Questões de Concurso Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história

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Q1813507 História
É bastante interessante observar a trajetória do ensino de História do Brasil na constituição da identidade nacional por intermédio de análises dos currículos nacionais do nível secundário. Considerando que a História foi introduzida, de forma obrigatória, nos currículos das escolas com o objetivo político explícito de contribuir para a construção da ideia do Brasil ser uma nação, de ter uma identidade nacional, a situação da História do Brasil é, no mínimo, paradoxal. A análise da trajetória da história escolar nos permite identificar que a História do Brasil, paradoxalmente, nunca ocupou um lugar significativo nos programas curriculares brasileiros e menos ainda na prática escolar, conforme mostram estudos da história da disciplina. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir. I. No Império, a partir de 1838, quando se introduziu a disciplina de História no Colégio Pedro II, os estudos de História do Brasil nunca ocuparam um lugar importante na carga didática, surgindo como conteúdo autônomo após 1850, mas de forma polêmica. II. No início da fase republicana, a História do Brasil foi excluída como cadeira autônoma do Colégio Pedro II. Em 1901, a História do Brasil passou a pertencer como apêndice da cadeira de História Universal, mas que dificilmente era ensinada, porque o ano letivo terminava antes dos professores conseguirem chegar, sequer, até o final da colonização. III. A reforma de Capanema para o secundário (Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942) correspondeu a uma fase de maior valorização da História do Brasil; dentre seus objetivos, havia uma acentuada preocupação em formar “o espírito de nacionalidade”, de uma verdadeira “consciência patriótica”. IV. Nos anos 1980, dentro de uma visão baseada em princípios de Piaget, a organização curricular começava pelo estudo do mais próximo para se chegar ao mais distante. Daí constituiu-se o percurso para os estudos de História: a história do bairro, município, cidade, estado e Brasil e, posteriormente, nas séries finais do primeiro grau estudava-se a História Geral, da Antiguidade ao mundo contemporâneo. Estão corretas apenas as afirmativas
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Ano: 2021 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2021 - UFMT - Historiador |
Q1806921 História
A História Oral é amplamente utilizada pelas Ciências Humanas, sendo caracterizada pela coleta de depoimentos com pessoas que testemunharam conjunturas, processos, acontecimentos, modos de ser e de estar dentro de uma sociedade ou instituição. Ela está dividida em três gêneros distintos. Quais são esses gêneros?
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Q1806920 História
A pesquisa histórica, especialmente ao longo do século XX, incorporou novas tipologias de fontes na construção do conhecimento histórico. Dentre tais novidades documentais destacam-se aquelas compreendidas pela cultura material. Assinale a alternativa que NÃO apresenta contribuição dos vestígios arqueológicos na investigação histórica.
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Q1806919 História
A respeito das relações estabelecidas entre história e memória social, assinale a afirmativa correta
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Q1806918 História
“Procurará atrás dos eventos visíveis, das ações produzidas pelos heróis brasileiros, o seu sentido estrutural: as relações sociais e o modo de produção capitalista. Atrás dos eventos e iniciativas individuais ou coletivas, há um interesse que se inscreve na lógica do modo de produção capitalista [...]. Por sua originalidade e independência, ele influenciou a corrente de interpretação marxista do Brasil mais crítica e produtiva. É inegável a sua importância para o conjunto das ciências sociais no Brasil.” (REIS, J. C. As identidades do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1999.)
As palavras de José Carlos Reis descrevem qual pensador brasileiro?
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Q1806917 História
Francisco Adolfo de Varnhagen é um dos mais importantes historiadores brasileiros do século XIX. Sua trajetória encontra-se ligada ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Ao escrever História Geral do Brasil, Vanhagen buscou contemplar os objetivos propostos pelo recém-fundado IHGB. Quais eram esses objetivos?
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Q1806916 História
As técnicas de observação documental são instrumentos de investigação de que dispõem os historiadores para análise do corpus documental de sua pesquisa, que, desde as últimas décadas, se apresenta como multifacetado e variado. As técnicas de observação direta são aquelas em que o pesquisador constrói as suas fontes. Assinale a alternativa que apresenta tais técnicas.
