Questões de Concurso Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história

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Q1975639 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.

Devido ao dinamismo da produção historiográfica, particularmente na academia, os livros didáticos tendem a ser afastados do trabalho em sala de aula, por serem vistos como obstáculos intransponíveis ao bom exercício do magistério. 
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Q1975638 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.


Atualmente, os historiadores, especialmente os que se dedicam à docência no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, privilegiam a escrita como fonte de produção e transmissão de conhecimento, em detrimento da pintura, da fotografia, dos vídeos e dos áudios.  
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Q1975637 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.


Apesar de todos os progressos que a ciência histórica conheceu a partir do século XX, ainda vigora, nos textos oficiais voltados para a educação básica, a ênfase na memorização como essencial e insubstituível à aprendizagem. 
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Q1975636 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.

Contemporaneamente, a história, como disciplina escolar, tende a não mais aceitar o fato como matéria-prima do historiador, devendo fixar-se na interpretação e na elaboração de narrativas interpretativas, em detrimento do acontecimento. 
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Q1975635 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.

No século XX, especialmente a partir da escola francesa dos Anais, as fontes históricas se diversificaram, ao defenderem a importância de outras manifestações como testemunho de uma época, ultrapassando a sujeição exclusiva às de caráter oficial para a produção do conhecimento.  
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Q1975634 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.

Fortemente influenciada pelo positivismo, a ciência histórica, em sua fase inicial, valorizava sobremaneira os documentos escritos — particularmente os registros oficiais — como fonte de investigação do passado.
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Q1975633 História
Surgida no século XIX como área de estudo, a história acompanhou as transformações verificadas no mundo desde então. A própria concepção de fonte histórica foi ampliada com o passar do tempo, com a incorporação de novos objetos e muitos avanços teóricos e metodológicos, o que gerou um impacto significativo no ensino da disciplina. Com relação a esse assunto, julgue o item.

O surgimento da história como área de estudo vincula-se ao século XIX, quando, no Ocidente, o conhecimento científico adquiriu crescente importância.  
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Q1967571 História
“A História Nova ampliou o campo do documento histórico; (...). Uma estatística, uma curva de preços, uma fotografia, um filme, (...) um pólen fóssil, uma ferramenta, (...) são, para a História Nova, documentos de primeira ordem.” (LE GOFF, Jacques (dir.). A História Nova. Trad. Eduardo Brandão. 5º ed. SP: Martins Fontes, 2005, p. 36-37)
Deve-se considerar para uma melhor interpretação sobre o estudo da História:
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Q1957443 História

“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não apenas pensa “humano”. A atmosfera em seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração. Decerto, dificilmente imagina-se que uma ciência, qualquer que seja, possa abstrair do tempo. Entretanto, para muitas dentre elas, que, por convenção, o desintegram em fragmentos artificialmente homogêneos, ele representa apenas uma medida. Realidade concreta e viva submetida à irreversibilidade de seu impulso, o tempo da história, ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade.

(BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar, 2001, p. 55.)


A Escola dos Annales revolucionou a escrita da História com outros olhares na construção de um método histórico que respondesse às questões da sociedade do presente. Para isso, teve que rever todas as categorias de análise do historiador em comparação ao método do século XIX. No trecho acima, Bloch refere-se ao (à):

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Q1957435 História

A história do tempo presente está na intersecção do presente e da longa duração. Esta coloca o problema de se saber como o presente é construído no tempo. Ela se diferencia, portanto, da história imediata porque impõe um dever de mediação. Alguns historiadores, porém, preferem utilizar a noção de história imediata, como é o caso de Jean-François Soulet, que coordena a revista Cadernos de história imediata, outros preferem a noção de história do mundo contemporâneo, como é o caso de Pierre Laborie. Alguns são ainda mais críticos, como é o caso de Antoine Prost para o qual a história do tempo presente não é nada mais do que a história em si, que nada a singulariza e que é, por conseguinte, um “pseudoconceito sem conteúdo verdadeiro”.

(DOSSE, François. História do tempo presente e historiografia, in: Revista Tempo e Argumento. Junho. V. 4 n. 1 p. 5-22, jan/jun. UDESC 2012.)


François Dosse fala, na citação acima, sobre o conceito de História do tempo presente. Considerando que, no século XIX, a História foi considerada uma ciência do passado, que seria construída pelos arquivos oficiais no século XX, temos uma revolução no método da História, e o “passado” passa a ser questionado, tornando o presente em evidência. Logo, estamos falando de: 

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Q1957433 História

(..) O olho, a evidência da autópsia, deve prevalecer sobre o ouvido. Esse era o valor da história, como busca da verdade. Grande admiradora Tucídides, a história-ciência do século XIX começou a marcar uma clara cisão do passado e do presente. O que sempre fez de Michelet, um transgressor, ele que atravessou e reatravessou tantas vezes o rio dos mortos. A História devia começar exatamente onde a memória parava: nos arquivos escritos.

(HARTOG, François. Regimes de historicidade: Presentismo e Experiências do tempo. Belo Horizonte, Ed. Autentica, 2013, p. 158.)


