Questões de Concurso Para professor - letras

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Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859090 Português

“O verbo de ligação ‘ser’ concorda ora com o sujeito ora com o predicativo, o que às vezes causa estranheza, como no uso de ‘é nós’.”

Josué Machado. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.114, abril de 2015. p.44.


Assinale a alternativa em que a concordância do verbo ‘ser’ esteja INCORRETA.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859089 Português

Sobre o ensino das literaturas, avalie as proposições abaixo. Em seguida, escolha a alternativa que contenha a análise correta das mesmas.


I. A compreensão do que é Literatura, tomada do ponto de vista histórico e da investigação dos conceitos e das vivências dos alunos e seus pares, suscita o interesse pela investigação das produções literárias locais e regionais.

II. Para compreender a que necessidades do ser humano atende a Literatura, não é necessário indagar por que e para quem se escreve. Simplesmente deve-se ler, o que já dispensa qualquer investigação sobre a função que tem a Literatura de ficção no cotidiano e no universo escolar.

III. É preciso reconhecer que as manifestações literárias atendem a necessidades artísticas. Percebe-se, na investigação coletiva, o quanto a Literatura está presente no dia a dia.

IV. O entendimento do que é Literatura pode e deve limitar-se ao universo da bibliografia específica a ser trabalhada em sala de aula.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859088 Português
Analise as situações a seguir e assinale a alternativa em que a atividade descrita depende mais significativamente do domínio do conceito de intertextualidade pelo aluno.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859086 Português
Assinale a alternativa em que há o emprego de adjetivo com valor de advérbio.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859084 Português

                             QUANDO A CIÊNCIA VIRA ALQUIMIA

         Tom panfletário para defender teorias pode ser sintoma de dogma linguístico

                                                                                                                                  Aldo Bizzocchi


      A ciência funda-se nos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade, pilares do método científico, na busca da verdade, doa em quem doer, e na destruição de crenças infundadas, por mais arraigadas que estejam.

      Não obstante, muitos discursos, especialmente nas ciências humanas - mas não exclusivamente nestas -, pautam-se pela subjetividade e passionalismo. [...]

      Com a linguística não é diferente. Embora tenha sido a primeira das humanidades a ganhar status de ciência, em princípios do século 19, muito do que se publica hoje a respeito de língua resvala no juízo de valor, na subjetividade e tendenciosidade em detrimento dos fatos objetivos.

      Variação: É natural que todo estudioso, face à sua própria formação acadêmica e interesse de pesquisa, se filie a alguma corrente teórica, isto é, adote uma determinada metáfora para descrever a realidade (a língua como ser vivo, estrutura mecânica, sistema complexo, fato biológico, social ou mental, e assim por diante). Mas a defesa intransigente do modelo a despeito da realidade que ele pretende descrever arrisca-se a transformar teoria em dogma e ciência em religião ou facção política.

      Nenhuma teoria científica, por mais neutra, imparcial e objetiva que seja (e é preciso que assim o seja, senão não é científica), está livre de transformar-se em ideologia nas mãos de pesquisadores imaturos ou mal-intencionados. A bola da vez parece ser a chamada linguística variacionista.

      Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes, em que as variações e mudanças decorrem de fatores como o tempo histórico, a localização geográfica, a classe social, o nível de escolarização, a situação de comunicação, a modalidade (oral ou escrita) e o meio físico (canal ou mídia) em que se dá o discurso.

      Revisão: A teoria da variação linguística permitiu mostrar que todos somos, como diria Evanildo Bechara, poliglotas em nossa língua, assim como contribuiu para relativizar a questão do erro gramatical e da obediência cega à norma padrão. Entretanto, se desmistificou a crença de que "a maioria dos brasileiros não sabe falar português" ou "nunca se falou tão mal como hoje em dia", muniu os ideólogos de plantão com argumentos que, para contestar a norma vigente, fazem apologia da fala popular e não escolarizada; para defender uma pseudodemocracia linguística, legitimam o desrespeito à gramática, vista como instrumento de repressão a serviço das classes dominantes; e assim por diante. 

      É evidente que não se pode nem se deve usar o português normativo numa mesa de bar ou numa brincadeira de crianças, mas isso não quer dizer que se deva estimular as pessoas a falar de modo informal em situações formais. É óbvio que está equivocado o professor que destrói a autoestima dos alunos ao convencê-los de que são ignorantes, falam errado ou não sabem se expressar direito. É para mostrar que há várias línguas dentro da língua e que cada uma é adequada a uma situação de discurso que muitos linguistas propõem o ensino da variação linguística em sala de aula. Mas desde que fique claro que o objetivo da escola é ensinar o aluno a manejar com maestria o português formal, pois é este o que lhe será exigido no mercado de trabalho e em muitas relações sociais, até porque no português informal o aluno já é proficiente. 

      Contexto: Mas há educadores que, mesmo bem-intencionados, disseminam a falsa crença de que o importante na comunicação é a eficiência (Si deu pra intendê, tá tudo certo!) e de que clareza, correção e elegância são coisas supérfluas ou, pior, excludentes ("a norma culta é o instrumento linguístico criado pela burguesia para oprimir o proletariado"). Esses maus educadores acabam contribuindo para alimentar a fama que os linguistas têm entre gramáticos conservadores e leigos desavisados de que são a favor do vale-tudo em matéria de língua. 