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Q1806915 História
A Micro-História propõe a redução da escala de análise, o recorte temporal e espacial, seguidos da exploração intensiva do objeto estudado. Numa escala de observação reduzida, a análise desenvolve-se a partir da exploração exaustiva das fontes, envolvendo, inclusive, a descrição etnográfica. Contempla temáticas ligadas ao cotidiano das comunidades, às biografias, muitas vezes de figuras anônimas, que passariam despercebidas na multidão. Sobre o tema, assinale a assertiva correta.
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Q1806914 História
“Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.” (Decreto-lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937.)
Em seu artigo primeiro, o decreto define o que é o patrimônio histórico e artístico. Tal definição se vincula à concepção de história
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Q1806913 História
“A história é um discurso cambiante e problemático, tendo como pretexto um aspecto do mundo, o passado, que é produzido por um grupo de trabalhadores cuja cabeça está no presente [...], que tocam seu ofício de maneiras reconhecíveis uns para os outros [...] e cujos produtos, uma vez colocados em circulação, veem-se sujeitos a uma série de usos e abusos que são teoricamente infinitos, mas que na realidade correspondem a uma gama de bases de poder que existem naquele determinado momento e que estruturam e distribuem ao longo de um espectro do tipo dominantes/marginais os significados das histórias produzidas.” (JENKINS, K. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2001.)
As palavras do autor definem um paradigma historiográfico. Qual é esse paradigma?
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Q1806912 História
O materialismo histórico é uma das principais teorias explicativas acerca do processo histórico. Formulada no século XIX por Karl Marx e Friederich Engels, e desde então vem sendo debatida, criticada e modificada. Em linhas gerais, a visão marxiana da história pode ser sintetizada de acordo com certas proposições. Sobre essas proposições, analise as afirmativas. I- A realidade social é mutável. II- As mudanças históricas são contínuas, não havendo momentos de equilíbrio. III- A mudança social é submetida a leis, que são as leis dinâmicas da ciência histórica. IV- A mudança social ocorre de forma dialética.
Está correto o que se afirma em
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Q1806911 História
“A crise dos grandes paradigmas da época de esplendor não significou, como já dissemos, nenhum enfraquecimento da produção historiográfica, começando por seu próprio volume e nem mesmo um movimento de interpretação da disciplina, mas, muito pelo contrário, as coisas ocorreram no sentido da expansão, da busca, ao menos, de novos campos temáticos e também de certa dispersão e fragmentação das práticas.” (AROSTEGUI, J. A pesquisa histórica. Bauru, SP: EDUSC, 2006.)
Nesse processo, emergiram novas vertentes historiográficas, dentre as quais uma das mais significativas foi a denominada História dos Conceitos. Qual afirmativa define essa perspectiva historiográfica?
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Q1806910 História
O problema da verdade do conhecimento histórico é uma questão sobre a qual historiadores e filósofos refletiram a quase exaustão. São múltiplos os posicionamentos acerca da problemática. Uma vertente defende a impossibilidade de a história estabelecer a verdade. Esse ceticismo possui diversos argumentos. Sobre esses argumentos, analise as afirmativas. I- O conhecimento histórico está ligado à época de sua produção. II- O conhecimento histórico é carregado de subjetividade. III- O conhecimento histórico é direto, baseado em vestígios. IV- Os documentos são lacunares e manipulados.
Está correto o que se afirma em
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Q1806909 História
“Definamos o que é e o que não é o regime de historicidade. Ele não é uma realidade dada. Nem diretamente observável nem registrado nos almanaques dos contemporâneos; é construído pelo historiador [...] Não coincide com as épocas (no sentido de Bousset ou de Condorcet) e não se calca absolutamente nestas grandes entidades incertas e vagas que são as civilizações. Ele é um artefato que valida sua capacidade heurística.” (HARTOG, F. Regimes de historicidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.)
A definição de regime de historicidade proposta por François Hartog aproxima esse conceito de outra construção teórica analítica das sociedades. Qual é essa construção teórica analítica?
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Q1806907 História
Os métodos quantitativos possuem como ideia essencial a medição numérica dos valores variáveis. Tais métodos adquiriram ao longo do século XX uma grande importância na historiografia, especialmente nos anos 70. A expansão do uso dos recursos informatizados ampliou as possibilidades de emprego da quantificação na pesquisa histórica. Um dos elementos fundamentais dos métodos quantitativos é o conceito de indicador. Assinale a afirmativa que define esse conceito.
