Questões de Concurso Para ufrj

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Q2270294 Português
TEXTO 1


   Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado pela revista Nature, pode mudar os rumos do que se sabia sobre um dos conceitos mais importantes da Astronomia, o Limite de Roche, e alterar o cotidiano do fazer pesquisas astronômicas. Ao redor do astro Quaoar, candidato a planeta-anão, foi encontrado um anel, considerado “fora dos padrões” que trouxe novos questionamentos sobre a formação de satélites naturais.

   O ponto principal da descoberta é que a existência do anel coloca em prova o que era compreendido até agora pela Astronomia como Limite de Roche, um conceito elaborado no século XIX, que define a distância que um objeto pode estar do astro principal no qual ele orbita sem ser despedaçado.

   Conforme o estabelecido pelo cálculo do Limite, sendo de 1.750 km, o anel ao redor do ‘primo de Plutão’, localizado a 4.100 km de distância de Quaoar, deveria ser uma lua. Mas, inesperadamente, esse não é o caso. Essa formação não aconteceu, rebatendo o que se sabia a partir da teoria.

   — Isso tudo está relacionado com formação, em como a gente espera que os satélites naturais, chamados de luas, sejam formados. Tendo esse caso de um astro que não entra nesses requisitos do Limite de Roche significa que não conhecíamos tão bem essa formação como imaginávamos — pontua Bruno Morgado, pesquisador do Observatório do Valongo, da UFRJ, responsável pelo artigo.
   
   Em um primeiro momento, o questionamento levantado pelos cientistas foi caso eles estivessem presenciando um satélite natural (ou lua) sendo formado. Então, esse fenômeno corresponderia a um “meio do caminho”, até o anel sofrer a transformação.

     — É verdade que isso é uma possibilidade, mas isso é improvável. Porque esse tipo de ocorrência de transformação acontece em um período muito pequeno de tempo, entre 10 a 20 anos. Então, é muito improvável, considerando a história do Sistema Solar — o pesquisador esclarece.

    Outras hipóteses, abrangidas pelo estudo, tentam responder à pergunta levantada pela descoberta. Uma delas seria a da influência gravitacional direta da lua já existente de Quaoar, chamada de Weywot, prejudicando o processo. Numa outra abordagem, seria possível existirem irregularidades geográficas, como crateras muito fundas ou montanhas muito altas no candidato a planeta-anão.

    A observação foi feita através do método chamado de ocultação estelar, na qual é medida a sombra do corpo celeste, como em um eclipse. Esta técnica também foi utilizada em outras descobertas de anel, como o de Saturno e do asteroide Chariklo. O astrônomo pontua que, para a captação do anel, cientistas de quatro partes do mundo colaboraram com imagens. 

   — Eu faço parte de um grupo colaborativo com pesquisadores do Brasil e de outros países. Nós usamos essas observações de diversos locais para conseguir fazer esses estudos. Nesse trabalho específico contamos com colegas da Namíbia, da Austrália, da Ilha La Palma e com um telescópio espacial especializado em planetas de fora do Sistema Solar — conta.

   Considerada mais uma conquista para a ciência brasileira, a pesquisa abriu caminho para uma possível revolução do conceito, criado pelo astrônomo francês Édouard Roche dois séculos atrás. Agora, surgem novos questionamentos sobre não ter sido formado um satélite natural.

    — Aqui no Brasil nós conseguimos realizar pesquisas de ponta. É muito importante valorizar a ciência e as nossas instituições. Isso é algo que eu acredito, porque eu não estaria nessa posição de pesquisador sem a educação pública de qualidade — completa Morgado. O depoimento do pesquisador nos lembra que professores e estudantes brasileiros fazem esforço diário, semanal, mensal... para que a pesquisa feita nos milhares de laboratórios brasileiros ganhe atenção da sociedade.

(O GLOBO, 2023, adaptado)



TEXTO 2






Orquestra da UFRJ – Foto: Marco Fernandes/Panorama UFRJ)


I.
Oh, deusa da sabedoria!
Tu és a minha inspiração!
Nesta jornada, a estrela-guia,
E deste hino, a emoção.
Sou UFRJ! A educação é a minha rota.
Sem temor ou preconceito,
Abro o coração ao mundo inteiro!


Refrão
Universidade Federal
Do Rio de Janeiro,
O sonho encantado, do povo brasileiro.
A chave da vitória,
Universo em evolução;
Da sociedade, a glória;
Do país, a solução.


II.
Universidade do Brasil,
Na vanguarda desta nação,
Consciência, cultura ou arte brasileira,
Abrindo fronteira à globalização.
Em pesquisa, pioneira,
Formação do cidadão,
Incansável e mais forte a cada geração!


