Questões de Vestibular de Português

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Ano: 2022 Banca: UEMA Órgão: UEMA Prova: UEMA - 2022 - UEMA - Vestibular |
Q2076433 Português

O (não) lugar do “pardo”

     Lá no fim do século XIX e no começo do XX, o Brasil passava pelo dilema que todas as nações modernas enfrentaram (e, de certa maneira, ainda enfrentam): como criar uma identidade nacional que justifique e mantenha o Estado?

     Notem que eu ouso criar, porque é bem isso mesmo, inventar uma história que servisse aos interesses da elite dominante e homogeneizasse a população brasileira. Ora, essa população era formada, principalmente, por pretos escravos ou ex-escravos, indígenas perseguidos e uma parcela de gente branca. No centro da discussão estava: quem seria o cidadão brasileiro.

     Houve quem defendesse a educação para o trabalho: ensinar os pretos amolecidos e degenerados pela escravidão (faz me rir) a trabalhar resignado. Teve aqueles que achavam que a inferioridade dos pretos era tão grande que não adiantava educar nem nada, era melhor expulsar ou deixar morrer. O Brasil, em seus debates sobre a nação e seus cidadãos, bebeu muito das teorias racialistas que estavam em voga na Europa e sendo amplamente utilizadas para justificar a colonização na África depois de séculos e séculos de saque humano. [...]

    Daí surge o pardo como a gente conhece hoje. O pardo não é raça, não é povo, não é cidadão brasileiro. Ele é o estágio transitório entre a base da pirâmide (os negros) e o topo (os brancos). Não é branco, ainda não chegou no estágio sublime de branquitude que garante o direito à vida, oportunidades e cidadania, mas é prova viva da boa vontade e do esforço de se embranquecer tão valorizado por uma elite branca que, desde sempre, morre de medo dos pretos fazerem daqui o Haiti.

     Como fala Foucault, o poder, no estado moderno, não é negativo, ele é normatizador. Ou seja, estabelece normas de conduta, estéticas, discursivas, e beneficia aqueles que fazem o jogo. No caso do Brasil, o jogo da branquitude. Quanto mais branco você tentar ser, seja usando intervenções estéticas ou compartilhando o discurso político e social, mais “tolerável” você vai ser. Nisso, nós que somos claros, temos uma vantagem: o branqueamento estético é mais alcançável para nós. Mas nada disso garante que você vai passar de boa em uma sociedade racialmente hierarquizada, o embranquecimento é, sobretudo, uma mutilação. E pra quem ainda tem dúvidas, mutilação é sempre ruim ok? Não tem gradação de violência e mutilação. [...]


https://medium.com/@isabelapsena/o-n%C3%A3o-lugar-do-pardo 

A fluidez do texto é perceptível e garante ao leitor interesse por sua leitura pelo fato de serem inseridas expressões coloquiais, descontraídas, gerando atração muito mais pelo conteúdo do que pela forma.


Essa assertiva é comprovada no seguinte exemplo: 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: UEMA Órgão: UEMA Prova: UEMA - 2022 - UEMA - Vestibular |
Q2076432 Português

O (não) lugar do “pardo”

     Lá no fim do século XIX e no começo do XX, o Brasil passava pelo dilema que todas as nações modernas enfrentaram (e, de certa maneira, ainda enfrentam): como criar uma identidade nacional que justifique e mantenha o Estado?

     Notem que eu ouso criar, porque é bem isso mesmo, inventar uma história que servisse aos interesses da elite dominante e homogeneizasse a população brasileira. Ora, essa população era formada, principalmente, por pretos escravos ou ex-escravos, indígenas perseguidos e uma parcela de gente branca. No centro da discussão estava: quem seria o cidadão brasileiro.

     Houve quem defendesse a educação para o trabalho: ensinar os pretos amolecidos e degenerados pela escravidão (faz me rir) a trabalhar resignado. Teve aqueles que achavam que a inferioridade dos pretos era tão grande que não adiantava educar nem nada, era melhor expulsar ou deixar morrer. O Brasil, em seus debates sobre a nação e seus cidadãos, bebeu muito das teorias racialistas que estavam em voga na Europa e sendo amplamente utilizadas para justificar a colonização na África depois de séculos e séculos de saque humano. [...]