      Com isso, perde a linguística séria, pautada no método científico; perde o já tão desprestigiado ensino de língua; perdem os estudantes, que irão para o mercado de trabalho despreparados e para a sociedade dotados de um vocabulário de não mais que oitocentas palavras; perde enfim o país, costumeiramente na lanterninha em avaliações internacionais de desempenho escolar.

BIZZOCCHI, Aldo. Quando a ciência vira alquimia. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.113, março de 2015. p.60-61 


Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, com pós-doutorado na UERJ. É autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br 

“Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes”. A palavra destacada faz menção a que:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859083 Português

                             QUANDO A CIÊNCIA VIRA ALQUIMIA

         Tom panfletário para defender teorias pode ser sintoma de dogma linguístico

                                                                                                                                  Aldo Bizzocchi


      A ciência funda-se nos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade, pilares do método científico, na busca da verdade, doa em quem doer, e na destruição de crenças infundadas, por mais arraigadas que estejam.

      Não obstante, muitos discursos, especialmente nas ciências humanas - mas não exclusivamente nestas -, pautam-se pela subjetividade e passionalismo. [...]

      Com a linguística não é diferente. Embora tenha sido a primeira das humanidades a ganhar status de ciência, em princípios do século 19, muito do que se publica hoje a respeito de língua resvala no juízo de valor, na subjetividade e tendenciosidade em detrimento dos fatos objetivos.

      Variação: É natural que todo estudioso, face à sua própria formação acadêmica e interesse de pesquisa, se filie a alguma corrente teórica, isto é, adote uma determinada metáfora para descrever a realidade (a língua como ser vivo, estrutura mecânica, sistema complexo, fato biológico, social ou mental, e assim por diante). Mas a defesa intransigente do modelo a despeito da realidade que ele pretende descrever arrisca-se a transformar teoria em dogma e ciência em religião ou facção política.

      Nenhuma teoria científica, por mais neutra, imparcial e objetiva que seja (e é preciso que assim o seja, senão não é científica), está livre de transformar-se em ideologia nas mãos de pesquisadores imaturos ou mal-intencionados. A bola da vez parece ser a chamada linguística variacionista.

      Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes, em que as variações e mudanças decorrem de fatores como o tempo histórico, a localização geográfica, a classe social, o nível de escolarização, a situação de comunicação, a modalidade (oral ou escrita) e o meio físico (canal ou mídia) em que se dá o discurso.

      Revisão: A teoria da variação linguística permitiu mostrar que todos somos, como diria Evanildo Bechara, poliglotas em nossa língua, assim como contribuiu para relativizar a questão do erro gramatical e da obediência cega à norma padrão. Entretanto, se desmistificou a crença de que "a maioria dos brasileiros não sabe falar português" ou "nunca se falou tão mal como hoje em dia", muniu os ideólogos de plantão com argumentos que, para contestar a norma vigente, fazem apologia da fala popular e não escolarizada; para defender uma pseudodemocracia linguística, legitimam o desrespeito à gramática, vista como instrumento de repressão a serviço das classes dominantes; e assim por diante. 

      É evidente que não se pode nem se deve usar o português normativo numa mesa de bar ou numa brincadeira de crianças, mas isso não quer dizer que se deva estimular as pessoas a falar de modo informal em situações formais. É óbvio que está equivocado o professor que destrói a autoestima dos alunos ao convencê-los de que são ignorantes, falam errado ou não sabem se expressar direito. É para mostrar que há várias línguas dentro da língua e que cada uma é adequada a uma situação de discurso que muitos linguistas propõem o ensino da variação linguística em sala de aula. Mas desde que fique claro que o objetivo da escola é ensinar o aluno a manejar com maestria o português formal, pois é este o que lhe será exigido no mercado de trabalho e em muitas relações sociais, até porque no português informal o aluno já é proficiente. 

      Contexto: Mas há educadores que, mesmo bem-intencionados, disseminam a falsa crença de que o importante na comunicação é a eficiência (Si deu pra intendê, tá tudo certo!) e de que clareza, correção e elegância são coisas supérfluas ou, pior, excludentes ("a norma culta é o instrumento linguístico criado pela burguesia para oprimir o proletariado"). Esses maus educadores acabam contribuindo para alimentar a fama que os linguistas têm entre gramáticos conservadores e leigos desavisados de que são a favor do vale-tudo em matéria de língua. 

      Com isso, perde a linguística séria, pautada no método científico; perde o já tão desprestigiado ensino de língua; perdem os estudantes, que irão para o mercado de trabalho despreparados e para a sociedade dotados de um vocabulário de não mais que oitocentas palavras; perde enfim o país, costumeiramente na lanterninha em avaliações internacionais de desempenho escolar.

BIZZOCCHI, Aldo. Quando a ciência vira alquimia. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.113, março de 2015. p.60-61 


Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, com pós-doutorado na UERJ. É autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br 

O caráter sócio-interacionista do ensino preconizado pelos PCN pode ser percebido em todos os fragmentos do texto lido, EXCETO em qual das alternativas? Assinale-a.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859082 Português

                             QUANDO A CIÊNCIA VIRA ALQUIMIA

         Tom panfletário para defender teorias pode ser sintoma de dogma linguístico

                                                                                                                                  Aldo Bizzocchi


      A ciência funda-se nos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade, pilares do método científico, na busca da verdade, doa em quem doer, e na destruição de crenças infundadas, por mais arraigadas que estejam.

      Não obstante, muitos discursos, especialmente nas ciências humanas - mas não exclusivamente nestas -, pautam-se pela subjetividade e passionalismo. [...]

