Questões de Concurso
Para supervisor pedagógico
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(Freitas apud Rolla, 2006, p. 58.)
Para Hunter (2004, p. 69), “a verdadeira liderança é difícil e requer muito esforço”. Neste sentido, quando se fala que o trabalho do Supervisor Pedagógico é realizado e aprendido no dia a dia da escola, fala-se também da sua formação como líder. Nem todo supervisor é necessariamente um líder, mas deveria; espera-se que seja assim. A diferença está entre o poder e a autoridade. Sobre o exposto e considerando poder x autoridade, analise as afirmativas a seguir.
I. O poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado. A autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada, diz respeito a quem é como pessoa, ao caráter e à influência que estabelece sobre os outros.
II. Autoridade é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer. Poder é a habilidade de levar os outros a fazerem de boa vontade o que é solicitado por causa de sua influência pessoal.
III. Poder é a capacidade que alguns indivíduos detêm para fazer valer os seus interesses, mesmo quando os outros se opõem. A autoridade é o uso legítimo do poder, ou seja, emerge quando um grupo obedece de forma consentida porque reconhece a legitimidade de quem emana as ordens.
Está correto o que se afirma em
(Placco, Souza, 2012, p. 12.)
A supervisão escolar é construída no dia a dia da escola. Isso ocorre quando o supervisor reconhece sua identidade como profissional e consegue se ver desta maneira. Isso porque, segundo Dubar (1997), a imagem que o profissional faz de si interfere sobremaneira em suas ações, as quais por sua vez, sustentam essa imagem como identidade profissional.
(Dubar apud Placco, Souza, 2012.)
Sobre os fragmentos expostos e, ainda, considerando que quando o Supervisor Pedagógico compreende seu papel e assume de forma a ser líder no contexto pedagógico, ele estará apto para exercer sua função de articulador das ações pedagógicas, EXCETO quando:
(Carvalho, 2011, p. 170.)
Bolívar (2012) refere que por liderança se entende a forma de determinar uma direção e exercer influência. Todavia, quanto a esta determinação e exercício, anexamos como preocupação e objetivo a aprendizagem dos alunos, falamos de liderança pedagógica e educativa. (p. 48) Considerando que diversos autores estudam variadas abordagens sobre estilos de liderança e, pressupondo que quando um Supervisor Pedagógico é mais participativo e utiliza de menos arbitrariedade organizacional, os objetivos e as tarefas são discutidos previamente, existindo alguma comunicação de baixo para cima, assim como algum encorajamento do trabalho de grupo. Permite-se, portanto, alguma segurança coletiva e motivação dos trabalhadores. Sobre a informação dada, é possível afirmar que se trata de um líder:
I. O cognitivismo, como abordagem teórica na educação, destaca-se pela ênfase nos processos mentais internos e na importância da aprendizagem significativa, na qual os novos conhecimentos são intrinsecamente conectados aos esquemas cognitivos preexistentes, promovendo, assim, uma compreensão mais profunda e duradoura.
II. A teoria cognitivista, ao contrário do Behaviorismo, considera que o ambiente social e a interação são fatores secundários no processo de construção do conhecimento.
Assinale a alternativa correta.
I. Com o fim de garantir o pleno acesso ao ensino e à educação nos termos preconizados pelo ECA com vistas à plena formação e ao desenvolvimento do indivíduo, sem que lhe seja tolhida a possibilidade de trabalho, nos termos permitidos pela legislação, é dever do Estado efetivar e garantir acesso à educação ao adolescente trabalhador, disponibilizando ensino regular noturno.
II. É dever do Estado prestar atendimento fundamental à criança mediante a realização de programas suplementares com o fornecimento de material didático, transporte, alimentação e assistência social.
III. O oferecimento de ensino irregular ou insatisfatório por parte do poder público, não atendendo aos objetivos e aos direitos preconizados pelo ECA, implica responsabilidade competente.
IV. Os pais ou responsáveis têm a obrigação legal de matricular os seus filhos e/ou pupilos na rede regular de ensino. Além de efetuar matrícula, o pai deve acompanhar a frequência e o rendimento escolar do menor, sob pena de, não fazendo, configurar abandono intelectual.
Está correto o que se afirma em
I. Em 1930 foi a criada a da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino primário no país, representando um marco nas políticas educacionais ao tornar o ensino fundamental compulsório. No entanto, a implementação efetiva e a universalização do ensino primário foram desafiadoras, dada a falta de estrutura e recursos adequados em muitas regiões do Brasil naquela época.
II. Assim como a expansão capitalista não se fez por todo o território nacional e de forma mais ou menos homogênea, a expansão da demanda escolar só se desenvolveu nas zonas onde se intensificaram as relações de produção capitalista, o que acabou criando uma das contradições mais sérias do sistema educacional brasileiro.
III. Se de um lado iniciamos nossa revolução industrial e educacional com um atraso de mais de cem anos em relação aos países desenvolvidos, de outro, essa revolução tem atingido de forma desigual o próprio território nacional. Daí resultou uma defasagem histórica e, se assim podemos exprimir-nos, geográfica, que se tem traduzido pela presença de contradições cada vez mais profundas.