    Daí surge o pardo como a gente conhece hoje. O pardo não é raça, não é povo, não é cidadão brasileiro. Ele é o estágio transitório entre a base da pirâmide (os negros) e o topo (os brancos). Não é branco, ainda não chegou no estágio sublime de branquitude que garante o direito à vida, oportunidades e cidadania, mas é prova viva da boa vontade e do esforço de se embranquecer tão valorizado por uma elite branca que, desde sempre, morre de medo dos pretos fazerem daqui o Haiti.

     Como fala Foucault, o poder, no estado moderno, não é negativo, ele é normatizador. Ou seja, estabelece normas de conduta, estéticas, discursivas, e beneficia aqueles que fazem o jogo. No caso do Brasil, o jogo da branquitude. Quanto mais branco você tentar ser, seja usando intervenções estéticas ou compartilhando o discurso político e social, mais “tolerável” você vai ser. Nisso, nós que somos claros, temos uma vantagem: o branqueamento estético é mais alcançável para nós. Mas nada disso garante que você vai passar de boa em uma sociedade racialmente hierarquizada, o embranquecimento é, sobretudo, uma mutilação. E pra quem ainda tem dúvidas, mutilação é sempre ruim ok? Não tem gradação de violência e mutilação. [...]


https://medium.com/@isabelapsena/o-n%C3%A3o-lugar-do-pardo 

Dos fragmentos a seguir, a palavra sublinhada cuja relação morfossintática difere das demais é 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UEMA Órgão: UEMA Prova: UEMA - 2022 - UEMA - Vestibular |
Q2076431 Português

O (não) lugar do “pardo”

     Lá no fim do século XIX e no começo do XX, o Brasil passava pelo dilema que todas as nações modernas enfrentaram (e, de certa maneira, ainda enfrentam): como criar uma identidade nacional que justifique e mantenha o Estado?

     Notem que eu ouso criar, porque é bem isso mesmo, inventar uma história que servisse aos interesses da elite dominante e homogeneizasse a população brasileira. Ora, essa população era formada, principalmente, por pretos escravos ou ex-escravos, indígenas perseguidos e uma parcela de gente branca. No centro da discussão estava: quem seria o cidadão brasileiro.

     Houve quem defendesse a educação para o trabalho: ensinar os pretos amolecidos e degenerados pela escravidão (faz me rir) a trabalhar resignado. Teve aqueles que achavam que a inferioridade dos pretos era tão grande que não adiantava educar nem nada, era melhor expulsar ou deixar morrer. O Brasil, em seus debates sobre a nação e seus cidadãos, bebeu muito das teorias racialistas que estavam em voga na Europa e sendo amplamente utilizadas para justificar a colonização na África depois de séculos e séculos de saque humano. [...]

    Daí surge o pardo como a gente conhece hoje. O pardo não é raça, não é povo, não é cidadão brasileiro. Ele é o estágio transitório entre a base da pirâmide (os negros) e o topo (os brancos). Não é branco, ainda não chegou no estágio sublime de branquitude que garante o direito à vida, oportunidades e cidadania, mas é prova viva da boa vontade e do esforço de se embranquecer tão valorizado por uma elite branca que, desde sempre, morre de medo dos pretos fazerem daqui o Haiti.

