Questões de Concurso
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
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A partir da citação acima, depreendem-se as seguintes afirmações sobre o conceito de documento como monumento:
I- Os monumentos são documentos, porque também indicam as pistas para se construir o passado histórico e as suas verdades. II- Todo documento é produzido de maneira inocente e não busca induzir a construção de versões pré-determinadas do passado. III- Nenhum documento é inocente. Todos são monumentos, porque sobrevivem ao passado de maneira intencional e proposital.
É CORRETO o que se afirma em:
I- O conhecimento histórico deveria copiar o método objetivista das ciências naturais. II- Os historiadores deveriam buscar sempre a neutralidade, com o objetivo de encontrar uma única verdade para se narrar os eventos históricos. III- O melhor dos historiadores é aquele que menos se afasta dos textos.
É CORRETO o que se afirma em:
“Disse-me que dorme pouco, que quase não dorme, e que, para distrair, passa as noites a desenhar o que vê durante o dia. À noite reconstrói o dia.”
I. A produção historiográfica não pode ser centrada em ações individuais e no poder bélico.
II. A análise historiográfica deve partir da estrutura e da dinâmica das sociedades humanas.
III. Os historiadores devem realizar analises que articulem o conceito de classe social ao de cultura.
IV. Ao historiador cabe recolher, por intermédio de documentos, os fatos mais importantes, ordená-los cronologicamente e narrá-los.
V. A análise histórica só tem sentido quando vincula a micro-história com a macro-história.
O item correto é:
Na perspectiva de Marshall Sahlins, julgue os itens a seguir acerca das relações entre estrutura e evento e a lógica da mudança cultural.
Ao destacar a relevância da dimensão do tempo na disposição dos significados culturais, Sahlins colabora para diminuir a tensão estabelecida pelo estruturalismo com a história.
(Marcos Lobato Martins. In: Carla Bassanezi Pinsky (Org.). Novos temas nas aulas de História, p. 138)
O trecho apresentado ressalta a renovada importância da História
A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no final do segundo milênio. Por esse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores. Em 198 9 todos os governos do mundo, e particularmente todos os ministérios do Exterior do mundo, ter-se-iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz firmados após as duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.
(Eric Hobsbaw m, Era dos extremos – O breve século XX. Trad. de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das L etras, 2005, p. 13)
Considere as seguintes afirmações: I. O pensamento do autor vai ao encontro do que afirma a seguinte frase, relativamente popularizada: Estamos condenados a repetir os erros da História que foi esquecida. II. Entre as funções essenciais de um historiador, destaca-se a de compreender rigorosamente em si mesmos os valores históricos e sociais de seu próprio presente. III. A referência aos acordos de paz firmados depois das duas guerras mundiais vem a propósito da importância que eles deveriam conservar em todas as resoluções de política externa, em nível global.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
I. O reconhecimento da necessidade de uma síntese global que explique tanto as articulações entre os níveis que fazem da sociedade humana uma totalidade estruturada quanto as especificidades no desenvolvimento de cada nível.
II. A convicção de que a consciência que os homens de determinada época têm da sociedade em que vivem coincide com a realidade social da época em questão.
III. O respeito pela especificidade histórica de cada período e sociedade.
IV. A aceitação da existência de fronteiras estritas entre as ciências sociais.
Quais estão corretas?
I. A História Social se constituiu, com a ideia de síntese, como uma alternativa à tendência à fragmentação das abordagens historiográficas que marcava os estudos históricos, principalmente em fins do século XIX e na primeira metade do século XX.
II. Entre as décadas de 1930 e 1940, o termo ‘História Social’ foi vinculado, também, à uma abordagem culturalista que enfatizava os costumes e tradições nacionais.
III. Na década de 1960, época de apogeu das abordagens estruturalistas, alguns historiadores ligados à História Social procuraram recolocar na ordem do dia o papel da ação humana na história e, por conseguinte, o problema das durações.
IV. No Brasil, a História Social desenvolveu-se, principalmente, em torno de sociólogos ligados à Escola Sociológica Paulista. Florestan Fernandes e seus colaboradores, por exemplo, foram pioneiros em trabalhos acadêmicos voltados à história social do negro e da escravidão.