Questões de Vestibular de História - História do Brasil
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A luta dos escravos pela liberdade na segunda metade do século XIX foi o primeiro capítulo da história do movimento operário no Brasil. Os escravos organizaram-se coletivamente para obter a liberdade, negociaram condições de trabalho, fizeram greves, recorreram à justiça para conseguir alforrias e para confrontar os senhores de diversas formas. Enfim, articularam uma cultura política complexa que ajudou a enterrar a sociedade senhorial-escravista.
CHALHOUB, S. O primeiro capítulo da história do movimento operário no Brasil. Livro de Resumos — XXI Simpósio Nacional de História. Niterói: UFF, 2001 (adaptado).
Na relação entre os movimentos abolicionista e operário, a atuação dos escravos, conforme descrita no texto, favoreceu a
Especialistas debatem influências do movimento estudantil atual. Para eles, o mais importante ato da sociedade brasileira contra a Ditadura Militar, que completou 50 anos, foi a chamada Passeata dos 100 mil, que ocorreu no Rio de Janeiro. Estudantes, políticos, intelectuais e trabalhadores enviaram sua mensagem ao governo militar. A manifestação foi pacífica, diferente de outras que aconteceram naquele ano de 1968. Para os professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, os frutos da Passeata reverberam até hoje entre os jovens.
Disponível em: www.jornaldausp.com.br.
Acesso em: 14 set. 2019 (adaptado).
Na atualidade, o movimento descrito no texto foi importante para a construção da ideia de
I. Os movimentos contra a carestia, as greves no ABC e a luta das mulheres pela anistia foram alguns dos episódios que mobilizaram a opinião pública em favor do fim do regime militar.
II. A Lei de Anistia (1979) promoveu uma anistia de forma ampla, geral e irrestrita, estabelecendo também a responsabilidade do Estado e o pagamento de indenizações às famílias de desaparecidos políticos.
III. A crise econômica da década de 1980 desencadeou um processo inflacionário, com a perda de poder aquisitivo dos trabalhadores e o endividamento do país junto ao Fundo Monetário Internacional.
IV. Em 1984, o movimento “Diretas Já” mobilizou políticos, estudantes, trabalhadores e a sociedade civil em grandes comícios em todo o país para exigir do Congresso Nacional a aprovação da “Dante de Oliveira”, que previa eleições diretas para Presidente da República em 1985.
Estão corretas apenas as afirmativas
( ) Os partidos políticos foram extintos, os governadores e os intendentes passaram a ser nomeados, as câmaras de vereadores e as assembleias legislativas foram dissolvidas e foram criados os conselhos de administração.
( ) O Estado estimulou a industrialização através da implantação de uma indústria siderúrgica de base.
( ) O governo implantou uma legislação trabalhista que reconheceu direitos (jornadas de oito horas, descanso remunerado, férias, aposentadoria etc.) tanto para trabalhadores urbanos quanto para trabalhadores rurais.
( ) O rádio foi um dos principais veículos de comunicação e legitimação do regime; através dele o Departamento de Imprensa e Propaganda elaborava e difundia a propaganda política na Hora do Brasil.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
I. A consolidação da República, dentre outros fatores, se deu a partir do Pacto Oligárquico e da política “café com leite”, alternância de Minas Gerais e São Paulo na presidência do país.
II. A economia se diversificou e a industrialização por substituição de importações passou a ser a principal fonte de obtenção de divisas no comércio externo.
III. Houve uma ampliação do direito de voto pela inclusão dos analfabetos e a criação de uma Justiça Eleitoral independente para evitar fraudes nas eleições provinciais.
IV. Embora a maioria da população continuasse a viver no campo, a urbanização e a industrialização das capitais permitiram a emergência de um novo ator social: a classe operária.
Estão corretas apenas as afirmativas
I. incentivar a produção cultural nacional através da criação de órgãos de fomento como a FUNARTE e a EMBRAFILME, mas também por censurar imprensa, músicas, filmes e livros. II. aprofundar e consolidar o desenvolvimento econômico com bases capitalistas em associação com o capital internacional. III. controlar e desarticular a participação popular através da extinção dos partidos políticos existentes, criando o bipartidarismo e suspendendo as eleições diretas para prefeito, governador e presidente. IV. promover políticas de habitação popular com a criação de grandes conjuntos habitacionais através do financiamento do Banco Nacional de Habitação.