     Como fala Foucault, o poder, no estado moderno, não é negativo, ele é normatizador. Ou seja, estabelece normas de conduta, estéticas, discursivas, e beneficia aqueles que fazem o jogo. No caso do Brasil, o jogo da branquitude. Quanto mais branco você tentar ser, seja usando intervenções estéticas ou compartilhando o discurso político e social, mais “tolerável” você vai ser. Nisso, nós que somos claros, temos uma vantagem: o branqueamento estético é mais alcançável para nós. Mas nada disso garante que você vai passar de boa em uma sociedade racialmente hierarquizada, o embranquecimento é, sobretudo, uma mutilação. E pra quem ainda tem dúvidas, mutilação é sempre ruim ok? Não tem gradação de violência e mutilação. [...]


https://medium.com/@isabelapsena/o-n%C3%A3o-lugar-do-pardo 

Considerando o contexto de circulação de um artigo de opinião e o propósito discursivo do produtor do texto acima, os recursos argumentativos utilizados têm a função de 
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Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073471 Português

TEXTO I 


texto_13 .png (369×365) 


TEXTO II

Você já imaginou uma Bancada do Cocar? Como seria o Brasil depois dela?
Desde o século XVI, os povos indígenas vêm sendo aldeados pela política. Acreditamos que a política com mais representatividade e diversidade indígena é fundamental para criarmos uma sociedade mais coletiva, confiante, justa e resiliente às mudanças climáticas. Vamos aldear a política!

Aldear a política significa eleger representantes dos povos indígenas em todos os estados, em defesa da forma de viver e da natureza em que habitamos. 


(Adaptado de Mídia Guarani Mbya. Disponível em https://www.facebook.com/ midiaguaranimbya/photos/pcb.550687360075915/550687173409267/. Acesso em 12/08/2022.)

Compare as afirmações a seguir: 
“Desde o século XVI, os povos indígenas vêm sendo aldeados pela política.
“Aldear a política significa eleger representantes dos povos indígenas.” 
A proposta de formar uma Bancada do Cocar e aldear a política, na segunda afirmação, está marcada pela
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073470 Português

TEXTO I 


texto_13 .png (369×365) 


TEXTO II

Você já imaginou uma Bancada do Cocar? Como seria o Brasil depois dela?
Desde o século XVI, os povos indígenas vêm sendo aldeados pela política. Acreditamos que a política com mais representatividade e diversidade indígena é fundamental para criarmos uma sociedade mais coletiva, confiante, justa e resiliente às mudanças climáticas. Vamos aldear a política!

Aldear a política significa eleger representantes dos povos indígenas em todos os estados, em defesa da forma de viver e da natureza em que habitamos. 


(Adaptado de Mídia Guarani Mbya. Disponível em https://www.facebook.com/ midiaguaranimbya/photos/pcb.550687360075915/550687173409267/. Acesso em 12/08/2022.)

No texto I, a expressão “aldear a política” é referida por meio de uma
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Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073469 Português
O post a seguir, publicado em rede social, faz referência ao texto jornalístico “Alter à venda”, publicado no site Amazônia Real.
Grande parte do que foi queimado no incêndio criminoso em Alter do Chão, que tomou proporções internacionais em 2019, está sendo loteada desde então. Os jornalistas visitaram vários lotes à venda, consultaram corretores ao longo de novembro de 2021 e constataram que tudo ocorre de forma escancarada em redes sociais. Além disso, há cartazes espalhados pela PA-457, estrada que liga Santarém à turística vila conhecida como o “Caribe Amazônico”. 
Essa história revela a existência de uma rede de grilagem de terras públicas que avança em ritmo acelerado sobre a mesma área incendiada que foi palco da criminalização de brigadistas que lutavam para preservar Alter do Chão.
(Adaptado de https://www.facebook.com/amazoniareal. Publicada em 15/08/2022. Acesso em 16/08/2022.)
Alguns elementos do post indicam que o texto jornalístico referido é
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073468 Português
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram assassinados numa emboscada na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Estado do Amazonas, em 5 de junho de 2022. Ambos investigavam atividades ilegais e predatórias na região e empenharam suas vidas na defesa dos povos indígenas.
A crônica de Bessa Freire (texto I) e a tira de Laerte (texto II) fazem uma homenagem a Bruno Pereira e Dom Phillips.
TEXTO I
Cercado por árvores no meio da floresta, Bruno Pereira entoa um canto em katukina, língua dos Kanamari: – Wahanararai wahanararai, marinawah kinadik marinawah kinadik; tabarinih hidya hidyanih, hidja hidjanih. As palavras falam literalmente sobre o modo como a arara alimenta seus filhotes e é um hino em defesa da floresta e dos povos originários. A risada gostosa de Bruno exibe seu jeito de mostrar que a vida pode ser maravilhosa, mas foi interrompida tão cedo, provocando o sentimento ambíguo de desespero e esperança. 
(Adaptado de BESSA FREIRE, J. R. Dom e Bruno: Amazônia, sua linda! Disponível em https://www.taquiprati.com.br/cronica/1645-dom-e-bruno-amazonia-sua-linda. Acesso em 20/06/2022.)
TEXTO II 
11_2 .png (404×296) 
(Tweet de @LaerteCoutinho1. Disponível em https://mobile.twitter.com/Laerte Coutinho1/status/1538487867600687105. Acesso em 24/06/2022.)
Considerando a cena relatada nos textos I e II e os diferentes gêneros de texto, é correto afirmar que
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073467 Português
A professora Débora Diniz e o artista plástico Ramon Navarro criaram um álbum de memórias para homenagear mulheres mortas pela pandemia de Covid-19. Nesse álbum, é apresentada uma imagem de cada mulher homenageada seguida de um texto a seu respeito, como o exemplo a seguir.