      Com a linguística não é diferente. Embora tenha sido a primeira das humanidades a ganhar status de ciência, em princípios do século 19, muito do que se publica hoje a respeito de língua resvala no juízo de valor, na subjetividade e tendenciosidade em detrimento dos fatos objetivos.

      Variação: É natural que todo estudioso, face à sua própria formação acadêmica e interesse de pesquisa, se filie a alguma corrente teórica, isto é, adote uma determinada metáfora para descrever a realidade (a língua como ser vivo, estrutura mecânica, sistema complexo, fato biológico, social ou mental, e assim por diante). Mas a defesa intransigente do modelo a despeito da realidade que ele pretende descrever arrisca-se a transformar teoria em dogma e ciência em religião ou facção política.

      Nenhuma teoria científica, por mais neutra, imparcial e objetiva que seja (e é preciso que assim o seja, senão não é científica), está livre de transformar-se em ideologia nas mãos de pesquisadores imaturos ou mal-intencionados. A bola da vez parece ser a chamada linguística variacionista.

      Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes, em que as variações e mudanças decorrem de fatores como o tempo histórico, a localização geográfica, a classe social, o nível de escolarização, a situação de comunicação, a modalidade (oral ou escrita) e o meio físico (canal ou mídia) em que se dá o discurso.

      Revisão: A teoria da variação linguística permitiu mostrar que todos somos, como diria Evanildo Bechara, poliglotas em nossa língua, assim como contribuiu para relativizar a questão do erro gramatical e da obediência cega à norma padrão. Entretanto, se desmistificou a crença de que "a maioria dos brasileiros não sabe falar português" ou "nunca se falou tão mal como hoje em dia", muniu os ideólogos de plantão com argumentos que, para contestar a norma vigente, fazem apologia da fala popular e não escolarizada; para defender uma pseudodemocracia linguística, legitimam o desrespeito à gramática, vista como instrumento de repressão a serviço das classes dominantes; e assim por diante. 

      É evidente que não se pode nem se deve usar o português normativo numa mesa de bar ou numa brincadeira de crianças, mas isso não quer dizer que se deva estimular as pessoas a falar de modo informal em situações formais. É óbvio que está equivocado o professor que destrói a autoestima dos alunos ao convencê-los de que são ignorantes, falam errado ou não sabem se expressar direito. É para mostrar que há várias línguas dentro da língua e que cada uma é adequada a uma situação de discurso que muitos linguistas propõem o ensino da variação linguística em sala de aula. Mas desde que fique claro que o objetivo da escola é ensinar o aluno a manejar com maestria o português formal, pois é este o que lhe será exigido no mercado de trabalho e em muitas relações sociais, até porque no português informal o aluno já é proficiente. 

      Contexto: Mas há educadores que, mesmo bem-intencionados, disseminam a falsa crença de que o importante na comunicação é a eficiência (Si deu pra intendê, tá tudo certo!) e de que clareza, correção e elegância são coisas supérfluas ou, pior, excludentes ("a norma culta é o instrumento linguístico criado pela burguesia para oprimir o proletariado"). Esses maus educadores acabam contribuindo para alimentar a fama que os linguistas têm entre gramáticos conservadores e leigos desavisados de que são a favor do vale-tudo em matéria de língua. 

      Com isso, perde a linguística séria, pautada no método científico; perde o já tão desprestigiado ensino de língua; perdem os estudantes, que irão para o mercado de trabalho despreparados e para a sociedade dotados de um vocabulário de não mais que oitocentas palavras; perde enfim o país, costumeiramente na lanterninha em avaliações internacionais de desempenho escolar.

BIZZOCCHI, Aldo. Quando a ciência vira alquimia. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.113, março de 2015. p.60-61 


Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, com pós-doutorado na UERJ. É autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br 

“As propostas de mudanças qualitativas para o processo de ensino-aprendizagem e sistematização de um conjunto de disposições e atitudes como pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o aluno possa participar do mundo social, incluindo-se aí a cidadania, o trabalho e a continuidade dos estudos”. (Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – para o Ensino Médio - EM. p.5)


A aplicação da orientação dos PCNEM podem ser confirmadas em qual das passagens do texto transcritas a seguir?

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859081 Português

                             QUANDO A CIÊNCIA VIRA ALQUIMIA

         Tom panfletário para defender teorias pode ser sintoma de dogma linguístico

                                                                                                                                  Aldo Bizzocchi


      A ciência funda-se nos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade, pilares do método científico, na busca da verdade, doa em quem doer, e na destruição de crenças infundadas, por mais arraigadas que estejam.

      Não obstante, muitos discursos, especialmente nas ciências humanas - mas não exclusivamente nestas -, pautam-se pela subjetividade e passionalismo. [...]

      Com a linguística não é diferente. Embora tenha sido a primeira das humanidades a ganhar status de ciência, em princípios do século 19, muito do que se publica hoje a respeito de língua resvala no juízo de valor, na subjetividade e tendenciosidade em detrimento dos fatos objetivos.

      Variação: É natural que todo estudioso, face à sua própria formação acadêmica e interesse de pesquisa, se filie a alguma corrente teórica, isto é, adote uma determinada metáfora para descrever a realidade (a língua como ser vivo, estrutura mecânica, sistema complexo, fato biológico, social ou mental, e assim por diante). Mas a defesa intransigente do modelo a despeito da realidade que ele pretende descrever arrisca-se a transformar teoria em dogma e ciência em religião ou facção política.

