Questões de Vestibular de História - História do Brasil
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Em plena Ditadura do Estado Novo, no dia 15 de setembro de 1941, os jangadeiros Manuel Olímpio Meira (Manuel Jacaré), Jerônimo André de Souza (Mestre Jerônimo), Raimundo Correia Lima (Tatá) e Manuel Pereira da Silva (Manuel Preto) empreenderam uma épica viagem de 61 dias, partindo da Praia de Iracema, em Fortaleza, até chegar na cidade do Rio de Janeiro, em uma jangada de seis paus cujo nome era São Pedro. O objetivo dos pescadores era serem recebidos pelo presidente Getúlio Vargas para apresentar-lhe algumas demandas. O fato foi veiculado pela mídia, a ponto de o renomado cineasta estadunidense Orson Welles ter realizado um filme não concluído sobre o evento em 1942. Suas filmagens foram descobertas em 1985 e montadas em um curta metragem intitulado Four men on a Raft (Quatro homens em uma jangada), de 1986, que compõe o documentário É tudo verdade – um filme inacabado de Orson Welles, de 1993.
A finalidade deste notável feito, que teve repercussão nacional e internacional, foi
Sobre o período da República brasileira, que se inicia em 1889 e segue até o presente, é correto afirmar que:
- Pedro entendia que a história oficial do Brasil deveria ser contada a partir do descobrimento do território do atual País, mas que os acontecimentos anteriores à chegada dos portugueses também deveriam ser levados em consideração, para entender como e por que tudo aquilo havia acontecido. - Luzia afirmava que a história do Brasil não deveria ser vista apenas a partir da chegada dos portugueses, pois a região onde hoje existe o Brasil já fora habitada, havia muitos séculos, por homens pré-históricos cujos fósseis foram encontrados e são vestígios da antiguidade dessa história. - João concordava parcialmente com as afirmações dos colegas, porém compreendia que a história oficial do Brasil deveria ser tratada a partir da chegada da família real e da separação da antiga colônia com Portugal, fato que foi decisivo para que o Brasil se tornasse o país que é atualmente. - Isabel acrescentou que concordava com parte das colocações dos colegas, porém lembrou que não poderia ser contada a história do Brasil sem lembrar que a conquista dessa região deuse com a exploração da mão de obra africana, escravizada e trazida para a então colônia portuguesa e que deixou um importante legado cultural para o Brasil. - Marçal foi o último dos jovens a se pronunciar e ratificou a fala de Isabel, acrescentando que os povos nativos, os índios, foram protagonistas dessa história, assim como os africanos, e que não há como falar de Brasil sem lembrar da herança indígena para a formação do País.
A partir da análise das intervenções dos estudantes, estão corretas:
1. Estado Novo; 2. Ditadura Militar.
( ) Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda — DIP — que implantou a censura à imprensa e à propaganda do regime. ( ) Instauração do Ato Institucional nº 5, que estabeleceu a censura prévia de música, cinema, teatro e televisão, e a proibição de reuniões não autorizadas pelas autoridades. ( ) Criação do DOI-CODI, com o objetivo de coordenar e integrar as ações dos órgãos de repressão a indivíduos ou organizações contrárias ao regime. ( ) Prisão e tortura de opositores do regime, como Pagu, Graciliano Ramos e Carlos Marighela pela polícia subordinada a Filinto Müller.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
“[...] O nascimento desse termo, aplicado às populações americanas, originou-se em um erro do navegador Cristóvão Colombo. [...] ao desembarcar na América, Colombo acreditou ter alcançado sua meta inicial e chegado à Ásia. Passou então a chamar todos os habitantes das ilhas caribenhas nas quais aportou de índios. Apesar desse equívoco ter sido logo percebido pelos europeus, o termo continuou a ser utilizado indiscriminadamente em referência a todos os povos americanos”.
SILVA, K. V.; SILVA, M.H. Dicionário de conceitos históricos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
A continuidade do uso do termo “índio” para designar a população que habitava o Brasil antes da chegada do europeu deve-se
(I) Comissão de Anistia, em 2001.
(A) Projeto desenvolvido por Dom Paulo Evaristo Arns, o Rabino Henry Sobel e o Pastor Presbiteriano Jaime Wright, antes mesmo do final da ditadura, que gerou farta e importante documentação sobre a história do Brasil.
(II) Comissão Nacional da Verdade, em maio de 2012.
(B) Criada no âmbito da Casa Civil da Presidência da República com a finalidade de esclarecer as graves violações de direitos humanos praticados entre 1946 e 1988, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional.
(III) Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos (CEMDP), em 1995.
(C) Criada no âmbito do Ministério da Justiça para reparar violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988. Analisa pedidos de indenização formulados por pessoas que foram impedidas de exercerem atividades econômicas por motivações exclusivamente políticas.
(IV) Brasil: Nunca Mais, entre 1979 e 1985.
(D) Criada para proceder ao reconhecimento de pessoas mortas e desaparecidas e à identificação e devolução de seus restos mortais aos familiares.
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
“O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma ideia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart. Foi um movimento contra, e não por alguma coisa. Era contra a subversão, contra a corrupção. Em primeiro lugar, nem a subversão nem a corrupção acabam. Você pode reprimi-las mas não as destruirá. Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução”, explicaria o general Ernesto Geisel em 1981.
(GASPARI, H. A Ditadura Envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.138.)
Com base na fala do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) e nos conhecimentos sobre o Golpe Militar de 1964, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Geisel achava o termo “revolução” inadequado, pois não definia de forma objetiva os desdobramentos do Golpe Militar de 1964. ( ) O Golpe Militar de 1964 tinha por objetivo derrubar o Presidente João Goulart com base no argumento de impedir a subversão e a corrupção. ( ) A corrupção e a subversão não puderam ser extintas devido ao caráter revolucionário do Golpe Militar de 1964. ( ) Para Geisel, a revolução deveria construir algo novo, o que não ocorreu no período de governo militar pós-1964, deficitário em obras e realizações. ( ) O objetivo do Golpe Militar de 1964 era restabelecer o regime democrático no Brasil por meio de eleições indiretas e não por meio de uma revolução.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
O movimento revolucionário de 1930 no Brasil insere-se em uma conjuntura de instabilidade, gerada pela crise mundial aberta em 1929, que caracterizou toda a América Latina. Ocorreram aí onze episódios revolucionários, predominantemente militares, entre 1930 e 1932. O Golpe Militar do general Uriburu na Argentina (setembro de 1930) teve um efeito de demonstração no Brasil, onde foi saudado, nos meios de oposição, como um exemplo a ser seguido.
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2001. p.181.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre os anos de 1930, assinale a alternativa correta.