Questões de Vestibular de Português
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A conjunção “ou”, em “Ser ou não ser, eis a questão! (quadro 1) e em “Ter ou não ter, eis a inflação! (quadro 2), implica que o ser humano precisa fazer uma opção para resolver os seus dilemas.
O título do texto, “Grandes dilemas da humanidade”, remete-nos a dois dilemas do homem: o existencial e o econômico.
A relação estabelecida entre as falas contidas nos quadros 1 e 2 permite-nos reconhecer a figura de linguagem eufemismo, na fala do quadro 2.
Ao dizer que a inflação invadiu a dramaturgia, o autor refere-se ao fato de a mulher fazer de um problema de ordem econômica um tema de reflexão existencial, uma vez que comprar ou não tomate, devido ao seu alto preço, quando foi produzido o texto, tornou-se um dilema na vida das pessoas, em especial das donas de casa.
A referência ao “tomate”, em “Ou seria o tomate?” (linha abaixo da charge), permite-nos inferir a relação do seu preço com a inflação a que se refere a mulher no quadro 2.
Em “a questão” (quadro 1) e em “a inflação” (quadro 2), as palavras grifadas são substantivos femininos, que se encontram no singular, com os quais o artigo definido a, que os precede, deve concordar em gênero e em número.
Os verbos “ser” e “ter”, em “Ser ou não ser” (quadro 1) e em “Ter ou não ter” (quadro 2), são verbos regulares que se encontram no gerúndio.
“Ser ou não ser, eis a questão” implica uma alternativa que traz à discussão questionamentos existenciais do ser humano, enquanto “Ter ou não ter, eis a inflação” implica reflexões sobre questões econômicas.
Nos dois quadros, as frases apresentam o ponto de exclamação, para exprimir, nos respectivos contextos, dúvida quanto ao papel dos artistas no desenvolvimento humano.
A frase “A inflação invadiu a dramaturgia” remete aos dois quadros da charge, pois aproxima, quanto aos sentidos produzidos, a célebre frase do dramaturgo inglês Shakespeare “Ser ou não ser, eis a questão” da frase “Ter ou não ter, eis a inflação”, pela presença da preposição “ou”.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
A palavra grifada, em “O emprego, o pagamento dos aposentados, a renovação dos gastos públicos supõem o aumento constante do produto interno bruto (PIB)” (linhas 21-24), é uma forma verbal flexionada na terceira pessoa do plural porque concorda com a palavra “gastos”.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “No fim, o círculo virtuoso se transforma num círculo infernal” (linhas 24-25), há um pleonasmo.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “Reencontramos o ‘Acumulem! acumulem!’ ” (linhas 32-33), a forma verbal repetida assume a função de substantivo, porque é determinada pelo artigo definido “o”.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
A palavra “cujo”, em “propõe o abandono (...) da economia cujo motor é a busca do lucro por parte dos detentores do capital” (linhas 11-14), é, ao mesmo tempo, pronome relativo e possessivo, que, por se tratar de um pronome adjetivo, concorda com “motor” em gênero e em número.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
O pronome “se”, em “ao contrário, se glorifica em deixar de lado qualquer restrição” (linhas 19-20), poderia também ser colocado após o verbo – glorifica-se –, pois se insere em uma oração que vem após o emprego da vírgula. Entretanto, em “em que se viverá melhor trabalhando” (linhas 41-42), isso não seria possível, porque o “se” está antecedido do pronome relativo “que”, cuja presença exige a obediência à regra de colocar-se o pronome oblíquo antes do verbo.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “sair do círculo infernal da criação ilimitada de necessidade e de produtos e da frustração crescente que esta acarreta” (linhas 57-60), a palavra grifada é um pronome demonstrativo que se apresenta no feminino e no singular, porque retoma “criação ilimitada”, com que deve concordar em gênero e em número.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “O emprego, o pagamento dos aposentados, a renovação dos gastos públicos supõem o aumento constante do produto interno bruto (PIB)” (linhas 21-24), o vocábulo “o”, que aparece antepondo-se a “emprego”, “pagamento” e “aumento”, tem a função textual de artigo definido. Da mesma forma, é artigo definido quando aparece contraído com a preposição “de”, no plural, antes de “aposentados” e de “gastos” e, no singular, antes de “produto interno bruto (PIB)”, porque em todos os registros destacados antecede e define os substantivos a que se junta.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
O sinal grave indicativo de crase, em “A vida das pessoas geralmente se reduz à de um biodigestor” (linhas 25-27), justifica-se porque, em “à”, encontram-se contraídos o artigo “a”, que antecede a palavra vida, implícita, que é feminina, e a preposição “a”, exigida pela regência verbal de “reduz”.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “Acumulem! acumulem!” (linhas 32-33), temos uma expressão que sugere, impõe ou ordena às pessoas pouparem suas economias, indicada pela forma verbal no imperativo e pelo ponto de exclamação, contrapondo-se ao estímulo à aceleração da economia.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
As sociedades ocidentais modernas tratam o crescimento econômico como sua religião, uma vez que esse crescimento sempre rompe com o desvario da ganância.