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Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/
No texto,
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/
"Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo místico poeta Angelus Silesius" (L.32/33)
Quanto às funções sintático-semânticas dos elementos que compõem o período acima, pode-se afirmar:
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
IN: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/
"Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/ consumista / materialista poderemos encontrar pela frente a escuridão." (L.31/32)
Essa declaração encerra
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
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Marque com V os fragmentos que constituem exemplos de intertextualidade e com F, os demais.
( ) " 'Pai, onde se paga?'" (L.3).
( ) "Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol." (L.15).
( ) " 'que sabe de mi largo caminar.'" (L.16).
( ) " 'Uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais'" (L.21).
( ) " 'A rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si mesma, nem pede para ser olhada'" (L.33/34).
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
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Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. O texto evidencia
( ) as bases em que se assenta a sociedade na qual está inserido o homem contemporâneo.
( ) o consumismo como o eixo gerador da supervalorização do capital e do consequente materialismo visível no mundo moderno.
( ) a necessidade de resgate dos valores sociais perdidos ao longo do tempo, sem os quais o ser humano se sente incompleto e insatisfeito.
( ) a ausência de ética no relacionamento do homem com a natureza, além do individualismo que destrói a essência das relações interpessoais.
( ) a indispensabilidade da busca de redenção do homem através de atos em que a gratuidade seja marca registrada, permitindo-lhe um novo florescer.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a:
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
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Sobre o texto, é verdadeiro o que se afirma em
Quanto custa um pôr-de-sol?
Leonardo Boff
1 Um grande empresário americano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-
2 de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai:
3 "pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia
4 e o mercado. Nela para tudo se paga - também um pôr-de-sol - tudo se vende e tudo se compra.
5 Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande
6 transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações
7 comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, vira mercadoria e chance de lucro.
8 Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e
9 materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a
10 preservação da natureza. É consumista porque se não houver consumo cada vez maior não há também
11 produção nem lucro. É materialista, pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não
12 espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo – como
13 ganhar mais – do que no desenvolvimento qualitativo – como viver melhor com menos – em harmonia
14 com a natureza, com equidade social e sustentabilidade sócio-ecológica.
15 Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua
16 cheia “que sabe de mi largo caminar.” A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos
17 shoppings. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da
18 gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisagem, do carinho
19 entre dois enamorados. Nisso reside a felicidade humana.
20 O insuspeito Daniel Soros, o grande especulador das bolsas mundiais, confessa em seu livro A
21 crise do capitalismo (1999): ”uma sociedade baseada em transações solapa os valores sociais; estes
22 expressam um interesse pelos outros; pressupõem que o indivíduo pertence a uma comunidade, seja uma
23 família, uma tribo, uma nação ou a humanidade, cujos interesses têm preferência em relação aos
24 interesses individuais. Mas uma economia de mercado é tudo menos uma comunidade. Todos devem
25 cuidar dos seus próprios interesses... e maximizar seus lucros, com exclusão de qualquer outra
26 consideração” (p. 120 e 87).
27 Uma sociedade que decide organizar-se sem uma ética mínima, altruísta e respeitosa da
28 natureza, está traçando o caminho de sua própria autodestruição. Então, não causa admiração o fato de
29 termos chegado aonde chegamos, ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza, com
30 ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e, no termo, até da espécie humana.
31 Suspeito que, se não quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista, poderemos
32 encontrar pela frente a escuridão. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo
33 místico poeta Angelus Silesius (+1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si
34 mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289). Essa gratuidade é uma das pilastras do novo
35 paradigma.
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Constitui um ponto de vista do autor, expresso no texto:
O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O município poderá nomear na condição de substituto tributário o tomador do serviço, que será responsável pelo pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, nos casos em que:
I. O prestador seja estabelecido ou domiciliado no município.
II. Aquele que preste serviços cuja competência tributária seja a do local da prestação.
III. Haja intermediação dos serviços proveniente do exterior do país, ou cuja prestação se tem iniciado no exterior.
Estão corretas as afirmativas
O denominado Código Tributário Nacional dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Em seu Art. 97, o CTN institui que “somente a lei pode estabelecer”:
I. A instituição de tributos, ou a sua extinção.
II. A majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos Arts. 21, 26, 39, 57 e 65.
III. A imunidade tributária.
IV. As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
Acerca dos atos que segundo o Código Tributário Nacional somente podem ser estabelecidos por Lei, está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) alternativa(s)
Segundo o Código Tributário Nacional, extinguem o crédito tributário:
I. O depósito do seu montante integral.
II. A compensação.
III. A moratória.
IV. A remissão.
V. A prescrição e a decadência.
Estão corretas apenas as alternativas
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
I. Espera‐se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade.
II. Deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço.
III.A entidade tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos 12 meses após a data do balanço.
Estão corretos os critérios
De acordo com a uniformização da jurisprudência do STJ, o imposto de renda incidirá sobre as seguintes vantagens pecuniárias:
I. adicional de 1/3 sobre férias gozadas; adicional noturno; complementação temporária de proventos; décimo terceiro salário; gratificação de produtividade; gratificação por liberalidade da empresa, paga por ocasião da extinção do contrato de trabalho; horas-extras .
II. abono de parcela de férias não-gozadas; férias não-gozadas, indenizadas na vigência do contrato de trabalho, bem como a licenças-prêmio convertidas em pecúnia, sendo prescindível se ocorreram ou não por necessidade do serviço; férias não-gozadas, licenças-prêmio convertidas em pecúnia, irrelevante se decorreram ou não por necessidade do serviço, férias proporcionais, respectivos adicionais de 1/3 sobre as férias, gratificação de Plano de Demissão Voluntária (PDV), todos percebidos por ocasião da extinção do contrato de trabalho, por força da previsão isencional encartada no art. 6º, V, da Lei 7.713/88 e no art. 39, XX, do RIR.
III. verbas indenizatórias recebidas pelo empregado, porquanto a indenização não é produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
IV. verbas salariais recebidas pelo empregado por terem natureza remuneratória, enquadrando-se no conceito de renda estabelecido no artigo 43 do Código Tributário Nacional. V. ajudas de custo, diárias e abono de parcela de férias não-gozadas.
Pode-se dizer que
Nos termos do artigo 165, § 5º da Constituição Federal de 1988, -a lei orçamentária anual compreenderá:
I. o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
II. o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
III. o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público-. Além dos orçamentos anuais acima indicados, a Constituição de 1988 estatui que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
A Lei Complementar 101/2000 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, sendo correto afirmar que