Questões Militares
Sobre pediatria e neonatologia em medicina
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Considere que um lactente com 6 meses de idade apresenta febre, dificuldade para respirar, não consegue mamar no peito e sua freqüência respiratória é de 70 incursões respiratórias por minuto. Nessa situação, segundo as normas de atenção integrada às doenças prevalentes na infância, essa criança está acometida de pneumonia grave ou doença muito grave, devendo receber tratamento com antibiótico e ser encaminhada urgentemente para um hospital.
Considere a seguinte situação hipotética. Um escolar de 5 anos de idade, durante uma brincadeira, chocou-se com outra criança pela região frontal, sem a perda dos sentidos. O exame local mostrou uma tumoração local dolorosa e a criança depois de meia hora passou a apresentar vômitos repetidos e cefaléia. A mãe procurou a emergência do hospital preocupada com a ocorrência de traumatismo intracraniano. O exame clínico não mostrava sinais focais e o exame neurológico era normal.
Considere uma criança pré-escolar, do sexo feminino, que teve um primeiro diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU) confirmado segundo os padrões técnicos de coleta e cultivo e recebeu o tratamento apropriado. Nessa situação, deve-se acompanhar a criança com controles de cultura de urina durante pelo menos 12 meses e somente realizar exames de imagem caso aconteça um segundo episódio confirmado de ITU.
Considere a seguinte situação hipotética.
O pediatra deve ser um médico especializado no atendimento geral à criança. Sua formação deve abranger conhecimento sobre os mais diversos espectros da saúde, das doenças mais prevalentes e daquelas situações que, embora não tão freqüentes, já começam a assumir um certo destaque — por conta da melhoria da qualidade de vida das famílias e da redução das doenças mais prevalentes (doenças infecto-contagiosas imunopreveníveis, diarréia, pneumonia e desnutrição) — tais como as doenças crônico-degenerativas (endocrinopatias, reumatopatias, cardiopatias, gastroenteropatias, entre outras subespecialidades). Por isso, o pediatra deve estar preparado a dar o atendimento primário e, eventualmente, encaminhar para o subespecialista pediátrico. Nesse contexto, julgue os próximos itens.
Considere a seguinte situação hipotética. Um recém-nascido do sexo masculino apresenta cianose intensa na primeira hora de vida acompanhada de dificuldade respiratória progressiva. Ao exame físico, observa-se segunda bulha em foco pulmonar hiperfonética, sem a presença de sopros. Uma radiografia do tórax mostra área pulmonar normal e área cardíaca ovóide com pedículo estreito. Gasometria arterial mostra hipoxemia importante e acidose metabólica. Nessa situação, o diagnóstico mais provável é de hipoplasia do coração esquerdo.
Considere a seguinte situação hipotética. Os pais de uma criança de 10 meses de idade questionam o pediatra acerca da maneira mais segura de transportá-lo durante seu deslocamento em automóvel. Nessa situação, o pediatra deve recomendar o uso de um assento de segurança, avaliado pelo Instituto de Peso e Medidas, preso ao cinto de segurança, semi-reclinado e voltado para a traseira do carro.
Considere a seguinte situação hipotética. Um lactente com 12 meses apresentou uma convulsão na vigência de um episódio febril há uma hora. Ao exame físico, a criança apresentava-se consciente, respondendo aos estímulos visuais e sonoros, com leve irritabilidade, hipertermia de 40 ºC e hiperemia de orofaringe, sem outros sinais focais em outros órgãos e sistemas. O exame neurológico era normal. Nessa situação, o diagnóstico mais provável é de convulsão febril. O pediatra deve recomendar a investigação através de punção lombar, tomografia computadorizada do crânio e eletroencefalograma. Também deve administrar anticonvulsivante até esclarecimento diagnóstico.
Um lactente masculino nascido com 3.000 g e 50 cm que, aos doze meses, pesa 10 kg, mede 75 cm, se põe de pé e dá os primeiros passos apresenta crescimento e desenvolvimento aparentemente normal.
Considere que um neonato, no primeiro dia de vida, passe a apresentar vômitos de aspecto bilioso e que uma radiografia do abdome mostre o “sinal da dupla bolha”. Nessa situação, o diagnóstico é de atresia duodenal e o tratamento é cirúrgico.
Está indicada a profilaxia com rifampicina na dose de 30 mg/kg/dose (dose máxima de 1.200 mg), em um total de quatro doses, a cada 12 horas, em contactantes familiares de crianças com diagnóstico de meningite por meningococo.
Concomitante à terapêutica inicial da reposição volumétrica, deve-se iniciar a reposição de insulina com infusão contínua de insulina regular 0,1 U/kg/h ou emergencialmente 0,1 U/kg/h a 0,2 U/kg/h via intramuscular do mesmo tipo de insulina, até que a glicemia caia abaixo de 150 mg/dL, quando se deve reduzir a dosagem à metade, até que atinja 120 mg/dL, e passar à via subcutânea 0,1 U/kg a 0,2 U/kg/dose a cada 3 ou 4 horas, até que o quadro da criança se estabilize.
Considerando-se que na gasometria arterial o pH era de 7,25 e o bicarbonato era de 15 mEq/L, não existe indicação para correção inicial da acidose associando-se bicarbonato de sódio à terapêutica de reposição volumétrica. A simples correção dos distúrbios hidro-eletrolítico e metabólico compensam a criança e corrigem a acidose metabólica.
O médico assistente deverá propor a reposição de potássio após 24 horas do início da reposição volumétrica e, com a criança apresentando diurese franca, na dose de 8 mEq/kg a 12 mEq/kg/dia, não devendo ultrapassar a velocidade de 1 mEq/kg/hora.
Em casos como esse, como terapêutica inicial para correção da desidratação grave, o médico assistente deve administrar solução fisiológica a 0,9% em um volume de 50 mL/kg/hora, em três horas, a fim de repor aproximadamente 15% da perda de peso. Se a criança não urinar ao final dessa etapa e a pressão estiver normalizada, deve-se administrar um diurético de alça.
O diagnóstico é de cetoacidose diabética, pois, além do quadro clínico característico, a criança apresentava glicemia acima de 300 mg/dL, cetonemia, glicosúria e acidose metabólica.
O tratamento da infecção fúngica poderá ser feito com nistatina por via oral na dose de 500.000 a 1.000.000 UI, 3 a 5 vezes ao dia, por 7 a 10 dias.
Um esquema terapêutico inicial para esse caso seria: AZT (zidovudina) + 3TC (lamivudina) + NFV (nelfinavir).