Questões de Concurso
Sobre aspectos da filosofia contemporânea em filosofia
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(DESCARTES, R. Ouvres des Descartes. II, p. 380. apud MEDEIROS, D. Descartes e o fundamento metafísico da inércia natural dos corpos na correspondência com Mersenne. In: Modernos & Contemporâneos, Campinas, v. 1, n. 2., jul./dez., 2017. p. 71).
Considerando este trecho da carta de Descartes a Mersenne sobre os Discursos de Galileu e seus conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, assinale a alternativa correta.
Observe a imagem abaixo.
Platão distingue o conhecimento da mera
crença ou opinião ao dizer que o conhecimento
deve ser uma crença verdadeira para a qual se
pode dar uma justificativa, um fundamento
lógico ou "lógos". Considerando a analogia da
linha dividida, presente no diálogo República
(509d-511e), assinale a alternativa correta,
segundo Platão, que apresenta como o
conhecimento é obtido a partir da nossa
experiência sensível.
Considere os fragmentos abaixo para responder à questão seguinte.
“Bruscamente, na Jônia, o logos ter-se-ia separado do mito, como uma venda que caísse dos olhos. E uma vez revelada a luz desta razão, ela não mais teria deixado de iluminar o progresso do espírito humano.”
(VERNANT, Jean-Pierre. Les origines de la pensée grecque. 10. ed.
Paris: Presses Universitaires de France, 2009. p. 102).
“A análise de Cornford revela estreitas correspondências entre a teogonia de Hesíodo e a filosofia de um Anaximandro. É certo que o primeiro fala ainda de gerações divinas enquanto o outro descreve já processos naturais; mas isso é porque o segundo se recusa a jogar na ambigüidade de termos como phyein [natural] e genesis [originário], que significam simultaneamente conceber e produzir, nascimento e origem.”
(VERNANT, Jean-Pierre. Les origines de la pensée grecque. 10. ed.
Paris: Presses Universitaires de France, 2009. p. 103).
( ) Análise e/ou averiguação dos poemas homéricos e hesiódicos com vistas ao estabelecimento de pontos de contato ou interseções destes com a filosofia nascente.
( ) Como não há pontos de contato possíveis entre a racionalidade mítica e a filosófico-científica, o esforço deve ser no sentido de encontrar o momento do “relâmpago no céu azul”, isto é, o momento originário da racionalidade filosófica por meio da investigação histórica das produções dos homens gregos.
( ) Como segunda etapa, deve-se confrontar as duas atitudes - a mítica e a filosófica - diante do real com aquela cujo método é, reconhecidamente, de base empírica, a exemplo da medicina, visto que a mudança de perspectiva do conteúdo para o método pode revelar os pontos de contato do processo intelectual entre as duas atitudes.
( ) A mudança de foco do objeto para o método, como etapa estratégica posterior, pode evidenciar a ruptura entre a racionalidade mítica e a filosófica, portanto, a análise dos poemas homéricos e hesiódicos, apenas para recorde de importância histórica das principais autoridades poéticas no mundo antigo, e dos produtos da genialidade científica dos primeiros filósofos podem, pela comparação, tornar evidentes as diferenças e a ausência de qualquer vínculo causal histórico/cultural entre as duas atitudes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
“Kant afirma que para que uma ação tenha um conteúdo moral, é necessário que ela atenda a dois critérios que são precisamente os critérios do a priori prático. Em primeiro lugar, é necessário que ela siga uma regra puramente formal, essa regra funciona como uma espécie de molde que se impõe sobre os conteúdos materiais da ação, conferindo-lhes seu caráter moral. Em segundo lugar, é necessário que ela seja motivada unicamente pelo conhecimento e pelo respeito que todos os seres racionais deveriam ter por essa forma de universalidade da ação. Desse modo, poderia se dizer da ação que ela adquire caráter universal e necessário. Kant admite que a ação moralmente correta possua alguma materialidade, mas não é o desejo por essa materialidade que deve motivar a ação, mas sim a conformidade ou o acordo da mesma com a forma da universalidade.” (DIAS, O. A Crítica de M. Scheler ao Formalismo na Ética de I. Kant. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2017. p. 17. Destaque nosso.)
Sobre o sentido da palavra “conformidade” no trecho citado, assinale a alternativa correta.
Com relação à noção de arte e de absoluto na filosofia hegeliana, julgue o item a seguir.
A arte cumpre uma função dialética ao revelar a contradição
da vida humana e, assim, se torna matéria para o filosofar.
Com relação à noção de arte e de absoluto na filosofia hegeliana, julgue o item a seguir.
A autodeterminação do espírito absoluto se dá, do ponto de
vista da arte, pelo longo processo da exterioridade sensível.
