Questões de Vestibular
Sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história
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O acordo estabelecido entre as duas nações ibéricas, por esse tratado
Leia o texto a seguir.
A primeira missa no Brasil é um momento emblemático do início da colonização portuguesa na América,
celebrada poucos dias após a chegada e desembarque dos portugueses na costa brasileira, imortalizada
pela narrativa na Carta de Pero Vaz de Caminha e no óleo sobre tela de Victor Meirelles. A ocupação de
fato demorou um pouco mais a acontecer, dentre as razões para seu início, temos
“Declaro que eu tenho algumas peças do gentio do Brasil as quais por lei de Sua Majestade são forras e livres e eu por tais as deixo e declaro, e lhes peço perdão de alguma força ou injustiça que lhes haja feito, e de lhes não ter pago seu serviço como era obrigado e lhes peço por amor de Deus e pelo que lhes tenho queiram todos juntos ficar e servir a minha mulher, a qual lhes pagará seu serviço na maneira que se costuma na terra nem poderá transferir bens nem vender pessoa alguma destas que digo, e peço às justiças de Sua Majestade que façam para descargo de minha consciência guardar esta última vontade e disposição.”
Sobre tal documento é INCORRETO afirmar que
A historiografia recente sobre a economia do Brasil colonial tem enfatizado uma dinâmica econômica mais diversificada, que pode ser exemplificada
O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, que porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré-estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores.
Disponível em: http://www.infoescola.com. Acesso em: 9 dez. 2013 (adaptado).
Os colonos que emigram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois, desde o começo, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito de ganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e também da ausência de direitos em que costumam viver esses colonos na província de São Paulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simples mercadorias ou como escravos.
(Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil (1850), 1941.)
O texto aponta problemas enfrentados por imigrantes europeus que vieram ao Brasil para
Leia o texto para responder à questão.
Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.
Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:
“E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.
(Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.
Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto e as afirmativas que seguem.
Depois de três séculos de exploração de uma das mais ricas áreas coloniais americanas, Portugal chega ao final do século XVIII como uma das metrópoles mais atrasadas da Europa. A propósito disso, o historiador Fernando Novais afirma: “o fato de a metrópole não se desenvolver paralelamente (à colônia) é que criou condições para os transladamentos dos tesouros. Em outras palavras: os estímulos da exploração colonial portuguesa iam sendo acumulados por outras potências”.
Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, Fernando Novaes. 1986, p. 236.
I. A incapacidade de Portugal de aproveitar as riquezas que retirava do Brasil para o seu próprio desenvolvimento deveu-se ao fato de a Coroa Lusitana nunca ter conseguido constituir um estado forte e centralizado na Metrópole.
II. Dentre os motivos que explicam essa situação, está a formação socioeconômica portuguesa, que privilegiava as atividades tradicionais voltadas ao cultivo da terra e à produção de vinho em detrimento do investimento em manufaturas.
III. Um dos fatores que contribuiu para que Portugal continuasse um país eminentemente agrícola, não desenvolvendo um setor de manufaturas, foi o Tratado de Methuen, assinado com a Inglaterra, em 1703.
IV. Dentre os problemas enfrentados pela Coroa Portuguesa estava a sua incapacidade de controlar tanto o contrabando de bens manufaturados para a sua colônia americana, quanto a fabricação desses bens no Brasil, cuja produção foi liberada pelo Marquês de Pombal quando Primeiro Ministro do rei D. José I.
Estão corretas apenas as afirmativas
“Entre todos os moradores e povoadores uns fazem engenhos de açúcar porque são poderosos para isso, outros canaviais, outros algodoais, outros mantimentos, que é a principal e mais necessária cousa para a terra, outros usam de pescar, que também é muito necessário para a terra, outros usam de navios que andam buscando mantimentos e tratando pela terra conforme ao regimento que tenho posto, outros são mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros oficiais que ando trabalhando e gastando o meu por adquirir para a terra, e os mando buscar em Portugal, na Galiza e nas Canárias às minhas custas, além de alguns que os que vêm fazer os engenhos trazem, e aqui moram e povoam, uns solteiros e outros casados, e outros que cada dia caso e trabalho por casar na terra.”
Gonsalves de Mello e Albuquerque. Cartas de Duarte Coelho a El Rei. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1997, p. 114.
Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
(NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Brasil em perspectiva. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1973, p. 47-63.)
Considerando as ideias expostas, é correto afirmar que a exploração açucareira, no nordeste do Brasil Colonial,
“A produção açucareira, limitada até o século XV, pôde deslanchar com a conquista do novo mundo.”
(CAMPOS, Flávio de & MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Editora Escala Educacional, 2005.p.206.)
A explicação para a afirmação acima está
I Os núcleos de povoamento, depois transformados em cidades, desde a expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, tornaram-se valiosos instrumentos do sistema administrativo brasileiro.
II Três características básicas se complementaram na exploração colonial do Brasil: economia voltada para o mercado externo, latifúndio e escravidão.
III A exploração econômica preferida pelos portugueses no Brasil foi a produção manufatureira, em função da abundância de matéria-prima.
Das proposições acima,
Era dentro dessa elite que se situava o pequeno grupo formado pelos negociantes de grande envergadura, cujas fortunas foram constituídas por meio do comércio transoceânico e no comércio colonial de longa distância. (...)
