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Q3066984 Pedagogia
Há algum tempo se discute, em documentos oficiais (...) a necessidade de se pensar em uma organização do ensino que estimule mais os alunos a aprender; algumas dessas modalidades fazem parte do que chamamos de “metodologias ativas”.

(MORAIS, 2017, pág. 80.)

Assinale a afirmativa que contenha apenas exemplos de metodologias ativas: 
Alternativas
Q3066983 Geografia
Um dos efeitos da concentração fundiária é facilitar a transferência do patrimônio natural brasileiro para o controle estrangeiro; afinal, quando se trata do agro como negócio (agronegócio), a terra é de fato mera mercadoria que só importa por seu valor de troca no mercado de terras e pode, portanto, ser transacionada sem maiores preocupações, diferentemente quando o agro é lugar de vida (agricultura) e a terra importa por seu valor de uso.

(ALENTEJANO, 2019, pág. 107.)

A partir da leitura desse fragmento e de outros conhecimentos a respeito da estrutura fundiária e da modernização da agropecuária no Brasil no século XXI, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3066982 Geografia

Observe a imagem a seguir:



Imagem associada para resolução da questão



(MOREIRA, J. C.; SENE, E. de. Geografia Geral e do Brasil – espaço geográfico e globalização – vol 1. São Paulo: Scipione, 2013, pág. 131.)



Em relação à imagem e à formação e degradação dos solos, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Q3066981 Geografia

Observe as duas fotografias a seguir, ambas da orla da cidade de Santos, em São Paulo:


Imagem associada para resolução da questão



Sobre a conexão entre as duas fotografias da orla de Santos e os conceitos-chave da geografia, é correto afirmar que ambas:

Alternativas
Q3066980 Pedagogia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – considerada a lei mais importante que regulamenta e parametriza a política educacional no Brasil –, composta de 92 artigos e promulgada em 1996, trazia em seu cerne a proposição de construção de um currículo unificado em todo o território nacional, o que foi articulado na década de 1990, por meio da construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Essa proposição de uma base comum para os currículos, associada a uma parte diversificada de acordo com cada sistema de ensino e cada instituição escolar, por sua vez, foi determinada pelo artigo 26 da LDBEN. PCNs constituíram, então, pelo menos até 2017/2018, referências curriculares que orientaram a implementação efetiva das mudanças nas escolas e nos currículos.

(MARTINI, FREITAS e DEL GAUDIO, 2021, pág. 56.)

A respeito dos PCNs, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3066979 Geografia

Observe o encarte a seguir:


Imagem associada para resolução da questão



(IBGE. Atlas Geográfico Escolar. 9ª ed. Rio de Janeiro, 2024, pág. 93. Adaptado.)


Comparando os três mapas do encarte, assinale a afirmativa INCORRETA sobre as escalas geográfica e cartográfica.

Alternativas
Q3066978 Geografia
O capitalismo é intrinsecamente antiecológico. A “modernização tecnológica”, com sua produção “limpa”, suas tecnologias “verdes”, seus parâmetros de “ecoeficiência”, sua ênfase em fontes renováveis de energia, sua crença nos poderes da reciclagem, da reutilização e da reparação, sua aposta nos mercados de créditos de carbono e sua esperança nos acordos e nos protocolos internacionais, não faz mais que ganhar tempo para o modo de produção capitalista.
(SOUZA, 2022, págs. 421-422.)

A partir da leitura desse fragmento a respeito da relação entre sociedade e natureza no contexto das questões ambientais globais, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3066897 Literatura

O texto adiante servirá de base para as próxima questão.



