Questões de Concurso Para analista financeiro

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Q3194294 Direito Administrativo
A Constituição Federal de 1988 estabelece princípios fundamentais que regem a Administração Pública. Em um cenário hipotético, um servidor público municipal foi flagrado utilizando informações privilegiadas obtidas em razão de seu cargo para favorecer uma empresa de sua propriedade em um processo licitatório. Essa situação gerou um grande debate sobre ética e legalidade na Administração Pública. Assinale, a seguir, a ação mais adequada que deve ser tomada em relação ao servidor, considerando a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992). 
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Q3194293 Noções de Informática
As pragas virtuais são softwares maliciosos que se espalham por arquivos e softwares desprotegidos, representando uma ameaça à segurança da informação. Entre os tipos de pragas virtuais que podem afetar sistemas computacionais está o ransomware. Assinale, a seguir, a sua característica principal.
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Q3194292 Noções de Informática
O Chrome é o navegador oficial do Google, criado para ser rápido, seguro e personalizável, o qual possui diversos recursos. Ao usá-lo para imprimir uma página web, uma funcionalidade disponível no painel de impressão padrão do navegador é:
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Q3194291 Noções de Informática
No Windows 11, o aplicativo Microsoft Teams passou a ter maior integração com o sistema operacional. Trata-se de uma das funcionalidades dessa integração:
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Q3194290 Noções de Informática
A topologia de rede de computadores se refere à forma como nós e conexões são organizados física e logicamente em uma rede. Assinale, a seguir, a principal característica da topologia em estrela.
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Q3194289 Noções de Informática
Os componentes de um computador desempenham funções específicas para garantir o seu funcionamento adequado. O componente, que tem como função principal interpretar e executar instruções de programas, coordenando a interação entre outros componentes do sistema, é:
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Q3194288 Matemática
Durante um estudo sobre processos cognitivos relacionados à linguagem, analisou-se a capacidade dos participantes de formar e interpretar anagramas. Escolhendo aleatoriamente um dos anagramas da palavra MENTAL, qual é a probabilidade de suas primeira e última letras serem consoantes?
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Q3194287 Matemática
Em uma pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP), analisou-se a interação entre fatores associados ao desempenho de indivíduos em diferentes tarefas. Essas interações foram representadas pelas matrizes:
Imagem associada para resolução da questão

O valor de x, para que o produto A . B seja uma matriz simétrica, é:
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Q3194286 Matemática
Durante um estudo sobre percepção espacial, foi apresentada aos participantes uma figura geométrica que representa o trapézio ABCD, conforme mostrado a seguir:

Imagem associada para resolução da questão

Na figura anterior, o trapézio ABCD tem altura √3, bases AB = 2 e DC = 1/2 . A medida do lado  Imagem associada para resolução da questão  é:
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Q3194285 Matemática
Em um estudo de psicologia, foi identificado que dois grupos de pacientes apresentam diferentes padrões de evolução em seus tratamentos. Para o primeiro grupo, os progressos são representados por uma progressão aritmética, enquanto, para o segundo grupo, os progressos seguem uma progressão geométrica. Ambos os grupos tiveram o mesmo progresso inicial, representado pelo número 3, e seus quintos marcos coincidiram. A razão da progressão geométrica foi estipulada como 3. Com base nesses dados, qual é a razão da progressão aritmética?
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Q3194284 Raciocínio Lógico
O Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP), em parceria com um instituto de pesquisa, está analisando os hábitos de consumo de conteúdo digital da população. Os dados obtidos ajudam a compreender as plataformas mais utilizadas para se informar e interagir. Considere os seguintes resultados de uma pesquisa com um grupo de pessoas:

• 45% dos entrevistados utilizam o Instafotos;
• 55% dos entrevistados utilizam o TicoTeco;
• 31% dos entrevistados utilizam o ExT;
• 12% dos entrevistados utilizam o Instafotos e o TicoTeco;
• 18% dos entrevistados utilizam o Instafotos e o ExT;
• 17% dos entrevistados utilizam o TicoTeco e o ExT;
• 6% dos entrevistados utilizam as três plataformas;
• 140 pessoas entrevistadas não utilizam nenhuma dessas plataformas.

Com base nessas informações, qual o número total de entrevistados?
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Q3194283 Redação Oficial
Texto para responder à questão.

  As comunicações administrativas devem ser sempre formais. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico (por exemplo, e-mail e documento gerado no SEI!) quanto para as impressas.

    A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Se a Administração Pública Federal é unificada, é natural que suas comunicações sigam o mesmo padrão.

   O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial.

   De modo a contribuir para uma boa redação e o uso correto da língua portuguesa, o Manual de Redação da Presidência da República contém noções gramaticais e ortográficas para consulta e, além disso, traz as seguintes recomendações:


• a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;

• o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo literário; e

• a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.


(BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. 3 ed. Brasília: Presidência da República, 2018. Fragmento.)
Considerando que os fechamentos dos textos oficiais devem saudar o destinatário e fechar o texto, contribuindo para a formalidade e uniformidade das comunicações, é correto afirmar que:
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Q3194282 Redação Oficial
Texto para responder à questão.