      Nenhuma teoria científica, por mais neutra, imparcial e objetiva que seja (e é preciso que assim o seja, senão não é científica), está livre de transformar-se em ideologia nas mãos de pesquisadores imaturos ou mal-intencionados. A bola da vez parece ser a chamada linguística variacionista.

      Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes, em que as variações e mudanças decorrem de fatores como o tempo histórico, a localização geográfica, a classe social, o nível de escolarização, a situação de comunicação, a modalidade (oral ou escrita) e o meio físico (canal ou mídia) em que se dá o discurso.

      Revisão: A teoria da variação linguística permitiu mostrar que todos somos, como diria Evanildo Bechara, poliglotas em nossa língua, assim como contribuiu para relativizar a questão do erro gramatical e da obediência cega à norma padrão. Entretanto, se desmistificou a crença de que "a maioria dos brasileiros não sabe falar português" ou "nunca se falou tão mal como hoje em dia", muniu os ideólogos de plantão com argumentos que, para contestar a norma vigente, fazem apologia da fala popular e não escolarizada; para defender uma pseudodemocracia linguística, legitimam o desrespeito à gramática, vista como instrumento de repressão a serviço das classes dominantes; e assim por diante. 

      É evidente que não se pode nem se deve usar o português normativo numa mesa de bar ou numa brincadeira de crianças, mas isso não quer dizer que se deva estimular as pessoas a falar de modo informal em situações formais. É óbvio que está equivocado o professor que destrói a autoestima dos alunos ao convencê-los de que são ignorantes, falam errado ou não sabem se expressar direito. É para mostrar que há várias línguas dentro da língua e que cada uma é adequada a uma situação de discurso que muitos linguistas propõem o ensino da variação linguística em sala de aula. Mas desde que fique claro que o objetivo da escola é ensinar o aluno a manejar com maestria o português formal, pois é este o que lhe será exigido no mercado de trabalho e em muitas relações sociais, até porque no português informal o aluno já é proficiente. 

      Contexto: Mas há educadores que, mesmo bem-intencionados, disseminam a falsa crença de que o importante na comunicação é a eficiência (Si deu pra intendê, tá tudo certo!) e de que clareza, correção e elegância são coisas supérfluas ou, pior, excludentes ("a norma culta é o instrumento linguístico criado pela burguesia para oprimir o proletariado"). Esses maus educadores acabam contribuindo para alimentar a fama que os linguistas têm entre gramáticos conservadores e leigos desavisados de que são a favor do vale-tudo em matéria de língua. 

      Com isso, perde a linguística séria, pautada no método científico; perde o já tão desprestigiado ensino de língua; perdem os estudantes, que irão para o mercado de trabalho despreparados e para a sociedade dotados de um vocabulário de não mais que oitocentas palavras; perde enfim o país, costumeiramente na lanterninha em avaliações internacionais de desempenho escolar.

BIZZOCCHI, Aldo. Quando a ciência vira alquimia. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.113, março de 2015. p.60-61 


Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, com pós-doutorado na UERJ. É autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br 

O quarto parágrafo do texto remete, principalmente, à ideia de que:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: IFC-SC Prova: IESES - 2015 - IFC-SC - Letras Português |
Q859071 Português

Texto I


A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na paródia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar, mesclar, re-apropriar [sic]. [...]

A arte eletrônica vai constituir-se numa nova "forma simbólica", através da qual os artistas utilizam as novas tecnologias numa postura ao mesmo tempo crítica e lúdica, com o intuito de multiplicar suas possibilidades estéticas. Essa nova forma simbólica vai explorar a numerização (trabalhando indiferentemente texto, sons, imagens fixas e em movimento), a spectralidade (a imagem é auto-referente [sic], não dependendo de um objeto real, e sim de um modelo), o ciberespaço (o espaço eletrônico), a instantaneidade (o tempo real) e a interatividade [...].

(LEMOS, André. Fragmento extraído de: Arte eletrônica e cibercultura. Disponível em: http://www.blogacesso.com.br/?p=102 Acesso em 15 abr 2015). André Lemos é professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Para saber mais sobre o objeto de estudo de André Lemos, acesse o site www.andrelemos.info


Texto II 
Imagem associada para resolução da questão

Retome as ideias presentes nos textos I e II e assinale a única alternativa INCORRETA
Alternativas
Q810028 Inglês

From the point of view of some popular authors Genre is a purposeful, socially constructed oral or written communicative event, such as a narrative, a casual conversation, a poem, a recipe, or a description. Different genres are characterized by a particular structure or stages, and grammatical forms that reflect the communicative purpose of the genre in question.

Considering teaching English for Specific Purpose (ESP) through a Genre-Based Approach, it is true to say that

I. receptive skills, particularly listening, are given enhanced status.

II. the main objective of ESP is to enable students to perform certain linguistic tasks related to their academic and professional settings.

III. the choice of the texts, to be used in the classroom, is based on the genres identified as important for students.

IV. needs analysis as well as content knowledge diagnosis are key steps in the planning and teaching through this Approach.

V. one of the key principles of the approach is that grammar as a receptive skill, involving the perception of similarity and difference, is prioritized.

The only correct alternative(s) is/are:

Alternativas
Q810027 Inglês

Some popular ELT authors stress two aspects of English for Specific Purpose (ESP) methodology: “all ESP teaching should reflect the methodology of the disciplines and professions it serves; and in more specific ESP teaching the nature of the interaction between the teacher and learner may be very different from that in general English Class”.

