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Q819527 Português

Poema de circunstância

Onde estão os meus verdes?

Os meus azuis?

O Arranha‐Céu comeu!

E ainda falam nos mastodontes,

nos brontossauros, nos tiranossauros

Que mais sei eu...

Os verdadeiros monstros, os Papões,

são eles os arranha‐céus!

Daqui

Do fundo

Das suas goelas,

Só vemos o céu, estreitamente, através de suas

empinadas gargantas ressecadas

Para que lhes serviu beberem tanta luz?!

Defronte

À janela onde trabalho

Há uma grande árvore...

Mas já estão gestando um monstro de permeio!

Sim, uma grande árvore... Enquanto há verde,

Pastai, pastai, olhos meus...

Uma grande árvore muito verde... Ah,

Todos os meus olhares são de adeus

Como o último olhar de um condenado!

(Mario Quintana. In: Literatura comentada. São Paulo: Nova Cultural, 1990.)


O texto apresenta como núcleo temático:

Alternativas
Q819526 Português

Poema de circunstância

Onde estão os meus verdes?

Os meus azuis?

O Arranha‐Céu comeu!

E ainda falam nos mastodontes,

nos brontossauros, nos tiranossauros

Que mais sei eu...

Os verdadeiros monstros, os Papões,

são eles os arranha‐céus!

Daqui

Do fundo

Das suas goelas,

Só vemos o céu, estreitamente, através de suas

empinadas gargantas ressecadas

Para que lhes serviu beberem tanta luz?!

Defronte

À janela onde trabalho

Há uma grande árvore...

Mas já estão gestando um monstro de permeio!

Sim, uma grande árvore... Enquanto há verde,

Pastai, pastai, olhos meus...

Uma grande árvore muito verde... Ah,

Todos os meus olhares são de adeus

Como o último olhar de um condenado!

(Mario Quintana. In: Literatura comentada. São Paulo: Nova Cultural, 1990.)


Há dois questionamentos no início do texto que expressam, principalmente,

Alternativas
Q819525 Português

Poema de circunstância

Onde estão os meus verdes?

Os meus azuis?

O Arranha‐Céu comeu!

E ainda falam nos mastodontes,

nos brontossauros, nos tiranossauros

Que mais sei eu...

Os verdadeiros monstros, os Papões,

são eles os arranha‐céus!

Daqui

Do fundo

Das suas goelas,

Só vemos o céu, estreitamente, através de suas

empinadas gargantas ressecadas

Para que lhes serviu beberem tanta luz?!

Defronte

À janela onde trabalho

Há uma grande árvore...

Mas já estão gestando um monstro de permeio!

Sim, uma grande árvore... Enquanto há verde,

Pastai, pastai, olhos meus...

Uma grande árvore muito verde... Ah,

Todos os meus olhares são de adeus

Como o último olhar de um condenado!

(Mario Quintana. In: Literatura comentada. São Paulo: Nova Cultural, 1990.)


Uma paráfrase possível para o verso “Para que lhes serviu beberem tanta luz?!” está indicada em:

Alternativas
Q819524 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


Em “E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, [...]” (1º§) há duas ocorrências de emprego de verbo impessoal. Um exemplo de outro verbo que também possui tal característica pode ser indicado em:

Alternativas
Q819523 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria.” (1º§) Considerando que uma mesma palavra analisada sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo com a sintaxe, assinale a afirmação correta acerca do trecho destacado.

Alternativas
Q819522 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


“Um recurso textual indicando __________________ é empregado no texto para estabelecer a ideia presente no último parágrafo transcrito entre ‘cidade’ e ‘grande monstro débil’.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior

Alternativas
Q819521 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


O título do texto, após a leitura do trecho transcrito, traduz

Alternativas
Q819520 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


Para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “mas” em “Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara.” (4º§) pode ser substituída por

Alternativas
Q816484 Legislação Estadual
Conforme previsto no Decreto nº 16.038/2002, analisar o nível disciplinar da tropa, propor medidas de correção, examinar fatos, circunstâncias e consequências de atos que afetem o bom desempenho da atividade Bombeiro Militar ou decoro da Corporação é competência direta do(a):
Alternativas
Q816483 Legislação Estadual
Nos termos da legislação específica, criar, transformar, extinguir, denominar, localizar e estruturar os órgãos de direção, de assessoramento e de execução do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte é competência do:
Alternativas
Q816482 Legislação Estadual
“O Regulamento Disciplinar dos militares especificará e classificará as transgressões disciplinares e estabelecerá as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à classificação do comportamento do policial-militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares. A Lei nº 4.630/1976 dispõe que as penas disciplinares de detenção ou prisão não podem ultrapassar de ____________ dias. ” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q816481 Legislação Estadual
Conforme previsto na Lei nº 4.630/1976, aplicável aos Bombeiros Militares por força da Lei Complementar nº 230/2002, são manifestações essenciais do valor policial-militar, EXCETO:
Alternativas
Q816480 Legislação Estadual
De acordo com a Lei nº 4.630/1976, aplicável aos Bombeiros Militares por força da Lei Complementar nº 230/2002, o sentimento do dever, o pundonor policial-militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensível, com observância dos seguintes preceitos da ética policial-militar, EXCETO:
Alternativas
Q816479 Legislação Estadual
Conforme previsto no Decreto nº 16.038/2002, compete ao Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte, EXCETO:
Alternativas
Q816478 Legislação Estadual
Nos termos do Decreto nº 16.038/2002, quanto à estrutura organizacional do Corpo de Bombeiros Militar é correto afirmar que:
Alternativas
Q816477 Legislação Estadual
Conforme a redação original da Lei Complementar nº 230/2002, compete ao Conselho Superior do Corpo de Bombeiros Militar as seguintes atribuições, EXCETO:
Alternativas
Q816476 Legislação Estadual
A Lei Complementar nº 230/2002 estabelece que o Conselho Superior do Corpo de Bombeiros Militar é
Alternativas
Q816475 Legislação Estadual
A Lei Complementar nº 230/2002 prevê, expressamente que, no exercício de suas funções, os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar
Alternativas
Q816474 Legislação Estadual
Conforme expressamente previsto na Lei Complementar nº 230/2002, são funções institucionais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, EXCETO:
Alternativas
Q816473 Legislação Estadual
Conforme expressamente previsto na Lei Complementar nº 230/2002, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado, instituição permanente, força auxiliar e reserva do Exército brasileiro, organizado com base na hierarquia e na disciplina, destina-se à execução das atividades de defesa civil e aos serviços específicos de bombeiros militares, bem como à participação, através de organismos especializados,
Alternativas
Respostas
821: C
822: C
823: D
824: A
825: C
826: C
827: B
828: A
829: D
830: A
831: A
832: C
833: D
834: B
835: C
836: B
837: A
838: D
839: C
840: A