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Q1903818 Português
COMO SE SENTE UM ESTRANGEIRO? 

    Estrangeiro é um conceito muito largo. Um sujeito que pode ser mil sujeitos. Eu não fui a mesma estrangeira na França que sou em Portugal. Assim como sei que um angolano, um francês ou um chinês em Portugal não se sentem da mesma forma que eu me sinto. Cada história é uma história, cada vivência é uma vivência.
    Mas certos acontecimentos, eu acredito que sejam comuns. Há angústia pelas quais todos passamos, há medos compartilhados, prazeres que todos experimentamos, dúvidas que nos acompanham sempre, como as malas de rodinha e as saudades permanentes.
     Todos vivemos uma certa fragilidade de raízes. Para nossos conterrâneos somos os que foram embora, e para os que nos recebem seremos sempre os de fora. É como se não pertencêssemos verdadeiramente a nenhum dos dois lugares, somos estrangeiros onde vivemos e, num dado momento, também somos estrangeiros no pais onde nascemos. E não é simples de se lidar com o sentimento que isso traz.
     Ser estrangeiro é ter sempre uma estranha sensação de que estão nos fazendo favor de nos deixarem permanecer na nossa própria casa. Trabalhamos, pagamos as contas, temos documentos, amores, projetos, mas mesmo assim não parecerem ser tão donos das nossas vidas. Nunca sabemos se aparecerá um Trump ou um outro absurdo qualquer.
      Por outro lado, temos a contraditória riqueza de sentir que vivemos duas vidas 20 mesmo tempo, enquanto os demais vivem apenas uma. À sensação é boa e é ruim. Uma vida mais preenchida, dois países, duas bases, dois ninhos. Ao mesma tempo, duas ausências, duas saudades, dois vazios.
     É difícil ser estrangeiro. As dúvidas sempre pairarão a seu respeito, não importa quão fiável você seja. Se você tiver nascido no hemisfério sul, as dúvidas duplicam. Assim como suponho que não seja fácil ser português na França nem romeno na Alemanha. Estrangeiros são eternas hipóteses. Por que está aqui? O que quer aqui? O que veio buscar aqui?
     Contudo há dias em que o país que nos acolhe é puro abraço e nossas certezas dão o ar da graça. Há dias em que querem saber da nossa história, elogiam nosso sotaque e nossa coragem, fazem com que a gente se sinta bem-vindo. E talvez seja isso o que mais importa: sentir-se bem vindo. Com o resto a gente vai lidando.
    Ser estrangeiro é viver na corda bamba dos sentimentos, na saga eterna dos documentos, na incerteza dos olhares e nas graças dos abertos que compensam todo o resto.
     E, no fundo, é boa a sensação de apresentar a música do Zambujo para os amigos de lá e da Liniker para os amigos daqui. É bom levar azeitona boa para lá e trazer palmito de açaí para cá. Ensinar minhas amigas brasileiras a falarem “pirosa" e as amigas portuguesas a falarem “periguete”. É bom presentear meu sogro com um livro do Gregório Duvivier e meu pai com um do Ricardo Araújo Pereira. É sorte beber a melhor cachaça e o melhor vinha. É bom carregar a alegria do samba e a emoção do fado no mesmo peito.
     Ser estrangeiro dói, por mais confortável que a situação possa ser. Não, não é fácil. Mas vale a pena. Como dizia um simpático senhor português que mora nas minhas prateleiras desde que a alma não seja pequena. Que quer passar além do Bojador tem de passar além da dor. Aos poucos vamos aprendendo.  


FONTE: MANUS, Ruth. In: Um Dia Vamos Rir de Tudo Isso, p. 181,182.  
Em “Nunca sabemos se aparecerá um Trump ou um outro absurdo qualquer.”, a alusão a Donald Trump, deve-se à: 
Alternativas
Q1896877 Administração Geral
Ana Maria recebeu a tarefa de organizar as pastas de documentos do setor em que trabalha. Os documentos que são consultados regularmente, com elevada frequência, devem ser alocados no arquivo:  
Alternativas
Q1896876 Arquivologia

Nos termos (59) da Lein.º 12.682/2012 e suas alterações, que dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos, leia os itens seguintes e assinale a alternativa correta:


I- O processo de digitalização deverá ser realizado de forma à manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, sem a necessidade do emprego ds assinatura eletrônica.

II- É lícita a reprodução de documento digltal, em papel ou em qualquer outro meio físico, que contiver mecanismo de verificação de integridade e autenticidade, na maneira e com a técnica definidas pelo mercado, e cabe ao particular o ônus de demonstrar integralmente a presença de tais requisitos.

IIl- Decorridos os respectivos prazos de decadência ou de prescrição, os documentos armazenados em meio eletrônico, óptico ou equivalente poderão ser eliminados.  


Estão corretos: 

Alternativas
Q1896875 Gestão de Pessoas

À medida que a natureza do trabalho evolui, as pessoas precisarão adaptar seu mix de competências para incluir novos desafios, fortalecendo então:


I- sua capacidade de resolver problemas simples;

Il- o seu pensamento crítico;

III- a habilidade de colaborar em diferentes canais;

IV- sua curiosidade, criatividade e imaginação.


Estão corretos apenas os itens: 

Alternativas
Q1896874 Atendimento ao Público

Mariana participou de um workshop sobre atendimento ao público na procuradoria em que trabalha. Nele, ela aprendeu, corretamente, que os usuários devem ter orientações claras e precisas em relação aos serviços prestados pelo órgão, como, por exemplo:


I- requisitos, documentos, formas e informações necessárias para acessar cada serviço;

Il- principais etapas para o processamento do serviço;

Ill- previsão do prazo mínimo para a prestação do serviço.  

Alternativas
Respostas
426: C
427: A
428: C
429: D
430: A