Questões de Concurso Para professor - letras

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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771392 Português

Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:


No descomeço era o verbo.

Só depois é que veio o delírio do verbo.

O delírio do verbo estava no começo, lá

onde a criança diz: Eu escuto a cor dos

passarinhos.

A criança não sabe que o verbo escutar não

funciona para cor, mas para som.

Então se a criança muda a função de um

verbo, ele delira.

E pois.

Em poesia que é voz de poeta, que é a voz

de fazer nascimentos

O verbo tem que pegar delírio.


(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)

Releia as duas frases seguintes, extraídas do poema:

1) “A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.”

2) “O verbo tem que pegar delírio.”


Quanto à regência dos verbos “funcionar” e “ter”, nas frases acima, é CORRETO afirmar, de acordo com a Gramática e com as normas internas do poema:

Alternativas
Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771390 Português

Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:


No descomeço era o verbo.

Só depois é que veio o delírio do verbo.

O delírio do verbo estava no começo, lá

onde a criança diz: Eu escuto a cor dos

passarinhos.

A criança não sabe que o verbo escutar não

funciona para cor, mas para som.

Então se a criança muda a função de um

verbo, ele delira.

E pois.

Em poesia que é voz de poeta, que é a voz

de fazer nascimentos

O verbo tem que pegar delírio.


(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)

Leia as duas frases extraídas do poema:

1) “O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.”

2) “A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.”


Agora, assinale a alternativa CORRETA quanto à sintaxe:

Alternativas
Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771389 Português

Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:


No descomeço era o verbo.

Só depois é que veio o delírio do verbo.

O delírio do verbo estava no começo, lá

onde a criança diz: Eu escuto a cor dos

passarinhos.

A criança não sabe que o verbo escutar não

funciona para cor, mas para som.

Então se a criança muda a função de um

verbo, ele delira.

E pois.

Em poesia que é voz de poeta, que é a voz

de fazer nascimentos

O verbo tem que pegar delírio.


(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)

A genealogia da poesia está marcada, no poema, por duas palavras: “descomeço” e “começo”. Tendo isso em vista, indique a interpretação coerente com a poética de Manoel de Barros:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771388 Português

A questão terá como base o texto seguinte:


ESSES TEXTOS


O texto primeiro existe

só, como ponto.

Se transforma depois em linha

com sua própria força

de deslocação,

sua velocidade própria.


Depois,

o leitor institui

outra linha, lendo.

O leitor constitui

um feixe de linhas cruzadas

organizando os textos.


No percurso do texto

e no trânsito da leitura,

as linhas se chocam,

se repudiam, se perdem,

correm paralelas

e podem se amar.

Depois, saber fazer

retorná-las a ponto.


(Mas o importante é o leitor. Você.)


É preciso ter calma.

Saber ir abotoando

os elementos vários

à espera do clique

de colchete.

Quando dois ou mais

se engatam,

fecha-se um sentido

único e exclusivo.

Mas que você pode emprestar

a alguém,

desde que o diga


(Não tenha medo da alta-velocidade.

Não tenha receio de dar marcha à ré.)


É preciso ter pressa.

Saber ir desabotoando

os colchetes de sentido

como quem quer tirar

camisa usada e suada

de dia de trabalho.

Cada camisa,

depois de surrada,

é fonte

de novo esforço.

Ou então vira

camisa-de-força.


É preciso saber vestir

o texto,

como tatuagem na própria

pele.


É preciso saber tatuar

o texto,

como sulcos feitos

na bruta realidade.

O duplo estilete

do texto e da leitura,

do autor e do leitor.


A dupla tatuagem

contra o próprio corpo

e a realidade bruta.


A tatuagem que se imprime

para poder forçar

a barra.

A tatuagem que o corpo,

depois de violado

tatua. Violentando.



(SANTIAGO, Silviano, Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.)

Observe os destaques, nas frases retiradas do poema, e escolha a opção que apresenta uma explicação CORRETA quanto à sintaxe:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Português |
Q771387 Português

A questão terá como base o texto seguinte:


ESSES TEXTOS


O texto primeiro existe

só, como ponto.

Se transforma depois em linha

com sua própria força

de deslocação,

sua velocidade própria.


Depois,

o leitor institui

outra linha, lendo.

O leitor constitui

um feixe de linhas cruzadas

organizando os textos.


No percurso do texto

e no trânsito da leitura,

as linhas se chocam,

se repudiam, se perdem,

correm paralelas

e podem se amar.

Depois, saber fazer

retorná-las a ponto.


(Mas o importante é o leitor. Você.)


É preciso ter calma.

Saber ir abotoando

os elementos vários

à espera do clique

de colchete.

Quando dois ou mais

se engatam,

fecha-se um sentido

único e exclusivo.

Mas que você pode emprestar

a alguém,

desde que o diga


(Não tenha medo da alta-velocidade.

Não tenha receio de dar marcha à ré.)


É preciso ter pressa.

Saber ir desabotoando

os colchetes de sentido

como quem quer tirar

camisa usada e suada

de dia de trabalho.

Cada camisa,

depois de surrada,

é fonte

de novo esforço.

Ou então vira

camisa-de-força.


É preciso saber vestir

o texto,

como tatuagem na própria

pele.


É preciso saber tatuar

o texto,

como sulcos feitos

na bruta realidade.

O duplo estilete

do texto e da leitura,

do autor e do leitor.


A dupla tatuagem

contra o próprio corpo

e a realidade bruta.


A tatuagem que se imprime

para poder forçar

a barra.

A tatuagem que o corpo,

depois de violado

tatua. Violentando.



(SANTIAGO, Silviano, Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.)

No tocante à interpretação de “Esses textos”, está CORRETO afirmar:
Alternativas
Respostas
761: D
762: B
763: C
764: A
765: B