texto_9 - 10 .png (373×373) 

Ela se foi no dia seguinte a ele. Sobre ele, a notícia disse ser uma “liderança indígena”. Sobre ela, nem mesmo o nome do povo. Morreu aos 86 anos, em Dourados, Mato Grosso do Sul.

Arte não se explica. Na ousadia de palavrear o que se vê, uma tentativa de oferecer mais palavras ao luto: “Há orgulho na pose, no apertar de olhos de quem quer olhar longe. Os raios saem dela, o sol lhe presta homenagem. Uma combinação de terra e tempos se encontra nos pássaros e no mar. Parece o tempo do início, mas o manto cobre a nudez de quem encontrou a regra do conquistador. A folhagem nasce da mão, não é enfeite. É raiz.” 

(Debora Diniz e Ramon Navarro, no perfil @reliquia.rum.)
No trecho “o sol lhe presta uma homenagem” (linha 8), a autora faz uso da figura de linguagem
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073466 Português
A professora Débora Diniz e o artista plástico Ramon Navarro criaram um álbum de memórias para homenagear mulheres mortas pela pandemia de Covid-19. Nesse álbum, é apresentada uma imagem de cada mulher homenageada seguida de um texto a seu respeito, como o exemplo a seguir.

texto_9 - 10 .png (373×373) 

Ela se foi no dia seguinte a ele. Sobre ele, a notícia disse ser uma “liderança indígena”. Sobre ela, nem mesmo o nome do povo. Morreu aos 86 anos, em Dourados, Mato Grosso do Sul.

Arte não se explica. Na ousadia de palavrear o que se vê, uma tentativa de oferecer mais palavras ao luto: “Há orgulho na pose, no apertar de olhos de quem quer olhar longe. Os raios saem dela, o sol lhe presta homenagem. Uma combinação de terra e tempos se encontra nos pássaros e no mar. Parece o tempo do início, mas o manto cobre a nudez de quem encontrou a regra do conquistador. A folhagem nasce da mão, não é enfeite. É raiz.” 