According to these authors’ view, choose the correct ESP features from the absolute and variable characteristics.

I. ESP is designed to meet specific needs of the learner.

II. ESP is not designed for specific disciplines.

III. ESP makes use of the underlying methodology and activities of the disciplines it serves.

IV. ESP is centered on the language (grammar, lexis and register), skills, discourse and games appropriate to these activities.

V. ESP is not designed for adult learners, neither at a tertiary level institution nor in a professional work situation. It is however used for learners at a secondary level.

The only correct alternative(s) is/are:

Alternativas
Q810026 Inglês

The Communicative Language Teaching (CLT) is best understood as an approach, not a method. Considering some of its interconnected characteristics as a definition of communicative language teaching-approach, analyse the statements below.

I. Classroom goals are focused on all of the components of communicative competence and not restricted to grammatical or linguistic competence.

II. Language techniques are designed to engage learners in the pragmatic, authentic, functional use of language for meaningful purposes. Organizational language forms are not the central focus but rather aspects of language that enable the learner to accomplish those purposes.

III. Fluency and accuracy are seen as complimentary principles underlying communicative techniques. At times accuracy may have to take on more importance than fluency in order to keep learners meaningfully engaged in language use.

IV. In the communicative classroom, students ultimately have to use the language, productively and respectively, in unrehearsed contexts.

V. Classroom goals are focused on form rather than meaning.

The only correct alternative(s) is/are:

Alternativas
Q810025 Inglês

Read TEXT 5 and answer question.

TEXT 5  

Situation: Teachers of a Tourism Course decide to work with the theme Accessibility which belongs to their Syllabus. They decide to plan a visit to an International Airport.

Here is a list of suggestions for the teachers who are engaged in the activity to plan their lessons:

- A teacher of Tourism and Sustainable Development Theory can ask students to find out about the infra-structure of the place and make a list of possible problems and solutions in order to write a report;

- A teacher of History can ask students to find out when the airport was built, how it was designed, who ruled the city at that time and if there were any interest in improving the accessibility, read the laws about accessibility, write a report about what was going wrong and make suggestions.

- A teacher of English can ask students to find out all the signs if they are translated, if there is accessibility in relation to all the airport, write directions to tell the tourists how to get to the places inside the airport; take notes about problems and solutions.

- The week after the visit all the students will have to share information about their findings.  


The situation presented above is mainly related to the principle of  

Alternativas
Q810024 Inglês

Read TEXT 4 and answer question.

TEXT 4

LESSON PLAN – A SCHOOL TRIP  
Pre-task (15-20 min)

Aim: to introduce the topic of a school trip and to give the class exposure to language related to it. To highlight words and phrases

Steps:

- Show pictures of students in a school trip, such as museum, park, airport, botanic garden and ask them where they go to have a good class out.

- Brainstorm words/phrases onto the board related to the topic: people, verbs, feelings, etc.

- Introduce the listening of a teacher and students planning a class out.

- Write up different alternatives on the board to give them a reason for listening eg. (a) museum/public library; (b) meet at the train station/in the square.

- Play it a few times; first time to select from alternatives, second time to note down some language.

- Tell them they are going to plan a class out and give them a few minutes to think it over. Task (10 min):students do the task in pairs and plan the day out. Match them with another pair to discuss their ideas and any similarities/differences.

Planning (10 min)

- Each pair rehearses presenting their class out. Teacher walks around, helps them if they need it and notes down any language points to be highlighted later.

- Report (15 min)

- Class listen to the plans; their task is to choose one of them. They can ask questions after the presentation. - Teacher gives feedback on the content and quickly reviews what was suggested. Students vote and choose one of the school days out.

- Language focus (20 min)

- Write on the board five good phrases used by students during the last task and five incorrect phrases/sentences from the task without the word that caused the problem. Students discuss the meaning and how to complete the sentences.

- Hand out the tape script from the listening and ask the students to underline the useful words and phrases.

- Highlight any language you wish to draw attention to, eg.: language for making suggestion, giving opinion, collocations, etc.  

After reading the steps in the plan, we conclude that the lesson:

I. is designed so that students are actively engaged in ‘learning about something’ rather than in ‘doing something.’

II. has explicit educational goals.

III. is based on constructivism and gives careful consideration to situated learning theory.

IV. focus primarily on the language that is needed to achieve some realistic objectives.

V. is challenging, focusing on higher-order knowledge and skills.

The only correct alternative(s) is/are:


Alternativas
Q810023 Inglês

Read TEXT 4 and answer question.

TEXT 4

LESSON PLAN – A SCHOOL TRIP  
Pre-task (15-20 min)

Aim: to introduce the topic of a school trip and to give the class exposure to language related to it. To highlight words and phrases

Steps:

- Show pictures of students in a school trip, such as museum, park, airport, botanic garden and ask them where they go to have a good class out.

- Brainstorm words/phrases onto the board related to the topic: people, verbs, feelings, etc.

- Introduce the listening of a teacher and students planning a class out.

- Write up different alternatives on the board to give them a reason for listening eg. (a) museum/public library; (b) meet at the train station/in the square.

- Play it a few times; first time to select from alternatives, second time to note down some language.

- Tell them they are going to plan a class out and give them a few minutes to think it over. Task (10 min):students do the task in pairs and plan the day out. Match them with another pair to discuss their ideas and any similarities/differences.

