foi nada...” Ao retirar-se, já com a mão no trinco da porta, virou-se para nós e abanou: “Até outra vez se Eu quiser!”


(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho. Adaptado)

As informações textuais permitem afirmar que o título do texto se refere

Alternativas
Q1691439 Português
A onda de calor que assola o Sudeste__________ multidões para as praias. Não________ mar e areia neste país abençoado com mais de 7000 km de litoral;____________, entretanto, coliformes fecais. A concentração desses germes__________ o principal indicador de balneabilidade das praias. Acima de 10 mil unidades por litro de água, medidas por cinco semanas consecutivas, deixam de ser__________ próprias para banhistas. (Editorial. Folha de S.Paulo, 18.01.2019. Adaptado) De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com: 
Alternativas
Q1691437 Português
Mais um desastre

    Ainda demorará um tanto até que o impacto humano e ambiental do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) possa ser propriamente avaliado. Algumas lições preliminares, entretanto, já podem ser extraídas desse lamentável desastre.
    A primeira deriva do fato acabrunhante de que não se trata de tragédia inédita no gênero. Há apenas três anos o país consternou-se diante das 19 mortes e da incrível devastação desencadeadas pelo colapso de uma barragem da Samarco, que varreu do mapa a localidade de Bento Rodrigues (MG).
    Pouco ou quase nada se fez desde então. A não ser, por óbvio, as suspeitas medidas usuais: instalaram-se comissões para tratar do assunto. Resultado? Nenhum.
    Segundo relatório da Agência Nacional de Águas, ao menos 45 barragens estão vulneráveis no país. Rachaduras, infiltrações e ausência de documentos que comprovem a segurança são algumas das irregularidades identificadas.
    Torna-se claro que há uma falha coletiva, institucional. Autoridades estaduais e federais não atuaram como deveriam, e o mesmo se diga da Vale, sobretudo pela reincidência – a mineradora foi corresponsável pela tragédia da Samarco.
    Diante da nova catástrofe consumada, o Ibama multou a Vale – a conferir se a penalidade será paga –, enquanto a Justiça determinou o bloqueio de bilhões de reais para garantir reparação de danos. Ao mesmo tempo, Polícia Federal e Ministério Público mostram-se empenhados em investigar as causas e identificar os culpados.
    Tais iniciativas, porém, serão inúteis se perderem ímpeto com o tempo. Elas precisam ser efetivas e exemplares, pois só assim ajudarão a impedir um terceiro desastre.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 28.01.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o vocábulo “se” tem o mesmo emprego que no trecho: “Pouco ou quase nada se fez desde então.” (3o parágrafo).
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Q1691434 Português
Mais um desastre

    Ainda demorará um tanto até que o impacto humano e ambiental do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) possa ser propriamente avaliado. Algumas lições preliminares, entretanto, já podem ser extraídas desse lamentável desastre.
    A primeira deriva do fato acabrunhante de que não se trata de tragédia inédita no gênero. Há apenas três anos o país consternou-se diante das 19 mortes e da incrível devastação desencadeadas pelo colapso de uma barragem da Samarco, que varreu do mapa a localidade de Bento Rodrigues (MG).
    Pouco ou quase nada se fez desde então. A não ser, por óbvio, as suspeitas medidas usuais: instalaram-se comissões para tratar do assunto. Resultado? Nenhum.
    Segundo relatório da Agência Nacional de Águas, ao menos 45 barragens estão vulneráveis no país. Rachaduras, infiltrações e ausência de documentos que comprovem a segurança são algumas das irregularidades identificadas.
    Torna-se claro que há uma falha coletiva, institucional. Autoridades estaduais e federais não atuaram como deveriam, e o mesmo se diga da Vale, sobretudo pela reincidência – a mineradora foi corresponsável pela tragédia da Samarco.
    Diante da nova catástrofe consumada, o Ibama multou a Vale – a conferir se a penalidade será paga –, enquanto a Justiça determinou o bloqueio de bilhões de reais para garantir reparação de danos. Ao mesmo tempo, Polícia Federal e Ministério Público mostram-se empenhados em investigar as causas e identificar os culpados.
    Tais iniciativas, porém, serão inúteis se perderem ímpeto com o tempo. Elas precisam ser efetivas e exemplares, pois só assim ajudarão a impedir um terceiro desastre.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 28.01.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido figurado.
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Q1691432 Português
Mais um desastre