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Q1806906 História
As últimas décadas no século passado no campo historiográfico foram marcadas pela noção de crise. Essa crise emerge segundo José Assunção Barros devido ao “[...] declínio de credibilidade de todas as ideias de que a História conduziria a algum destino melhor ou mais glorioso, como o triunfo da Razão, que havia sido previsto desde o Iluminismo, ou o reino da igualdade social prometido pelo Socialismo. A perda de esperanças ou convicções em um sentido da História – em um “telos”, para utilizar uma linguagem mais historiográfica – levaria todo um conjunto de historiadores a criticar modelos teleológicos da História.” (BARROS, J. D. As crises recentes da Historiografia. Diálogos v.14, 2010.)
Assinale a alternativa que apresenta elementos da crise da historiografia.
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Q1806905 História
A partir dos anos 1960, o pensamento historiográfico marxista experimenta uma renovação, especialmente entre os historiadores vinculados à New Left Rewiew. Tal renovação ampliou as temáticas históricas, como aos oprimidos e pobres, aos trabalhadores, e aos de baixo. Como ficou conhecida essa perspectiva historiográfica?
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Ano: 2021 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2021 - UFMT - Historiador |
Q1806904 História
“De longe, a abordagem mais corrente entre os historiadores para a análise de imagens visuais, inspirado em Erwin Panofsky, é a iconográfica [...]. Privilegiando o significado das imagens, a iconografia compartilha com a semiótica [...] uma reação explícita e consistente contra o puro formalismo que vigia na história da arte na virada do século XIX para o XX. Ambas também compartilham o tratamento da imagem predominantemente como um suporte sígnico e tendem a nele identificar propriedades intrínsecas suficientemente estáveis.” (CARDOSO, C; VAINFAS, R. Novos domínios da história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.)
Uma das etapas do método de Erwin Panofsky é a análise iconográfica, que pode ser definida da seguinte forma:
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Q1806903 História
“A experiência é o passado atual, aquele no qual acontecimentos foram incorporados e podem ser lembrados. Na experiência se fundem tanto a elaboração racional quanto as formas inconscientes de comportamento, que não estão mais, ou que não precisam mais estar presentes no conhecimento. Além disso, na experiência de cada um, transmitida por gerações e instituições, sempre está contida e é conservada numa experiência alheia. Nesse sentido, também a história é desde sempre concebida como conhecimento de experiências alheias. Algo semelhante se pode dizer da expectativa: também ela é ao mesmo tempo ligada à pessoa e ao interpessoal, também a expectativa se realiza no hoje, é futuro presente, voltando para o ainda não, para o não experimentado, para o que apenas pode ser previsto.” (KOSELLECK, R. Futuro passado. Rio de Janeiro: Editora PUC- Rio: Contraponto, 2006.)
O historiador alemão Reinhardt Koselleck pensa o tempo histórico a partir do par analítico “espaço da experiência” e “horizonte de expectativa”. Na perspectiva do autor, como é identificado esse par analítico?
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Ano: 2021 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2021 - UFMT - Historiador |
Q1806902 História
“O método histórico é o método utilizado para construir a história, ele age para determinar, cientificamente, os fatos históricos, e depois reuni-los em um sistema científico [...] A história seria uma ciência de observação. Parece mesmo que podemos delimitar a categoria de fatos estudados pela história; eles são sempre fatos passados e fatos humanos. Os fatos passados relativos aos animais ou às plantas não são mais classificados na categoria da história; a história natural representa uma concepção completamente relegada. A história, no sentido moderno da palavra, é reduzida ao estudo dos homens que vivem em sociedade; ela dá ciência dos fatos humanos do passado.” (MALERBA, J. Lições de história. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.)
A citação acima caracteriza qual perspectiva historiográfica?
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Respostas
501: A
502: C
503: A
504: B
505: D
506: A
507: B
508: C
509: A
510: D
511: C
512: B
513: D
514: A
515: C
516: A
517: A
518: B
519: D
520: A