Planning (10 min)

- Each pair rehearses presenting their class out. Teacher walks around, helps them if they need it and notes down any language points to be highlighted later.

- Report (15 min)

- Class listen to the plans; their task is to choose one of them. They can ask questions after the presentation. - Teacher gives feedback on the content and quickly reviews what was suggested. Students vote and choose one of the school days out.

- Language focus (20 min)

- Write on the board five good phrases used by students during the last task and five incorrect phrases/sentences from the task without the word that caused the problem. Students discuss the meaning and how to complete the sentences.

- Hand out the tape script from the listening and ask the students to underline the useful words and phrases.

- Highlight any language you wish to draw attention to, eg.: language for making suggestion, giving opinion, collocations, etc.  

According to the lesson plan above (TEXT 4), it is correct to say that the teacher is mainly applying the
Alternativas
Q810022 Inglês

Read TEXT 3 and answer question.  

TEXT 3  

THE PAPERLESS CLASSROOM IS COMING  

Michael Scherer

Back-to-school night this year in Mr. G’s sixth-grade classroom felt a bit like an inquisition.

Teacher Matthew Gudenius, a boyish, 36-year-old computer whiz who runs his class like a preteen tech startup, had prepared 26 PowerPoint slides filled with facts and footnotes to deflect the concerns of parents. But time was short, the worries were many, and it didn’t take long for the venting to begin.

“I like a paper book. I don’t like an e-book,” one father told him, as about 30 adults squeezed into a room for 22 students. Another dad said he could no longer help his son with homework because all the assignments were online. “I’m now kind of taking out of the routine.”, he complained. Rushing to finish, Gudenius passed a slide about the debate over teaching cursive, mumbling, “We don’t care about handwriting.” In a flash a mother objected: “Yeah, we do.”

At issue was far more than penmanship. The future of K-12 education is arriving fast, and it looks a lot like Mr. G’s classroom in the northern foothills of California’s wine country. Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017. Bulky textbooks will be replaced by flat screens. Worksheets will be stored in the cloud, not clunky Trapper Keepers. The Dewey decimal system will give way to Google. “This one is a big, big deal,” says Secretary of Education Arne Duncan.

It’s a deal Gudenius has been working to realize for years. He doesn’t just teach a computer on every student’s desk; he also tries to do it without any paper at all, saving, by his own estimate, 46,800 sheets a year, or about four trees. The paperless learning environment, while not the goals of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming classroom.

Gudenius started teaching as a computer-lab instructor, seeing students for just a few hours each month. That much time is still the norm for most kids. American schools have about 3.6 students for every classroom computing device, according to Education Market Research, and only 1 in 5 school buildings has the wiring to get all students online at once. But Gudenius always saw computers as a tool, not a subject. “We don’t have a paper-and-pencil lab, he says. When you are learning to be a mechanic, you don’t go to a wrench lab.”

Ask his students if they prefer the digital to the tree-based technology and everyone will say yes. It is not unusual for kids to groan when the bell rings because they don’t want to leave their work, which is often done in ways that were impossible just a few years ago. Instead of telling his students to show their work when they do an algebra equation, Gudenius asks them to create and narrate a video about the process, which can then be shown in class. History lessons are enlivened by brief videos that run on individual tablets. And spelling, grammar and vocabulary exercises have the feel of a game, with each student working at his own speed, until Gudenius – who tracks the kids’ progress on a smartphone – gives commands like “Spin it” to let the kids know to flip the screens of their devices around so that he can see their work and begin the next lesson.

Source: TIME- How to Eat Now. Education: The Paperless Classroom is Coming, p. 36-37; October 20, 2014 


There is a broad consensus that prepositions are notoriously difficult to learn. Long after ESL/EFL students have achieved a high level of proficiency in English, they still struggle with prepositions. In TEXT 3, “Filled with” (paragraph 1), “care about” (paragraph 2) and “replaced by” (paragraph 3) are examples of dependant prepositions. In this context, choose the only alternatives below which all groups of preposition combinations are semantically correct.
Alternativas
Q810021 Inglês

Read TEXT 3 and answer question.  

TEXT 3  

THE PAPERLESS CLASSROOM IS COMING  

Michael Scherer

Back-to-school night this year in Mr. G’s sixth-grade classroom felt a bit like an inquisition.

Teacher Matthew Gudenius, a boyish, 36-year-old computer whiz who runs his class like a preteen tech startup, had prepared 26 PowerPoint slides filled with facts and footnotes to deflect the concerns of parents. But time was short, the worries were many, and it didn’t take long for the venting to begin.

“I like a paper book. I don’t like an e-book,” one father told him, as about 30 adults squeezed into a room for 22 students. Another dad said he could no longer help his son with homework because all the assignments were online. “I’m now kind of taking out of the routine.”, he complained. Rushing to finish, Gudenius passed a slide about the debate over teaching cursive, mumbling, “We don’t care about handwriting.” In a flash a mother objected: “Yeah, we do.”

At issue was far more than penmanship. The future of K-12 education is arriving fast, and it looks a lot like Mr. G’s classroom in the northern foothills of California’s wine country. Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017. Bulky textbooks will be replaced by flat screens. Worksheets will be stored in the cloud, not clunky Trapper Keepers. The Dewey decimal system will give way to Google. “This one is a big, big deal,” says Secretary of Education Arne Duncan.

