Desde os quinze anos de idade, Mariana, adolescente, vive
maritalmente com Alfredo, um médico respeitado de quarenta anos
de idade. Inicialmente, ela fazia trabalhos domésticos na casa de
Alfredo, que tendo achado interessante ter uma companheira nova,
convenceu a família de Mariana de que seria melhor para ela
casar-se logo, com alguém de posses que pudesse cuidar dela. A
família da menina, então, concordou com Alfredo, tendo-a obrigado
a ir morar com ele. Ambos casaram-se formalmente quando
Mariana completou dezesseis anos de idade.
Desde o início da convivência dos dois, Mariana era
obrigada a fazer sexo com Alfredo, mesmo contra sua vontade, e
era proibida de sair e ter amizades com pessoas de sua idade, sob
o argumento de que ela lhe devia obediência por ele ser seu
responsável legal, já que ela era menor de dezoito anos idade. Após
várias tentativas de fuga, Mariana, então com dezessete anos de
idade, conseguiu pular a janela, depois de ter sido novamente
violentada, e procurou uma delegacia em busca de ajuda.
Na delegacia, o agente recusou-se a registrar o boletim de
ocorrência, por ter achado que a adolescente não tinha cara de
mulher séria e contava mentiras. Em vez de encaminhar a menina
ao Instituto Médico Legal ou ao hospital para exames, o agente
mandou-a de volta para casa, tendo oferecido a viatura para
acompanhá-la. No mesmo dia, Alfredo matou Mariana. Exumado
o corpo da moça, encontraram-se sinais de violência sexual e
presença de material biológico nos órgãos genitais de Mariana e
embaixo de suas unhas.
Considerando a situação hipotética precedente e a respeito de
crimes contra a administração pública, contra a dignidade sexual e
contra a pessoa, assinale a opção correta.