Questões de Concurso Para cref - 15ª região (pi - ma)

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Q2747507 Direito Constitucional

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo ________________, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

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Q2747506 Direito Administrativo

O reconhecimento da validade dos atos praticados por funcionário irregularmente investido em cargo na Administração Púbica, sob o fundamento de que os atos são do órgão e não do agente público, é uma decorrência do princípio da:

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Q2747505 Legislação Federal

Qual a composição do Conselho Federal de Educação Física?

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Q2747504 Legislação Federal

No que tange a regulamentação da Profissão de Educação Física, considere:


I. O exercício das atividades de Educação Física e a designação de Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais regularmente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física.

II. Serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição de ensino superior estrangeira, desde que requeiram a revalidação do diploma.

III. Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.

IV. Serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais que, até a data de 1º de novembro de 1999, tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física.


Está correto o que se afirma apenas em:

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Q2747503 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

"Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol." (L. 15)


Os dois-pontos que aparecem nessa frase exercem a mesma função que

Alternativas
Q2747502 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

Ao usar a voz passiva sintética em “tudo se vende” (L.4), o articulista:

Alternativas
Q2747493 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

No texto,

Alternativas
Q2747491 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

"Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo místico poeta Angelus Silesius" (L.32/33)


Quanto às funções sintático-semânticas dos elementos que compõem o período acima, pode-se afirmar:

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Q2747488 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


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"Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/ consumista / materialista poderemos encontrar pela frente a escuridão." (L.31/32)


Essa declaração encerra

Alternativas
Q2747486 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


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Marque com V os fragmentos que constituem exemplos de intertextualidade e com F, os demais.


( ) " 'Pai, onde se paga?'" (L.3).

( ) "Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol." (L.15).

( ) " 'que sabe de mi largo caminar.'" (L.16).

( ) " 'Uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais'" (L.21).

( ) " 'A rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si mesma, nem pede para ser olhada'" (L.33/34).


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas
Q2747484 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. O texto evidencia


( ) as bases em que se assenta a sociedade na qual está inserido o homem contemporâneo.

( ) o consumismo como o eixo gerador da supervalorização do capital e do consequente materialismo visível no mundo moderno.

( ) a necessidade de resgate dos valores sociais perdidos ao longo do tempo, sem os quais o ser humano se sente incompleto e insatisfeito.

( ) a ausência de ética no relacionamento do homem com a natureza, além do individualismo que destrói a essência das relações interpessoais.

( ) a indispensabilidade da busca de redenção do homem através de atos em que a gratuidade seja marca registrada, permitindo-lhe um novo florescer.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a:

Alternativas
Q2747480 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

Sobre o texto, é verdadeiro o que se afirma em

Alternativas
Q2747477 Português

Quanto custa um pôr-de-sol?

Leonardo Boff

1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-

2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:

3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia

4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.

5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande

6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações

7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.

8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e

9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a

10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também

11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não

12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como

13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia

14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.

15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua

16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos

17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da

18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho

19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.

20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A

21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes

22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma

23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos

24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem

25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra

26 consideração” (p. 120 e 87).

27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da

28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de

29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com

30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.

31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos

32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo

33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si

34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo

35 paradigma.


IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/

Constitui um ponto de vista do autor, expresso no texto:

Alternativas
Q2752011 Direito Administrativo

Na modalidade de licitação denominada de pregão, o prazo de validade das propostas, se outro não estiver fixado no edital, será de:

Alternativas
Q2752010 Direito Administrativo

Para a habilitação nas licitações, exigisse dos interessados, a seguinte documentação, EXCETO:

Alternativas
Q2752009 Direito Administrativo

Com relação a licitações, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Respostas
49: D
50: C
51: B
52: B
53: C
54: A
55: E
56: B
57: D
58: A
59: C
60: B
61: E
62: D
63: A
64: C