(Hino da UFRJ - Letra: Eva Shirlene da Silva Pinto.
Música: Thalita Oliveira da Silva Gama. 2010)
Considere os TEXTOS 1 e 2 para responder à questão.


Pode-se afirmar que a tipologia do TEXTO 1 e o gênero do TEXTO 2 são, respectivamente:
Alternativas
Q2270114 Medicina
Uma criança em idade escolar de 8 anos evolui em 1 semana para paralisia flácida ascendente, simétrica, com início em membros inferiores, afetando posteriormente membros superiores e mímica facial. Houve síndrome gripal em duas semanas anteriores ao início dos sintomas. Ao exame físico observa-se força grau 0/5 em membros inferiores, com arreflexia e flacidez, e força grau 2/5 em membros superiores. Há queixa de dor na movimentação dos membros inferiores e redução da sensibilidade tátil até umbigo. Presença de incontinência urinária desde o início do quadro. A análise liquórica no 7º dia de doença revelou 6 células, 50 mg/dl de proteínas e 40 mg/dl de glicose. A eletroneuromiografia de membros inferiores e superiores identificou padrão desmielinizante periférico sem comprometimento axonal. Com base neste caso clínico, assinale a opção que contém as características clínicas que geram dúvidas em relação à principal hipótese diagnóstica:
Alternativas
Q2270113 Medicina
Uma criança em idade escolar de 9 anos, sexo feminino, previamente hígida, apresentou uma crise convulsiva tônico-clônica breve, de duração inferior a 5 minutos. A paciente revela que o episódio aconteceu durante o período em que estava de pé por mais de 30 minutos em uma fila para o parque de diversões. Ela refere que começou a ficar com náusea, suor frio, palidez, e foi “perdendo as forças”, até ficar inconsciente. A família afirma que no passado, por outras 3 vezes, ocorreu o mesmo evento, sempre com os mesmos pródromos e precedidos por permanecer por muito tempo de pé, estresse emocional ou medo. Ao exame físico observa-se paciente lúcida e orientada, com capacidade cognitiva e emocional adequadas à idade, sinais vitais estáveis (afebril, 100 batimentos cardíacos  por minuto, eupneica), pressão arterial na posição deitada (90 x 60 mmHg) e na posição de pé (76 x 50 mmHg), pulsos pediosos de boa amplitude, ritmo cardíaco regular em 2 tempos com bulhas normofonéticas, exame abdominal e neurológico sem alterações. Com base no caso clínico, assinale a opção que contém o exame mais importante para confirmar a hipótese diagnóstica:
Alternativas
Q2270112 Medicina
Uma lactente de 12 meses, sexo feminino, é avaliada por atraso global grave do desenvolvimento. História neonatal e gestacional sem intercorrências. Ao exame observa-se lactente hipotônica, sem qualquer interação social com o meio, sem nenhuma forma de comunicação, com facie alongada, microftalmia, e encefalocele occipital; reflexos profundos reduzidos e fraqueza motora generalizada. A ressonância de crânio revela lisencefalia, ausência de corpo caloso, hipoplasia de cerebelo e tronco. O valor de CPK foi de 2.500 UI/L. Com base neste caso clínico, assinale a alternativa com o diagnóstico mais provável e o exame confirmatório:
Alternativas
Q2270111 Medicina
Paciente de 6 anos, sexo masculino, iniciou há 4 meses dificuldades de deambulação com quedas frequentes, que variam ao longo do dia, isto é, o paciente acorda bem, e com o passar do dia, os movimentos anormais pioram. História gestacional, de parto e desenvolvimento neuropsicomotor normais. Ausência de consaguinidade, casos semelhantes na família ou faringoamidalites de repetição. Ao exame, observa-se paciente acordado, lúcido, com funções mentais superiores adequadas à idade, comunicação verbal e não-verbal normais, marcha e estática alteradas por movimentos anormais e involuntários de membros superiores e inferiores, bilaterais, assimétricos, semelhantes à contorcimento ou torção mais proximais que distais. Ausência de sinal da colher, ausência de sinal do tocar piano e ausência do sinal de pronação. Força, tono e reflexos normais. Ausência de sinal de Babinski. Os exames solicitados (ressonância de crânio, ASO, ecocardiograma, FAN, anti-DNA, ácido úrico, cobre sérico, cobre urinário, ceruloplasmina, ferro/ ferritina, lactato sérico, perfil tandem de ácidos orgânicos e aminoácidos) até o momento foram normais. Com base na principal hipótese diagnóstica, assinale a opção com a conduta mais adequada para o caso:
Alternativas
Respostas
1076: B
1077: E
1078: A
1079: C
1080: D