“Contrariamente ao teatro e à poesia, a crônica inscrevia-se no cosmos machadiano como expressão legítima do seu temperamento literário. Mais próxima da tendência para a narrativa, a crônica tornar-se-ia atividade relevante na trajetória do escritor, não só pelo aspecto quantitativo como pelo qualitativo. Se a imagem de Machado de Assis não ficaria prejudicada caso excluíssemos o teatro e a poesia, acabaria deformada se deixássemos de considerar-lhe a produção no território da crônica. Enquanto o teatro e a poesia constituíram “pecados” da juventude, a crônica se alinhará entre os frutos permanentes de sua atividade; já em 1859 começam a aparecer crônicas suas em O Espelho, e até fins de 1900 as redigirá. O fato é tanto mais digno de nota quanto mais sabemos que a partir dessa data pouco publicará em revista. Quando se afastar da crônica, deixará praticamente o mais, como se, fazendo o balanço da vida, apenas tivesse forças para recolher os dispersos e completar as obras em andamento. Talvez mais do que as outras expressões estéticas, a crônica manteve-se constante e relevante na carreira de Machado, a ponto de sugerir um cronista que produziu, ao mesmo tempo, romances, contos, peças de teatro, poemas e textos críticos.

    Quantitativamente, a crônica predomina na obra de Machado, haja vista o que publicou em vida, na forma de livro, e o que foi reunido postumamente em volume. No tocante à sua importância, basta sublinhar que, sem a crônica, o mais da obra machadiana conserva fechados alguns segredos: Machado era tão medularmente cronista que seus contos e romances são narrativas de cronista, que extrai do dia a dia a matéria da ficção. O tipo do parasita, por exemplo, presente já em Ressurreição, brota-lhe numa crônica de 18 de setembro de 1859. A crônica servia-lhe de posto de observação ao que ia dentro e fora do País; e de exercício permanente da escrita, permitindo-lhe apurar o estilo, atingir a decantada limpidez, que não vinha apenas do compulsar com “mão diuturna” os clássicos da Língua. Por outro lado, crônicas há tão bem armadas, ricas de fantasia e senso crítico, que pensamos estar perante verdadeiros contos; logravam a definição e a maturidade que depois se tornariam modelares: mestre da crônica, Machado soprou-lhe grandeza, tornando-a prática relevante, literariamente válida, graças a ter-lhe emprestado a gravidade que punha nos contos e romances. De onde a permanência de algumas crônicas, resistindo ao desgaste natural nesse gênero de atividade entre jornalística e literária. É que não raro Machado toma os acontecimentos como pretexto para erigir uma história ou tecer considerações que, mercê do filosofismo, tendem ao universal subjacente no efêmero cotidiano. Ao mesmo tempo, fixa o momento que passa, transformando cada crônica num testemunho interessado do tempo. Crônicas dum ficcionista de lei, poderíamos dizer, e nisso se resumiriam a força que ainda guardam.


MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira. Cultrix, São Paulo: 2001. (p. 84-85)

Dadas as assertivas:

I. A produção cronística de Machado de Assis é bem menos relevante do que a sua produção poética e teatral. II. Em quantidade, a produção de crônicas de Machado de Assis predomina no conjunto de sua obra. III. O desgaste natural da crônica, gênero híbrido que transita pela literatura e pelo jornalismo, se atenua na fixação e permanência dadas por Machado de Assis.

Está(Estão) correta(s) a(s) seguinte(s) assertiva(s):
Alternativas
Q3066896 Literatura

O texto adiante servirá de base para as próxima questão.



“Contrariamente ao teatro e à poesia, a crônica inscrevia-se no cosmos machadiano como expressão legítima do seu temperamento literário. Mais próxima da tendência para a narrativa, a crônica tornar-se-ia atividade relevante na trajetória do escritor, não só pelo aspecto quantitativo como pelo qualitativo. Se a imagem de Machado de Assis não ficaria prejudicada caso excluíssemos o teatro e a poesia, acabaria deformada se deixássemos de considerar-lhe a produção no território da crônica. Enquanto o teatro e a poesia constituíram “pecados” da juventude, a crônica se alinhará entre os frutos permanentes de sua atividade; já em 1859 começam a aparecer crônicas suas em O Espelho, e até fins de 1900 as redigirá. O fato é tanto mais digno de nota quanto mais sabemos que a partir dessa data pouco publicará em revista. Quando se afastar da crônica, deixará praticamente o mais, como se, fazendo o balanço da vida, apenas tivesse forças para recolher os dispersos e completar as obras em andamento. Talvez mais do que as outras expressões estéticas, a crônica manteve-se constante e relevante na carreira de Machado, a ponto de sugerir um cronista que produziu, ao mesmo tempo, romances, contos, peças de teatro, poemas e textos críticos.