It’s a deal Gudenius has been working to realize for years. He doesn’t just teach a computer on every student’s desk; he also tries to do it without any paper at all, saving, by his own estimate, 46,800 sheets a year, or about four trees. The paperless learning environment, while not the goals of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming classroom.

Gudenius started teaching as a computer-lab instructor, seeing students for just a few hours each month. That much time is still the norm for most kids. American schools have about 3.6 students for every classroom computing device, according to Education Market Research, and only 1 in 5 school buildings has the wiring to get all students online at once. But Gudenius always saw computers as a tool, not a subject. “We don’t have a paper-and-pencil lab, he says. When you are learning to be a mechanic, you don’t go to a wrench lab.”

Ask his students if they prefer the digital to the tree-based technology and everyone will say yes. It is not unusual for kids to groan when the bell rings because they don’t want to leave their work, which is often done in ways that were impossible just a few years ago. Instead of telling his students to show their work when they do an algebra equation, Gudenius asks them to create and narrate a video about the process, which can then be shown in class. History lessons are enlivened by brief videos that run on individual tablets. And spelling, grammar and vocabulary exercises have the feel of a game, with each student working at his own speed, until Gudenius – who tracks the kids’ progress on a smartphone – gives commands like “Spin it” to let the kids know to flip the screens of their devices around so that he can see their work and begin the next lesson.

Source: TIME- How to Eat Now. Education: The Paperless Classroom is Coming, p. 36-37; October 20, 2014 


Synonyms and antonyms can play a very important role in alerting the reader to a change in the direction of the passage. In the sentence “for many of my students a tablet or a laptop screen is almost as quaint as a paper book”, the antonym for quaint is
Alternativas
Q810020 Inglês

Read TEXT 3 and answer question.  

TEXT 3  

THE PAPERLESS CLASSROOM IS COMING  

Michael Scherer

Back-to-school night this year in Mr. G’s sixth-grade classroom felt a bit like an inquisition.

Teacher Matthew Gudenius, a boyish, 36-year-old computer whiz who runs his class like a preteen tech startup, had prepared 26 PowerPoint slides filled with facts and footnotes to deflect the concerns of parents. But time was short, the worries were many, and it didn’t take long for the venting to begin.

“I like a paper book. I don’t like an e-book,” one father told him, as about 30 adults squeezed into a room for 22 students. Another dad said he could no longer help his son with homework because all the assignments were online. “I’m now kind of taking out of the routine.”, he complained. Rushing to finish, Gudenius passed a slide about the debate over teaching cursive, mumbling, “We don’t care about handwriting.” In a flash a mother objected: “Yeah, we do.”

At issue was far more than penmanship. The future of K-12 education is arriving fast, and it looks a lot like Mr. G’s classroom in the northern foothills of California’s wine country. Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017. Bulky textbooks will be replaced by flat screens. Worksheets will be stored in the cloud, not clunky Trapper Keepers. The Dewey decimal system will give way to Google. “This one is a big, big deal,” says Secretary of Education Arne Duncan.

It’s a deal Gudenius has been working to realize for years. He doesn’t just teach a computer on every student’s desk; he also tries to do it without any paper at all, saving, by his own estimate, 46,800 sheets a year, or about four trees. The paperless learning environment, while not the goals of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming classroom.

Gudenius started teaching as a computer-lab instructor, seeing students for just a few hours each month. That much time is still the norm for most kids. American schools have about 3.6 students for every classroom computing device, according to Education Market Research, and only 1 in 5 school buildings has the wiring to get all students online at once. But Gudenius always saw computers as a tool, not a subject. “We don’t have a paper-and-pencil lab, he says. When you are learning to be a mechanic, you don’t go to a wrench lab.”

Ask his students if they prefer the digital to the tree-based technology and everyone will say yes. It is not unusual for kids to groan when the bell rings because they don’t want to leave their work, which is often done in ways that were impossible just a few years ago. Instead of telling his students to show their work when they do an algebra equation, Gudenius asks them to create and narrate a video about the process, which can then be shown in class. History lessons are enlivened by brief videos that run on individual tablets. And spelling, grammar and vocabulary exercises have the feel of a game, with each student working at his own speed, until Gudenius – who tracks the kids’ progress on a smartphone – gives commands like “Spin it” to let the kids know to flip the screens of their devices around so that he can see their work and begin the next lesson.

Source: TIME- How to Eat Now. Education: The Paperless Classroom is Coming, p. 36-37; October 20, 2014 


In the sentence “It’s a deal Gudenius has been working to realize for years.” (paragraph 4), the word it refers to the:
Alternativas
Q810019 Inglês

Read TEXT 3 and answer question.  

TEXT 3  

THE PAPERLESS CLASSROOM IS COMING  

Michael Scherer

Back-to-school night this year in Mr. G’s sixth-grade classroom felt a bit like an inquisition.

Teacher Matthew Gudenius, a boyish, 36-year-old computer whiz who runs his class like a preteen tech startup, had prepared 26 PowerPoint slides filled with facts and footnotes to deflect the concerns of parents. But time was short, the worries were many, and it didn’t take long for the venting to begin.

“I like a paper book. I don’t like an e-book,” one father told him, as about 30 adults squeezed into a room for 22 students. Another dad said he could no longer help his son with homework because all the assignments were online. “I’m now kind of taking out of the routine.”, he complained. Rushing to finish, Gudenius passed a slide about the debate over teaching cursive, mumbling, “We don’t care about handwriting.” In a flash a mother objected: “Yeah, we do.”

