Questões de Sociologia - Cultura e sociedade para Concurso
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A identidade se constitui em um jogo de simulacros entre o individual e o social, razão pela qual é difícil atribuir ao brasileiro uma identidade nacional.
Os grupos étnicos caracterizam-se pelo fato de seus integrantes possuírem o sentimento étnico, compartilharem a língua falada no domicílio e a localização geográfica, residirem no mesmo território e partilharem da mesma cultura e tradições culturais.
Os símbolos nacionais têm por finalidade reforçar a constituição da identidade nacional, o que se evidencia no lema da bandeira nacional, Ordem e Progresso, que representa uma visão dialética, segundo a qual ao se manter a ordem, alcança-se o progresso social.
A constituição da identidade atende às dimensões pessoal (individual) e social (coletiva), conforme um processo de interação.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
A construção teórica de identidades sob os mais diversos
enfoques, como o sociológico, o lingüístico e o embasado na
teoria da comunicação, não apenas adensa o conhecimento
produzido a seu respeito como propicia o aparecimento de
novas categorias dela derivadas, cada qual com significados
e métodos de análise próprios. Seriam, entre outros, os casos
de identidade nacional, identidade étnica e identidade social.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Nélson Rodrigues, por muitos considerado o fundador do
moderno teatro brasileiro, também ficou conhecido como
cronista da vida cotidiana. Sua frase famosa: “a seleção (de
futebol) é a pátria de chuteiras” deve ser entendida como
frontal negação de conhecidas teorias interpretativas da
identidade nacional brasileira, como a do “homem cordial”
de Sérgio Buarque de Hollanda e, principalmente, a do
antropólogo social Roberto DaMatta, para quem não se pode
falar em identidade brasileira única nem defini-la a partir de
manifestações culturais essencialmente populares, como o
futebol e o carnaval.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Não sendo nova nas ciências humanas, pioneiramente
trabalhada pela Filosofia e pela Psicologia, a noção de
identidade se vê incorporada como objeto de estudos por
áreas como, por exemplo, a Antropologia, a Sociologia e a
História, compondo um amplo espectro interdisciplinar
conhecido como Estudos Culturais, que se amplia à medida
que avançam os debates em torno da pós-modernidade e do
multiculturalismo.
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Ao tratar das identidades, hoje, as ciências sociais não mais levam em consideração o antigo conceito de culturas híbridas. Isso se explica, fundamentalmente, pelo fato de que os movimentos migratórios, por mais intensos que possam ser, não conseguem gerar uma sobreposição de culturas diferentes e os grupos que chegam acabam por ser culturalmente incorporados pela sociedade que os acolhe.
Para Niklas Luhmann, excluído não é quem está fora da sociedade, mas quem depende de algo que há na sociedade, cujo acesso lhe é vedado.
Considera-se como modernidade periférica a situação de uma sociedade que reivindica ter criado relações sociais modernas, mas que apresenta deficiência na própria estruturação de relações sociais concretas, devido a uma anteposição que restringe ou facilita, desproporcionalmente, o acesso a recursos vitais e que torna as perspectivas de vida muito desiguais.