Questões de Concurso Para assistente técnico - administrativa

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Q1933815 Português
Leia o texto de Rubem Braga, escrito em novembro de 1944, quando o autor era correspondente de guerra, para responder à questão.

A procissão de guerra

   Corremos pela estrada, mas o jipe tem de ir lentamente.
   Em sentido contrário, um pesado e lento comboio de enormes caminhões avança – e em nossa frente, na mesma direção em que vamos, se arrasta outro.
   É impossível passar. As estradas da Itália são boas, mas são estreitas. É preciso ter paciência.
    A esta hora, em milhares de outras estradas do mundo os caminhões estão assim, em comboios, rodando para a guerra ou para a retaguarda.
    É a procissão da guerra.
   Tu segues com uma caneta-tinteiro e um pedaço de chocolate no bolso. Aquele leva caixas de comida, o outro caixas de munição, óculos para ver o inimigo, armas para matá-lo, botinas, braços e pernas, mapas, cérebros, cartas de mulheres distantes, saudosas ou não, com retratos de crianças, capotes – uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engole tudo.
    Entramos em uma cidade e durante 20 minutos avançamos por ruas onde não há uma só casa em pé.
    Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas estripadas que mostram as vísceras de suas paredes íntimas, num despudor de ruína completa.
    Nesses montes de escombros estão soterrados os reinos íntimos, as antigas ternuras, as inúteis e longas discussões domésticas – e, às vezes, num pedaço de parede que se equilibra entre ruínas, aparece, num ridículo macabro, a legenda da última fanfarronada fascista: Vincere!*
     Avançamos entre os montões de tijolos, pó e traves quebradas.
    Agora isso já não interessa aos nossos olhos: essa desgraça é monótona. Entretanto, nessa cidade devastada pela maldição da guerra, onde nem os ratos se arriscam mais, há alguma coisa que chama a atenção e comove.
     É um arbusto que tombou entre os escombros – mas em meio à montoeira de entulho ainda tenta sobreviver, e permanece verde, sugando, por escassos canais, debaixo da terra calcinada, alguma seiva rara.
    E essa pequena árvore que se recusa a morrer, essa pequena árvore patética, é a única nota de humanidade do quarteirão arrasado.
      Prossegue a nossa procissão e, afinal, nosso jipe se liberta e corre entre as campinas.


(Coleção melhores crônicas: Rubem Braga.
Seleção de Carlos Ribeiro. Global, 2013. Adaptado)

*“Vencer”, frase dita por Benito Mussolini.
Considerando a frase – Agora isso já não interessa aos nossos olhos: essa desgraça é monótona. (11º parágrafo) –, assinale a alternativa que, correta e respectivamente, indica à qual informação o pronome “isso” faz referência e traz observação pertinente acerca da declaração introduzida pelos dois-pontos.
Alternativas
Q1933814 Português
Leia o texto de Rubem Braga, escrito em novembro de 1944, quando o autor era correspondente de guerra, para responder à questão.

A procissão de guerra

   Corremos pela estrada, mas o jipe tem de ir lentamente.
   Em sentido contrário, um pesado e lento comboio de enormes caminhões avança – e em nossa frente, na mesma direção em que vamos, se arrasta outro.
   É impossível passar. As estradas da Itália são boas, mas são estreitas. É preciso ter paciência.
    A esta hora, em milhares de outras estradas do mundo os caminhões estão assim, em comboios, rodando para a guerra ou para a retaguarda.
    É a procissão da guerra.
   Tu segues com uma caneta-tinteiro e um pedaço de chocolate no bolso. Aquele leva caixas de comida, o outro caixas de munição, óculos para ver o inimigo, armas para matá-lo, botinas, braços e pernas, mapas, cérebros, cartas de mulheres distantes, saudosas ou não, com retratos de crianças, capotes – uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engole tudo.
    Entramos em uma cidade e durante 20 minutos avançamos por ruas onde não há uma só casa em pé.
    Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas estripadas que mostram as vísceras de suas paredes íntimas, num despudor de ruína completa.
    Nesses montes de escombros estão soterrados os reinos íntimos, as antigas ternuras, as inúteis e longas discussões domésticas – e, às vezes, num pedaço de parede que se equilibra entre ruínas, aparece, num ridículo macabro, a legenda da última fanfarronada fascista: Vincere!*
     Avançamos entre os montões de tijolos, pó e traves quebradas.
    Agora isso já não interessa aos nossos olhos: essa desgraça é monótona. Entretanto, nessa cidade devastada pela maldição da guerra, onde nem os ratos se arriscam mais, há alguma coisa que chama a atenção e comove.
     É um arbusto que tombou entre os escombros – mas em meio à montoeira de entulho ainda tenta sobreviver, e permanece verde, sugando, por escassos canais, debaixo da terra calcinada, alguma seiva rara.
    E essa pequena árvore que se recusa a morrer, essa pequena árvore patética, é a única nota de humanidade do quarteirão arrasado.
      Prossegue a nossa procissão e, afinal, nosso jipe se liberta e corre entre as campinas.