Sobre o uso da memória feito pela História, Hartog mostra-nos, na citação acima, que ela passou por vários métodos desde que se transformou em ciência. A história feita pela evidência nos arquivos escritos é do método:

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Q1945614 História
"Uma das questões mais sensíveis aos historiadores diz respeito à problemática de pensar a situação temporal dos fatos. Como é que nos relacionamos com o passado? O que é este passado e qual é a sua utilidade para nós, que vivemos o presente? Estas questões, ao interpelarem os historiadores em sua prática, muitas vezes acabam constituindo a ideia de que passado e história se equivalem, de maneira que a história não poderia ser mais do que a ciência do passado"(CASTELO BRANCO, Edwar. Fazer ver o que vemos – Michel Foucault: por uma história diagnóstica do presente. História UNISSINOS. Vol 11, n 3, set/dez 2007, p. 321)
Tendo em vista o excerto acima e conhecendo o conceito de História, pode-se dizer que a história
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Q1945612 História
Por fonte histórica compreendemos tudo aquilo que resulta da ação humana e que, por consequência, contém vestígios das sociedades passadas, podendo nos proporcionar um acesso significativo à compreensão do passado humano e de seus desdobramentos no presente. Assinale, a seguir, a opção que NÃO INDICA uma fonte histórica.
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Q1943498 História
Para a educadora Maria Belintane Fermiano (2014), existe a necessidade de conceber o “aluno como sujeito histórico” na proposta pedagógica. Considerando a visão pedagógica da autora, qual das alternativas abaixo representa uma metodologia em que o educando NÃO é um referencial histórico? 
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Q1943472 História
“Os estudos que apresentamos se propõem a abordar a aula de História através de instrumentos de análise de pensadores que tem revolucionado a leitura que tradicionalmente temos feito das relações entre o capitalismo e os processos de produção das subjetividades. A ideia da colonialidade do poder, do saber e do ser constituem-se em uma compreensão de que os povos latinoamericanos vivem e constroem suas relações com os outros desde o “espelho da colonialidade”. Uma maneira de ver, experienciar e ser no mundo, tributária de uma cosmologia europeia, que encerra um conjunto particular de representações sociais, mas se apresentam como universais.”
(PEREIRA, Nilton. PAIM, Elison. Revista do Programa de Pós-graduação em Educação da Unochapecó).
O fragmento acima se refere a uma abordagem teórica do ensino da história. Assinale a alternativa que a representa.
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Q1943464 História
“As fontes históricas estão situadas no cerne da metodologia da História: se não se encontram necessariamente no ponto de partida de toda operação historiográfica, certamente pulsam no seu centro vital, no âmago da possibilidade de se desenvolver uma verdadeira pesquisa ou uma reflexão historiográfica autêntica, tal como a fazem os historiadores... Sem fontes – e sem um trabalho metodológico adequado sobre elas – apenas podemos falar indiretamente sobre o que os diversos historiadores já disseram sobre este ou aquele tema histórico, mas nesse caso não completamos, ou sequer iniciamos, uma operação historiográfica autêntica.”
(FONTES HISTÓRICAS: UMA INTRODUÇÃO À SUA DEFINIÇÃO, À SUA FUNÇÃO NO TRABALHO DO HISTORIADOR, E À SUA VARIEDADE DE TIPOS. p. BARROS, José D´Assunção).
Qual movimento surgiu na primeira metade do século XX e transformou profundamente o estatuto de fonte histórica, até então adotado pelos historiadores?
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Q1943463 História
“A Micro-História é um campo relativamente recente na Historiografia, e ainda hoje gera muitas polêmicas com relação às suas possibilidades de definição. Uma questão complicadora é que a Micro-História começou a desabrochar com um grupo muito específico de historiadores italianos, que tem até os dias de hoje publicação própria (os Quaderni storici) e por isso não é raro que se confunda a Micro-História – enquanto nova possibilidade de abordagem historiográfica – com este grupo.” (SOBRE A FEITURA DA MICRO-HISTÓRIA – BARROS, José D´Assunção).
Uma das características dos fundadores dos “Quaderni Storici” é a ampla defesa feita sobre a cientificidade da história produzida dentro das universidades.
Qual dos historiadores abaixo representa o grupo de italianos idealizadores da empreitada microhistoriográfica?
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Q1943462 História
Consideramos que, embora o debate das relações entre a História e o ficcional já tenha avançado bastante e que muitos preconceitos tenham sido derrubados, ainda há muito o que se discutir sobre os contatos – e distanciamentos– entre estas duas formas de compreender o mundo, e que, sem dúvida, ainda há diversos outros preconceitos, principalmente no que toca ao ponto do ficcional, a serem combatidos.
(O FINGIR HISTORIOGRÁFICO: A ESCRITA DA HISTÓRIA ENTRE A CIÊNCIA E A FICÇÃO – GOMES, Warley Alves.)
Destes teóricos relacionados abaixo, qual deles NÃO considera a história uma ciência, mas sim um ramo da literatura?
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Q1929969 História
            A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem em uma espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca.

Eric Hobsbawm. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 13 (com adaptações). 

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.


Na contemporaneidade, a ideologização do passado foi instrumento de poder usado por regimes de força, o que levou a uma única interpretação da história e ao silêncio em torno de tudo aquilo que pudesse contestar os donos do poder.

Alternativas
Q1929968 História
            A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem em uma espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca.

Eric Hobsbawm. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 13 (com adaptações). 

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.


As modernas metodologias de ensino-aprendizagem sugerem que a história, como disciplina escolar na educação básica, se prenda ao estudo do passado, desvinculando-o do tempo presente.

Alternativas
Respostas
421: E
422: E
423: E
424: E
425: C
426: C
427: C
428: D
429: C
430: B
431: C
432: C
433: E
434: B
435: B
436: E
437: C
438: B
439: C
440: E