    Quantitativamente, a crônica predomina na obra de Machado, haja vista o que publicou em vida, na forma de livro, e o que foi reunido postumamente em volume. No tocante à sua importância, basta sublinhar que, sem a crônica, o mais da obra machadiana conserva fechados alguns segredos: Machado era tão medularmente cronista que seus contos e romances são narrativas de cronista, que extrai do dia a dia a matéria da ficção. O tipo do parasita, por exemplo, presente já em Ressurreição, brota-lhe numa crônica de 18 de setembro de 1859. A crônica servia-lhe de posto de observação ao que ia dentro e fora do País; e de exercício permanente da escrita, permitindo-lhe apurar o estilo, atingir a decantada limpidez, que não vinha apenas do compulsar com “mão diuturna” os clássicos da Língua. Por outro lado, crônicas há tão bem armadas, ricas de fantasia e senso crítico, que pensamos estar perante verdadeiros contos; logravam a definição e a maturidade que depois se tornariam modelares: mestre da crônica, Machado soprou-lhe grandeza, tornando-a prática relevante, literariamente válida, graças a ter-lhe emprestado a gravidade que punha nos contos e romances. De onde a permanência de algumas crônicas, resistindo ao desgaste natural nesse gênero de atividade entre jornalística e literária. É que não raro Machado toma os acontecimentos como pretexto para erigir uma história ou tecer considerações que, mercê do filosofismo, tendem ao universal subjacente no efêmero cotidiano. Ao mesmo tempo, fixa o momento que passa, transformando cada crônica num testemunho interessado do tempo. Crônicas dum ficcionista de lei, poderíamos dizer, e nisso se resumiriam a força que ainda guardam.


MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira. Cultrix, São Paulo: 2001. (p. 84-85)

Assinale a opção INCORRETA, de acordo com o texto:
Alternativas
Q3066895 Literatura

O texto adiante servirá de base para as próxima questão. 



O Cortiço é o romance em que Aluísio revela, de modo superior e inconfundível, dotes de pintor de agrupamentos humanos. Diante de nós, como o título indica, abre-se um estupendo microcosmos, a “cloaca social”, de que fala Vítor Hugo em Nossa Senhora de Paris e dela irrompe uma fauna asquerosa e vil, de répteis desvairados. Especialista em retratar almas malogradas, Aluísio passa em revista um bando de criaturas desesperançadas, atiradas à vida como enxurro, sem norte e sem futuro. Esmagadas pela fatalidade do meio e pelas taras hereditárias, entregues a uma luta fratricida pela sobrevivência, onde não há vencedores nem vencidos, vão-se rebaixando até a derradeira miséria física e moral.

    E como se descesse na escala social seguindo a ordem da trilogia, o romancista pesquisa os confins do mundo suburbano, dos “humilhados e ofendidos”: em O mulato, era a burguesia maranhense a classe focalizada; em Casa de Pensão, a classe média inferior, vizinha do proletariado; e agora é o universo fechado de uma habitação coletiva, paredes meias com o prostíbulo e o hospital, povoada, em promiscuidade viciosa, de seres marginalizados pela cor, a falta de dinheiro ou a desgraça. Ou porque identificados desde a origem, ou por cederem ao ambiente, afogam-se na ignomínia a que os reduziu a marginalidade.