  As comunicações administrativas devem ser sempre formais. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico (por exemplo, e-mail e documento gerado no SEI!) quanto para as impressas.

    A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Se a Administração Pública Federal é unificada, é natural que suas comunicações sigam o mesmo padrão.

   O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial.

   De modo a contribuir para uma boa redação e o uso correto da língua portuguesa, o Manual de Redação da Presidência da República contém noções gramaticais e ortográficas para consulta e, além disso, traz as seguintes recomendações:


• a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;

• o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo literário; e

• a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.


(BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. 3 ed. Brasília: Presidência da República, 2018. Fragmento.)
O ofício é a correspondência oficial usada pelas autoridades públicas para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da Administração Pública entre si ou com particulares. O ofício circular é expedido em diversas vias e utilizado quando a informação precisa ser enviada, simultaneamente, a mais de um destinatário. Nesse contexto, é correto afirmar que:
Alternativas
Q3194281 Redação Oficial
Texto para responder à questão.

  As comunicações administrativas devem ser sempre formais. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico (por exemplo, e-mail e documento gerado no SEI!) quanto para as impressas.

    A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Se a Administração Pública Federal é unificada, é natural que suas comunicações sigam o mesmo padrão.

   O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial.

   De modo a contribuir para uma boa redação e o uso correto da língua portuguesa, o Manual de Redação da Presidência da República contém noções gramaticais e ortográficas para consulta e, além disso, traz as seguintes recomendações:


• a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;

• o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem próprias do estilo literário; e

• a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.


(BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. 3 ed. Brasília: Presidência da República, 2018. Fragmento.)
O texto destaca aspectos fundamentais da redação oficial, alinhando-se aos princípios que regem a produção de atos normativos e comunicações no âmbito do poder público. Com base no texto e no conteúdo da redação oficial, a comunicação administrativa deve ser descrita, entre outros aspectos, pela:
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Q3194280 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
Leia o trecho a seguir:

“Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem.” (6º§)

No trecho anterior, o pronome relativo “que” é utilizado para:
Alternativas
Q3194279 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
No trecho “E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como ‘Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô’, tem grande facilidade e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de ‘Pos se apeie nos pelego e respire fundo no mais, índio velho’, no começo de cada sessão.” (4º§), o autor apresenta um relato fictício com humor e exagero, típico da construção narrativa de uma crônica. Dessa forma, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. “O texto é uma crônica, pois utiliza humor e exagero para relatar situações fictícias e explorar aspectos do comportamento humano.”

PORQUE

II. “O gênero crônica é caracterizado exclusivamente por narrativas longas e detalhadas que descrevem eventos cotidianos de forma realista.”

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3194278 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
Considere o trecho a seguir:

“Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.
– Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.” (7º§ e 8º§)

O autor utiliza expressões coloquiais e elementos regionais para construir a interação do analista de Bagé com seus pacientes. A análise da estrutura sintática e do emprego das palavras evidencia o tom descontraído e regionalista do texto. Sobre o emprego das classes de palavras e a sintaxe no trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. O termo “bombacha” é um substantivo, usado para designar uma peça de vestuário típica da região do personagem.
II. Na expressão “vá entrando e se abanque”, tem-se a combinação de um verbo no gerúndio e outro no imperativo, embora a expressão como um todo tenha valor imperativo.
III. O termo “índio velho” é um vocativo, utilizado para se dirigir ao interlocutor de maneira informal e regionalista.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q3194277 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
Leia o trecho:

“– Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.
– Outro...
– Outro?
– Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.” (17º§ – 20º§)

No trecho, a pontuação é empregada para dar um ritmo próprio ao diálogo, reforçando o tom irônico e descontraído do analista de Bagé. Dessa forma, analise as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.
I. “O uso de reticências na fala ‘Outro...’ indica uma pausa reflexiva do personagem, marcando a hesitação ou a busca por um comentário sarcástico.”
PORQUE
II. “A pontuação por reticências contribui para o efeito de oralidade no diálogo, reforçando a caracterização descontraída e irônica do analista de Bagé.”

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3194276 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
O analista de Bagé emprega a expressão “história apócrifa é mentira bem educada” (6º§) para caracterizar as histórias que circulam sobre ele. O termo “apócrifa” é empregado com um sentido que ajuda a construir o tom irônico da narrativa. Sobre o significado das palavras no contexto do texto, analise as afirmativas a seguir.

I. O termo “apócrifa” significa algo cuja veracidade é duvidosa.
II. A palavra “educada”, no contexto, significa algo refinado ou polido, suavizando o impacto da expressão “mentira”.
III. O uso de “apócrifa” reforça o tom cômico da narrativa, ao descrever as histórias como elaboradas e criativas, mas provavelmente inverídicas.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3194275 Português
Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
“Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.” (6º§) O autor utiliza recursos estilísticos para criar humor e dar um tom crítico ao texto. A figura de linguagem presente na expressão “história apócrifa é mentira bem educada” é:
Alternativas
Respostas
141: C
142: A
143: A
144: D
145: D
146: D
147: B
148: D
149: B
150: C
151: B
152: D
153: C
154: A
155: D
156: B
157: A
158: C
159: C
160: B