Uma vez acumuladas tais fortunas, verifica-se que parte desses homens de negócios (ou seus filhos) abandonava o comércio, convertendo-se em rentistas (pessoas que vivem de rendas, como, por exemplo, do aluguel de imóveis urbanos) ou em grandes senhores de terras e de escravos. Curiosamente, ao fazerem isso, estavam perdendo dinheiro, já que os ganhos do tráfico atlântico de escravos (19% por viagem) eram superiores aos lucros da plantation (de 5% a 10% ao ano).
O que havia por trás de um movimento de reconversão em si mesmo inusitado?"
(João Fragoso et al., A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). 1998) Esse “movimento de reconversão" pode ser explicado
TEXTO 5
NA VIRADA DO SÉCULO, o biólogo Roosmarc conheceu o ápice da fama ao descobrir um novo gênero de primata: o sagui-anão-de-coroa-preta. Foi considerado pela revista Time o grande herói do planeta. Entre os mais de 500 primatas no mundo, Roosmarc descobrira o Callibella humilis, o macaquinho mais saltitante e alegre, anãozinho, com aquela coroa preta. Enquanto outros primatólogos matavam os animais para descrevê-los, dissecando-os em laboratórios, longe da Amazônia, ele criava macacos em sua casa. Esperava que morressem de forma natural e, aí sim, dissecava-os.
O sagui-anão-de-coroa-preta foi a sensação mundial. Então, ele viveu o ápice da glória. As publicações científicas não se cansaram de elogiá-lo. Quase todos os dias, jornais e revistas estampavam: “Protetor dos animais”, “O bandeirantes da Amazônia”, “O último primatólogo”. De Manaus para o mundo. Os ribeirinhos o saudavam; os políticos o pajeavam; os estudantes de biologia o veneravam. Sim, Roosmarc era visto e considerado como herói do planeta.
Vida simples, com suas vestes quase sempre largas cobrindo o corpo magro e alto, enfiado semanas na floresta, nunca quisera dinheiro, jamais almejara fortuna. O verdadeiro cientista, dizia, quer, antes de tudo, reconhecimento. Não havia prêmio maior do que isso. Sequer gastava o que ganhava. Aprendera com os bichos que, na vida, não se precisa de muitas coisas...
Nascera no sul da Holanda e, aos 17 anos, mudou-se para Amsterdã. Queria estudar biologia. Nos fins do ano 60, a cidade fervilhava, era a capital da contestação. John Lennon e Yoko Ono haviam escolhido a cidade para protestar contra a Guerra do Vietnã. Os rebeldes desfilavam pelas ruas, enquanto John Lennon e Yoko Ono incitavam a quebra de valores deitados uma semana num hotel da cidade, consumindo droga e criando suas canções. O gosto pela contracultura crescia, agigantava-se. Rebelde, Roosmarc desfilava pelas ruas, gritando pela paz, também queimando maconha e outras ervas.
Mas foi, nesta época, que ele se interessou pelos primatas. Depois que terminou a universidade, fez amizade com uma estudante, que também saboreava a contracultura, o desprezo a normas e procedimentos, e com ela, vivendo um romance apaixonado, deu volta ao mundo, como se fosse o famigerado navegante português Vasco da Gama. Estudante de artes plásticas, Marie tinha sede por aventuras: o novo lhe apetecia; o velho não era mais do que um mundo cinzento. A Europa, com seus prédios cinzentos e frios, uma população resignada, não lhe apetecia. Queria quebrar barreiras, outras fronteiras. Não queria apodrecer naquelas cidadezinhas holandesas, onde as mulheres envelheciam rapidamente e só cuidavam de casa. Não queria se transformar num símbolo de cama, fogão e igreja. Menosprezava o título “rainha do lar”, que os pastores tanto veneravam entre a população fiel. Tinha horror ao ver sua mãe de lenço na cabeça e avental cobrindo a gordura da barriga. Se ficasse numa daquelas cidadezinhas, em poucos anos estaria como a mãe – brigava constantemente com o seu pai, saía de casa aos domingos para assistir a mesmice do partor Simeão, e que, rapidamente, voltava para casa para preparar o almoço para os filhos. Que destino! A liberdade a chamava. Não era o que dizia a canção de John Lennon? Ao conhecer Roosmarc, o desejo por aventuras avivou como brasa viva. Quando convidada para segui-lo, e ela queria produzir desenhos e aquarelas jamais vistas no mundo, não titubeou, como se a oportunidade fosse um cavalo encilhado. E cavalo encilhado passa por nós somente uma vez ...
(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 200-201.Adaptado.)
I-As Bandeiras eram missões financiadas pelo governo, inicialmente, para mapeamento do interior do País e prospecção de minérios, com o intuito de justificar a posse da Colônia e ampliar o lucro da Coroa.
II-As Entradas eram explorações particulares realizadas para a busca por metais e pedras preciosas e aprisionamento e venda de índios como escravos.
III-As Descidas eram expedições jesuítas que buscavam converter os índios ao catolicismo, exercendo importante papel na exploração e ocupação do interior do País.
IV-Algumas Bandeiras foram realizadas com o intuito de combater as populações indígenas mais violentas ou realizar a recaptura de escravos africanos fugitivos.
Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:
Examine o gráfico.
https://www .google.com.br/search?q=escambo+indios+e+portugueses&esp. Acesso em: 05 out.2014.
Prática recorrente nos primeiros séculos da
colonização do Brasil, o escambo consistia na troca ou
permuta de mercadorias, ou mesmo na troca de
mercadorias por trabalho. Assinale a alternativa que
melhor caracteriza essa relação no contexto colonial.