    Contrastam com esse pano de fundo miserável dois representantes da classe burguesa, o vendeiro João Romão e o Miranda, “negociante português [tanto quanto o outro], estabelecido na rua do Hospício com uma loja de fazendas por atacado.” O contraponto das duas camadas sociais conduz o romance, numa interação dialética; os conflitos dos moradores do cortiço estão condicionados, na maior parte, ao fato de serem explorados pelo homem que possui dinheiro e, portanto, as casas de aluguel: João Romão. Defrontamse, assim, duas classes, movidas pelo ódio e pela ganância: é o homo lúpus hominis, em que o Deus dinheiro mais uma vez fornece a tábua de referência. Atrofiada a consciência moral pelo aviltamento (no caso dos moradores), e pela cupidez doentia de João Romão:

Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam a um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo, do que, no entanto, gostava imenso; vendiam-se todos e contentava-se com o resto das comidas dos trabalhadores. Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda.

o entredevoramento antropofágico torna-se lei. Devoração social. Exploração dos infelizes e humildes. Grito surdo e subterrâneo. Aluísio não toma partido (ao menos ostensivamente); descreve, analisa com a frieza do cirurgião que extirpa tumores malignos. À semelhança dos romancistas naturalistas em geral, parece encolher os ombros ante a evidência de que João Romão abusa impunemente dos moradores do cortiço. Determinismo. Mas um determinismo que não ousa declarar-se politicamente: a tese defendida por Aluísio move-se em território estético, ou científico, embora implique uma visão engajada do problema social. Sua patente predileção pelos humildes, talvez influência de Zola, não o arrastou a supor, idealisticamente, soluções utópicas para o impasse social. Detém-se na análise dos dramas coletivos, centrados na exploração do homem pelo homem, mas não aventura uma fórmula de resolvê-los, aliás como pedia o decálogo naturalista, de base positiva, científica e socialista.”


MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira. Cultrix, São Paulo: 2001. (p. 38-40)

Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:
Alternativas
Q3066894 Literatura

O texto adiante servirá de base para as próxima questão. 



O Cortiço é o romance em que Aluísio revela, de modo superior e inconfundível, dotes de pintor de agrupamentos humanos. Diante de nós, como o título indica, abre-se um estupendo microcosmos, a “cloaca social”, de que fala Vítor Hugo em Nossa Senhora de Paris e dela irrompe uma fauna asquerosa e vil, de répteis desvairados. Especialista em retratar almas malogradas, Aluísio passa em revista um bando de criaturas desesperançadas, atiradas à vida como enxurro, sem norte e sem futuro. Esmagadas pela fatalidade do meio e pelas taras hereditárias, entregues a uma luta fratricida pela sobrevivência, onde não há vencedores nem vencidos, vão-se rebaixando até a derradeira miséria física e moral.

    E como se descesse na escala social seguindo a ordem da trilogia, o romancista pesquisa os confins do mundo suburbano, dos “humilhados e ofendidos”: em O mulato, era a burguesia maranhense a classe focalizada; em Casa de Pensão, a classe média inferior, vizinha do proletariado; e agora é o universo fechado de uma habitação coletiva, paredes meias com o prostíbulo e o hospital, povoada, em promiscuidade viciosa, de seres marginalizados pela cor, a falta de dinheiro ou a desgraça. Ou porque identificados desde a origem, ou por cederem ao ambiente, afogam-se na ignomínia a que os reduziu a marginalidade.