(Debora Diniz e Ramon Navarro, no perfil @reliquia.rum.)
O trecho em discurso direto é
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073465 Português
Pranto Geral dos Indígenas do Javari Wilmar D’Angelis
Ouço o lamento marubo das mortes anunciadas.
(...)
Não faz tempo, parecia serem fatos isolados; no dizer de autoridades: “infeliz fatalidade”. Mas já não existem meios de esconder a realidade, ou negar os interesses por trás dessas crueldades.
(...)
Ouço vozes embargadas pelo choro dos matsés; os prantos intermináveis dos korubus consternados, e o mais profundo lamento nas línguas desconhecidas de povos abandonados.
Nos unimos aos seus prantos que nos vêm do Javari. Também a floresta chora seus filhos mortos ali. Ela já os adotara e chora ao vê-los partir.
(Adaptado de: https://kamuri.org.br/kamuri/pranto-geral-dos-indigenas-do-javari/. Acesso em 22/07/2022.)
As palavras que resumem os principais temas do poema são
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073464 Português
“A mãe do Brasil é indígena, ainda que o país tenha mais orgulho de seu pai europeu que o trata como um filho bastardo. Sua raiz vem daqui, do povo ancestral que veste uma história, que escreve na pele sua cultura, suas preces e suas lutas. Nunca vou entender o nacionalismo estrangeiro que muitas pessoas têm. Nós somos um país rico, diverso e guerreiro, mas um país que mata o seu povo originário e aqueles que construíram uma nação, que ainda marginaliza povos que já foram escravizados e seguem tentando se recuperar dos danos.”

(Myrian Krexu @myrianveloso, médica Guarani Mbyá (17/05/2020). Disponível em https://www.instagram.com/p/CdTRkvYuOXM/. Acesso em 03/05/2022.)
Em “Nunca vou entender o nacionalismo estrangeiro que muitas pessoas têm”, a autora recorre à figura de linguagem
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073463 Português
“A mãe do Brasil é indígena, ainda que o país tenha mais orgulho de seu pai europeu que o trata como um filho bastardo. Sua raiz vem daqui, do povo ancestral que veste uma história, que escreve na pele sua cultura, suas preces e suas lutas. Nunca vou entender o nacionalismo estrangeiro que muitas pessoas têm. Nós somos um país rico, diverso e guerreiro, mas um país que mata o seu povo originário e aqueles que construíram uma nação, que ainda marginaliza povos que já foram escravizados e seguem tentando se recuperar dos danos.”