O ensino de filosofia mantém com a interdisciplinaridade um diálogo importante, assim como o faz com as demais ciências. Relativamente a esse assunto, julgue o item a seguir.
Thomas Khun aponta para a necessidade de superação da
especialização, em alguns momentos históricos, por
identificar nos processos históricos da ciência os períodos de
ciência normal.
Frase 1: “Só como fenômeno estético, a existência e o mundo aparecem eternamente justificados.” (Friedrich Nietzsche. O nascimento da tragédia.)
Frase 2: “Temos a arte para não morrer perante a verdade.” (Friedrich Nietzsche. A vontade de poder.)
Tendo por referência as frases 1 e 2 precedentes bem como a obra de Friedrich Nietzsche e suas noções acerca da arte e da vida, julgue o item a seguir.
A doutrina da vida como vontade de potência, entre outros
aspectos, fez Nietzsche se distanciar da postura
schoppenhauriana de contemplação da arte.
Frase 1: “Só como fenômeno estético, a existência e o mundo aparecem eternamente justificados.” (Friedrich Nietzsche. O nascimento da tragédia.)
Frase 2: “Temos a arte para não morrer perante a verdade.” (Friedrich Nietzsche. A vontade de poder.)
Tendo por referência as frases 1 e 2 precedentes bem como a obra de Friedrich Nietzsche e suas noções acerca da arte e da vida, julgue o item a seguir.
Com a passagem apresentada na frase 2, verifica-se que
Nietzsche se contrapõe ao movimento cientificista e
tecnicista de sua época.
Nietzsche chamava também os “últimos homens” de macacos-aranha saltitantes. Parecem o “rebanho” que “salta de lá para cá, há pouco amarrado em seu desejo e desalento, estacado no momento”. Hoje, os “últimos homens” de Nietzsche saltam diante da câmera. Surge um novo homem: Homo saliens — o homem saltitante. Embora pelo seu som seja parente do Homo sapiens, nele se esvaneceu completamente a virtude do discernimento e da sabedoria que caracterizava o Homo sapiens. Salta para chamar a atenção.
Byung-Chull Han. Capitalismo e impulso de morte.
A partir do texto anterior, julgue o item a seguir, acerca de aspectos da filosofia e da consciência cotidiana para Nietzsche.
Ao apresentar a figura do “último homem” associada à do
seu contrário, o “além do homem” ou “super-homem”,
Nietzsche anunciava uma nova perspectiva de sentido para a
humanidade.
(Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. Companhia das Letras, 2017, edição digital)
Considere as afirmações abaixo.
I. A teoria de que o poeta não deve prejudicar sua necessária preguiça, proposta por T.S. Eliot (3o parágrafo), é corroborada pelo autor do texto, por meio de sua própria experiência pessoal. II. Ainda que certas atividades, como a feitura de um poema, demandem tempo ocioso, o autor do texto censura o cultivo de uma necessária preguiça, a partir da premissa de que o tempo é escasso e valioso na atualidade. III. Para o autor, a falta de tempo livre de que a maioria se queixa deve-se ao fato de que, mesmo nos momentos destinados a atividades de lazer, estamos submetidos
Está correto o que se afirma APENAS em:
(Adaptado de: CÍCERO, Antonio. A poesia e a crítica: Ensaios. Companhia das Letras, 2017, edição digital)
Substituindo-se o segmento sublinhado pelo que está entre parênteses, sem que nenhuma outra modificação seja feita, a frase que permanece correta está em:
I- Manter-se-á a continuidade da vertente que se iniciou com a “ intenção de ruptura “.
II- Uma vertente de caria tecnocrático, herdeira da “perspectiva modernizadora“, mas renovada pelo neoliberalismo e reciclada por outras teorias sistêmico-organizacionais.
III- Desenvolvimento da vertente neoconservadora, inspirada na epistemologia pós-moderna.
IV- Vertentes que propagam a desqualificação da teorização sistemática, pautada num anticapitalismo romântico, de glorificação do saber popular e apelo aos valores de solidariedade.
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
Um dos pensadores mais influentes da filosofia contemporânea foi o francês Michel Foucault (1926-1984). Na década de 1960, conhecida como período da ______________, Foucault investigou a constituição dos saberes. Nessa época, foram publicados os livros: A história da loucura (1961), O nascimento da clínica (1963), As palavras e as coisas (1966) e Arqueologia do saber (1969). O interesse do filósofo era investigar o modo de existência dos _________________, sobretudo dos que se apresentavam como científicos, para alcançar a compreensão da maneira como se construiu o saber do século XX, em especial o que tomou como objeto o homem.