    Contrastam com esse pano de fundo miserável dois representantes da classe burguesa, o vendeiro João Romão e o Miranda, “negociante português [tanto quanto o outro], estabelecido na rua do Hospício com uma loja de fazendas por atacado.” O contraponto das duas camadas sociais conduz o romance, numa interação dialética; os conflitos dos moradores do cortiço estão condicionados, na maior parte, ao fato de serem explorados pelo homem que possui dinheiro e, portanto, as casas de aluguel: João Romão. Defrontamse, assim, duas classes, movidas pelo ódio e pela ganância: é o homo lúpus hominis, em que o Deus dinheiro mais uma vez fornece a tábua de referência. Atrofiada a consciência moral pelo aviltamento (no caso dos moradores), e pela cupidez doentia de João Romão:

Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam a um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo, do que, no entanto, gostava imenso; vendiam-se todos e contentava-se com o resto das comidas dos trabalhadores. Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda.

o entredevoramento antropofágico torna-se lei. Devoração social. Exploração dos infelizes e humildes. Grito surdo e subterrâneo. Aluísio não toma partido (ao menos ostensivamente); descreve, analisa com a frieza do cirurgião que extirpa tumores malignos. À semelhança dos romancistas naturalistas em geral, parece encolher os ombros ante a evidência de que João Romão abusa impunemente dos moradores do cortiço. Determinismo. Mas um determinismo que não ousa declarar-se politicamente: a tese defendida por Aluísio move-se em território estético, ou científico, embora implique uma visão engajada do problema social. Sua patente predileção pelos humildes, talvez influência de Zola, não o arrastou a supor, idealisticamente, soluções utópicas para o impasse social. Detém-se na análise dos dramas coletivos, centrados na exploração do homem pelo homem, mas não aventura uma fórmula de resolvê-los, aliás como pedia o decálogo naturalista, de base positiva, científica e socialista.”


MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira. Cultrix, São Paulo: 2001. (p. 38-40)

O texto alude a algumas características das obras de Aluísio Azevedo, em especial O Cortiço e O mulato e Casa de Pensão, abordando traços inerentes ao Naturalismo. O personagem João Romão tem um papel central no enredo da fabulação romanesca de O Cortiço, e o seu perfil se enquadra nos postulados estéticos e ideológicos propostos pelo Naturalismo.
As alternativas a seguir pretendem trazer alguns pontos dessa proposta estética e ideológica, que se traduziram nas ações do personagem João Romão no romance supramencionado. No entanto uma das alternativas contém um ponto que NÃO CONDIZ com o Naturalismo. Identifique-a:
Alternativas
Q3066893 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “Quem escreve cartas é sempre um “narrador”, alguém a distância, e não uma pessoa ao vivo.” A colocação do sinal de aspas, na palavra destacada, pode incidir sobre a significação dessa palavra ou remeter a algum sentido implícito na construção em que ela está inserida. As afirmações adiante se reportam ao destaque deste sinal na palavra, porém APENAS UMA DELAS está CORRETA. Assinale-a:
Alternativas
Q3066892 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “(outro ritual – sempre evitar rasgar o selo; havia um objeto chamado “corta-papel”, hoje peça de museu)” Classifique o sujeito da oração sublinhada:
Alternativas
Q3066891 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson...”. Observe a regência do verbo grifado e perceba que o complemento verbal, ensejado pela transitividade indireta do verbo, vem precedido por uma preposição. Esse mesmo verbo, dependendo de sua significação, pode apresentar variações regenciais, nas quais a transitividade pode ser direta ou indireta e também pode até ocorrer uma intransitividade.

Agora leia as construções adiante, em que são empregados diversos exemplos com este mesmo verbo em significações diferentes, o que pode ocasionar oscilações na classificação de sua regência. Após a leitura das construções, marque a alternativa em que a regência ESTÁ ERRADA: 
Alternativas
Q3066890 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Considerando a configuração da crônica Blogueiro de papel, podemos afirmar que se trata, predominantemente, de um texto:
Alternativas
Q3066889 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “Estudar, que é bom, nada – é o que diziam” Dê a classe gramatical da palavra sublinhada:
Alternativas
Q3066888 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe.” De acordo com as regras atinentes ao processo de formação de palavras, qual é o processo em que se enquadra a palavra grifada?
Alternativas
Q3066887 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Releia e responda: “É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros.” Dê a função sintática do termo sublinhado:
Alternativas
Q3066886 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Marque a opção INCORRETA, de acordo com o texto:
Alternativas
Q3066885 Português
O texto adiante também é de autoria do escritor Cristovão Tezza. Leia-o e, em seguida, responda:

