Questões de Concurso
Para sedu-es
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(...) Mas, foi após a Revolução do Porto, com a criação do Grande Oriente do Brasil, órgão que reunia as principais lojas brasileiras, que a maçonaria se destacou no movimento de independência.
Em torno do Grande Oriente aglutinou-se o grupo dos ativistas liberais de Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, cujas posições, entretanto, eram consideradas “radicais” pelos liberais conservadores. Para distinguir-se deles, e também para pôr em prática seu próprio programa político; os conservadores romperam com o Grande Oriente e organizaram outra sociedade secreta, o Apostolado, liderada por José Bonifácio.
Tanto Ledo como Bonifácio procuraram atrair dom Pedro para as fileiras de suas organizações. O príncipe aceitou participar das duas, filiando-se ao Apostolado e também ao Grande Oriente. Mais tarde, já imperador, cedendo à insistência de José Bonifácio, reprimiu duramente os liberais de Gonçalves Ledo. O Grande Oriente foi fechado e Ledo teve de se refugiar em Buenos Aires.
(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 160)
(...) Mas, foi após a Revolução do Porto, com a criação do Grande Oriente do Brasil, órgão que reunia as principais lojas brasileiras, que a maçonaria se destacou no movimento de independência.
Em torno do Grande Oriente aglutinou-se o grupo dos ativistas liberais de Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, cujas posições, entretanto, eram consideradas “radicais” pelos liberais conservadores. Para distinguir-se deles, e também para pôr em prática seu próprio programa político; os conservadores romperam com o Grande Oriente e organizaram outra sociedade secreta, o Apostolado, liderada por José Bonifácio.
Tanto Ledo como Bonifácio procuraram atrair dom Pedro para as fileiras de suas organizações. O príncipe aceitou participar das duas, filiando-se ao Apostolado e também ao Grande Oriente. Mais tarde, já imperador, cedendo à insistência de José Bonifácio, reprimiu duramente os liberais de Gonçalves Ledo. O Grande Oriente foi fechado e Ledo teve de se refugiar em Buenos Aires.
(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 160)
O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.
Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)
O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.
E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)
Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.
– Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?
(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77)
O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.
Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)
O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.
E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)
Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.
– Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?
(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77)
O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.
Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)
O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.
E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)
Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.
– Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?
(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77)
Para Jörn Rüsen a consciência histórica pode ser definida como uma categoria que se relaciona a toda forma de pensamento histórico, através do qual os sujeitos possuem a experiência do passado e o interpretam como história. Em outras palavras ela é ‘(...) a suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo’.
(MARRERA, Fernando Milani & SOUZA, Uirys Alves de. “A tipologia da consciência histórica em Rüsen”. Revista Latino-Americana de História. v. 2, n. 6. Ago. 2013 – Edição Especial, p. 1070. Disponível em: http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/ 256/209. Acesso em: 07 de dezembro de 2015)
Segundo o texto acima, a importância da consciência histórica reside