Questões de Concurso Para engenheiro sanitarista

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Q2717256 Português

EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10


  1. Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
  2. tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
  3. contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
  4. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
  5. ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
  6. contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
  7. de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
  8. espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
  9. mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
  10. ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
  11. as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
  12. mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
  13. Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
  14. Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
  15. a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
  16. dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
  17. um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
  18. sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
  19. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
  20. especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
  21. vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
  22. é possível mesmo sem senhorio”.
O novo tipo de passividade que, segundo a autora, caracteriza a nossa época, traduz-se por um(a)
Alternativas
Q2717254 Português
Nos enunciados “Mas o presente, nessa velocidade, é um pretérito contínuo” (l. 26 e 27) e “nosso mundo interno ficou a oceanos de nós” (l. 29), ocorre, respectivamente,
Alternativas
Q2717252 Português

As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.


EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5


Exaustos-e-correndo-e-dopados

Eliane Brum



  1. Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
  2. na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
  3. protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
  4. perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
  5. para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
  6. Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
  7. hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
  8. há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
  9. também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
  10. trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
  11. nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
  12. emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
  13. escravo ao mesmo tempo.
  14. Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
  15. emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
  16. Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
  17. correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
  18. percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
  19. um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
  20. entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
  21. velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
  22. continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
  23. tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
  24. de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
  25. Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
  26. remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
  27. velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
  28. de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
  29. publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
  30. estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
  31. alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
  32. Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
  33. autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
  34. preciso o outro.
A generalização expressa nas ações descritas no primeiro parágrafo do texto é marcada pelo uso de
Alternativas
Q2717247 Português

As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.


EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5


Exaustos-e-correndo-e-dopados

Eliane Brum



  1. Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
  2. na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
  3. protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
  4. perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
  5. para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
  6. Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
  7. hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
  8. há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
  9. também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
  10. trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
  11. nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
  12. emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
  13. escravo ao mesmo tempo.
  14. Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
  15. emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
  16. Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
  17. correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
  18. percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
  19. um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
  20. entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
  21. velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
  22. continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
  23. tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
  24. de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
  25. Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
  26. remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
  27. velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
  28. de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
  29. publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
  30. estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
  31. alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
  32. Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
  33. autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
  34. preciso o outro.
O título do texto resume a crítica que faz Eliane Brum à condição de vida do homem do século XXI, caracterizada pelo(a)
Alternativas
Q2717245 Português

As questões abaixo baseiam-se em excertos do texto “Exaustos-e-correndo-e-dopados”, de Eliane Brum. Leia-os, com atenção, para assinalar a opção correta.


EXCERTO 1- QUESTÕES 1 a 5


Exaustos-e-correndo-e-dopados

Eliane Brum



  1. Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar
  2. na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de
  3. protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais
  4. perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco
  5. para alcançar a meta de trabalhar 24 x 7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana.
  6. Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer
  7. hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não
  8. há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras
  9. também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo,
  10. trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder
  11. nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, a o ritmo de
  12. emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e
  13. escravo ao mesmo tempo.
  14. Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se
  15. emendam, tanto quanto os meses e como os dias (...). Estamos exaustos e correndo.
  16. Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e
  17. correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já
  18. percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou
  19. um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime,
  20. entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma
  21. velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para
  22. continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se
  23. tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos
  24. de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
  25. Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
  26. remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
  27. velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
  28. de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios
  29. publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
  30. estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou
  31. alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos.
  32. Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso
  33. autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
  34. preciso o outro.

Não há característica do sistema de trabalho “24 x 7” no enunciado

Alternativas
Respostas
251: C
252: B
253: C
254: B
255: B