IV. Vivemos, em matéria de educação, como nos demais aspectos da vida social, duas ou mais épocas históricas simultaneamente. Somos, com isso, obrigados a resolver problemas que outros povos já resolveram há um século ou mais, enquanto enfrentamos situações mais complexas, cuja superação exige uma tradição cultural e educacional que ainda não temos.
V. A luta de classes no terreno educacional, após a Revolução de 1930, revelou-se harmoniosa, uma vez que o sistema escolar, a partir desse momento, experimentou uma redução da pressão social por educação, com demandas mais restritas e menos exigências em termos de democratização do ensino.
Está correto o que se afirma apenas em
( ) Progressão horizontal é a ascensão do servidor efetivo ao nível imediatamente superior da mesma.
( ) A progressão horizontal dar-se-á, exclusivamente, bienalmente por efetivo exercício do cargo.
( ) Obtida a habilitação específica exigida pela classe pretendida, o professor regente deverá requerer, ao Órgão Municipal de Educação, a progressão vertical após o exercício de, no mínimo, dois anos na classe em que esteja classificado.
( ) Obtida a habilitação exigida, o orientador, o supervisor, o inspetor e o secretário escolar deverão requerer ao Órgão Municipal de Educação a progressão, após o exercício de, no mínimo, de três anos na classe em que esteja classificado.
A sequência está correta em
I. Mariana afirmou que os estabelecimentos municipais de ensino destinados à educação infantil terão suas turmas compostas por até vinte e cinco alunos.
II. Sandra asseverou que o Município aplicará, anualmente, nunca menos que trinta por cento da receita orçamentária corrente, exclusivamente na manutenção e extensão do ensino público municipal, na forma do Art. 202 e seus acessórios, da Constituição Federal.
III. Beatriz alegou que o currículo escolar do ensino fundamental, promovido pelas escolas públicas municipais, salvo as especificidades das escolas rurais e o espaço físico de cada unidade, obedecerá, dentre outras, diretrizes tais como o ensino obrigatório sobre a história e formação socioeconômica do Município, inclusas suas características locais e no contexto regional, estadual e federal.
IV. Joana reiterou que as escolas municipais deverão contar, entre outras, com instalações e equipamentos, com biblioteca, cantina, vestiário, quadra de esportes e espaço não cimentado para recreação.
Estão corretas as afirmações proferidas por:
Se uma dessas pessoas é selecionada aleatoriamente, qual a probabilidade de que ela seja do sexo feminino e possua uma idade menor ou igual a 10 anos?
A rua, a fila, o acaso
Eu ia dando a minha voltinha num silêncio interior de paz. Está difícil flanar nas ruas de hoje. Muito barulho, carros voando ou atravancando a calçada, anda sobrecarregado o ar que respiramos. Mas há sempre o que ver, se levamos olhos desprevenidos, de simpatia. Me lembrei do tempo em que o pai de família saía depois do jantar pra fazer o quilo. A expressão tem a ver com o mistério da nossa usina interior.
Com o perdão da palavra, tem a ver com as nossas tripas. Hoje é o cooper, que traz um afã de competição. Cronometrado e exibido, tira o fôlego e impede a conversinha mole. É mais uma fábrica de ansiedade nesta época que fabrica estresse. Pois eu ia andando pra clarear as ideias, ou pra pensar em nada. Nessa hora de entrega e de inocência é que acontece a iluminação. A luzinha do entendimento acende onde quer.
Sem nenhum objetivo, ia eu bem satisfeitinho na minha disponibilidade. Aberto a qualquer convite, podia comprar um bombom, ou uma flor. Ou uma dessas canetinhas que acertam comigo e, bem ordinária, me traz um estremecimento de colegial. A gente sabe que o endereço da felicidade é no passado e é mentira. Mas é bom que exista, a felicidade. Nem que seja um momentinho só. Tão rico que dá pra ir vivendo. E se renova com qualquer surpresa boba. Encontrar por exemplo na banca uma revista fútil e dar com a foto daquela moça bonita. Olhar seus olhos e entendê-los, olhos adentro.
A vida é um mundo de possibilidades. Atração e repulsa, afinidades. Convergência e divergência. Nessa altura, as minhas pernas tinham me levado pro mundo da lua. Quando dei comigo de volta, estava espiando uma fila que coleava pela calçada. Curioso: etimologicamente, aposentado é quem se recolhe aos aposentos. De repente, os aposentados saíram da toca e estão na rua, pacientes em fila ou irados aos magotes.
Mas aquela fila não podia ser de aposentados. Tinha uma moça de short e pernas fortes de atleta. E muitos jovens. E vários boys. Um pequeno interesse, receber um dinheirinho, ou uma pequena obrigação, pagar uma conta, juntou na fila aquele pessoal todo. Misterioso caminho, esse, que aproxima as pessoas por um instante e depois as separa. Há de ver que ali estavam lado a lado duas almas que se procuram e, distraídas, disso não se deram conta. O acaso, o destino, quanta coisa passa por uma cabeça vadia! Ou por um frívolo coração.
(Otto Lara Resende. Folha de São Paulo. Publicada no livro Bom dia para nascer, Companhia da Letras, 2011.)