BLOGUEIRO DE PAPEL
(Cristovão Tezza)


    Antigamente a desgraça das crianças na escola eram os gibis. Coisa pesada, só péssimos exemplos: o Tio Patinhas, aquela figura mesquinha, de um egoísmo atroz, interesseiro e aproveitador, explorador de parentes; o histérico Pato Donald, um eterno fracassado a infernizar os sobrinhos; Mickey, um sujeitinho chato, namorado da também chatíssima Minnie; Pateta, um bobalhão sem graça. O estranho é que não havia propriamente “família” – os tios e tias misteriosos, todos sem pai nem mãe. Walt Disney, esse complexo mundo freudiano, sob um certo ângulo, ou esse paladino do imperialismo capitalista, sob outro, foi a minha iniciação nas letras.
    O tempo passou, os marginais de Disney substituíram-se pelos integrados Cebolinha e seus amigos, todos vivendo pacificamente vidas normais, engraçadas e tranquilas em casas com quintal – e o vilão da escola passou a ser a televisão. Foram duas décadas, a partir dos anos 1970, agora sim, ágrafas. Com a conivência disfarçada de pais e mães (um alívio!), as crianças passavam horas diante da telinha. Estudar, que é bom, nada – é o que diziam. Acompanhei essa viagem desde a TV Paraná, canal 6, com transmissões ao vivo (não havia videoteipe) no estúdio da José Loureiro. Eu colecionava a revista TV Programas, assistia ao seriado Bat Masterson e aguardava ansioso a chegada de Chico Anysio, todas as quartas. Depois vieram a TV em cores, as redes nacionais, o barateamento do mundo eletrônico, e a famigerada telinha passou a ser o próprio agente civilizador do país – boa parte do Brasil via uma torneira pela primeira vez no cenário de uma novela das oito.
    E agora, com a internet, a palavra escrita voltou inesperada ao palco de uma forma onipresente. Não há uma página na internet sem uma palavra escrita; não há um só dia em que não se escreva muito no monitor, e não se leia outro tanto. Os velhos diários dos adolescentes de antanho voltaram em forma de blogues – a intimidade trancada na gaveta de ontem agora se escancara para o mundo. E, com ela, a maldição: ora já se viu – em vez de estudar, dá-lhe Orkut!
    Tio Patinhas era melhor? Não sei dizer, mas acho que há vilões muito mais graves que a internet. E sou suspeito, também fascinado pela novidade. É verdade que nunca me converti aos blogues, que sugam tempo e precisam ser alimentados todo dia, como gatos e cachorros. Mas cá estou eu, enfim, blogueiro a manivela, inaugurando minha vida de cronista.
[01/04/2008]
TEZZA, Cristovão. Um operário em férias, organização e apresentação Christian Schwartz; ilustrações Benett. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
Dadas as declarações:

I. O período ágrafo, no Brasil, teve seu início nos anos setenta (1970), perdurando intensivamente por duas décadas, sob o domínio da televisão, mas também se estende até os dias de hoje, sob a égide da internet; II. A chegada da internet intensificou o fenômeno da agrafia, em território brasileiro, agravando o empobrecimento da produção textual, que já vinha se estabelecendo desde os anos setenta; e III. A digitalização e o mundo virtual foram dois fatores instauradores do processo ágrafo que se firmou no Brasil.

Está(Estão) correta(s) a(s) seguinte(s) declaração(declarações): 
Alternativas
Respostas
5041: D
5042: C
5043: C
5044: C
5045: C
5046: D
5047: D
5048: E
5049: C
5050: D
5051: A
5052: B
5053: E
5054: C
5055: A
5056: D
5057: B
5058: B
5059: D
5060: A