At issue was far more than penmanship. The future of K-12 education is arriving fast, and it looks a lot like Mr. G’s classroom in the northern foothills of California’s wine country. Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017. Bulky textbooks will be replaced by flat screens. Worksheets will be stored in the cloud, not clunky Trapper Keepers. The Dewey decimal system will give way to Google. “This one is a big, big deal,” says Secretary of Education Arne Duncan.

It’s a deal Gudenius has been working to realize for years. He doesn’t just teach a computer on every student’s desk; he also tries to do it without any paper at all, saving, by his own estimate, 46,800 sheets a year, or about four trees. The paperless learning environment, while not the goals of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming classroom.

Gudenius started teaching as a computer-lab instructor, seeing students for just a few hours each month. That much time is still the norm for most kids. American schools have about 3.6 students for every classroom computing device, according to Education Market Research, and only 1 in 5 school buildings has the wiring to get all students online at once. But Gudenius always saw computers as a tool, not a subject. “We don’t have a paper-and-pencil lab, he says. When you are learning to be a mechanic, you don’t go to a wrench lab.”

Ask his students if they prefer the digital to the tree-based technology and everyone will say yes. It is not unusual for kids to groan when the bell rings because they don’t want to leave their work, which is often done in ways that were impossible just a few years ago. Instead of telling his students to show their work when they do an algebra equation, Gudenius asks them to create and narrate a video about the process, which can then be shown in class. History lessons are enlivened by brief videos that run on individual tablets. And spelling, grammar and vocabulary exercises have the feel of a game, with each student working at his own speed, until Gudenius – who tracks the kids’ progress on a smartphone – gives commands like “Spin it” to let the kids know to flip the screens of their devices around so that he can see their work and begin the next lesson.

Source: TIME- How to Eat Now. Education: The Paperless Classroom is Coming, p. 36-37; October 20, 2014 


In the sentence “The paperless learning environment, while not the goal of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming the classroom.” (paragraph 4), in this context, “while” can be replaced by
Alternativas
Q810018 Inglês

Read TEXT 3 and answer question.  

TEXT 3  

THE PAPERLESS CLASSROOM IS COMING  

Michael Scherer

Back-to-school night this year in Mr. G’s sixth-grade classroom felt a bit like an inquisition.

Teacher Matthew Gudenius, a boyish, 36-year-old computer whiz who runs his class like a preteen tech startup, had prepared 26 PowerPoint slides filled with facts and footnotes to deflect the concerns of parents. But time was short, the worries were many, and it didn’t take long for the venting to begin.

“I like a paper book. I don’t like an e-book,” one father told him, as about 30 adults squeezed into a room for 22 students. Another dad said he could no longer help his son with homework because all the assignments were online. “I’m now kind of taking out of the routine.”, he complained. Rushing to finish, Gudenius passed a slide about the debate over teaching cursive, mumbling, “We don’t care about handwriting.” In a flash a mother objected: “Yeah, we do.”

At issue was far more than penmanship. The future of K-12 education is arriving fast, and it looks a lot like Mr. G’s classroom in the northern foothills of California’s wine country. Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017. Bulky textbooks will be replaced by flat screens. Worksheets will be stored in the cloud, not clunky Trapper Keepers. The Dewey decimal system will give way to Google. “This one is a big, big deal,” says Secretary of Education Arne Duncan.

It’s a deal Gudenius has been working to realize for years. He doesn’t just teach a computer on every student’s desk; he also tries to do it without any paper at all, saving, by his own estimate, 46,800 sheets a year, or about four trees. The paperless learning environment, while not the goals of most fledgling programs, represents the ultimate result of technology transforming classroom.

Gudenius started teaching as a computer-lab instructor, seeing students for just a few hours each month. That much time is still the norm for most kids. American schools have about 3.6 students for every classroom computing device, according to Education Market Research, and only 1 in 5 school buildings has the wiring to get all students online at once. But Gudenius always saw computers as a tool, not a subject. “We don’t have a paper-and-pencil lab, he says. When you are learning to be a mechanic, you don’t go to a wrench lab.”

Ask his students if they prefer the digital to the tree-based technology and everyone will say yes. It is not unusual for kids to groan when the bell rings because they don’t want to leave their work, which is often done in ways that were impossible just a few years ago. Instead of telling his students to show their work when they do an algebra equation, Gudenius asks them to create and narrate a video about the process, which can then be shown in class. History lessons are enlivened by brief videos that run on individual tablets. And spelling, grammar and vocabulary exercises have the feel of a game, with each student working at his own speed, until Gudenius – who tracks the kids’ progress on a smartphone – gives commands like “Spin it” to let the kids know to flip the screens of their devices around so that he can see their work and begin the next lesson.

Source: TIME- How to Eat Now. Education: The Paperless Classroom is Coming, p. 36-37; October 20, 2014 


Read this excerpt taken from TEXT 3: “Last year, President Obama announced a federal effort to get a laptop, tablet or smartphone into the hands of every student in every school in the U.S. and to pipe in enough bandwidth to get all 49.8 million American kids online simultaneously by 2017.” (paragraph 3). According to this context, choose the only correct alternative below which has the same meaning as in the phrasal verb ‘pipe in’.
Alternativas
Respostas
981: C
982: D
983: B
984: C
985: B
986: A
987: A
988: C
989: A
990: A
991: D
992: C
993: B
994: E
995: A
996: A
997: B
998: C
999: D
1000: C