(Coleção melhores crônicas: Rubem Braga.
Seleção de Carlos Ribeiro. Global, 2013. Adaptado)

*“Vencer”, frase dita por Benito Mussolini.
Assinale a alternativa com trechos do texto em que há, respectivamente, gradação na apresentação dos fatos e ênfase na ideia de exclusão. 
Alternativas
Q1933813 Português
Leia o texto de Rubem Braga, escrito em novembro de 1944, quando o autor era correspondente de guerra, para responder à questão.

A procissão de guerra

   Corremos pela estrada, mas o jipe tem de ir lentamente.
   Em sentido contrário, um pesado e lento comboio de enormes caminhões avança – e em nossa frente, na mesma direção em que vamos, se arrasta outro.
   É impossível passar. As estradas da Itália são boas, mas são estreitas. É preciso ter paciência.
    A esta hora, em milhares de outras estradas do mundo os caminhões estão assim, em comboios, rodando para a guerra ou para a retaguarda.
    É a procissão da guerra.
   Tu segues com uma caneta-tinteiro e um pedaço de chocolate no bolso. Aquele leva caixas de comida, o outro caixas de munição, óculos para ver o inimigo, armas para matá-lo, botinas, braços e pernas, mapas, cérebros, cartas de mulheres distantes, saudosas ou não, com retratos de crianças, capotes – uma guerra se faz com tudo, exige tudo, engole tudo.
    Entramos em uma cidade e durante 20 minutos avançamos por ruas onde não há uma só casa em pé.
    Da primeira vez, confrangem essas ruas de casas estripadas que mostram as vísceras de suas paredes íntimas, num despudor de ruína completa.
    Nesses montes de escombros estão soterrados os reinos íntimos, as antigas ternuras, as inúteis e longas discussões domésticas – e, às vezes, num pedaço de parede que se equilibra entre ruínas, aparece, num ridículo macabro, a legenda da última fanfarronada fascista: Vincere!*
     Avançamos entre os montões de tijolos, pó e traves quebradas.
    Agora isso já não interessa aos nossos olhos: essa desgraça é monótona. Entretanto, nessa cidade devastada pela maldição da guerra, onde nem os ratos se arriscam mais, há alguma coisa que chama a atenção e comove.
     É um arbusto que tombou entre os escombros – mas em meio à montoeira de entulho ainda tenta sobreviver, e permanece verde, sugando, por escassos canais, debaixo da terra calcinada, alguma seiva rara.
    E essa pequena árvore que se recusa a morrer, essa pequena árvore patética, é a única nota de humanidade do quarteirão arrasado.
      Prossegue a nossa procissão e, afinal, nosso jipe se liberta e corre entre as campinas.


(Coleção melhores crônicas: Rubem Braga.
Seleção de Carlos Ribeiro. Global, 2013. Adaptado)

*“Vencer”, frase dita por Benito Mussolini.
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q1325603 Noções de Informática

Quando um internauta utiliza o Internet Explorer 8 BR, ele pode definir um site como página inicial. Para isso, deve acessar o site de interesse e clicar numa das opções do menu Ferramentas. A opção escolhida irá abrir uma janela que apresenta a figura abaixo, para que esse internauta possa definir o site de interesse, como por exemplo, http://multirio.rio.rj.gov.br/portal/

Imagem associada para resolução da questão

Após o procedimento descrito, o internauta, toda vez que acessa o Internet Explorer 8 BR, o software irá exibir o site configurado na janela acima indicada. Se ele estiver acessando um outro site, como o do Google, poderá acessar o site configurado, clicando, por meio do mouse, no íconeImagem associada para resolução da questão . A opção do menu Ferramentas é:

Alternativas
Q1325602 Noções de Informática
Uma das funcionalidades do software Powerpoint do pacote MSOffice 2007 BR, está indicada na seguinte alternativa:
Alternativas
Respostas
156: C
157: A
158: C
159: B
160: D