(Myrian Krexu @myrianveloso, médica Guarani Mbyá (17/05/2020). Disponível em https://www.instagram.com/p/CdTRkvYuOXM/. Acesso em 03/05/2022.)
Assinale a alternativa que mantém o mesmo sentido do primeiro enunciado do texto, reproduzido a seguir.
“A mãe do Brasil é indígena, ainda que o país tenha mais orgulho de seu pai europeu que o trata como um filho bastardo."
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073462 Português
5.png (184×254) 
Reshpī é o adorno usado no nariz, feito de aruá e com linha de tucum, e que atravessa o septo. Na cultura Marubo, ela é usada por homens, mulheres e crianças e tem um significado espiritual, pois é por meio dela que após a nossa morte seremos guiados para o encontro com nossos ancestrais que estão à nossa espera. 
Reshpī é um adereço milenar e tradicional, simboliza nossa essência e é parte do nosso ser enquanto povo marubo, ____________ não é produzido para venda nem pode ser usado como apropriação cultural. 
(Adaptado do story Reshpī de Kena Marubo. Disponível em https://www.instagram.com/kena_marubo/. Acessado em 02/08/2022.)
Tendo em vista as informações sobre o Reshpī, a lacuna no segundo parágrafo deve ser preenchida com 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073461 Português
Árvore ameaçada de extinção é sagrada para o povo xokleng; iniciativa calcula já ter produzido 50 mil mudas.
Reflorestar a Terra Indígena Laklãnõ Xokleng com sua árvore sagrada, a araucária, é o objetivo de um projeto criado no oeste de Santa Catarina. O trabalho, segundo os indígenas que participam da iniciativa, já resultou em 50 mil mudas.
A população de xoklengs em Santa Catarina está estimada em 2.200 pessoas. A área, reivindicada para demarcação, é a base para o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tese do marco temporal – critério segundo o qual indígenas só poderiam requerer terras já ocupadas por eles antes da promulgação da Constituição de 1988.
“A araucária representa nossa vida, o ar que a gente respira, a árvore sagrada que nossos ancestrais deixaram para nós há mais de 2.000 anos”, diz Isabel Gakran, que ocupa o cargo de kujá, uma jovem xamã. Ela e o marido, Carl Gakran, são os idealizadores do Instituto Zág (araucária, na língua xokleng). 
(Adaptado de LUC, M. Projeto de indígenas planta araucárias em Santa Catarina. Folha de São Paulo, 16/07/2022.)
No gênero notícia, predomina a função referencial da linguagem. No texto, o que evidencia essa predominância é a
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073460 Português
Leia o depoimento da professora e ativista indígena Célia Xakriabá.
“E o mundo, por exemplo, olha para a Amazônia por satélite. O mundo olha pra essa Amazônia com um olhar de satélite, por cima, e só consegue enxergar o verde e a beleza dos rios. Mas a vida dessas pessoas aqui embaixo, que não consegue ser olhada, tem sido impactada, e ninguém cuida das pessoas. As pessoas querem proteger as árvores, o rio, mas não cuidam das pessoas que protegem as árvores e os rios. A gente precisa inverter os olhares, porque a vida dessas pessoas é mais importante, porque são elas que mantêm a floresta em pé. São elas que conseguem proteger o rio a partir desse modo de vida, de respeito com a natureza, o meio ambiente, a fauna, a flora, tudo que nos cerca. Porque a gente compreende, também, que somos parte, que nós somos ela, que a gente está conectado em todos os sentidos.” 
(Disponível em https://www.instagram.com/reel/Ce3ZthyFw1a/. Acesso em 20/07/2022.)
Em seu depoimento, a indígena destaca a existência de uma relação de
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073459 Português
2.png (154×220) 
Os escritores indígenas Yaguarê Yamã, Elias Yaguakãg, Eliomar Leite, Uziel Guaynê, Moises Costa e Timoteo Hakii publicaram, com apoio da Lei Aldir Blanc, pela editora Filos (SP), o livro Marãduwa Tupanawara – Contos Sagrados, em português brasileiro e em nheengatu, língua geral indígena amazônica. Para Yaguarê Yamã, “[o] livro veio para salvar a alma amazonense, que é indígena”.
(Adaptado de NOGUEIRA, W. Escritores indígenas lançam livro de contos de origem e assombração. Disponível em https://www.amazonamazonia. com.br/2022/05/28/. Acesso em 30/06/2022.)
Assinale a alternativa que transpõe corretamente a fala de Yaguarê Yamã para o discurso indireto.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular Indígena |
Q2073458 Português
A imagem a seguir foi publicada no Instagram da professora de português, Laura Boesing.
1.png (363×429) 
(Disponível em https://www.instagram.com/p/CdzDGaFLBFh/. Acesso em 20/07/2022.)
Qual a função dos elementos não-verbais na imagem?
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070879 Português
Texto 2

Da solidão 

texto_8 - 12 1.png (352×353) 
texto_8 - 12 2 .png (348×790)  

MEIRELES, Cecília. Da solidão. In: MEIRELES, Cecília. Janela Mágica. São
Paulo: Global, 2016, pp. 71-74. 
No texto 2, o eu lírico, apresenta o estado de solidão como
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070878 Português
Texto 2

Da solidão 

texto_8 - 12 1.png (352×353) 
texto_8 - 12 2 .png (348×790)  

MEIRELES, Cecília. Da solidão. In: MEIRELES, Cecília. Janela Mágica. São
Paulo: Global, 2016, pp. 71-74. 
A expressão destacada no trecho “Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões.” (linhas 28-31) pode ser substituída sem mudança de sentido por
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070877 Português
Texto 2

Da solidão 

texto_8 - 12 1.png (352×353) 
texto_8 - 12 2 .png (348×790)  

MEIRELES, Cecília. Da solidão. In: MEIRELES, Cecília. Janela Mágica. São
Paulo: Global, 2016, pp. 71-74. 
O recurso que classifica o texto 2 como uma crônica é a
Alternativas
Respostas
101: C
102: A
103: D
104: B
105: C
106: B
107: B
108: B
109: B
110: A
111: B
112: B
113: C
114: A
115: A
116: A
117: D
118: C
119: D
120: A