Estão corretas as afirmativas
As medidas abaixo fazem parte das reformas políticas propostas pelo Governo Goulart em 1963, EXCETO:
Sobre esses temas, é correto o que se afirma em
Na década de 1920, a sociedade brasileira viveu um período de grande efervescência e profundas transformações. Mergulhado numa crise cujos sintomas se manifestaram nos mais variados planos, o país experimentou uma fase de transição cujas rupturas mais drásticas se concretizaram a partir do movimento de 1930.
FERREIRA, Marieta de Moraes e PINTO, Surama Conde Sá.
“A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930”.
In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília. O Brasil republicano.
Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Duas das transformações socioeconômicas que contribuíram para a ruptura mais drástica indicada foram:
Portugueses: Toda a força é insuficiente contra a vontade de um Povo, que não quer virar escravo: a História do Mundo confirma esta verdade, confirmam-na ainda os rápidos acontecimentos que tiveram lugar neste vasto Império embaído, a princípio, pelas lisonjeiras promessas do Congresso de Lisboa, convencido logo depois das falsidades delas, traído em seus direitos mais sagrados, em seus interesses mais claros não lhe apresentando o futuro outra perspectiva, senão a da recolonização e a do despotismo legal (…) o grande e generoso Povo Brasileiro (…) foi unanime em escolher-me para seu defensor Perpétuo, honroso encargo que com ufania aceitei e que saberei desempenhar à custa de todo meu sangue.
Proclamação do imperador D. Pedro I aos portugueses, 21/10/1822.
Disponível no Arquivo Nacional.
A partir do documento, o processo descrito na carta e uma de suas causas foram, respectivamente:
Atente para o trecho a seguir: “[...] o tráfico negreiro se tornou uma considerável fonte de renda para a Coroa, por meio de um amplo sistema de taxação. [...] por volta de 1630, um escravo africano entrava no Brasil com uma taxação equivalente a 20% do seu preço no porto de embarque. Na segunda metade do século XVII, as taxas de exportação de africanos subiram para 28%, tornando-os ‘a mercadoria’ mais tributada de todo o império lusitano”.
FARIA, R.M.; MIRANDA, M.L.; CAMPOS, H.G. Estudos de
História. 1.ed. São Paulo: FTD, 2010, p. 257.
Coleção estudos de história; v.1.
Baseado nas informações do excerto e no que se sabe sobre o tráfico negreiro, é correto afirmar que
A noção de ditadura variou ao longo da História e dependeu das características políticas de cada sociedade.
A esse respeito, assinale a alternativa correta:
Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu.
Caio Prado Jr. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011, p. 29.
Sobre o sentido da colonização do Brasil, é correto afirmar:
Antônio Vicente Mendes Maciel, Conselheiro de alcunha, (...) era cearense e nasceu (...) a 13 de março de 1830. (...) Aprendeu a ler, escrever e contar. (...) Andou estudando latim, enxertando frases da língua de Horácio nos seus longos "conselhos", geralmente baseados na Bíblia sagrada, que conhecia razoavelmente. (...) Era apenas um peregrino, acompanhado de numeroso séquito; pequenos agricultores, negros 13 de Maio, caboclos de aldeamentos, gente sem recursos, doentes. (...)
Em 1893 (...) Antônio Vicente se estabeleceu em Canudos (...). Rebatizou a localidade, dando-lhe o nome de Belo Monte. Criou um clima de tranquilidade local. Respeitavam-no. Seu monarquismo era utopia.
De vários pontos do sertão apareciam os conselheiristas (...). Caminhavam para lá movidos pela fé. Queriam morar ali, sem pensar em conquistar novas terras. Nem restaurar a monarquia. Cá de fora, não entenderam assim. Interesses políticos e patrimoniais deram novos rumos e destino sangrento ao sertão do Conselheiro. (...)
José Calazans. “O Bom Jesus do sertão”. Caderno Mais, Folha de S. Paulo. São Paulo, 21/09/1997.
O texto sugere que Antonio Conselheiro