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Q508059 Direito Sanitário
Sabe-se que os conselhos de saúde seguem leis e são compostos especificadamente. De acordo com o controle social e suas interfaces com o SUS, poderão fazer parte do conselho municipal

I. apenas representantes governamentais.
II. usuários do SUS.
III. profissionais de saúde.
IV. prestadores de serviços.

Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) alternativa(s)
Alternativas
Q508058 Direito Sanitário
“Princípio do Sistema Único de Saúde (SUS), que considera a saúde como um ‘direito de todos e um dever do Estado’ e dá o direito à saúde como um direito fundamental.” Trata-se do Princípio da
Alternativas
Q508057 Direito Sanitário
A alocação de recursos, a orientação programática e o estabelecimento de estratégia de emergências e prioridades em saúde pública podem ser estabelecidos por dados
Alternativas
Q508056 Português
Texto

                        Fomos seduzidos pela autoespionagem

            Sabemos que estamos sendo observados, mas não sabemos (e nem nos importamos) por quem e por quê. As câmeras de monitoramento são, hoje, talvez a visão mais comum em qualquer passeio. Tão corriqueiras que nem sequer as notamos. Estão como se escondendo na luz do sol. Mas há algo que as diferenciam das câmeras escondidas na tela da TV do quarto de Winston Smith (do livro 1984, de George Orwell): elas não observam você para mantê-lo na linha e forçar a uma rotina programada. Elas não dão ordens, nem lhe tiram o livre-arbítrio. Elas estão onde estão (todos os lugares) apenas para manter em segurança você e as liberdades das quais você desfruta... Bem, pelo menos é isso o que lhe parece.
            Não fiquei surpreso com as revelações de Edward Snowden - provavelmente nem você ficou, nem os políticos que fingiram ignorar aqueles fatos. Eu estava consciente da onipresença da espionagem e da enorme quantidade de “bases de dados” que ela produziu: um volume muito superior ao que qualquer órgão do passado, como CIA ou KGB, tinha conseguido com sua incontável legião de informantes. O que me deixou boquiaberto foi a indiferença com que os “cidadãos comuns” receberam as revelações de Snowden. A mídia esperava que elas provocassem uma disparada nos índices de audiência e nas vendas dos jornais, mas tais revelações provocaram apenas tremores de terra onde eram esperados terremotos.
            Suspeito que tal reação (ou melhor, a ausência dela) se deva, em parte, a uma satisfação consciente ou inconsciente com a autoespionagem. Afinal, uma das principais atrações da internet é a constante possibilidade de estar na “esfera pública”, ao menos na versão online, antes reservada a poucos escolhidos por grandes corporações de rádio e TV. Para milhões de assustados com o fantasma da solidão, foi uma oportunidade sem precedentes de salvar-se do anonimato, da negligência, do esquecimento e do desamparo.
            Um efeito colateral das revelações de Snowden foi tornar os internautas conscientes de quão grande e recheada de “pessoas importantes” é essa esfera pública virtual. Isso forneceu a eles a prova do quão seguros são seus investimentos de tempo e energia em amigos virtuais e no espaço público virtual. Na verdade, os efeitos mais profundos das revelações de Snowden serão um salto ainda maior na dedicação à autoespionagem voluntária e não remunerada. Isso para a alegria e satisfação dos consumidores e do mercado de segurança. Quanto à satisfação de solitários sonhando com a chance de acesso livre para todos à relevância pública, é pagar pra ver...

                                                                                          (Bauman Zygmunt. Galileu, março de 2014.)
No final do texto, a expressão “é pagar pra ver...” faz referência ao acesso às informações de relevância público para todos. Tal expressão pode ser caracterizada como
Alternativas
Q508055 Português
Texto

                        Fomos seduzidos pela autoespionagem

            Sabemos que estamos sendo observados, mas não sabemos (e nem nos importamos) por quem e por quê. As câmeras de monitoramento são, hoje, talvez a visão mais comum em qualquer passeio. Tão corriqueiras que nem sequer as notamos. Estão como se escondendo na luz do sol. Mas há algo que as diferenciam das câmeras escondidas na tela da TV do quarto de Winston Smith (do livro 1984, de George Orwell): elas não observam você para mantê-lo na linha e forçar a uma rotina programada. Elas não dão ordens, nem lhe tiram o livre-arbítrio. Elas estão onde estão (todos os lugares) apenas para manter em segurança você e as liberdades das quais você desfruta... Bem, pelo menos é isso o que lhe parece.
            Não fiquei surpreso com as revelações de Edward Snowden - provavelmente nem você ficou, nem os políticos que fingiram ignorar aqueles fatos. Eu estava consciente da onipresença da espionagem e da enorme quantidade de “bases de dados” que ela produziu: um volume muito superior ao que qualquer órgão do passado, como CIA ou KGB, tinha conseguido com sua incontável legião de informantes. O que me deixou boquiaberto foi a indiferença com que os “cidadãos comuns” receberam as revelações de Snowden. A mídia esperava que elas provocassem uma disparada nos índices de audiência e nas vendas dos jornais, mas tais revelações provocaram apenas tremores de terra onde eram esperados terremotos.
            Suspeito que tal reação (ou melhor, a ausência dela) se deva, em parte, a uma satisfação consciente ou inconsciente com a autoespionagem. Afinal, uma das principais atrações da internet é a constante possibilidade de estar na “esfera pública”, ao menos na versão online, antes reservada a poucos escolhidos por grandes corporações de rádio e TV. Para milhões de assustados com o fantasma da solidão, foi uma oportunidade sem precedentes de salvar-se do anonimato, da negligência, do esquecimento e do desamparo.
            Um efeito colateral das revelações de Snowden foi tornar os internautas conscientes de quão grande e recheada de “pessoas importantes” é essa esfera pública virtual. Isso forneceu a eles a prova do quão seguros são seus investimentos de tempo e energia em amigos virtuais e no espaço público virtual. Na verdade, os efeitos mais profundos das revelações de Snowden serão um salto ainda maior na dedicação à autoespionagem voluntária e não remunerada. Isso para a alegria e satisfação dos consumidores e do mercado de segurança. Quanto à satisfação de solitários sonhando com a chance de acesso livre para todos à relevância pública, é pagar pra ver...

                                                                                          (Bauman Zygmunt. Galileu, março de 2014.)
Considerando a estrutura do trecho “Isso forneceu a eles a prova [...]” (4º§), assinale a proposta de alteração que mantém a correção de acordo com a norma padrão.
Alternativas
Respostas
161: A
162: C
163: B
164: A
165: E