    Ainda demorará um tanto até que o impacto humano e ambiental do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) possa ser propriamente avaliado. Algumas lições preliminares, entretanto, já podem ser extraídas desse lamentável desastre.
    A primeira deriva do fato acabrunhante de que não se trata de tragédia inédita no gênero. Há apenas três anos o país consternou-se diante das 19 mortes e da incrível devastação desencadeadas pelo colapso de uma barragem da Samarco, que varreu do mapa a localidade de Bento Rodrigues (MG).
    Pouco ou quase nada se fez desde então. A não ser, por óbvio, as suspeitas medidas usuais: instalaram-se comissões para tratar do assunto. Resultado? Nenhum.
    Segundo relatório da Agência Nacional de Águas, ao menos 45 barragens estão vulneráveis no país. Rachaduras, infiltrações e ausência de documentos que comprovem a segurança são algumas das irregularidades identificadas.
    Torna-se claro que há uma falha coletiva, institucional. Autoridades estaduais e federais não atuaram como deveriam, e o mesmo se diga da Vale, sobretudo pela reincidência – a mineradora foi corresponsável pela tragédia da Samarco.
    Diante da nova catástrofe consumada, o Ibama multou a Vale – a conferir se a penalidade será paga –, enquanto a Justiça determinou o bloqueio de bilhões de reais para garantir reparação de danos. Ao mesmo tempo, Polícia Federal e Ministério Público mostram-se empenhados em investigar as causas e identificar os culpados.
    Tais iniciativas, porém, serão inúteis se perderem ímpeto com o tempo. Elas precisam ser efetivas e exemplares, pois só assim ajudarão a impedir um terceiro desastre.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 28.01.2019. Adaptado)
No trecho – o Ibama multou a Vale – a conferir se a penalidade será paga... (6o parágrafo) –, a informação em destaque sugere que
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Q1689464 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Segundo a Lei Municipal no 10.307/2012 e alterações, no Município de Sorocaba, o uso das calçadas por comerciantes somente poderá ser permitido pelo prazo máximo de três anos, renovável quando requerida, por igual período, mediante pagamento da Taxa de Uso da Área Pública, se a calçada tiver largura mínima de
Alternativas
Q1689463 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Segundo a Lei no 10.475/2013, as ferrovias que cruzam a zona urbana de Sorocaba deverão, no âmbito do Município, evitar o tráfego noturno de material rodante, das 22 horas às 6 horas da manhã, ou fazê-lo com proteção acústica de maneira que o nível máximo de ruído resultante nas moradias seja de
Alternativas
Q1689462 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Conforme a Lei Municipal no 10.985/2014, regulamentada pelo Decreto no 22.894/2017, excetuando-se nas feiras livres, é permitido o comércio de alimentos nas vias públicas em veículos automotores, assim considerados os equipamentos montados sobre os veículos a motor ou rebocados por estes, desde que sejam recolhidos ao final do expediente e tenham comprimento máximo de
Alternativas
Q1689461 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Segundo o Código de Obras de Sorocaba, art. 425, a multa prevista pela falta do alvará ou de projeto aprovado ou do documento de autorização provisória no local da obra é no valor da fração do salário-mínimo, vigente na região, de
Alternativas
Q1689459 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Segundo a Lei no 11.868/2019, no Município de Sorocaba, o engenho publicitário, conjunto composto por estrutura de sustentação e quadro de exibição de anúncio, do Tipo I, é aquele que possui altura máxima de 9,0 m, incluindo sua estrutura de sustentação e área máxima de exibição de
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Q1689458 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Para garantir o sossego dos cidadãos, Lei no 10.052/2012, o Poder Executivo, após interdição de um estabelecimento, como bares e similares, que funcione em horário especial noturno ou 24 horas, poderá conceder nova licença de funcionamento, para a mesma atividade, atendida a legislação vigente, transcorrido o prazo de
Alternativas
Q1689457 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
No Município de Sorocaba, segundo o Decreto no 22.894/2017, que regulamenta a Lei Municipal no 10.985/2014, o exercício de comércio ambulante só é autorizado caso seu ponto esteja afastado de faixas de pedestres, a uma distância mínima de
Alternativas
Q1689456 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
No Município de Sorocaba, a Lei no 1.602/1970 determina que as rampas dos passeios destinadas a facilitar a entrada de veículos no interior do lote, só poderão ser construídas mediante licença da Prefeitura, concedida aos proprietários dos imóveis. Nos passeios de largura igual ou superior a 2,25 m, a faixa da rampa, a contar do meio fio, deverá ter no máximo
Alternativas
Q1689455 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Os proprietários ou possuidores, a qualquer título, de terrenos baldios ou não, no Município de Sorocaba, são obrigados a mantê-los limpos, roçados e drenados. Segundo a Lei Municipal no 8.381/2008, consideram-se terrenos limpos em qualquer ponto, e que não sirvam como depósitos de entulhos e de materiais inservíveis, aqueles cuja altura de vegetação seja de no máximo
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Q1689454 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
No Município de Sorocaba, o profissional que assumir a responsabilidade da execução de uma obra e não dirigi- -la efetivamente incorrerá em multa, no valor da fração do salário-mínimo vigente na região, de
Alternativas
Q1689453 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
No Município de Sorocaba, por dificultar a fiscalização e a inspeção de prédios e obras por parte dos representantes da Prefeitura, será aplicada ao proprietário e ao profissional responsável a multa, correspondente à fração do salário-mínimo vigente na região, no valor de
Alternativas
Q1689452 Auditoria de Obras Públicas
Nos projetos de estruturas de concreto, as barras de aço devem ser sempre dobradas a frio, não devendo ser dobradas junto às emendas por solda, observando-se uma distância mínima, dessas emendas, de
Alternativas
Q1689451 Auditoria de Obras Públicas
Nos projetos de redes coletoras enterradas de esgoto sanitário com tubos de PVC, funcionando sob pressão atmosférica, as câmaras dos poços de visita (PVs) devem possuir dimensão mínima em planta de
Alternativas
Respostas
901: A
902: D
903: C
904: B
905: D
906: B
907: B
908: C
909: B
910: E
911: D
912: B
913: E
914: A
915: D
916: B
917: E
918: C
919: D
920: C