Questões de Concurso
Sobre construção de estados e o absolutismo em história
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ANDERSON, Benedict R. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 32.
O excerto acima, da obra Comunidades imaginadas, de Benedict Anderson, traz à tona a relevância do processo de formação dos nacionalismos dos Estados. Sobre este processo, assinale a alternativa incorreta.
(Thomas Hobbes. Leviatã ou a matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Ícone, 2000. p. 126.)
Ao longo do século XVI, a dinâmica entre o poder da Igreja e os Estados modernos sofreu várias mudanças. Em sintonia com a mentalidade da época, alguns pensadores europeus dos séculos XVI e XVII elaboraram teorias que buscavam legitimar a concentração do poder no rei. Thomas Hobbes, citado anteriormente, era um deles, e preconizava, dentre outras ideias:
O longo reinado de Luís XIV está inserido num período da história em que o absolutismo real era justificado por pensadores, funcionando como máquina de propaganda. O filósofo que defendeu a Teoria do Direito Divino imortalizada na obra “Política Segundo a Sagrada Escritura” foi:
1.(__)Seguindo a teoria do poder divino dos reis, as monarquias absolutistas foram amplamente apoiadas pela Igreja Católica.
2.(__)O absolutismo monárquico se forjou a partir de um rompimento com a ordem política medieval.
3.(__)O despotismo esclarecido propunha reformas que chegavam a ameaçar a soberania dos próprios reis em nome de uma pretensa liberdade.
A sequência CORRETA é:
O historiador Eric Hobsbawm, na sua obra intitulada “Nações e nacionalismo desde 1780”, ao estudar o fenômeno do nacionalismo, procurou explicar o surgimento deste fenômeno na Europa do século XIX, ligado, entre outras razões, a uma presença mais efetiva dos poderes do Estado na sociedade daquele período.
Cada vez mais o Estado detinha informações sobre cada um dos indivíduos e cidadãos através do instrumento representado por seus censos periódicos regulares (que só se tornaram comuns depois da metade do século XIX), através da educação primária teoricamente compulsória e através do serviço militar obrigatório, onde existisse.
HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismo desde 1780. Rio de
Janeiro: Paz e Terra. 1990. p.102.
Com base nas abordagens históricas acerca do controle do Estado sobre a sociedade civil no século XIX, é correto afirmar:
I- Era um país unificado. II- Tinha um Imperador e várias lideranças regionais. III- Possuía uma burguesia que apoiava a Igreja. IV- Contava com uma monarquia centralizada.
(BOSSUET, Jaques-Benigne. Política Tirada da Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e Documentos de História. Lisboa, Plátano Editora, s/d, p.201.)
No trecho acima, Bossuet justificou uma forma de organização do Estado europeu na Idade Moderna, em relação à qual é CORRETO afirmar que:
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
Na literatura e nas artes em geral, o Romantismo do
século XIX exerceu vigorosa influência na afirmação do
nacionalismo e na consolidação dos Estados nacionais.
Considerando as transformações sociais e econômicas da América portuguesa no século 18, julgue (C ou E) o item a seguir.
A organização familiar na sociedade da América lusa
do século 18 esteve pautada por concepções
corporativas e estamentais de Antigo Regime. A
dinâmica social de uma monarquia pluricontinental
como a portuguesa permitia a construção de relações
de parentesco extensas, reunindo, além dos
consanguíneos, colaterais, criados e escravizados,
classificados e organizados por uma hierarquia
rigidamente vinculada ao nascimento.
“A guerra que Napoleão movia na Europa contra a Inglaterra, em princípio do século XIX, acabou por ter consequências para a Coroa portuguesa. Após controlar quase toda a Europa Ocidental, Napoleão impôs um bloqueio ao comércio entre a Inglaterra e o continente. Portugal representava uma brecha no bloqueio e era preciso fechá-la. Em novembro de 1807, tropas francesas cruzaram a fronteira de Portugal com a Espanha e avançaram em direção a Lisboa.”
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. p. 66.
No excerto acima o autor faz referência ao contexto da
Com relação às Revoluções Inglesas do século XVII, julgue o item que se segue.
A Revolução Gloriosa reforçou o poder monárquico e
restringiu drasticamente o poder do parlamento.
“Maria Antonieta, a filha mais nova da imperatriz Maria Teresa não se caracterizava pelo calor humano (...) De acordo com o lema “Deixa que os outros façam a guerra, tu feliz Áustria, casa-te”, a pequena Maria Antonia Josephe Johana, a quem todos chamavam de Antoinette, viveu luxuosamente com sua família austríaca e mais ainda depois do casamento com o monarca absolutista francês Luís XVI. Bela, caprichosa e atrevida, sua situação mudou em 14 de julho de 1789, quando o povo de Paris assaltou a fortaleza da Bastilha, símbolo do absolutismo monárquico, mas também ponto estratégico de repressão de Luís XVI, pois os seus canhões estavam apontados para os bairros operários. O povo passava fome, e Maria Antonieta tentava convencer o marido a fugir. Neste tempo surgiu uma anedota segundo a qual a rainha teria perguntado ao seu cocheiro durante um passeio por que havia tanta gente na rua em filas, o cocheiro teria respondido que eles esperavam pelo pão, que desaparecera do mercado. Ao que Antonieta interviu dizendo que se não havia pão que o povo comesse brioches...” (Texto adaptado de Helge Hesse. A história do mundo em 50 frases. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012).
No trecho acima, a anedota – sendo verdadeira ou não – demonstra uma situação real e limítrofe de carência e pobreza que acabou por explodir em uma Revolução que destruiu o sistema absolutista francês em 1789. A imagem da jovem rainha austríaca na corte francesa demonstra bem este limite, que pode ser percebido porque esta rainha simbolizava o(a)
- Sobre a formação e desenvolvimento dos Estados Nacionais Modernos é correto afirmar:
I) Uma das primeiras providências tomada pelo governo republicano foi decretar a laicidade do Estado, ou seja, separar-se da esfera religiosa na hora de tomar as decisões relacionadas ao futuro do país, e o documento que concretizou essa decisão foi o Decreto 119-A. II) A partir da separação entre Estado e Igreja Católica, o governo passou a agir totalmente por conta própria e sem influência do clero católico; os membros deste, por sua vez, resignaram-se a atuar apenas dentro dos templos e das instituições que permaneciam em seu poderio. III) Declarada a laicização do Estado, os membros da alta hierarquia da Igreja Católica não se deixaram abater; apesar das perdas materiais oriundas do confisco de terras e imóveis cedidos na época do Império, viram-se munidos de liberdade de articulação; já que não precisavam mais submeterem-se às determinações da família imperial, utilizaram diversos meios para se aproximar da população brasileira e exercerem sua influência. IV) A Igreja Católica não aceitou com passividade a concretização do projeto de laicização imposto pelo Estado. Revoltas ocorreram em diversos pontos do país, promovidas pelos bispos e pelos católicos devotos que os apoiavam, o que acabou por fornecer um caráter violento à República da Espada.